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Instituto Maximize Educação
Instituto Maximize Educação
Sumário
1 Seguridade Social .....................................................................................1
1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil ...........................................2
1.2 Conceituação .....................................................................................6 
1.3 Organização e princípios constitucionais ..........................................6
2 Legislação Previdenciária .......................................................................13
2.1 Conteúdo, fontes, autonomia ..........................................................13
2.3 Aplicação das normas previdenciárias ............................................14
2.3.1 Vigência, hierarquia, interpretação e integração .....................14
3 Regime Geral de Previdência Social ......................................................17
3.1 Segurados obrigatórios ....................................................................19
3.2 Filiação e inscrição ..........................................................................20
3.3 Conceito, características e abrangência: empregado, empregado do-
méstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado 
especial ..................................................................................................20
3.4 Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição 24
3.5 Trabalhadores excluídos do Regime Geral .....................................24
4 Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário ..................26
5 Financiamento da Seguridade Social ......................................................28
5.1 Receitas da União ............................................................................29
5.2 Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do 
empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissio-
nal, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras 
fontes .....................................................................................................29
5.3 Salário-de-contribuição ...................................................................46
5.3.1 Conceito ...................................................................................46
Instituto Maximize Educação
5.3.2 Parcelas integrantes e parcelas não-integrantes .......................46
5.3.3 Limites mínimo e máximo .......................................................46
5.3.4 Proporcionalidade ....................................................................46
5.3.5 Reajustamento ..........................................................................46
5.4 Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade 
social .....................................................................................................50
5.4.1 Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil .....................................................................................................50
5.4.2 Obrigações da empresa e demais contribuintes .......................50
5.4.3 Prazo de recolhimento .............................................................50
5.4.4 Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização 
monetária ..........................................................................................50
6 Decadência e prescrição .........................................................................59
7 Crimes contra a seguridade social ..........................................................62
8 Recurso das decisões administrativas .....................................................71
9 Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de pres-
tações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, 
salário-de-benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos 
benefícios ...................................................................................................77
10 Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado .....116
11 Lei n.º 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores ........................119
12 Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores ........................152
13 Decreto n.º 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores .................185
14 Lei de Assistência Social – LOAS: conteúdo; fontes e autonomia (Lei n° 
8.742/93 e alterações posteriores; Decreto nº. 6.214/07 e alterações posterio-
res) ...........................................................................................................326
Questões ..................................................................................................349
Instituto Maximize Educação
Candidatos ao Concurso Público,
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para 
dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para 
um bom desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao 
entrar em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separa-
dos. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!
INSS - PREPARATÓRIA
1Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
1 SEGURIDADE SOCIAL.
www.maxieduca.com.br
1 Seguridade Social. 1.1 Origem e 
evolução legislativa no Brasil. 
1.2 Conceituação. 1.3 Organização 
e princípios constitucionais. 
Andréia Agostin
 Professora Especializada em Direito Previdenciário, 
Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho 
na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Graduação em Direito na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Advogada 
INSS - PREPARATÓRIA
2Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
A seguridade social, no que tange a gestão do Regime Geral de Previdência Social, é organizada pelo Ministério 
da Previdência Social e executada principalmente pelo Instituto Nacional do Seguro Social, com o auxílio das 
secretarias estaduais de assistência social.
Estão também diretamente envolvidos na seguridade social, o Ministério da Saúde (e as respectivas secretarias 
dos Estados da federação), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e o Ministério do Trabalho 
e Emprego.
A seguridade social é uma obrigação constitucional do Estado brasileiro, o que não significa que outros órgãos 
(filantrópicos ou com finalidade de lucro/iniciativa privada) também não possam atuar nas áreas previdenciárias 
(previdência privada), saúde pública (planos particulares) e assistência social (entidades religiosas).
Nesse caso, os órgãos podem firmar convênios com os entes públicos e seguirem leis gerais para que possam 
atuar com uniformidade e responsabilidade.
Importante destacar que a seguridade social não abrange todas as políticas sociais, afinal, a seguridade 
compreende saúde, assistência e previdência, enquanto as políticas sociais abarcam campo mais amplo, tais como; 
educação, trabalho, justiça, agricultura, habitação popular, meio ambiente, dentre outros. 
1.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL.
O conteúdo abaixo relacionado foi adaptado e esquematizado com base no texto extraído do site: www.conteu-
dojuridico.com.br (referências).
A Seguridade Social se originou na necessidade social de se estabelecer métodos de proteção contra os variados 
riscos ao ser humano. Em verdade, a elaboração de medidas para reduzir os efeitos das adversidades da vida, como 
fome, doença, velhice, etc. pode ser considerada como parte da própria teoria evolutiva de Darwin, na parte em que 
refereà capacidade de adaptação da raça humana para sobreviver. Segundo Ibrahim, “não seria exagero rotular esse 
comportamento de algo instintivo, já que até os animais têm hábito de guardar alimentos para dias mais difíceis. O 
que talvez nos separe das demais espécies é o grau de complexidade de nosso sistema protetivo1.
A proteção contra os riscos da vida era inicialmente conferida pela família no seu conceito amplo (pai, mãe, 
filhos, avós, tios). Aqueles que não possuíam proteção familiar e não tinham condições de prover o próprio sustento 
dependiam da caridade praticada pelos mais ricos, que, por usa vez, praticavam como garantia de acesso ao Reino 
de Deus.
Formalmente, “a notícia da preocupação do homem em relação ao infortúnio é de 1344. Ocorre neste ano a ce-
lebração do primeiro contrato de seguro marítimo, posteriormente surgindo a cobertura de riscos contra incêndios”2. 
Contudo, a preocupação maior desses seguros não era com as pessoas, mas, sim, com as cargas e bens materiais.
Segundo Martins, posteriormente vieram as confrarias ou guildas, consistentes em associações com fins religio-
sos. Essas sociedades normalmente vinculavam pessoas da mesma categoria ou profissão, que tinham objetivos co-
muns. Os integrantes recolhiam valores anuais, que poderiam ser utilizados em caso de velhice, doença e pobreza.
O ano de 1601 marcou o advento, na Inglaterra, do Poor Relief Act (lei de amparo aos pobres), que instituiu a 
contribuição obrigatória para fins sociais e consolidou outras leis sobre a assistência pública. Essa lei concedia aos 
juízes da Comarca o poder de tributar, pois autorizava que lançassem o imposto de caridade a ser pago por todos os 
ocupantes e usuários de terras. O valor arrecadado era centralizado nas paróquias e administrados pelos inspetores 
nomeados pelos juízes, cabendo a elas - paróquias - o auxílio aos indigentes.
O artigo 21 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, acrescentado pela Convenção Nacional 
francesa de 1793, dispôs que “os auxílios públicos são uma dívida sagrada. A sociedade deve a subsistência aos 
cidadãos infelizes, quer seja procurando-lhes trabalho, quer seja assegurando os meios de existência àqueles que 
são impossibilitados de trabalhar.” Assim, verifica-se que a proteção assistencial passou, progressivamente, a ser 
institucionalizada.
A gênese da proteção social conferida pelo Estado originou-se, então, na Alemanha, com a aprovação, em 1883, 
do projeto do Chanceler Otto Von Bismarck. A Lei do Seguro Social garantiu, inicialmente, o seguro-doença, evo-
luindo para abrigar também o seguro contra acidentes de trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice (1889). 
O financiamento desses seguros era tripartido, mediante prestações do empregado, do empregador e do Estado.
Depois da atuação do Chanceler Alemão para diminuir a tensão existente entre as classes trabalhadoras, surge 
uma nova fase, denominado constitucionalismo social, em que o tema sob análise começa a ser positivado na pró-
pria Constituição dos países e outras normas importantes, da seguinte forma:
CONSTITUIÇÃO DO MÉXICO - 1917: Os empresários eram responsáveis pelos acidentes do trabalho e 
pelas moléstias profissionais dos trabalhadores, em razão do exercício da profissão ou do trabalho que realizavam.
1 IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. 15ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2010, p. 1. 
2 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 30ª ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 3. 
INSS - PREPARATÓRIA
3Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
WEIMAR - 1919: Criou um sistema de seguros sociais para poder, com o concurso dos interessados, atender 
à conservação da saúde e da capacidade para o trabalho, à proteção, à maternidade e à previsão das consequên-
cias econômicas da velhice, da enfermidade e das vicissitudes da vida. Determinou que ao Estado incumbe prover 
a subsistência do cidadão alemão, caso não possa proporcionar-lhe a oportunidade de ganhar a vida com um 
trabalho produtivo.
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) – 1919: Tal órgão passou a evidenciar 
a necessidade de um programa sobre previdência social. Após, várias convenções vieram a tratar da matéria, 
exemplos: Nº 12 - sobre acidentes do trabalho na agricultura, de 1921; Nº 17 - sobre indenização por acidente de 
trabalho, de 1927.
RELATÓRIO BEVERIDGE - 1942: Previa uma ação estatal concreta como garantidora do bem-estar so-
cial, estabelecendo a responsabilidade do Estado, além do seguro social, na área da saúde e assistência social. O 
Plano Beveridge foi elaborado por uma comissão interministerial de seguro social e serviços afins, nomeada um 
ano antes, com o escopo de estabelecer alternativas para a reconstrução da sociedade no período pós-guerra. É 
considerado um marco da evolução securitária porque se trata de um estudo amplo e minucioso de todo o universo 
do seguro social e serviços conexos, tendo questionado a proteção somente aos empregados, enquanto todos os 
trabalhadores estavam sujeitos aos riscos sociais. Baseava-se numa proteção ampla e duradoura, tanto que Lor-
de Beveridge afirmara que a segurança social deveria ser prestada “do berço ao túmulo” (Social security from the 
cradle to the grave).
O Plano Beveridge tinha por objetivos3.
(a) unificar os seguros sociais existentes;
(b) estabelecer o princípio da universalidade, para que a proteção se estendesse a todos os cidadãos e não 
apenas aos trabalhadores;
(c) igualdade de proteção;
(d) tríplice forma de custeio, porém com predominância do custeio estatal.
O Plano Beveridge tinha cinco pilares:
(a) necessidade;
(b) doença;
(c) ignorância;
(d) carência (desamparo);
(e) desemprego.
Era universal e uniforme. Visava ser aplicado a todas as pessoas e não apenas a quem tivesse contrato de trabalho, 
pois o sistema de então não atingia quem trabalhava por conta própria. Tinha por objeto abolir o estado de neces-
sidade. Objetivava proporcionar garantia de renda às pessoas, atacando a indigência. Os princípios fundamentais 
do sistema eram: horizontalidade das taxas de benefícios de subsistência, horizontalidade das taxas de contribuição, 
unificação da responsabilidade administrativa, adequação dos benefícios, racionalização e classificação. 
NO BRASIL
No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante ao plano internacional. Inicialmente foi privada e 
voluntária, passou para a formação dos primeiros planos mutualistas e, posteriormente, para a intervenção cada vez 
maior do Estado.
No século XVI, decorrente da caridade imanente à fé cristão e a atuação da Igreja Católica, o padre jesuíta José 
de Anchieta fundou a Santa Casa de Misericórdia, cujo objetivo era prestar atendimento médico e hospitalar aos 
necessitados4.
Vamos estudar a evolução brasileira de forma esquematizada, vejamos:
3 MARTINS, Sérgio Pinto. Direito da seguridade social. 30ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
4 ALENCAR, Hermes Arrais. Benefícios previdenciários. 3ª ed. rev. e atual. São Paulo: Universitária de Direito, p. 30
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4Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
Em 1795, foi criado o Plano de Benefícios dos Órfãos e Viúvas dos Oficiais da Marinha. Esse talvez seja a 
primeira ideia de pensão por morte no ordenamento jurídico brasileiro, na medida em que tinha por objetivo 
estabelecer proteção aos citados dependentes dos oficiais da Marinha contra o risco social morte. 
Em 1º de outubro de 1821, Dom Pedro de Alcântra publicou Decreto concedendo o direito à aposentadoria aos 
mestres e professores, desde que completassem 30 (trinta) anos de serviço, bem como assegurou um abono de ¼ 
dos ganhos para aqueles que continuassem trabalhando depois de completarem o tempo para inativação.
Em 1808, estabeleceu-se o montepio para a guarda pessoal de Dom João VI e, em 1835, o Montepio Geral dos 
Servidores do Estado (Mongeral).
Na Constituição Imperialde 1824, a referência mais próxima ao seguro social foi feita pelo artigo 179, inciso 
XXXI, ao constituir os Socorros Públicos. Depois da proliferação dos Socorros Públicos, instituiu-se, como já 
referido, o Montepio Geral dos Servidores do Estado, no ano de 1835. Esse Montepio, que previa um sistema mu-
tualista de cobertura de riscos, foi a primeira entidade privada a funcionar no país. Na vigência da Constituição 
Imperial, ainda, merecem destaque:
a) o Código Comercial (1850), que previa o direito de manutenção do salário por três meses na hipótese de 
acidente imprevisto e inculpado;
b) o Regulamento nº 737 (1850), que igualmente garantia aos empregados acidentados os salários por até três 
meses;
c) o Decreto nº 2.711 (1860), que regulamentava o custeio dos montepios e das sociedades de socorros mútuos;
d) o Decreto nº 9.912-A (1888) e nº 9.212 (1889), que, respectivamente, concedeu aos empregados dos Correios 
o direito à aposentadoria, ao conjugarem 60 (sessenta) anos de idade e 30 (trinta) anos de serviço e criou o 
montepio obrigatório para os seus empregados dos Correios;
e) o Decreto nº 221 (1890), que instituiu o direito à aposentadoria para os empregados da Estrada de Ferro 
Central do Brasil.
A Constituição Federal de 1891 foi a primeira a referir expressamente o termo “aposentadoria”, concedendo o 
direito à inativação somente aos funcionários públicos, no caso de invalidez. As outras categorias de trabalhado-
res não foram contempladas pela Constituição. Essa diferenciação de tratamento entre funcionários públicos e 
privados merece registro. A justificativa era a necessidade de conceder uma proteção aos militares porque eram 
eles que defendiam as fronteiras territoriais e mantinham a ordem, sacrificando-se pelo país. Essa argumenta-
ção é válida, mas é bom que se diga: ao manter a ordem, o exército mantinha o regime monárquico e o próprio 
imperador no poder.
Na vigência da Constituição Federal de 1891, tem importância a edição das Leis:
a) 217 (1892), que concedeu o direito à aposentadoria por invalidez e a pensão por morte dos operários do Ar-
senal da marinha do Rio de Janeiro,
b) 3.724 (1919), que estabeleceu o seguro acidente e tornou obrigatório o pagamento de indenização pelos em-
pregadores e, principalmente;
c) Lei Eloy Chaves (Decreto nº 4.682/1923).
Vamos dar uma atenção especial a Lei Eloy Chaves. Essa é considerada um marco na evolução da Seguridade 
Social no Brasil, pois criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários. O custeio 
das Caixas, conforme previsão do artigo 3º, era feito da seguinte forma:
a) uma contribuição mensal dos empregados, correspondente a 3% dos respectivos vencimentos;
b) uma contribuição anual da empresa, correspondente a 1% da sua renda bruta;
c) uma contribuição equivalente ao aumento de 1,5% sobre as tarifas das estradas de ferro;
d) as importâncias das joias pagas pelos empregados na data da criação da caixa e pelos admitidos posterior-
mente, equivalentes a um mês de vencimentos e pagas em 24 prestações mensais;
e) as importâncias pagas pelos empregados correspondentes à diferença do primeiro mês de vencimentos, quan-
do promovidos ou aumentados de ordenado, pagas também em 24 prestações mensais;
f) o importe das somas pagas a maior e não reclamadas pelo público, dentro do prazo de um ano;
g) as multas que atingiam o público ou o pessoal;
h) as verbas sob rubrica de venda de papel velho e varreduras;
i) os donativos legados à caixa;
j) os juros dos fundos acumulados.
Além da aposentadoria por invalidez, a Lei Eloy Chaves previa, no seu artigo 12, a aposentadoria ordinária nas 
seguintes situações:
a) integral, ao empregado ou operário que tenha prestado, pelo menos, 30 (trinta) anos de serviço e tenha 50 
(cinquenta) anos de idade;
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5Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
b) com 25% de redução, ao empregado ou operário que, tendo prestado 30 (trinta) anos de serviço, tenha menos 
de 50 (cinquenta) anos de idade;
c) com tantos trinta avos quanto forem os anos de serviço, até o máximo de 30 (trinta), ao empregado ou ope-
rário que, tendo 60 (sessenta) ou mais anos de idade, tenha prestado 25 (vinte e cinco) ou mais, até 30 (trinta) anos 
de serviço.
A Lei Eloy Chaves instituiu, no seu artigo 9º, item 3º, a pensão por morte para os dependentes dos segurados. O 
benefício seria extinto, nos termos do artigo 33, para a viúva, o viúvo ou pais, quando contraíssem novas núpcias, 
para os filhos, ao completarem 18 (dezoito) anos, para as filhas ou irmãs solteiras, ao contraírem matrimônio e, para 
todos, em caso de vida desonesta ou vagabundagem.
Com a edição da Lei Eloy Chaves, outras categorias mobilizaram na busca pelos mesmos direitos, provocando 
uma extensão dessa medida protetiva.
Após publicação da Lei Eloy Chaves, o desenrolar da Seguridade Social no Brasil passa pela Revolução de 
1930, com o governo de Getúlio Vargas. Este Presidente reformulou os regimes previdenciário e trabalhista. Na 
esfera previdenciária, tem especial destaque a mudança da organização do sistema de caixas de aposentadoria e 
pensão para institutos de aposentadoria e pensão. O primeiro a ser criado foi o Instituto de Aposentadoria e Pensão 
dos Marítimos (Decreto nº 22.872/1933). 
A unificação das caixas em institutos também ampliou a intervenção estatal na área, pois o controle público 
ficou finalmente consolidado, já que os institutos eram dotados de natureza autárquica e subordinados diretamente 
à União, em especial ao Ministério do Trabalho.
A Constituição Federal de 1934, que empregou o termo “previdência” dissociado do termo “social”, foi a primei-
ra a estabelecer a forma tripartida de custeio, mediante contribuições do empregado, do empregador e do Estado
A Constituição Federal de 1937 não trouxe nenhuma inovação significativa, senão o emprego da expressão “se-
guro social.
A Constituição Federal de 1946 foi a primeira a empregar o termo “previdência social” em substituição ao “segu-
ro social”; também durante a sua vigência foi editada a Lei nº 3.807 (1960), que unificou a legislação securitária 
e foi apelidada de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS).
Em 1965 ocorreu um fato significativo, incluiu-se na Constituição Federal de 1946 um parágrafo proibindo a 
prestação de benefício sem a correspondente fonte de custeio.
Finalmente, no ano de 1966, o Decreto nº 72 criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), autarquia 
integrante da administração indireta da União, com personalidade jurídica própria.
Em 1977, a Lei nº 6.439 instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), conservan-
do as competências previdenciárias do INPS, e criando, entre outros órgãos, o Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social (INAMPS).
Em 1976, novamente a legislação esparsa, que havia surgido desde a LOPS de 1960, foi unificada pelo Decreto 
nº 77.077 na Consolidação das Leis da Previdência Social (CLPS). A CLPS de 1976 foi substituída pela CLPS de 
1984, aprovada pelo Decreto nº 89.312.
Em 1988, sob inspiração do Wellfare State, foi publicada no Brasil uma nova Constituição Federal. O texto cons-
titucional trouxe um capítulo abordando a Seguridade Social (artigos 194 a 204), que foi dividida em Previdência 
Social, Assistência Social e Saúde. Num primeiro momento, o custeio da Seguridade Social seria realizado por 
contribuições sociais do empregador, dos trabalhadores e sobre as receitas dos concursos de prognósticos. Com 
as emendas constitucionais que sobrevieram, o custeio foi melhor especificado.
Em 1990, o SIMPAS, do qual faziam parte INPS e o INAMPS, foi extinto. A Previdência Social foi assumida, 
então, pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), criado pela Lei nº 8.029, e o atendimento médico hospi-
talar passou a ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), criado pela Lei nº 8.080.
Por fim, a CLPSde 1984 foi revogada pela Lei nº 8.213 (1991), que dispôs sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social, e pela Lei nº 8.212 (1991), que institui o Plano de Custeio, vigentes até hoje.
Diante de todo o exposto, possível concluir-se que a Seguridade Social, sob o enfoque mundial, tem origem nos 
modelos Bismarckiano e Beveridgiano. O modelo Bismarckiano foi inaugurado em 1883, com o seguro-doença, 
evoluindo para abrigar também o seguro contra acidentes de trabalho (1884) e o seguro de invalidez e velhice 
(1889). O Plano Beveridge (1942), por sua vez, era universal e uniforme, tendo cinco pilares: necessidade, doen-
ça, ignorância, carência (desamparo) e desemprego. Ele baseava-se numa proteção ampla e duradoura, tanto que 
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6Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
Lorde Beveridge afirmara que a segurança social deveria ser prestada do berço ao túmulo (Social security from 
the cradle to the grave). No Brasil, a proteção social evoluiu de forma semelhante ao plano internacional. Inicial-
mente foi privada e voluntária, passou para a formação dos primeiros planos mutualistas e, posteriormente, para a 
intervenção cada vez maior do Estado. O marco normativo da Seguridade Social brasileira foi a Lei Eloy Chaves, 
que criou nacionalmente as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, e atualmente é regida pelas 
Leis nº 8.080/90 e nº 8.213/91, que criaram, sob a égide da Constituição Federal de 1988, o Sistema Único de Saúde 
(SUS) e o Plano de Benefícios da Previdência Social.
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,antecedentes-historicos-da-seguridade-social-no-mundo-e-no-
-brasil,44593.html
1.2 CONCEITUAÇÃO.
“Seguridade social é conjunto de medidas proporcionado pela sociedade aos seus integrantes com a finalidade 
de evitar desequilíbrios econômicos e sociais que, a não ser resolvidos, significariam redução ou perda de renda 
a causa de contingências como doenças, acidentes, maternidade ou desemprego, entre outras.” 
É um direito humano inalienável, contido na Carta Internacional de Direitos Humanos:
Artigo 22
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, 
pela cooperação internacional de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, 
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
1.3 ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.
A Constituição Federal em seu título VIII (da Ordem Social) traz entre os artigos 194 e 204, a base da 
regulamentação da seguridade social no Brasil. 
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO II
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos 
e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos 
seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - equidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participa-
ção dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
ORGANIZAÇÃO:
A seguridade social encontra-se firmada em três pilares:
a) Saúde: A universalidade é a nota característica desse subsistema, que é destinado a toda e qualquer pessoa 
que dele necessita. Não se limita à prestação de serviços de recuperação, visto que o conceito constitucional é bem 
mais amplo, dando ênfase à prevenção do risco, através de políticas sociais e econômicas. A saúde estrutura-se 
através de um sistema unificado e hierarquizado denominado SUS – Sistema Único de Saúde. As condições de saú-
de, qualidade de vida e longevidade, influem diretamente no sistema previdenciário, pois, apenas como exemplos, 
pessoas mais saudáveis, aposentam-se menos por invalidez.
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b) Previdência: Está disciplinada nos artigos 201 e 202 da Constituição Federal, que dispõem ser, esse, um 
sistema contributivo, mediante o qual os trabalhadores estarão protegidos contra as contingências elencadas em seu 
art. 201: doença, morte, invalidez, idade avançada, encargos familiares, prisão do segurado de baixa renda, além de 
proteção à maternidade e desemprego involuntário.
c) Assistência Social: A assistência social encontra-se disciplinada nos artigos 203 e 204 da Constituição 
Federal. É destinada aos hipossuficientes, ou seja, àqueles que dela necessitam, independente de contribuição. 
Direciona-se, portanto, àquelas pessoas que estão fora do mercado de trabalho, sem proteção previdenciária e em 
condições indignas de vida. Interagem com os dois outros subsistemas, completando-os, em busca da realização de 
princípios constitucionais fundamentais, como a dignidade da pessoa humana, o bem-estar e a justiça social.
MEMORIZE! 
SEGURIDADE SOCIAL
Previdência social Só para os que contribuem
Direito à saúde Para todos Independente de contribui-
ção
Assistência Social Para os necessitados Independente de contribui-
ção
Vamos conferir o texto constitucional:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da 
lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro; 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposenta-
doria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos 
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis 
pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá 
contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, 
obedecido o disposto no art. 154, I.
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total.
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da 
data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, 
«b».
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que 
atendam às exigências estabelecidas em lei.§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os respectivos 
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão 
para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e 
farão jus aos benefícios nos termos da lei. 
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§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo 
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte da empresa ou da 
condição estrutural do mercado de trabalho.
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e ações de assistência 
social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a 
respectiva contrapartida de recursos. 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I, a, e II 
deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar. 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos 
incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição 
incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o faturamento. 
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que 
visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos 
da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através 
de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem 
um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assisten-
ciais;
III - participação da comunidade.
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade 
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos 
de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 
155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem 
transferidas aos respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o 
art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que trata o § 2º; 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das 
disparidades regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, 
distrital e municipal; 
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União. 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de 
combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos 
de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, 
competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que 
exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder 
o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício. 
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Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo 
diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as 
sem fins lucrativos.
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins 
lucrativos.
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no 
País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias 
humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue 
e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da pro-
dução de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e 
águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e pro-
dutos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Seção III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filia-
ção obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 
lei, a: 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante.
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado 
o disposto no § 2º. 
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários 
do regime geralde previdência social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos termos 
definidos em lei complementar. 
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá 
valor mensal inferior ao salário mínimo.
§ 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, 
na forma da lei. 
§ 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios definidos em lei. 
§ 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa 
participante de regime próprio de previdência. 
§ 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de 
dezembro de cada ano. 
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes 
condições: 
I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; 
II - sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o 
limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de econo-
mia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal. 
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§ 8º Os requisitos a que se refere o inciso I do parágrafo anterior serão reduzidos em cinco anos, para o professor 
que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no 
ensino fundamental e médio. 
§ 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na administração 
pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se 
compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. 
§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo regime 
geral de previdência social e pelo setor privado. 
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de 
contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei. 
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a trabalhadores de baixa renda 
e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, 
desde que pertencentes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual a um salário-
mínimo. 
§ 13. O sistema especial de inclusão previdenciária de que trata o § 12 deste artigo terá alíquotas e carências 
inferiores às vigentes para os demais segurados do regime geral de previdência social. 
Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em re-
lação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o 
benefício contratado, e regulado por lei complementar. 
§ 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos de benefícios de entidades 
de previdência privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus respectivos planos. 
§ 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas nos estatutos, 
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada não integram o contrato de trabalho dos 
participantes, assim como, à exceção dos benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos 
termos da lei. 
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades 
públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá 
exceder a do segurado. 
§ 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive 
suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto 
patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdência 
privada. 
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas 
de previdência privada. 
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4° deste artigo estabelecerá os requisitos para a designação dos 
membros das diretorias das entidades fechadas de previdência privada e disciplinará a inserção dos participantes 
nos colegiados e instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação. 
Seção IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à se-
guridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida 
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dis-
puser a lei.
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento 
da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
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I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a 
coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades be-
neficentes e de assistência social;
II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no 
controle das ações em todos os níveis.
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e 
promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos 
no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida; 
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. 
PRINCÍPIOS:
Os princípios constitucionais são alicerces do ordenamento jurídico, servem para garantir um estado democrático 
de direito. Nessa linha, os princípios da seguridade social são compostos por um conjunto de normas programáticas 
que trazem objetivos orientadores para elaboração das leis e um conjunto de garantias a serem observadas pela 
administração pública na execução de programas de seguridade social. Esses princípios não são aplicados somente 
pela previdência social, mas em toda a estrutura da seguridade social, que abrange os seus três seguimentos: Além 
da previdência social, a saúde e assistência social.
1) Princípio da Universalidade e cobertura no atendimento (art.194, parágrafo único, I CF/88 – universalidade 
de cobertura e do atendimento). A seguridade deve abranger a todos que dela necessitam e atender a cobertura dos 
riscos sociais daforma mais ampla possível. Destaca-se que na previdência social é aplicado o regime de contribuição 
com filiação obrigatória daqueles que exercem função remunerada e facultativa para alguns seguimentos. A 
universalidade da cobertura, significa que a Seguridade deve contemplar todas as contingências sociais que geram 
necessidade de proteção social das pessoas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão 
e morte. Já a universalidade do atendimento, significa dizer que todas as pessoas serão indistintamente acolhidas 
pela Seguridade Social. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes 
Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência. Convém 
esclarecermos um ponto que pode suscitar dúvidas. Não podemos confundir, previdência social com seguridade 
social, aquela é espécie dessa. Assim, quando o princípio assegura universalidade de atendimento, não significa 
dizer que qualquer pessoa tenha direito aos benefícios previdenciários, já que, a Previdência Social tem caráter 
contributivo, ou seja, somente aqueles que contribuem para o sistema é que terão direito aos benefícios.
2) Princípio da uniformidade e equivalência (art. 194, parágrafo único, II CF/88 – uniformidade e 
equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais). Os direitos e benefícios da seguridade social 
devem abranger de forma isonômica, tanto as populações urbanas como as rurais. Equivale dizer, que as mesmas 
contingências (morte, velhice, maternidade...) serão cobertas tanto para os trabalhadores urbanos como para os 
rurais. Além disso, deverão possuir o mesmo valor econômico. Observe que este princípio da Seguridade Social 
coaduna-se com o disposto no artigo 7º, da CF/88, que garante direitos sociais idênticos aos trabalhadores urbanos 
e rurais.
3) Princípio da seletividade e distributividade na prestação (art. 194, parágrafo único, III CF/88 – a seleti-
vidade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços). A prestação do benefício e do serviço é feita de 
acordo com a capacidade econômico-financeira do sistema que custeia a seguridade social, atendendo as necessida-
des de benefícios e serviços mais relevantes. A seguridade social visa garantir a sobrevivência digna da população 
de baixa renda, para isso, um dos mecanismos utilizados é a distribuição de renda, tendo, portanto, caráter social. 
Esse princípio apregoa que nem todos os segurados terão direito a todas as prestações que o sistema pode fornecer. 
Por exemplo, os benefícios salário-família e o auxílio-reclusão só serão pagos aos segurados de baixa renda.
4) Princípio da irredutibilidade no valor dos benefícios (art. 194, parágrafo único, IV – irredutibilidade 
do valor dos benefícios). Visa garantir o valor real dos benefícios prestados pela seguridade social. Para isso, há 
garantia de reajustamento periódico dos proventos e pensões.
5) Princípio da equidade no custeio – (art. 194, parágrafo único, V – equidade na forma de participação no 
custeio). Este princípio é um desdobramento do Princípio da Igualdade que estabelece que deve-se tratar igualmente 
os iguais e desigualmente os desiguais. A legislação da seguridade social deve prever contribuições iguais para 
quem se encontra nas mesmas condições. Quem possui maior capacidade contributiva, contribui com mais. Quem 
possui menor capacidade contributiva, contribui com menos, ou, não contribui. Importante destacar que não há 
anterioridade quanto ao exercício financeiro instituído em relação às contribuições sociais.
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Princípio da Anterioridade, art. 150, III, b: os tributos não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro 
em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Princípio da Anterioridade Nonagesimal, art. 150, III, c: o tributo não pode ser cobrado no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, e, antes de decorridos noventa dias da data 
em que haja sido publicada esta lei.
6) Princípio da diversidade na base de financiamento (art. 194, parágrafo único, VI). O maior número pos-
sível de fontes de custeio deve ser agregado ao sistema de seguridade social, para, dessa forma, diminuir os riscos 
financeiros do sistema, evitando a falta de recursos para prover os serviços e benefícios. Estabelece a CF/88 em 
seu artigo 195, que a Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, da em-
presa incidente sobre a folha, a receita, o lucro, a remuneração paga ao trabalhador e sobre a receita de concursos 
de prognósticos, visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. As receitas 
dos Estados, Distrito Federal e Municípios destinadas à Seguridade Social constarão dos respectivos orçamentos, 
não integrando o orçamento da União. Além disso, o artigo 195, parágrafo 4o estabelece que lei da União poderá 
instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da Seguridade Social desde que sejam não-
-cumulativas e tenham fato gerador e base de cálculo diferentes das contribuições sociais existentes.
7) Princípio do caráter democrático e descentralizado da administração (art. 194, parágrafo único, VII). A 
gestão da seguridade social tem a participação de todos os envolvidos, é feita por meio de conselhos espalhados na 
estrutura do sistema de seguridade social. Essa gestão é chamada de quadripartite, pois conta com a participação da 
sociedade civil;
a) dos aposentados e pensionistas;
b) dos trabalhadores em atividade;
c) do governo federal; e
d) dos empregadores.
8) Princípio da solidariedade – (art. 3º, I, CF/88 - construir uma sociedade livre, justa e solidária). Esse 
objetivo programático deve ser perseguido pelo sistema de seguridade social, pois trata de sistema de ajuda mútua 
em benefício da coletividade. A seguridade social visa garantir a sobrevivência digna da população de baixa renda, 
para isso, um dos mecanismos utilizados é a distribuição de renda.
9) Forma de custeio (art. 195, CF/88). Segundo esse dispositivo constitucional a seguridade social deve ser 
financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, por meio de recursos provenientes da contribuição do 
governo, das empresas e dos trabalhadores. A prestação do benefício e do serviço é feita de acordo com a capacidade 
econômico-financeira do sistema que custeia a seguridade social, atendendo as necessidades de benefícios e serviços 
mais relevantes. A seguridade social visa garantir a sobrevivência digna da população de baixa renda, para isso, 
um dos mecanismos utilizados é a distribuição de renda. Importante destacar que, com a reforma da previdência 
social (emenda constitucional nº 41/2003), foi introduzida a contribuição dos aposentados para o financiamento do 
sistema previdenciário. Vejamos:
Art. 4º Os servidores inativos e os pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
incluídas suas autarquias e fundações, em gozo de benefícios na data de publicação desta Emenda, bem como os 
alcançados pelo disposto no seu art. 3º, contribuirão para o custeio do regime de que trata o art. 40 da Constitui-
ção Federal com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. 
Parágrafo único. A contribuição previdenciária a que se refere o caput incidirá apenas sobre a parcela dos 
proventos e das pensões que supere: 
I - cinquenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência so-
cial de que trata o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas dos Estados, do 
Distrito Federal e dosMunicípios;
II - sessenta por cento do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201 da Constituição Federal, para os servidores inativos e os pensionistas da União.
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2. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 2.1 CONTEÚDO, FONTES, AUTONOMIA.
www.maxieduca.com.br
2 Legislação Previdenciária. 
2.1 Conteúdo, fontes, autonomia. 
2.3 Aplicação das normas 
previdenciárias. 2.3.1 Vigência, 
hierarquia, interpretação e integração.
Andréia Agostin
 Professora Especializada em Direito Previdenciário, 
Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho 
na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Graduação em Direito na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Advogada 
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Legislação é um corpo de leis que regulariza determinada matéria ou ciência, ou ainda um conjunto de leis que 
organiza um país, que estabelece condutas e ações aceitáveis ou recusáveis de um indivíduo, instituição, empresa, 
entre outros.
CONTEÚDO
A Previdência Social desenvolveu o Sistema de Legislação da Previdência Social - Sislex com o objetivo de 
organizar, manter e disponibilizar para toda a população um banco de dados como fonte integrada de consulta 
sobre legislação previdenciária. São inúmeras leis que regulamentam o sistema previdenciário brasileiro, contudo, 
o candidato deverá estudar apenas as leis exigidas no conteúdo programático do edital.
FONTES
Fontes é uma expressão utilizada no meio jurídico para se referir aos componentes utilizados no processo de 
composição do direito, enquanto conjunto sistematizado de normas (legislação).
Fontes diretas ou imediatas: São as Leis: Constituição Federal, Emendas Constitucionais, Leis Complementares 
e Legislação Ordinária. Ou seja, as fontes diretas ou mediatas, por si só, são suficientes para gerar a regra jurídica. 
Fontes indiretas ou mediatas: São as que não têm a virtude de gerar a regra jurídica, porém, encaminham 
mais cedo ou mais tarde, à elaboração da norma. São os costumes, a doutrina e a jurisprudência.
AUTONOMIA
A teoria dualista dispõe que o Direito da Seguridade Social é autônomo, mostrando que esse ramo do Direito 
não se confunde com o Direito do Trabalho. A Constituição Federal de 1988, ao estatuir um capítulo próprio para 
a seguridade social (Capítulo II), incluído no Título VIII (“Da Ordem Social”), no qual constam várias disposições 
sobre seguridade social, abrangendo a previdência social, assistência social e saúde (arts. 194 a 204), tornando-a 
totalmente desvinculada do Direito do Trabalho, que teve suas determinações incluídas no Capítulo II (“Dos Direitos 
Sociais”) do Título II (“Dos Direitos e Garantias Fundamentais”), no art. 7º. 
2.3 APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS. 2.3.1 VIGÊNCIA, HIERARQUIA, INTER-
PRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO. 2.4 ORIENTAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES.
APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS: A complexidade do ordenamento jurídico previden-
ciário resulta da coexistência de diferentes tipos de normas produzidas da constante renovação e das naturais dú-
vidas que, em cada caso concreto, surgem, na tarefa de escolher qual norma deve ser aplicada. Dessa forma, é 
necessário manter a coerência do sistema, que é questão de hierarquia, afastando as antinomias entre as normas; 
encontrar meios para resolver o caso concreto quando não há no ordenamento uma norma específica para ele, que 
é o problema da integração das lacunas; e compreender o significado das diretrizes que estão contidas nas normas, 
que é sua interpretação, sendo esses os aspectos nucleares da aplicação do direito como um todo.
VIGÊNCIA: A vigência, ou eficácia da norma jurídica, pode ser dividida em relação ao tempo e ao espaço.
a) Eficácia no Tempo: A eficácia no tempo refere-se à entrada da lei em vigor. Normalmente, as disposições 
securitárias entram em vigor na data da publicação da lei, com eficácia imediata, mas certos dispositivos, tanto 
do Plano de Custeio como do de Benefícios, necessitam ser complementados pelo regulamento, e só a partir da 
existência deste terão plena eficácia. 
b) Eficácia no Espaço: A eficácia no espaço diz respeito ao território em que será aplicada a norma. A lei de 
Seguridade Social se aplica no Brasil, tanto para os nacionais como para os estrangeiros nele residentes, de acordo 
com as regras determinadas pelo Plano de Custeio e Benefícios e outras especificações atinentes à matéria. 
HIERARQUIA: Havendo duas ou mais normas sobre a mesma matéria, começa a surgir o problema de qual 
delas deva ser aplicada. A hierarquia entre as normas somente vai ocorrer quando a validade de determinada 
norma depender de outra, na qual esta vai regular inteiramente a forma de criação da primeira norma. É certo 
que a Constituição é hierarquicamente superior às demais normas, pois o processo de validade destas é regulado 
pela primeira. Abaixo da Constituição encontram-se os demais preceitos legais, cada qual com campos diversos: 
leis complementares, leis ordinárias, decretos-leis (nos períodos em que existiram), medidas provisórias, leis 
delegadas, decretos legislativos e resoluções. Não há dúvida que os decretos são hierarquicamente inferiores 
às primeiras normas, até porque não são emitidos pelo Poder Legislativo, mas pelo Poder Executivo. Após os 
decretos encontramos normas internas da Administração, como portarias, circulares, ordens de serviço etc., que são 
hierarquicamente inferiores aos decretos. 
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INTERPRETAÇÃO: (texto adaptado de Erick Menezes de Oliveira Junior) Nenhum método interpretativo 
é absoluto. Os diferentes meios empregados ajudam-se uns aos outros, combinando-se e controlando-se 
reciprocamente. Assim, não basta conhecer as regras aplicáveis para determinar o sentido e o alcance dos textos. 
Parece necessário reuni-las e, num todo harmônico, oferecê-las ao estudo, em um encadeamento lógico. O ponto de 
partida do intérprete há que ser sempre os princípios, que são um conjunto de normas que espelham a ideologia do 
ordenamento jurídico, seus postulados básicos e seus fins.
A atividade de interpretação deve começar pela identificação dos princípios maiores que regem o tema a ser 
apreciado, do mais genérico ao mais específico, até chegar à formulação da regra concreta que vai reger a espécie.
De acordo com a técnica gramatical (literal, semântica ou filológica) o hermeneuta procurará o sentido literal 
do texto normativo, buscando as regras da gramática e da linguística, examinará o aplicador ou intérprete cada 
termo do texto normativo, isolada ou sistematicamente, atendendo à pontuação, colocação dos vocábulos, origem 
etimológica etc., para, ao final, formular os significados que possa ter o preceito analisado. 
Pertinente ao processo lógico, o que se pretende é desvendar o sentido e o alcance da norma, estudando-a por 
meio de raciocínios lógicos, analisando os períodos da lei e combinando-os entre si, com o objetivo de atingir 
perfeita compatibilidade.
A técnica interpretativa histórica funda-se na análise dos antecedentes da norma, pesquisando todo o seu 
itinerário legislativo, às circunstâncias fáticas que a precederam e lhe deram origem, às causas ou necessidades que 
induziram o órgão a elaborá-la. Essa investigação é bastante útil a fim de captar o exato significado das normas e 
os resultados que tencionam alcançar.
Por sua vez, no processo sistemático, o intérprete, partindo do pressuposto que o sistema jurídico não se compõe 
de um único sistema normativo, mas de vários, que constituem um conjunto harmônico e interdependente, considerará 
o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras normas concernentes ao mesmo objeto. Deve-se,por 
conseguinte, cotejar o texto normativo, em análise, com outros do mesmo diploma legal ou de leis diversas, mas 
referentes ao mesmo objeto, pois por umas normas pode-se desvendar o sentido de outras. Examinando o conjunto 
das normas é possível desvendar o sentido de cada uma delas.
Por fim, o processo teleológico objetiva adaptar a finalidade da norma às novas exigências sociais. A técnica 
teleológica conduz à compreensão de que o fim prático da norma coincide com o fim apontado pelas exigências 
sociais (fim social, tendo em vista o bem comum).
No Direito da Seguridade Social vamos encontrar a aplicação da norma mais favorável ao segurado na 
interpretação do texto legal, que muitas vezes é disciplinada pela própria lei. Normalmente na legislação ordinária, 
principalmente quanto aos benefícios, costuma-se encontrar a expressão “o que for mais vantajoso” para o 
beneficiário. 
Em resumo e complementando o assunto, vamos memorizar:
a) Gramatical ou literal (verba legis): Consiste em verificar qual o sentido do texto gramatical da norma 
jurídica. Vai se analisar o alcance das palavras contidas no texto da lei;
b) Lógica (mens legis): Em que se estabelece uma conexão entre os vários textos legais a serem interpretados; 
c) Teleológica ou finalística: A interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com o fim desejado 
pelo legislador; 
d) Sistemática: A interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com a análise do sistema, no qual está 
inserido, sem se ater a interpretação isolada de um dispositivo, mas, sim, ao conjunto; 
e) Extensiva ou ampliativa: Pretende um sentido mais amplo à norma a ser interpretada do que ele 
normalmente teria; 
f) Restritiva ou limitativa: Pretende um sentido mais restrito, limitado a interpretação da norma jurídica; 
g) Histórica: O Direito decorre de um processo evolutivo. Há necessidade de analisar, na evolução histórica 
dos fatos, o pensamento do legislador, não só à época da edição da lei, mas de acordo com sua exposição de 
motivos, mensagens, emendas, as discussões parlamentares etc. O Direito, portanto, é uma forma de adaptação do 
meio em que vivemos em função da evolução da natureza das coisas; 
h) Autêntica: É realizada pelo órgão que editou a norma, esse órgão que irá declarar seu sentido, alcance, 
conteúdo, por meio de outra norma jurídica. Também é chamada de interpretação legal ou legislativa.
INTEGRAÇÃO: Integrar tem o significado de completar, inteirar. O intérprete fica autorizado a suprir as 
lacunas existentes na norma jurídica por meio da utilização de técnicas jurídicas. As técnicas são a analogia e a 
equidade, podendo ser utilizados também os princípios gerais de Direito e a doutrina. 
ORIENTAÇÃO DOS TRIBUNAIS SUPERIORES: As orientações dos tribunais se apresentam como uma 
condensação de idênticas intepretações de preceito jurídico, sem caráter obrigatório, porém de cunho persuasivo. 
Súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativos possuem função de orientar decisões em questões 
semelhantes, de forma a estabelecer o entendimento sobre determinadas matérias. Sobre esse tema, vamos conferir 
o que diz o artigo 131 da Lei 8.213/91, uma vez que INSS poderá se basear em orientações dos tribunais superiores 
para fundamentar suas decisões:
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Art. 131. O Ministro da Previdência e Assistência Social poderá autorizar o INSS a formalizar a desistência ou 
abster-se de propor ações e recursos em processos judiciais sempre que a ação versar matéria sobre a qual haja 
declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Supremo Tribunal Federal - STF, súmula ou jurisprudência 
consolidada do STF ou dos tribunais superiores. 
Parágrafo único. O Ministro da Previdência e Assistência Social disciplinará as hipóteses em que a adminis-
tração previdenciária federal, relativamente aos créditos previdenciários baseados em dispositivos declarados 
inconstitucionais por decisões definitivas do Supremo Tribunal Federal, possa: 
a) abster-se de constituí-los; 
b) retificar o seu valor ou declará-los extintos, de ofício, quando houverem sido constituídos anteriormente, 
ainda que inscritos em dívida ativa;
c) formular desistência de ações de execução fiscal já ajuizadas, bem como deixar de interpor recursos de 
decisões judiciais. 
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3 REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL.
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3 Regime Geral de Previdência Social. 3.1 Segurados 
obrigatórios, 3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, 
características e abrangência: empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, 
trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 Segurado 
facultativo: conceito, características, filiação e 
inscrição. 3.5 Trabalhadores excluídos do Regime Geral.
Andréia Agostin
 Professora Especializada em Direito Previdenciário, 
Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho 
na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Graduação em Direito na Faculdade de Direito da Alta Paulista - FADAP/FAP; 
Advogada 
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O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) é o principal regime previdenciário na ordem interna, abrange 
obrigatoriamente todos os trabalhadores da iniciativa privada, ou seja: os trabalhadores que possuem relação de 
emprego regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (empregados urbanos, mesmo os que estejam prestando 
serviço a entidades paraestatais, os aprendizes e os temporários), pela Lei nº 5.889/73 (empregados rurais) e pela 
Lei nº 5.859/72 (empregados domésticos); os trabalhadores autônomos, eventuais ou não; os empresários, titulares 
de firmas individuais ou sócios gestores e prestadores de serviços; trabalhadores avulsos; pequenos produtores 
rurais e pescadores artesanais trabalhando em regime de economia familiar, e outras categorias de trabalhadores, 
como garimpeiros, empregados de organismos internacionais, sacerdotes, entre outros.
Havendo regime próprio, o servidor NÃO poderá se filiar ao regime geral, no entanto, não havendo esse regime, 
a filiação ao regime geral é obrigatória. Só há dois regimes de cunho obrigatório:
a) O RGPS (Regime Geral de Previdência Social);
b) O Regime Próprio dos Servidores Públicos.
É possível acumular aposentadoria do Regime Próprio, com aposentadoria do Regime Geral, sempre que o 
trabalhador exercer duas ou mais atividades abrangidas por esses regimes. Por exemplo: Professores, que lecionam 
em escolas públicas e escolas privadas (concomitantemente), possuem direito aos dois regimes previdenciários. 
Podendo ainda, se assim desejar, contribuir para o regime de previdência privada, gozando, dessa forma, de três 
aposentadorias no futuro.
Nos termos do art. 201 da Constituição Federal (CF), o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) deve 
prestar:
•	 a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
•	 a proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
•	 a proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
•	 o saláriofamília e o auxílioreclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
•	 a pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
O RGPS é regido pela Lei nº 8.213/91, intitulada “Plano de Beneficios da Previdência Social”, sendo de filiação 
compulsória e automática para os segurados obrigatórios, permitido ainda, que pessoas que não estejam enquadradas 
como obrigatórias e não tenham regime próprio de previdência, se inscrevam como segurados facultativos, passando 
a ser filiados ao RGPS. 
A lei que regula o RGPS é composta por normas de direito público, que estabelecem direitos e obrigações entre 
os indivíduos beneficiários do regime e o Estado, gestor da PrevidênciaSocial.
Denomina-se prestações previdenciárias as obrigações de dar e de fazer da Previdência Social para com os 
segurados e seus dependentes. 
Uma vez ocorrida a hipótese de que trata a norma, é obrigação do ente previdenciário conceder a prestação 
prevista em lei, nos estritos ditames do que ali esteja determinado. Ao beneficiário, por seu turno, não comporta 
a renúncia do direito à prestação que lhe é devida, salvo se visa outra, que lhe seja mais benéfica. Contudo, o 
beneficiário terá direito aos benefícios a partir da data do requerimento, sendo retroativo apenas nos casos expressos 
em lei.
A gestão do RGPS é realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal responsável 
pela concessão e manutenção dos beneficios e serviços do RGPS.
A estrutura organizacional do INSS, disciplinada pelo Decreto no 5.870, de 8 de agosto de 2006, contempla 
Gerências Regionais, Gerências-Executivas, Agências da Previdência Social, Auditorias e Corregedorias Regionais, 
Procuradorias Regionais e Seccionais, bem como as Agências de Benefícios por Incapacidade e de Atendimento de 
Demandas Judiciais. As competências dessas unidades são detalhadas na Estrutura Regimental do INSS, aprovada 
pela Portaria nº 26, de 19 de janeiro de 2007.
A gerência executiva gerencia, supervisiona, organiza e comanda a execução das ações das Agências da 
Previdência Social; assegura o controle social, em especial por meio da manutenção dos Conselhos de Previdência 
Social. No âmbito das procuradorias, representa judicial ou extrajudicialmente o INSS e as instituições de que seja 
mandatário ou com as quais mantenha convênio.
Nos termos do artigo 2º do Decreto 5.870/2006, as gerências executivas são órgãos descentralizados, vamos 
observar:
Art. 2º O INSS tem a seguinte estrutura organizacional:
[...] IV - unidades e órgãos descentralizados:
a) Gerências Regionais;
b) Gerências-Executivas;
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c) Agências da Previdência Social;
d) Agências da Previdência Social de Benefícios por Incapacidade;
e) Agências da Previdência Social de Atendimento de Demandas Judiciais;
f) Auditorias Regionais; e
g) Corregedorias Regionais.
Observe que há critérios especiais de nomeação estabelecidos no artigo 4º do Decreto 5.870/2006:
Art. 4o As nomeações para os cargos em comissão, as funções comissionadas e as funções gratificadas inte-
grantes da estrutura regimental do INSS serão efetuadas em conformidade com a legislação vigente.
§ 1o Os Gerentes-Executivos serão escolhidos, exclusivamente, em lista quíntupla composta a partir de proces-
so de seleção interna, que priorize o mérito profissional, na forma e condições definidas em portaria ministerial, 
promovido mediante adesão espontânea dos servidores ocupantes de cargos efetivos, pertencentes ao quadro de 
pessoal do INSS ou do Ministério da Previdência Social, e dos procuradores federais em exercício na Procurado-
ria Federal Especializada junto ao INSS. 
Não permanece a cargo do INSS a fiscalização das contribuições sociais destinadas aos terceiros.
A Receita Federal do Brasil (RFB) acumula as competências atuais da Receita Federal, com a competência para 
planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, fiscalização, arrecadação, cobrança e 
recolhimento das contribuições previdenciárias das empresas, dos trabalhadores e dos empregadores domésticos. 
Passou também a ser responsabilidade da RFB a fiscalização das contribuições devidas a terceiros, assim entendidas 
outras entidades e fundos, bem como a contribuição para o salário-educação. Assim, passa a ser competência da 
RFB a fiscalização, de forma geral, das contribuições previdenciárias.
3.1 SEGURADOS OBRIGATÓRIOS.
É segurado da Previdência Social:
a) De forma compulsória, a pessoa física que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza 
urbana ou rural, com ou sem vínculo de emprego. 
b) Aquele que se filia facultativa e espontaneamente à Previdência Social, contribuindo para o custeio das 
prestações sem estar vinculado obrigatoriamente ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou a outro regime 
previdenciário qualquer.
Dessa forma, existem duas espécies de segurados: os obrigatórios e os facultativos.
SEGURADO OBRIGATÓRIO:
Segurados obrigatórios são aqueles que contribuem compulsoriamente para a Seguridade Social, com direito 
aos benefícios pecuniários previstos para a sua categoria (aposentadorias, pensões, auxílios, salário-família, salário-
maternidade) e aos serviços (reabilitação profissisonal e serviços sociais) a cargo da Previdência Social.
O exercício de atividade remunerada obriga a filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Além 
disso, aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de 
Previdência Social é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades. O aposentado pelo RGPS 
que continua a exercer atividade remunerada também é segurado obrigatório em relação a essa atividade, ficando, 
portanto, sujeito ao recolhimento das contribuições previdenciárias.
O pressuposto básico para alguém ter a condicão de segurado do RGPS é o de ser pessoa física (art. 12 da 
Lei nº 8.212/91), pois é inconcebível, a existência de segurado pessoa jurídica. Outro requisito para ser segurado 
obrigatório é o exercício de uma atividade laborativa, remunerada e lícita, pois o exercício de atividade com objeto 
ilícito não encontra amparo na ordem juridica. Por exemplo, não dá para recolher contribuições sociais por laborar 
no tráfico de drogas.
O segurado obrigatório exerce atividade remunerada, seja com vínculo empregatício, urbano, rural ou doméstico, 
seja sob regime jurídico público estatutário (desde que não possua sistema próprio de previdência social), seja 
trabalhador autônomo ou a este equiparado, trabalhador avulso, empresário, ou segurado especial. 
Nunca é de mais lembrar que o trabalhador abrangido pelo Regime Próprio (servidor público), não poderá optar 
pelo regime geral, devendo, obrigatoriamente contribuir com o regime próprio.
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3.2 FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO. 
Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual 
decorrem direitos e obrigações.
Os direitos estão relacionados ao recebimento das prestações previdenciárias, quando da ocorrência de 
algum evento que seja considerado por lei como pressuposto para sua concessão, e a obrigação está relacionada à 
contribuição para o financiamento do sistema. 
O vínculo decorre automaticamente de atividade remunerada, para os segurados empregados, e da inscrição 
formalizada com o pagamento da primeira contribuição, para o segurado facultativo.
A lei distingue dois momentos: filiação e inscrição.
Para os segurados facultativos a filiação e a inscrição são simultâneas, afinal, o vínculo deste tipo de segurado 
só ocorre a partir da inscrição e do recolhimento da primeira contribuição.
Já os segurados obrigatórios, via de regra, os dois momentos podem não ser coincidentes. Exemplo: Se alguém 
começa a trabalhar para uma empresa, na condição de empregado, estará desde o primeiro instante desse fato, 
vinculado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), sendo sujeito de direitos e obrigações, mesmo que a 
empresa somente faça sua inscrição dias após esse fato. Se esse empregado sofrer um acidente em seu primeiro dia 
de trabalho, já terá direito ao auxílio doença, mesmo que a empresa ainda não tenha efetuado sua inscrição nem 
recolhido a primeira contribuição previdenciária, podendo fazer após alguns dias, de forma retroativa.
Considera-se inscrição, o ato pelo qual o segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, 
mediante comprovação dos dados

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