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TC034_fissuração

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1
Fissuração
TC 034 Materiais de Construção III
José Marques Filho
José Marques Filho2
FissuraFissuraçção em Concretoão em Concreto
Agradecimento especial ao Eng. Rubens Bittencourt de FURNAS
José Marques Filho3
� As fissuras fazem com que 
as obras percam a finalidade 
a que se destinam, sejam 
elas para:
– contenção de água;
– resistirem a meios 
agressivos;
– resistirem a esforços 
mecânicos
� devendo portanto serem 
reparadas. Os 
procedimentos para reparos 
destas fissuras são de difícil 
execução e de elevado custo.
José Marques Filho4
� É de suma importância um 
criterioso estudo de 
dosagens para definição 
dos consumos de 
materiais.
� Deverá ser determinado o 
consumo de cimento, 
levando-se em 
consideração a mínima 
consistência (slump) 
necessária ao lançamento.
José Marques Filho5
As fissuras podem 
aparecer antes ou após
o endurecimento da 
massa de concreto.
José Marques Filho6
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
� Fissuras anteriores ao 
endurecimento, isto é, 
durante o estado plástico da 
massa de concreto, são 
causadas principalmente:
– assentamento do concreto;
– movimentação de fôrma e 
assentamento de fundação;
– concretagens em rampa;
– pela retração plástica;
– erros no acabamento do 
concreto;
– pela soma de mais de uma 
delas.
José Marques Filho7
Assentamento do concreto
• Algum tempo após o 
lançamento do concreto os 
materiais mais finos do 
concreto começam a assentar, 
provocando a expulsão de 
água e ar. A água vem a 
superfície como exsudação. 
Esse assentamento continua 
até o concreto endurecer.
• Os agregados maiores e 
armadura oferecem restrição a 
este deslocamento da massa, 
provocando a fissuração. A 
utilização de concretos muito 
plásticos provoca uma maior 
exsudação e, portanto, dando 
origem à fissuração.
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho8
Assentamento do concreto
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho9
Assentamento do concreto
Cuidados Necessários:
� Correta vibração do 
concreto e revibração do 
concreto se houver fissuras;
� Uso de uma dosagem 
adequada, empregando o 
mínimo de água, para obter 
a consistência necessária ao 
lançamento. Se necessário 
utilizar aditivos redutores de 
água
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho10
Movimentação de Fôrma e/ou Assentamento de Fundação
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho11
Cuidados Necessários:
• Preparação adequada da fundação;
• Projeto e preparo adequado de fôrmas.
Movimentação de Fôrma eAssentamento de Fundação
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho12
Concretagens em Rampa
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
José Marques Filho13
Retração Plástica
Este tipo de fissuração é causada pela perda rápida da água na 
superfície do concreto, seja por evaporação, por absorção do 
agregado, da fôrma ou fundação. Alta temperatura ambiente e baixa 
umidade relativa do ar provocam perda rápida de água e, 
consequentemente, fissuração na superfície do concreto.
José Marques Filho14
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
Retração Plástica
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
15
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
Retração Plástica
• a retração plástica em argamassas 
é sempre muito elevada;
• um aumento da consistência ou na 
quantidade de água de uma 
dosagem provoca um aumento da 
retração plástica;
• para uma mesma relação 
água/cimento, a retração aumenta 
com o aumento do consumo de 
cimento.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
16
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
Retração Plástica
Cuidados Necessários:
• Utilizar água fria ou gelada para o amassamento do concreto;
• Estocar os agregados na sombra e também resfriá-los com água fria ou 
gelada;
• Conservar as formas e a base da concretagem protegidas do sol;
• Concretar em horários menos quentes, como durante a noite ou de manhã 
cedo;
• Revibração do concreto;
• Aplicar cura química imediatamente após o lançamento;
• Iniciar a cura com água o mais cedo possível;
• Antes da cura, usar nebulização contínua de água;
• Proteger a superfície do concreto da ação do vento e dos raios solares.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
17
Fissuras Anteriores ao Endurecimento
Esse tipo de fissura aparece em idades bem baixas, e são causadas por 
erros no acabamento ou cura do concreto;
O excessivo uso de desempenadeira para o acabamento do concreto faz 
com que a água, o cimento e os agregados finos venham a superfície;
Também a prática de jogar cimento e água com brochas na superfície do 
concreto (queima) causa o aparecimento de fissuras em mapa.
Erros no Acabamento
(Fissuras em Mapa)
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
18
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Congelamento e degelo;
Cristalização de sais nos poros;
Retração por secagem ou retração hidráulica;
Ação mecânica;
Reação álcali-agregado;
Corrosão da armadura / cloreto;
Ataque por sulfato;
Cura térmica (etringita retardada);
Origem térmica.
José Marques Filho19
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Em climas frios, os ciclos de 
congelamento e degelo são 
responsáveis por grandes gastos, 
causados por danos em pontes, 
muros de arrimos, pavimentos, 
dormentes, etc.
Os danos causados por este 
fenômeno são a fissuração e o 
destacamento.
Congelamento e degelo
Fissura D ao longo das juntas longitudinais e 
transversais de um piso de 09 anos (Mehta / 
Monteiro pág. 135).
José Marques Filho20
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Descascamento de uma superfície de 
concreto (Mehta / Monteiro pág. 135).
Congelamento e degelo
Deterioração de um muro de arrimo de 
concreto, sem ar incorporado, ao longo da 
linha de saturação (Mehta / Monteiro pág. 
135).
José Marques Filho21
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
(fotos cedidas p/Monteiro) 
Congelamento e degelo
José Marques Filho22
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Conteúdo de ar (%)Dimensão máxima nominal
do agregado (mm) Exposição severa Exposição moderada
9 7,5 6
12,5 7 5,5
19 6 5
25 6 4,5
37,5 5,5 4,5
50 5 4
76 4,5 3,5
ACI Committe 318
Congelamento e degelo
José Marques Filho23
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Cristalização de sais nos poros
O Committe 201 do ACI mensiona a evidências de que uma ação 
puramente física (sem envolver ataque químico) da cristalização de 
sulfatos nos poros do concreto pode ser responsável por danos 
consideráveis.
Por exemplo, quando um lado de um muro de arrimo ou laje de um 
concreto permeável está em contato com uma solução salina e o outro 
lado está sujeito a evaporação, o material pode deteriorar por tensões 
resultantes da pressão de sais que cristalizam nos poros.
(Metha/Monteiro pág 132/133).
José Marques Filho24
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Ação Mecânica
Esse tipo de fissura ocorre por erros no projeto ou cargas não previstas 
no projeto estrutural.
Cuidados Necessários:
• Projeto estrutural correto;
• Re-análise do projeto, com reforços das estruturas para suportar as 
cargas não previstas.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
25
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Retração por secagem ou
retração hidráulica
A retração por secagem ocorre por 
perda de parte da água de 
amassamento por evaporação para 
o ambiente. Esta perda é mais 
lenta do que a ocorrida na retração 
plástica. A retração será tanto 
maior quanto maior o teor de água 
de amassamento. Pastas e 
argamassas apresentam maior 
retração que o concreto e, portanto, 
quantomais pasta ou argamassa 
contiver no concreto maior será a 
retração.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
26
Retração por secagem ou
retração hidráulica
Concretos que utilizam cimentos 
com maior superfície específica 
apresentam maior retração.
Concretos que utilizam adições ao 
cimentos com maior superfície 
específica apresentam maior 
retração.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
27
Retração por secagem ou
retração hidráulica
Minimizadas:
• Utilização de armadura especial;
• Uso de fibras;
• Uso de polímeros;
• Aplicação de concreto com maior resistência à tração;
• Uso de uma dosagem adequada, empregando o mínimo de água para 
obter a consistência necessária ao lançamento;
• Cura do concreto para evitar que ele perca água antes de atingir 
suficiente resistência à tração;
• Correto espaçamento de juntas.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho28
Reação álcali-agregado
Alguns tipos de agregados 
possuem minerais reativos, que em 
presença dos álcalis do cimento 
(Na2O e K2O) geram reações 
expansivas; que poderão levar o 
concreto a ruína. 
Estas reações poderão se processar 
durante muitos anos, o que torna 
difícil, caro ou até mesmo 
impossível sua recuperação.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho29
Reação álcali-agregado
Além da reação álcali-sílica poderão ocorrer outras reações como álcali-
carbonato e álcali-silicato. Atualmente, os tipos mais conhecidos de 
ensaios para verificação de possível reação álcali-agregado:
Osipov Thermal Method - Albert Osipov - Institute Hydroproject of 
Moscou;
NBRI - Na Accelerated Method for Testing the Potencial Alkali Reactivity 
of Siliceous Aggregates - National Building Research Institute - Council 
for Scientific and Industrial Reasearch - Pretoria - South Africa;
ASTM C 227/90 - Test Method for Potential Alkali Reactivity of Cement-
Aggregate Combinations (Mortar-Bar Method);
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho30
Reação álcali-agregado
ASTM C 289/94 - Test Method for Potencial Alkali-Silica Reactivity of 
Aggregates (Chemical Method);
ASTM C 342/90 - Test Method for Potential Volume Change of 
Cement-Aggregate Combinations;
ASTM C 441/89 - Test Method for Effectiveness of Mineral Admixtures 
or Ground Blast-Furnace Slag in Prenting Excessive Expansion of 
Concrete Due to the Alkali-Silica Reaction;
ASTM C-586/92 - Test Method for Potencial Alkali Reactivity of 
Carbonate Rocks for Concrete Aggregates (rock Cylinder Method);
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho31
Reação álcali-agregado
ASTM C 1105/89 - Test Method for Length Change of Concrete Due to 
Alkali-Carbonate Rock Reaction;
ASTM 1293/95 - Test Method for Concrete Aggregates by Determination 
of Length Change of Concrete Due to Alkali-Silica Reaction;
NBR 9773/87 - Agregado - Reatividade Potencial de Álcalis em 
Combinação Cimento-Agregado;
NBR 9774/87 - Agregado - Verificação da Reatividade Potencial pelo 
Método Químico;
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho32
Reação álcali-agregado
NBR 12651/92 - Materiais Pozolânicos - Determinação da Eficiência de 
Materiais Pozolânicos em Evitar a Expansão do Concreto Devido à
Reação Álcali-Agregado;
H. Tamura - A Test Method on Rapid Identification of Alkali Reactivity 
Aggregate (GBRC Rapid Method);
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho33
Reação álcali-agregado
ASTM 1260/01 - Test 
Method for Potential Alkali 
Reactivity of Aggregates 
(Mortar-Bar Method);
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
34
Reação álcali-agregado ASTM 1260/94 - Test Method for Potential 
Alkali Reactivity of Aggregates
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
Idade (dia)
V
a
r
i
a
ç
ã
o
 
d
e
 
C
o
m
p
r
i
m
e
n
t
o
 
(
%
)
Potencialmente reativo
Inócuo
Deletério
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
35
Reação álcali-agregado
ASTM C 295/90 - Guide for 
Petrographic Examination of 
Aggregates for Concrete;
ASTM C 856/88 - Pratice for 
Petrographic Examination of 
Hardened Concrete;
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho36
Reação álcali-agregado
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Poros na argamassa 
revestido com produto branco 
(6,4 X)
Microscopia Ótica
As análises microscópicas petrográficas 
do agregado e das barras de argamassa 
são obtidas com auxílio do microscópio 
estereoscópico (amostra em superfície 
plana semi-polida) e complementado por 
análise ao microscópio polarizador de 
luz transmitida (em lâmina delgada).
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
37
Reação álcali-agregado
Microscopia Ótica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Poro próximo ao agregado 
revestido com produto branco 
(16,0 X)
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
38
Reação álcali-agregado
Microscopia Ótica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Faixa quartzosa (1) no contato entre o mármore (à esquerda) e o calcário 
(à direita). Cristais de quartzo estirados com extinção ondulante (2), 
calcário arenoso (3); lente de quartzo e mármore calcítico (4) com cristais 
bem desenvolvidos de calcita (5) e quartzo (6). Imagem ao microscópio 
ótico; nicóis cruzados; aumento de 25x.
1
2
4
3
5
6
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
39
Reação álcali-agregado
Microscopia Eletrônica de Varredura
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho40
Reação álcali-agregado
Microscopia Eletrônica de Varredura
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Poro Preenchido com Gel 
Gretado Botrioidal
(800 X)
Gel Maciço Gretado no Poro 
(450 X)
José Marques Filho41
Reação álcali-agregado
Microscopia Eletrônica de Varredura
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Poro com Gel Maciço 
Próximo ao Agregado
(280 X)
Poro com Produto na Forma 
Rendada
(2.200 X)
José Marques Filho42
Reação álcali-agregado
Microscopia Eletrônica de Varredura
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Gel Amorfo no Poro
(2.600 X)
Produto Cristalizado (C) 
entre Agregados (A)
(6.900 X)
José Marques Filho43
Reação álcali-agregado
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho44
Reação álcali-agregado
Cuidados Necessários:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Realizar ensaios de laboratório para verificação de possível reação 
álcali-agregado;
Se os ensaios confirmarem a presença de agregado reativo, utilizar 
pozolanas ou cimento Portland pozolânico, cimentos Portland de alto 
forno, sílica ativa ou o próprio agregado pulverizado;
Ensaios de laboratório para verificação do teor ideal de pozolana, 
escória, sílica ativa ou agregado pulverizado a ser adicionado, caso o 
agregado apresente-se como reativo ou potencialmente reativo em 
presença dos álcalis do cimento.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
45
Corrosão da armadura
A corrosão pode ser classificada em:
• química (corrosão seca ou oxidação)
• eletroquímica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
46
Corrosão da armadura
A corrosão química (corrosão seca ou 
oxidação) se dá por reação de um gás com o 
metal.
É uma reação lenta e normalmente não 
provoca grande deterioração no metal e 
consequentemente, não afeta significativamente 
a construção civil.
Fissuras Posteriores ao EndurecimentoJosé Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
47
Corrosão da armadura
Por outro lado, a corrosão eletroquímica ou 
aquosa traz grandes problemas as armaduras 
das construções.
Esta corrosão ocorre em um meio aquoso, 
resultante de uma pilha ou célula de corrosão, 
com eletrólito e diferença de potencial entre os 
trechos da superfície do aço.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
48
Corrosão da armadura
O eletrólito se forma a partir da presença de 
umidade no concreto.
Este tipo de corrosão provoca um movimento 
de elétrons ao longo de trechos da armadura e 
um movimento iônico através do eletrólito. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
49
Corrosão da armadura
A corrosão de armadura pode ser classificada em:
• corrosão generalizada;
• corrosão por pite (ou pontiforme);
• corrosão sob tensão fraturante:
• ocorre eminentemente em estruturas 
protendidas;
• podem ocorrer em estruturas de 
concreto armado;
• sua ocorrência é grande em ambientes 
ricos em cloretos e com níveis elevados 
de tensão. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
50
Corrosão da armadura
Ação dos Cloretos (Cl-):
Os íons cloretos eram introduzidos 
intensionalmente nas estruturas de 
concreto como agente acelerador de 
pega e endurecedor.
Aparecem também através de 
agregado ou água contaminados.
Em climas frios, podem vir através 
dos sais anticongelantes.
Também através de salmoras 
industriais e maresias. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
51
Corrosão da armadura
Mecanismos de transporte dos
íons dos cloretos (Cl-):
• Absorção capilar;
• Difusão iônica;
• Permeabilidade sob pressão;
• Migração iônica.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
52
Corrosão da armadura
Mecanismos de transporte dos
íons dos cloretos (Cl-):
Absorção capilar
A absorção capilar é a primeira 
porta de entrada dos íons cloreto, 
provenientes, por exemplo, de névoa 
marítima.
Depende da porosidade, viscosidade e 
tensão superficial do líquido. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
53
Corrosão da armadura
Mecanismos de transporte dos
íons dos cloretos (Cl-):
Difusão iônica
A absorção capilar ocorre na superfície do concreto, sendo que a difusão 
iônica é o principal mecanismo de transporte no interior da estrutura, em 
meio aquoso.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
54
Corrosão da armadura
Mecanismos de transporte dos
íons dos cloretos (Cl-):
Permeabilidade
A permeabilidade é um dos principais parâmetros de qualidade de um 
concreto e representa a facilidade ou dificuldade com que um líquido sob 
pressão penetra no concreto. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
55
Corrosão da armadura
Mecanismos de transporte dos
íons dos cloretos (Cl-):
Migração iônica
Os íons cloretos por serem cargas negativas, promovem migração iônica, o 
qual pode se dar pelo próprio campo gerado pela corrente elétrica do 
processo eletroquímico, como por ação de campos elétricos externos.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
56
Corrosão da armadura
Carbonatação:
Nas superfícies expostas a alta 
alcalinidade devido ao Ca(OH)2
liberado na hidratação pode ser 
reduzido pela ação do CO2 do ar e 
outros como SO2 e H2S.
Este processo é chamado 
carbonatação e geralmente é
condição essencial para o início da 
corrosão das armaduras.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
57
Corrosão da armadura
Carbonatação:
Felizmente, o processo de carbonatação
é lento, atenuando-se com o tempo 
devido aos produtos de hidratação e 
pelos próprios produtos da 
carbonatação (CaCO3), que colmatam
os poros superficiais, dificultando a 
entrada de CO2 do ar.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
58
Corrosão da armadura
Cuidados Necessários:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
• Cuidados no uso de aditivos que contenham em sua fórmula o 
cloreto de cálcio;
• Cobrimento das armaduras adequado;
• Cuidados especiais se o concreto estiver sujeito à correntes elétricas;
• Utilizar dosagem adequada, com o mínimo de água para a 
hidratação.
José Marques Filho59
Formação da etringita
(trisulfoaluminato de cálcio)
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
ETRINGITA DE HIDRATAÇÃO
A etringita é conhecida como o primeiro 
hidrato a se formar quando o cimento 
entra em contato com a água, sendo um 
produto de hidratação normal de ser 
encontrado em concretos.
Este produto é responsável pelo 
enrijecimento (perda de consistência) e 
início da pega (solidificação dada pela 
C3A) da pasta.
MEV- 7.000X – cristais aciculares de etringita
C3A (aluminato tricálcico) + CaSO4 (gesso) + H2O => C6AS3H32
José Marques Filho60
Formação da etringita
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
• reduzir a solubilidade do C3A, caso 
contrário as fases aluminatos se 
formariam rapidamente endurecendo o 
concreto nas primeiras horas, evitando a 
praticidade de sua utilização;
• Aumenta a solubilidade dos silicatos 
(pela presença do SO4), acelerando a 
velocidade de hidratação da fase C3S, 
que contribui para o final da pega.
Motivo do uso do gesso (regulador de pega):
Retarda pega causada pelo C3A e acelera a pega causada pelo C3S:
José Marques Filho61
Formação da etringita
ETRINGITA CLÁSSICA - SECUNDÁRIA:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Uma outra possibilidade, de acordo com 
Mehta & Monteiro e Neville, é que este 
produto (a etringita) possa ser formado 
em concretos, já no estado endurecido, 
quando do ataque externo por sulfatos 
de cálcio que podem estar presentes em 
solos ou águas freáticas.
José Marques Filho62
Formação da etringita
ETRINGITA CLÁSSICA - SECUNDÁRIA:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Segundo Mehta & Monteiro, há uma 
concordância geral que as expansões no 
concreto relacionadas aos sulfatos são 
associadas à formação da etringita e apesar 
dos mecanismos de expansão não estarem 
bem definidos, acredita-se que esta expansão 
possa estar associada ao crescimento de seus 
cristais ou à adsorção de água deste produto 
em meio alcalino. 
Outro produto que também pode ser 
formado e causar expansões a partir de um 
ataque por sulfatos é a gipsita. Amostra polida - interface/poro
José Marques Filho63
Formação da etringita
ETRINGITA SECUNDÁRIA:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
MEV - Finas placas de monosulfato de cálcio
Concretos que utilizarem cimentos com 
elevados teores de C3A estão sujeitos a 
formação de monosulfatos.
Alguns dias após a hidratação do cimento, 
acaba o gesso (CaSO4), fazendo com se 
processe a reação: 
C3A + etringita (fornece S) => monosulfato
(fase instável) C4ASH18 
José Marques Filho64
Formação da etringita
ETRINGITA SECUNDÁRIA:
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
O ataque pode ocorrer quando há
formação de monosulfato (cimentos 
c/ elevados teores de C3A).
O monosulfato C4ASH18 (fase 
instável) em presença de uma fonte 
externa à pasta de sulfatos (SO4--) 
=> etringita C6AS3H32
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
65
Previsão da Temperatura
Métodos de Cálculo:
diferenças finitas
elementos finitos
Fluxos de Liberação de Calor:
unidirecionalbidirecional
tridirecional
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
66
Previsão da Elevação da 
Temperatura do Concreto
No fluxo unidirecional é
admitida uma linha imaginaria 
no centro do bloco e no sentido 
do fluxo. No centro do bloco 
porque é onde são encontradas 
as maiores temperaturas.
Esta linha é dividida em 
pequenos intervalos. No centro 
dos intervalos são formados os 
nós onde serão calculadas as 
temperaturas.
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
67
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho68
No caso de fluxo bidirecional, ao invés de 
uma linha de temperatura é considerado 
um plano no sentido dos dois fluxos e 
passando no centro do bloco. Este é o 
caso de blocos ou vigas, onde duas de 
suas dimensões são aproximadamente 
iguais.
José Marques Filho69
Fatores que Influenciam na 
Elevação de Temperatura
Consumo de Cimento
Um dos fatores que mais influencia 
na temperatura. 
É influenciado principalmente pela:
consistência
relação A/C
granulometria dos agregados
dimensão máx. do agregado 
graúdo
utilização de aditivos.
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
70
Influência do Tipo de Cimento
Sigla Classe
Clínquer +
Sulfato de
Cálcio
Escória
Material
Pozolânico
(C)
Material
Carbonático
(D)
CP II-E 25, 32 e 40 94-56 6-34 - 0-10
CP II-Z 25, 32 e 40 94-76 - 6-14 0-10
CP II-F 25, 32 e 40 94-90 - - 6-10
Cimento Portland Composto
Sigla Classe
Clínquer +
Sulfato de
Cálcio
Escória MaterialPozolânico
Material
Carbonático
(*)
CP I 25, 32 e 40 100 0
CP I-S 25, 32 e 40 99 – 95 1 - 5
Cimento Portland Comum
Origem Térmica
FissurasFissuras PosterioresPosteriores aoao EndurecimentoEndurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
71
Influência do Tipo de Cimento
Sigla Classe
Clínquer +
Sulfato de
Cálcio
Material
Pozolânico
Material
Carbonático
(*)
CP IV 25 – 32 85 – 45 15 – 50 0 - 5
Cimento Portland Pozolânico
Sigla Classe
Clínquer +
Sulfato de
Cálcio
Escória
Granulada
(A)
Material
Carbonático
(B)
CP III 25, 32 e 40 65 – 25 35 - 75 0 - 5
Cimento Portland de Alto-Forno
Sigla Clínquer + Sulfato deCálcio
Material Carbonático
(A)
CP V-ARI 100 - 95 0 - 5
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho72
Influência do Tipo de Cimento
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
73
Influência da Difusividade Térmica
A difusividade térmica do concreto é
uma propriedade também de grande 
influência na elevação de temperatura 
de uma estrutura.
Com o aumento da difusividade térmica 
há uma maior troca de calor, obtendo-
se elevações de temperatura menores.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
74
Influência da Difusividade Térmica
�Maior dissipação de calor
� Escolha do agregado
� Estudo de laboratório e análise térmica
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho75
Influência da Altura das Camadas
A altura das camadas de 
concretagem tem influência 
acentuada na temperatura a ser 
atingida pelo concreto na estrutura.
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
76
Influência da Altura das Camadas
Em blocos com grandes dimensões 
e com grandes alturas de camadas, 
a elevação de temperatura do 
concreto poderá atingir valores 
próximos a elevação adiabática, e 
mesmo superiores.
A altura da camada é um dos 
fatores que mais contribui para o 
controle térmico.
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho77
Influência do Intervalo de 
Lançamento
• É inversamente proporcional à
elevação de temperatura.
• É um dos principais fatores 
para controle da temperatura
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho78
Influência da Dif. de Temperatura 
Contorno - Concreto Fresco
Outro fator de grande influência na 
temperatura que o concreto irá atingir na 
estrutura, é a diferença de temperatura 
entre o contorno (fundação/temperatura 
ambiente) e o concreto fresco. 
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho79
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
Temperatura Máxima do Concreto 
na Estrutura
José Marques Filho80
Os processos mais usuais de 
refrigeração do concreto são:
�Pré-refrigeração do concreto 
com gelo em escamas;
�Pré-refrigeração do concreto 
com água gelada;
�Pré-refrigeração dos 
agregados através de 
aspersão de água gelada;
�Pós-refrigeração do concreto 
através de circulação de 
água, gelada ou não, por 
condutos deixados na massa 
do concreto.
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho81
Refrigeração do Concreto
A refrigeração do concreto é um dos 
critérios mais utilizados para reduzir a 
temperatura máxima do concreto, 
sem atrasar o cronograma da obra. 
Em grandes obras, muitas vezes é
mais econômico refrigerar o concreto 
e aumentar a altura das camadas, 
diminuindo desta forma o gasto com 
preparação de superfícies, com 
montagem de formas, desforma e 
cura. 
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
82
Pré - Refrigeração do Concreto 
Através de Gelo em Escama
Após a verificação da necessidade 
de utilização de refrigeração do 
concreto, uma das hipóteses a ser 
considerada é a pré-refrigeração 
do concreto através do uso de gelo 
em escama em substituição 
parcial ou total da água de 
amassamento do concreto. 
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento
José Marques Filho
Simulação de CCR em Laboratório
83
Refrigeração do Concreto
Pós-refrigeração do concreto através 
de circulação de água gelada através 
de condutos deixados na massa do 
concreto.
Origem Térmica
Fissuras Posteriores ao Endurecimento

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