ATPS EDUCACAO DE JOVENS E ADULTOS

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Uniderp Centro de Educação à Distância
Curso de Pedagogia – Licenciatura
Disciplina de Educação de Jovens e Adultos
Jucineide Gomes dos Santos - RA: 378225
Maria Cristina Garcia - RA: 364918
Mônica Renata Ferreira Chagas - RA: 404416
Rafael Nogueira Dias - RA: 356225
Raquel Souza Leal de Faria - RA: 400361
Título: Plano de Aula para EJA.
Hortolândia
2014
Jucineide Gomes dos Santos RA: 378225
Maria Cristina Garcia RA: 364918
Mônica Renata Ferreira Chagas RA: 404416
Rafael Nogueira Dias RA: 356225
Raquel Souza Leal de Faria RA: 400361
Título: Plano de Aula para EJA 
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada (ATPS) ao Curso de Pedagogia da Universidade Anhanguera Educacional requisito parcial à obtenção do título de Licenciatura em Formação. 
Orientadora: Ma. Cleudimara Santos Sartori Silva
Hortolândia
2014
SUMÁRIO
Introdução.......................................................................................................................................... 04
1-Justificativa ................................................................................................................................... 05
2- Contribuições de Paulo Freire para Educação de Jovens e Adultos ............................................ 05
3-Andrologia ..................................................................................................................................... 07
4-Objetivos Gerais da Educação de Jovens e Adultos ..................................................................... 07
5-Plano de Aula para o EJA: Língua Portuguesa ............................................................................. 08
Considerações Finais ........................................................................................................................ 10
Referências Bibliográficas ................................................................................................................ 11
Introdução
O desenvolvimento da presente ATPS, objetiva aprofundarmos nossos conhecimentos através do estudo de Educação de Jovens e Adultos, buscando esclarecimento sobre vários aspectos dessa modalidade de ensino, tais como; especificidades e características, desafios históricos e políticos, condição social e histórica dos educando da EJA, e a formação do educador, entre outras.
A ATPS, no decorrer do seu desenvolvimento possibilitara: 
A identificação dos problemas educacionais e socioculturais, com postura investigativa, propositiva e integrativa em face de realidades complexas, com o objetivo de contribuir para a superação de exclusões sociais, culturais, religiosas, étnico-raciais e econômicas entre outras.
Avaliando que a formação docente seja um fator preponderante para a atuação voltada ao cumprimento das funções qualificadora, equalizadora e reparadora da EJA, a temática objetiva principalmente refletir sobre a formação docente para e na EJA, já que é intrinsecamente ligada a diversos fatores e acontece de maneira mais significativa após a graduação. 
Segundo tais afirmações, as características mais marcantes dos educando, analisa o distanciamento existente entre a teoria e a prática das políticas implementadas nesta modalidade, reconhecendo e constatando que a formação do docente, requer ser específica e diferenciada em função da complexidade e especificidades da modalidade de ensino, ainda incipiente no Brasil.
Justificativa
Em 1934, foi criado o Plano Nacional de Educação, que previa o ensino primário integral obrigatório e gratuito estendido as pessoas adultas. Este foi o primeiro plano na história da educação brasileiro que previa atendimento específico para jovens e adulto.
Lembrando que nas décadas seguintes houve avanços significativos no que diz respeito a está modalidade de ensino, visando atender os interesses e as expectativas dos sujeitos aprendizes, já que é uma modalidade de ensino complexa, pois envolve dimensões que transcendem a questão educacional.
As reflexões sobre ensinar e aprender devem ser ampliadas, e os saberes de cada aluno resgatados e considerados como ponto de partida para a construção de novos saberes. Os motivos pelos quais os alunos voltaram a buscar os bancos escolares devem ser respeitados, valorizados, investigados e fazerem parte do processo de aprendizagem.
O professor não pode ser considerado figura central, pois todos que fazem parte do cotidiano escolar devem estabelecer relações de reciprocidade e apoio mútuo.
Nesse sentido é que as atribuições do renomado educador Paulo Freire se fazem necessárias, não como um método mais como um caminho e um instrumento de reflexão, com uma proposta de alfabetização voltada para o lado social e comprometida com a formação do aluno que aprende lendo sua realidade.
Os espaços educativos que oferecem a Educação de Jovens e Adultos devem repensar suas propostas pedagógicas, a fim de potencializar a aprendizagem de forma significativa. 
“Contribuições de Paulo Freire para a Educação de Jovens e Adultos”
Em Educação de Jovens e Adultos, a figura do professor Paulo Freire representava a possibilidade da definição de uma política que incorporasse a importância da educação de jovens e adultos na transformação social da cidade e não somente uma educação visando o processo produtivo da Nação. Isso porque, “a prática educativa, reconhecendo-se como prática política, se recusa a deixar-se aprisionar na estreiteza burocrática de procedimentos escolares; lidando com o processo de conhecer, a prática educativa é tão interessada em possibilitar o ensino de conteúdos às pessoas quanto em sua conscientização”.
Na história da alfabetização de adultos ou educação de adultos (atualmente Educação de Jovens e Adultos), as questões pertinentes a esse segmento da educação têm sido muito pouco estudadas e analisadas e, quando o são, enfatizam a ótica da produção, do mercado de trabalho e suas novas tecnologias, voltando-se mais para uma educação de caráter compensatório, negligenciando o desenvolvimento integral do indivíduo, enquanto sujeito/cidadão.
Paulo Freire foi responsável pelo método que consiste numa proposta para a alfabetização de adultos, que criticava o sistema tradicional que utilizava a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. 
As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo, O rato roeu a roupa do rei de Roma, o boi baba, a raposa comeu a uva, dentre outros. Veja as etapas do método:
Etapa de Investigação: busca conjunta entre professor e aluno das palavras e temas mais significativos da vida do aluno, dentro de seu universo vocabular e da comunidade onde ele vive. 
Etapa de Tematização: momento da tomada de consciência do mundo, através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.
Etapa de Problematização: etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
O pensamento pedagógico de Paulo Freire, assim como sua proposta para a alfabetização de adultos inspirou os principais programas de alfabetização e educação popular que se realizaram no país no início dos anos 60. 
Esses programas foram empreendidos por intelectuais, estudantes e católicos engajados numa ação política junto aos grupos populares. Desenvolvendo e aplicando essas novas diretrizes, atuaram os educadores do MEB (Movimento de educação de base), ligados à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dos CPCs (Centros de Cultura Popular), organizados pela UNE (União Nacional dos Estudantes), dos Movimentos de Cultura Popular, que reuniam artistas e intelectuais e tinham apoio de administrações municipais, a Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler, da Secretaria Municipal de Educação de Natale a Campanha de Educação Popular (CEPLAR) na Paraíba. 
Essas duas últimas campanhas citadas tinham vínculos com o estado e efetuaram um tipo de educação popular, que, "se não estavam diretamente em função dos interesses dos trabalhadores, abriram espaços, a partir de interesses imediatos, para a conquista daqueles interesses fundamentais”. (WANDERLEY, 1984, p.106).
 Em 1963, a União Estadual de Estudantes do Estado de São Paulo realizou importante projeto piloto de educação popular na vila Helena Maria em Osasco, também orientando os trabalhos pela concepção de alfabetização de Paulo Freire.
Andrologia
O conceito de Andragogia diz respeito ao ensino de adultos e pode ser considerado como a “arte e a ciência” destinada a auxiliar os adultos a aprender e compreender, o processo de aprendizagem a eles destinado, levando em conta a compreensão do adulto e considerando os aspectos psicológicos, biológicos e sociais que fazem parte desta “arte.” 
Seus objetivos são: A necessidade do adulto em saber a finalidade, e o porquê de certos conteúdos da aprendizagem.
A facilidade em aprender pela experiência.
A motivação para aprender é maior se for interna ( necessidade individual)
A percepção sobre a aprendizagem como resolução de problemas.
Andragogia: promove o aprendizado através da experiência, por isso, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise destas experiências.
	Os adultos se sentem na necessidade de aprenderem quando percebem que estão perdendo na vida profissional, na qualidade de vida, na auto-estima, na satisfação pessoal, entre outros fatores.
	Com o surgimento destas necessidades, eles procuram fazer cursos de atualização, workshops, congressos, etc. Tudo no intuito de serem orientados na evolução dos conhecimentos adquiridos.
	Os orientadores, geralmente chamados de facilitadores, auxiliam e motivam esses alunos, a partir de suas experiências, experimentarem, perceber e compartilhar extraindo um novo conhecimento. Há alguns desafios que devem ser enfrentados, pelo fato de alguns desses alunos de hoje não gostarem de ler, estudar e não saberem escrever.
	Essa responsabilidade dever ser dividida entre as empresas, os orientadores e os próprios alunos na percepção que o conhecimento e o aprendizado devem ser estimulados durante toda a vida.
Objetivos Gerais da Educação de Jovens e Adultos
Que os educando sejam capazes de:
* Dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que vivem.
* Ter acessos a outros graus ou modalidades de ensino básico e profissionalizante, assim como a outras oportunidades de desenvolvimento cultural.
* Incorporar-se ao mundo do trabalho com melhores condições de desempenho e participação na distribuição da riqueza produzida.
* Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecer direitos e deveres da cidadania.
* Desempenhar de modo consciente e responsável seu papel no cuidado e na educação das crianças, no âmbito da família e da comunidade.
* Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitar diferenças de gêneros, geração, raça e credo, fomentando atitudes de não-discriminação.
* Aumentar a auto-estima, fortalecer a confiança na sua capacidade de aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social.
* Reconhecer a valorizar os conhecimentos científicos e históricos, assim como a produção literária e artística como patrimônios culturais da humanidade.
* Exercitar sua autonomia pessoal com responsabilidade, aperfeiçoando a convivência em diferentes espaços sociais.
Plano de Aula para o EJA: Língua Portuguesa
Tema: Alfabeto e Interpretação de Texto
Turma: 1ª Etapa do EJA
Área de Conhecimento: Língua Portuguesa
Justificativa: Compreender a importância de ler e escrever corretamente.
Objetivo Geral: Desenvolver valores individuais e coletivos. Bem como proporcionar aos alunos situação em que possam realizar suas atividades de forma clara e simplificada. Relacionar à escrita e a leitura com seus significados.
 
Objetivos Específicos: 
Identificação e escrita do nome próprio (dos colegas) de palavras contextualizadas:
Identificação e escrita do alfabeto.
Construção e produção de textos significativos individuais e coletivamente desenvolvendo assim a oralidade.
Procedimentos Metodológicos: A aula será dialogada com conversas informais, leituras compartilhadas. Será distribuído para os alunos cartões contendo as letras do alfabeto e crachás com seu nome. Os alunos farão a identificação das letras do alfabeto, feito isso, deveram escrever as letras. Em seguida será solicitado que compare as letras encontradas, evidenciando aquelas que compõem o próprio nome, e procurar formar novas palavras com as mesmas.
Habilidades e Competências: Compreender o processo educativo e saber como aplicar o conhecimento de forma concisa, para que o aluno se sinta valorizado e capaz de participar do segmento cognitivo advindo da transformação obtida através do saber.
Conhecer o papel do educador, sua importância da transmissão de valores, no planejamento e execução de tarefas objetivas e distintas, tão importantes na construção do aprendizado.
Estabelecer relações de respeito e confiança, buscando associar o compromisso da inclusão educacional com a redução das desigualdades sócio-educacionais e culturais. Motivando assim o educando se aprofundar cada vez mais na busca do conhecimento para sua formação e valorização pessoal.
Recursos Utilizados: Crachás com nome dos alunos, alfabeto móvel, sulfite, lápis e borracha.
Avaliação: Processual e continua com base nos seguintes aspectos. A participação e o empenho final de cada um observando a ação e coerência entre o tema proposto e a realização da tarefa.
Conclusão
A escola é uma instituição social que objetiva o desenvolvimento das potencialidades afetivas, físicas e cognitivas dos alunos, por meio da aprendizagem dos conteúdos, que deve acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos discentes a capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que vivem.
	A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino que prima pelo sujeito, formando uma das políticas nacionais que favorecem para inclusão social, trazendo de volta à escola, jovens e adultos que por diversas dificuldades não permaneceram no ensino regular.
	Entretanto escola e sociedade, até o momento, estão distantes deste entendimento, além disso, elas resistem ao fato de defrontar-se com a nova realidade da EJA, que vem se caracterizando com o ingresso de alunos casa vez mais jovem. Sabemos que seriam necessários muitos anos de perquisas, estudos e reflexões, para se chegar à reconfiguração da EJA na qual corresponda a realidade e contexto atual. Antes de direcionar nosso olhar crítico para escola, precisamos considerar que as políticas públicas feitas para organização da EJA, são teoricamente belas, porém parece não serem pensadas para a realidade de nosso país.
Referências Bibliográficas
Editora Positivo. Plano de aula Disponível em: http://atividadespedagogicas/atividades-de-leitura-e-escrita.html Acesso em: 08 de Nov. de 2012