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APOSTILA I CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO

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D I R E I T O M U N I C I P A L 
I. O MUNICÍPIO
1. O Município na Federação
O art. 1º da Constituição Federal de 1988 dispõe que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e o Distrito Federal. Já na parte da organização do Estado, o art. 18, caput, da atual Carta Constitucional é taxativo em demonstrar, de forma clara, que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição.
Desta feita, INDAGA-SE:
OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS SÃO ENTES FEDERATIVOS?
Segundo o entendimento de José Alfredo de Oliveira Baracho, in Teoria Geral do Federalismo, os únicos entes federativos são o Estado Federal e os Estados-membros ou federados.
CARACTERÍSTICAS:
- A Câmara dos Deputados e o Senado são integrados por representantes dos Estados e do Distrito Federal, não dos Municípios;
- A autonomia municipal não é cláusula pétrea;
- Não podem propor emendas à Constituição Federal (art. 60, C.F./88);
- Não possuem Poder Judiciário;
Para Hely Lopes Meirelles, in Direito municipal brasileiro, o Município brasileiro seria uma “entidade de terceiro grau, integrante e necessário ao nosso sistema federativo”.
Segundo entendimento de José Nilo de Castro, in Direito Municipal Positivo, o artigo 1º da Constituição Federal de 1988 elevou o Município à condição de integrante da Federação, sem, contudo formá-la. 
 
CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO.
O § 4º, do artigo 18, da Constituição Federal de 1988, com a redação dada pela Emenda n.º 15/96, enuncia que:
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
(...)
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996)
CRIAÇÃO:
“Criar é instituir, conferir a uma unidade jurídica a personalidade jurídica”. (José Nilo de Castro).
ESTADO => MUNICÍPIO => DISTRITO (EMANCIPAÇÃO) => MUNICÍPIO
INCORPORAÇÃO:
Para Hely Lopes Meirelles “é a reunião de um Município a outro, perdendo um deles a personalidade, que se integra na do território incorporador”.
FUSÃO:
Fusão é, segundo Hely Lopes Meirelles, “a união de dois ou mais Municípios, que perdem, todos eles, a sua primitiva personalidade, surgindo um novo Município”.
DESMEMBRAMENTO:
Desmembramento “é a separação de parte de um Município, para integrar-se noutro ou constituir um novo Município”, enfatiza Hely Lopes Meirelles. 
Modalidade mais comum de criação de Município é o desmembramento que se opera com a emancipação do distrito, elevando-se este à categoria de pessoa jurídica de direito público interno, vejamos:
C.C. - Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
(...)
III- os Municípios;
REQUISITOS ELEMENTARES PARA CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS:
Por Lei Estadual;
Dentro de período determinado por Lei Complementar Federal;
Consulta prévia, via plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos.
Praticar-se-ão estes atos depois de divulgados os estudos de viabilidade municipal (econômica, financeira e técnica) apresentados e publicados na forma da lei. 
Segundo Hely Lopes Meirelles, assinalam-se QUATRO FASES no procedimento de criação de Município:
Representação à Assembléia Legislativa acompanhada dos requisitos mínimos exigidos pela Constituição Federal (art. 18, § 4º), pela Constituição Estadual e pela Lei Complementar Estadual;
Satisfeitas as condições legais, a Assembléia Legislativa determinará que se realize o plebiscito;
Realização do plebiscito pelo Tribunal Regional Eleitoral;
Com o resultado favorável do plebiscito será editada a lei criadora do Município.
MENSAGEM Nº 505, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2013.
Senhor Presidente do Senado Federal 
Comunico a Vossa Excelência que, nos termos do § 1o do art. 66 da Constituição, decidi vetar integralmente, por contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei no 98, de 2002 - Complementar (no 416/08 Complementar na Câmara dos Deputados), que “Dispõe sobre o procedimento para a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, nos termos do § 4o do art. 18 da Constituição Federal”. 
Ouvido, o Ministério da Fazenda manifestou-se pelo veto ao projeto de lei complementar conforme as seguintes razões: 
“A medida permitirá a expansão expressiva do número de municípios no País, resultando em aumento de despesas com a manutenção de sua estrutura administrativa e representativa. Além disso, esse crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes, o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica. Por fim, haverá maior pulverização na repartição dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM, o que prejudicará principalmente os municípios menores e com maiores dificuldades financeiras.” 
Essas, Senhor Presidente, as razões que me levaram vetar o projeto em causa, as quais ora submeto à elevada apreciação dos Senhores Membros do Congresso Nacional. 
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