Futsal e futebol

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CONCEPÇÕES METODOLÓGICAS DOS JOGOS ESPORTIVOS 
Métodos: Global, Parcial, Confrontação e Conceito Recreativo de Jogo Esportivo. 
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 O que é Método?
 Caminho a ser seguido para se atingir um determinado fim, objetivo.
 Independentemente do objetivo é preciso escolher o método correto. 
 O método ideal é aquele que motiva e estimula o aluno a aprender, facilita o processo de aprendizagem por parte dos alunos.
 Somente tarefas adequadas à capacidade e realidade do aluno é que o estimulará, proporcionará prazer, alegria e motivação.
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 Independentemente do aspecto metodológico, duas relações são essenciais dentro do processo ensino-aprendizagem:
Aprendizagem x Motivação.
Aprendizagem x Maturação.
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 Dois princípios ou eixos norteiam, segundo GRECO(2001), a metodologia do ensino dos jogos esportivos na atualidade:
 Analítico-sintético.
 Global-funcional.
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 Analítico-sintético:
 O processo ensino-aprendizagem é realizado em partes, em etapas.
 É baseado no ensino técnico e na repetição de movimentos.
 A ênfase principal da aula está na execução perfeita de técnicas pré-estabelecidas.
 
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 Para GRECO(2001) “o aluno conhece, em primeiro lugar, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico”. A medida em que o aluno domina melhor cada exercício, passa a praticar uma nova seqüência. 
 O método é conhecido como “série de exercícios”, que são regidos por princípios metodológicos tais como: do conhecido ao desconhecido(das partes ao todo), do mais fácil para o mais difícil(diminuição gradativa da ajuda), do simples para o complexo, do mais lento para o mais rápido, etc.
 
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 À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, passa-se a praticar uma nova seqüência.
 Neste princípio corre-se o risco de usar o mesmo tipo de aula/treino para alunos/atletas com perfis diferentes, podendo causar danos para a formação dos mesmos. 
 Os alunos, muitas vezes, se tornam exímios executores de exercícios, porém possuem pouca familiarização com reais situações de jogo. 
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 Global-funcional: 
 Neste eixo a idéia principal é a formação de alunos capazes de resolver problemas dentro de situações reais de jogo.
 A metodologia acontece de forma progressiva através de atividades lúdicas, jogos pré-desportivos(jogos com algumas alterações em suas regras, utiliza-se de formas de jogo menos complexas cujas as regras vão sendo introduzidas aos poucos) e reduzidos, fazendo com que o aluno aprenda a técnica da modalidade juntamente com conceitos táticos, necessários para o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas ocorrentes durante jogo. 
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 Para Greco(2001), o princípio global-funcional caracteriza-se pela intenção de adequar toda complexidade do jogo esportivo através da apresentação de uma seqüência de jogos recreativos acessíveis à faixa etária e a capacidade técnica do aluno iniciante. Para o mesmo autor, essa metodologia tem-se mostrado mais consistente se comparada a analítica, pois atende ao desejo de jogar dos alunos e , conseqüentemente, estes ganham em motivação e o processo ensino-aprendizagem é facilitado.
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Partindo destes princípios metodológicos, segundo Dietrich(1984) e Greco(2001), o professor pode optar pelas seguintes concepções métodológicas de ensino dos jogos esportivos:
 
 Global.
 Confrontação.
 Parcial.
 Conceito Recreativo de Jogo Esportivo.
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 Método Global:
 Segue princípios do eixo global-funcional.
 Consiste na aprendizagem do jogo em si através de uma seqüência de jogos adaptados.
 Parte-se de jogos mais simples, passando pelos mais complexos até o jogo final. “Para chegar à prática do esporte o aluno passará por vários jogos preparatórios”(GRECO, 2001).
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 Neste método tem sido utilizado um processo de ensino que se chama “série de jogos”. Segundo Schneiderat(1994 apud GRECO, 2001) para assegurar o êxito do processo ensino-aprendizagem alguns princípios devem ser respeitados:
- a divisão dos jogos não deve abranger muitas partes, de tal forma que o aluno consiga alcançar logo o jogo objetivado;
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- as formas iniciais de jogos não devem ser mais difíceis que o jogo objetivado(cuidado com as regras); 
- os alunos aprendem de forma mais intensa com jogos e pequenos grupos, e em pequenos espaços. 
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 Dentre as vantagens do método está a maior motivação por partes dos alunos, os componentes técnicos e táticos sempre presentes e a prática constante (o que leva a vivência em situações reais de jogo). Costa(2003) corrobora e aponta que dentre as vantagens estão:
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 Possibilita desde cedo que o aprendiz comece a praticar o jogo.
 A técnica e a tática estão sempre juntas.
 Permite a participação de todos os elementos envolvidos, como o movimento, a reação, percepção, ritmo e outros.
- Aumenta a motivação da prática. 
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 Quanto às desvantagens: não permite a correção de movimentos, atendimentos e avaliações individuais e o aluno demora a perceber sua melhora nos elementos da técnica individual, o que pode provocar um certo desestímulo. Para Costa(2003):
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 O aluno demora a ver o seu progresso técnico, o que pode provocar a desmotivação.
 Não proporciona uma avaliação eficaz sobre desempenho do aluno.
- Não permite o atendimento das limitações individuais. 
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 Método da Confrontação:
 “O jogo se aprende jogando”. Jogar o jogo em si com todas suas regras e formas é a principal maneira de aprender o jogo.
 Para Greco(2001), o “jogo não deve ser dividido em etapas ou tarefas a serem aprendidas pois, se isto ocorrer, a idéia do todo deixaria de existir”.
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 Vantagens: 
- proporciona uma grande socialização e motivação por parte dos praticantes, pois aproxima rapidamente do objetivo final a aprendizagem que é a prática do jogo em si;
- conhecimento da técnica do jogo e vivência do mesmo aprendidos ao mesmo tempo; 
- organização mais fácil das aulas por parte dos professores(segundo Greco(2001) esta é a metodologia do “rola a bola”).
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 Desvantagens: 
 o número de variações é muito grande durante o jogo, o que faz com que o aluno não diferencie aquilo que é importante ou supérfluo;
 - pode existir uma perda de motivação dos menos aptos, pois o sucesso ocorre com menos freqüência; 
- dificuldade de identificar erros técnicos e táticos;
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 nas situações de competição, podem surgir conflitos, muitas vezes em virtude da diferença de rendimento e dos níveis de interesse. 
- pode sobrecarregar a capacidade do aluno, pois muitas vezes as exigências da prática são muito complexas para iniciantes ou para os menos aptos.
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 O prazer e a alegria de jogar são importantes, porém a satisfação é maior ao sentir sabe jogar. Quando se tem a sensação de que faz aquilo bem a motivação é maior, o que leva a querer praticar cada vez mais.
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 Método Parcial:
 Segue princípios do eixo analítico-sintético.
Utiliza a repetição de séries de exercícios para o domínio das técnicas, consideradas como elementos básicos para a prática do jogo.
Entende-se que o jogo é composto por partes que devem ser desenvolvidas separadamente devido a sua complexidade e a dificuldade da aprendizagem da técnica ideal.
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 Vantagens:
possibilita o domínio e aprimoramento da técnica ou de um elemento da técnica individual, ou seja, cria oportunidades de um treinamento motor correto e profundo de elementos isolados do jogo.
- as correções são diretas, fáceis de serem aplicadas e podem, muitas vezes, serem bem compreendidas pelos alunos.
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 o controle sobre progressos na aprendizagem é facilmente realizável.
 dificilmente é criada uma situação de conflito entre os participantes. 
- permite trabalhar respeitando os limites e o ritmo de aprendizagem de cada aluno.
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 Desvantagens:
- não sacia o desejo de jogar do aluno, principalmente o iniciante.
- pode-se tornar uma aula pouco motivante para uns e com alto grau de exigência para outros.
- muitas vezes o exercício realizado foge a uma situação concreta de jogo, o que faz o iniciante a não estabelecer uma relação entre a tarefa realizada e sua utilização.
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 os alunos treinam habilidades individuais mas, na maioria das vezes, não as treinam da forma como serão exigidas posteriormente no jogo.
 sob a pressão do jogo competitivo, as destrezas aprendidas podem não funcionar.
 relacionamento social deficiente.
- apenas padrões de movimentos estimulados pelo professor são oferecidos.
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 Para Dietrich(1984), ao “aprender-se um jogo, a finalidade não é apenas aprender os elementos do jogo, como drible, chute a gol, mas aprender a mesmo tempo quais situações se deve driblar e quando se deve dar o chute gol. As experiências necessárias para tal são possíveis apenas no próprio jogo”.
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 Greco(2001) acredita que o método parcial apresenta, como grande deficiência, o treinamento segmentado das partes para se chegar ao todo. Perde-se a idéia do objetivo principal, apresentando-se como “conta gotas” a situação real do jogo. Isto faz com que a utilização pura do método parcial para iniciação aos jogos esportivos coletivos seja descartada. Esta metodologia traz mais prejuízos do que vantagens para os iniciantes.
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 Método Recreativo:
 Possui grande semelhança com o método global, pois utiliza muitas vezes séries de jogos, com diferentes formas e que, dependendo do objetivo, permitem a aula/treinamento de uma maneira recreativa.
 Alguns autores o consideram sinônimo do método global. Defendem que os alunos devem logo praticar o jogo que desejam aprender. A aprendizagem acontece através de pequenos jogos, jogos adaptados e com regras simplificadas. 
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 Para Alberti(1984) o conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos métodos global e parcial, como a prática constante do jogo e sua construção através da seriação por partes de diferentes aspectos do jogo. Para o mesmo, a utilização de pequenos jogos, muitas vezes, permite que possam ser realizadas as correções e o aperfeiçoamento de gestos técnicos.
 De forma fracionada ou através de jogos, as atividades realizadas devem ter o caráter lúdico, graus de dificuldade adequados e serem prazerosas para o aluno. 
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 É freqüente, em treinamentos com equipes, escolas públicas ou privadas e em escolinhas de iniciação esportiva, seja qual for a faixa etária envolvida, observar que alguns professores dedicam-se ao ensino-treinamento das técnicas, objetivando o aperfeiçoamento do gesto, procurando a performance do campeão. Isto não faz sentido, o rendimento não pode ser medido em função do campeão; a metodologia deve estar adequada às necessidades, aos interesses e faixa de idade.Com isso, certos procedimentos metodológicos não são comuns a todos os alunos, não há método ideal nem infalível que possa ser aplicado a todos.