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Conceitos Básicos Em Doenças Transmissiveis

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MANUAL DE ENFERMAGEM EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Módulo 2 - Conceitos Básicos no Controle de Infecção Hospitalar
Prof. Ms. Fernando Molento
Março 2008
�
Conceitos Básicos:
Contaminação: 
Presença transitória de microrganismos em superfície sem invasão tecidual ou relação de parasitismo. Pode ocorrer em objetos inanimados ou em hospedeiro.
Ex.: flora transitória da mão.
Matéria Orgânica: todos fluídos orgânicos (sangue, secreções, vômitos, fezes, urina, suor, saliva) com potencial de contaminação evidente.
Colonização:
Crescimento e multiplicação de um microrganismo em superfícies epiteliais do hospedeiro, sem expressão clínica ou imunológica.
Ex: Microbiota humana normal.
Infecção:
Danos decorrentes da invasão, multiplicação e ação de produtos tóxicos de agentes infecciosos no hospedeiro, ocorrendo interação imunológica.
Infecção Comunitária (I.C.)
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com a internação anterior no mesmo hospital.
Infecção Hospitalar (I.H.)
É aquela adquirida após a admissão do paciente, que se manifesta durante a internação ou após a alta e que pode ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares.
São também Comunitárias:
Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismos.
Infecçaõ do RN , aquisição por via transplacentária é conhecida e tornou-se evidente logo após o nascimento.
Ex.: Herpes simples, toxoplasmose.
Infecção do RN associada a bolsa rota > 24 horas.
Infecções Previsíveis:
São aquelas em que a alteração de algum evento relacionado pode implicar na prevenção da infecção.
Por exemplo: infecção cruzada, transmitida pelas mãos dos funcionários pode ser evitada se for feita a lavagem correta das mãos.
Infecções não Previsíveis:
São aquelas que acontecem a despeito de todas as precauções tomadas.
Infecção Endógena:
São causadas pela microbiota do paciente.
Infecção Exógena:
São aquelas que resultam da transmissão a partir de fontes externas ao paciente.
Infecção Autógena:
Indica a infecção derivada da flora do paciente adquirida no ambiente hospitalar ou na comunidade.
Super Infecção:
Quando há troca do agente etiológico na mesma topografia.
Não devemos confundir a colonização que ocorre em pacientes graves hospitalizados com super-infecção.
Infecções Metastáticas:
É a expansão do agente etiológico para novos sítios de infecção.
Intoxicação:
Danos decorrentes da ação de produtos tóxicos, que podem também ser de origem microbiana.
Ex: Toxinfecção alimentar
 Choque pirogênico
Portador:
Indivíduo que alberga um microrganismo específico, sem apresentar quadro clínico diagnosticável atribuído ao agente, e que serve como fonte potencial de infecção.
Disseminador:
É o indivíduo que elimina o microrganismo para o meio ambiente.]
Disseminador perigoso:
É aquele disseminador caracterizado como fonte de surtos de infecção. Este profissional deve ser afastado das atividades de risco, até que se reverta a eliminação do agente.
Limpeza:
Remoção de sujidade através de processo mecânico e uso de água e sabão.
Descontaminação: Remoção e/ou redução de matéria orgânica presente em determinado artigo ou superfície
Lavagem das mãos:
É a fricção manual vigorosa de toda a superfície das mãos e punhos, utilizando-se sabão/detergente seguida de enxágüe abundante em água corrente.
É isoladamente, a ação mais importante para a Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar.
Flora residente ou colonizadora
É composta mais comumente por microrganismos Gram + que se multiplicam na pele, ficando estáveis e viáveis por longo período de tempo. Não são facilmente removíveis por escovação, mas são inativadas por anti-sépticos.
Flora transitória ou contaminante
É composta por microorganismos considerados os principais causadores das Infecções Hospitalares. São microorganismos caracterizados pela inabilidade de se multiplicarem na pele, viáveis por curto período de tempo, facilmente removíveis pela simples limpeza com água e sabão ou destruídos pela aplicação de anti-sépticos.
Anti-sépticos
São preparações contendo substâncias microbicidas (destroem microrganismos ativos) ou microbiostáticos (inativam microrganismos em foram vegetativa), destinados para uso tópico na pele, mucosas e ferimentos.
Lavagem básica das mãos
É o ato de lavar com água e sabão, através de técnica adequada, com objetivo de remover mecanicamente a sujidade e a maioria da flora transitória das mãos.
Assepsia
Processo pelo qual se consegue impedir a penetração de germes patogênicos em local que não os contenha
Anti-sepsia
Eliminação da viabilidade de microorganismos, mediante agente físicos ou químicos.
Anti-sepsia das mãos
Processo de remoção e destruição dos microrganismos da flora transitória. (Ex: álcool gel, clorexidine deegermante)
Anti-sepsia cirúrgica das mãos (degermação cirúrgica)
É o processo que remove e destrói microrganismos transitórios, e reduz a flora residente. (Ex: PVPI, clorexidine)
Fricção higiênica das mãos
Processo utilizado em locais onde não exista infra-extrutura disponível para a lavagem das mãos.
Não substitui da lavagem das mãos e é ineficiente quando as mãos estão sujas.
Álcool a 70% com emoliente com fricção por 20 segundos.
Quando realizar a lavagem das mãos:
Ao iniciar o turno de trabalho e, sempre antes e após higiene pessoal (assoar o nariz, usar sanitários, etc.)
Antes de preparar medicação.
Antes e após manuseio de cateteres, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros dispositivos.
Antes e após a realização de cuidados ou exames em cada paciente e entre as diversas atividades realizadas no mesmo paciente se, nesse caso, houver contato com fontes importantes de microrganismos.
Antes e após o uso de luvas
Após contato inadvertido com matéria orgânica de qualquer paciente, inclusive atraves de artigos e superfícies contaminadas (complementar com anti-sepsia das mãos).
Usar: água e sabão neutro
Regras básicas
Retirar anéis, pulseiras, relógios, etc.
As unhas devem estar aparadas
Não devem haver lesões de pele nas mãos e antebraços
Produtos utilizados para anti-sepsia das mãos.
Álcool a 70%
PVPI a 10%
Clorohexidina a 4%
Triclosan a 2% 
Técnica de Lavagem das Mãos
Abrir torneira e molhar as mãos sem encostar na pia;
Utilizar sabão líquido (+ ou – 2ml) de preferência. Em caso de sabão em barra, enxaguá-lo antes do uso;
Ensaboar as mãos começando pelas palmas;
Depois esfregar bem os dorsos;
Não esquecer de limpar com cuidado os espaços interdigitais;
Em seguida, dê atenção ao polegar;
Esfregue bem as articulações e unhas;
Para finalizar, os punhos;
Enxagüe bem as mãos, eliminando todos os resíduos de sabão e espuma;
Enxugar em papel toalha descartável;
Fechar a torneira.
Observações:
O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos.
Deve ser realizado tantas vezes quanto necessária, durante a assistência a um único paciente.
Devem ser empregadas medidas e recursos com o objetivo de incorporar a prática de lavagem das mãos em todos os níveis da assistência hospitalar.
Torneiras que dispensen o contato das mãos através do volante ou registro, quando do fechamento da água.
Cubas: distante da torneira de modo a evitar contato das mãos com uma ou outra.Tamanho adequado para não causar respingos.
Sabões e antio-sépticos com boa aceitabilidade pelos profissionais de saúde.
Suporte para sabão em barra que favorece a drenagem da água.
Dispensador de sabão líquido que evite contato das mãos com o local de saída do produto.
Papel toalha para secagem das mãos.
Não está indicado o uso coletivo de toalha de tecido única ou de rolo, bem como osecador de mãos.
Causas de não adesão:
Excesso de atividade e escassez de recursos humanos
Problemas alérgicos: Dermatites
Esquecimento
Ausência de programas educacionais e infra-estrutura deficiente.
Desinfetantes e Anti-sépticos:
Desinfecção
É o processo físico ou químico que destrói todos os microrganismos, exceto os esporulados.
Critérios de indicação para Desinfecção de Artigos
Classificação de artigos – Spaulding 1968
Artigos críticos – penetram tecidos estéreis ou sistema vascular e devem ser esterilizados para uso.
Artigos semi-críticos – destinados ao contato com a pele não intacta ou com mucosas íntegras.
Ex: Equipamentos respiratórios e de anestesia, endoscopia, etc.
Requerem desinfecção de alto nível ou esterilização
Artigos não críticos – artigos destinados ao contato com a pele íntegra do paciente.
Ex. comadres, cubas, aparelhos de pressão, etc.
Requerem limpeza ou desinfecção de baixo ou médio nível.
Independentemente do processo a ser submetido, todo artigo deverá ser considerado como “contaminado”, sem levar em consideração o grau de sujividade presente.
Classificação de áreas hospitalares:
Área Crítica: aqueles que oferecem risco potencial para aquisição de infecção, seja pelos procedimentos invasivos realizados ou pela presença de pacientes susceptíveis às infecções. Ex. Centro cirúrgico e obstétrico, UTI, hemodiálise, CME, Bando de Sangue, etc.
Área Semi-Crítica: aquelas ocupadas por pacientes que não exijam cuidados intensivos ou de isolamento. Ex. enfermarias e ambulatórios.
Área não crítica: todas as áreas não ocupadas por pacientes. Ex. escritórios, almoxarifado, etc.
Níveis de desinfetantes:
Alto nível: elimina todos os microrganismos e alguns esporos bacterianos
Nível intermediário: elimina micobactérias, bactérias vegetativas, muito vírus e fungos, 
Mas não elimina esporos. 
Baixo nível: elimina bactérias, alguns fungos e vírus. Não elimina micobactérias.
Classificação dos desinfetantes
Alto nível
Médio nível ou nível intermediário
Baixo nível
Desinfetantes
Formulações que têm na sua composição substâncias microbicidas com efeito letal para microrganismos não esporulados.
Princípios ativos utilizados nos desinfetantes hospitalares.
I – Álcool (Etílico e Isopropílico)
mecanismo de ação: induz à desnaturação de proteínas
espectro de ação: são bactericidas, tuberculocidas, fungicidas e viruscidas mas não são esporicidas.
- concentração de uso: álcool etílico a 70% em peso.
Indicação de uso: desinfecção de nível intermediário de artigos e superfícies com tempo de exposição de 10 minutos na concentração indicada.
Ex. ampolas de vidros, termômetros retal e oral, estetoscópios, superfícies externas de equipamentos metálicos, camas, macas, colchões, bancadas, etc.
II – Fenólicos
Mecanismo de ação: inativação das enzimas e perda de matabólicos essenciais pela parede celular.
Espectro de ação: bactericida, fungicida, viruscida (HIV) e tuberculocida.
Concentração de uso: recomendação do fabricante.
Indicação de uso: desinfecção de nível médio ou intermediário e baixo com tempo de exposição de 10 minutos, para superfícies, e de 30 minutos, para artigos, na concentração indicada pelo fabricante.
Observação: Não é recomendado para artigos que entram em contato com o trato respiratório, alimentos, berçário, nem com objetos de látex, acrílico e borrachas. São ativos na presença de matéria orgânica.
III – Quartenários de Amônia
mecanismos de ação: inativação de enzimas produtoras de energia, desnaturação de proteínas celulares e ruptura de membrana celular.
espectro de ação: fungicida, bactericida, viruscida.
concentração de uso: recomendada pelo fabricante.
Indicação: desinfecção de baixo nível: tempo de exposição de 30 minutos, na concentração indicada.
São indicados para desinfecção de superfícies em berçários e unidade de manuseio de alimentos.
IV- Compostos inorgânicos liberadores de cloro ativo
Hipoclorito de sódio/cálcio/lítio
Mecanismo de ação: inibição de reação enzimática básica da célula, desnaturação de proteína e inativação de ácidos nucleicos.
Espectro de ação: viruscida, bactericida, micobactericida e esporicida para um grande número de esporos.
Concentração de uso: 0,02 a 1% dependendo da indicação de uso.
Indicação: Desinfecção de lactários, cozinhas, depósitos de água, bebedouros, material de inaloterapia e oxigenoterapia na concentração de 0,02% e tempo de contato de 60 min.
Desinfecção de superfície de unidade de diálise, hemodiálise, bando de sangue na concentração de 1% por 10 minutos.
Observação: O uso é limitado pela presneça de matéria orgânica, capacidade corrosiva e descolorante, não devendo ser usado em metais e mármore.
V- Solução de Iodo
Indicação de uso: na desinfecção de nível intermediário.
Ampolas de vidro, estetoscópio, otoscópio, superfícies externas de equipamentos metálicos, partes metálicas de incubadora, etc.
Concentração de uso: álcool iodado contendo de 0,5% e tempo de contato de 10 minutos.
Recomendações: após o tempo de contato, removê-lo friccionando álcool, para evitar os efeitos corrosivos do iodo.
As soluções devem ser acondicionadas em frascos escuros, fechados e guardados em locais frescos.
Efeito residual de 2 a 4 horas.
Ação neutralizada pela presença de matéria orgânica.
Glutaraldeído
Mecanismo de ação: altera o DNA, RNA e síntese proteica.
Espectro de ação: bactericida, fungicida, micobactericida e esporicida.
Concentração: 2% por 30 minutos.
Indicação: endoscópios de fibra ótica de alto risco (enxaguar com água estéril).
artigos não-descartáveis metálicos ou corrosivos por hipoclorito.
instrumental odontológico.
equipamento de aspiração,etc.
Recomendações
Materiais demasiadamente porosos como os de látex podem reter o glotaraldeído, caso não haja bom enxágüe.
Apresenta atividade germicida em presença de matéria orgânica, entretanto materiais no glutaraldeído, sem limpeza, prévia apresenta impregnação de sangue e secreções, pela formação de precipitados, dificultando a limpeza de maneira especial. O produto deve ser manipulado em local arejado e com uso de EPI.
Critérios para seleção, escolha e aquisição de produtos químicos (desinfetantes) em estabelecimentos de saúde.
	A seleção e indicação devem ser feitas pela CCIH, devendo ser levado em consideração:
superfície, equipamentos e ambiente.
tipo de germicida.
Critérios mínimos para aquisição:
Normas estabelecidas para garantia de qualidade.
Preencher os requisitos básicos estabelecidos pela legislação em vigor.
Lei nº 6.360 de 23 de setembro de 1976.
Decreto nº 79.094 de 5 de janeiro de 1977.
Portaria nº 15 de 23 de agosto de 1988 ou outros que a substituam.
Documentação:
Certificado de registro no Ministério da Saúde (5 anos) com as características básicas do produto aprovado.
Laudos de testes do INCQS ou laboratórios credenciados para este fim.
Laudo do produto.
Anti-sépticos
Anti-sepsia é o processo de eliminação ou inibição do crescimento dos microrganismos na pele e mucosas. É realizada através de anti-sépticos que são formulações hipoalergênicas e de baixa causticidade. Os anti-sépticos podem sem classificados como agentes bactericidas, devido a sua capacidade de destruir as bactérias nas formas vegetativas ou como agentes bacteriostáticos, quando apenas inibem o crescimento desses microrganismos.
Anti-sépticos não recomendados
Hexaclorofeno, mercúrios orgânicos, quaternário de amônio, líquido de Dakin, água oxigenada, éter e acetona.
Permanganato de Potássio e açúcar tem seu uso restrito para tratamento de lesões úmidas ou infectadas, respectivamente. 
Clorhexidina
Mecanismo de ação: destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da célulamicrobiana.
Espectro de ação: excelente ação contra bactérias Gram + e boa atividade contra Gram negativos, fungos e vírus, porém pequena ação contra micobactérias.
Concentração de uso: 2 a 4%.
Solução alcoolica a 0,5%
Solução aquosa a 0,2% específica para procedimento de gineco-obsterícia.
Solução dentifrícia a 0,025% em veículo aquoso.
Baixa toxidade e irritabilidade sendo segura inclusive para recém-nascidos.
Boa alternativa para pacientes alérgicos ao iodo e é pouco absorvido pela pele íntegra.
Causa manchas marrons em roupas alvejadas com produtos a base de cloro.
Mais eficaz que os iodóforos no mesmo tempo de ação (15 seg.).
Principal benefício é o efeito residual de 6 a 8 horas.
Triclosan
Também denominado Irgasan DP-300. É um bifenol sintético
Espectro de ação – boa ação contra bactérias Gram + e a maioria dos Gram negativos, exceto Pseudomonas aeruginosa, mas tem pouca atividade viruscida.
Sua atividde é afetada por matéria orgâncica
Concentração de uso: 0,5 a 2%
Uso dos anti-sépticos
Lavagem das mãos
Preparo pré-operatório das mãos
Banho e anti-sepsia pré-operatória.
Procedimentos obstétricos.
Preparo para procedimentos rápidos.
Curativos.
Banho com anti-séptico para descolonização de pacientes.
Irrigação de solução anti-séptica com finalidade terapêutica.
Cateteres impregnados com anti-sépticos, etc.
Cuidados com a conservação dos anti-sépticos
Proteger as soluções da exposição à luz solar direta ou à temperaturas elevadas.
Preferir almotolias descartáveis, de pequeno volume, possibilitando individualização do uso e consumo rápido do produto.
Quanto utilizar almotolias reenvasáveis, preferir as autoclaváveis.
Estabelecer rotina para troca, incluindo o esvaziamento, limpeza e secagem das almotolias a cada 7 dias, identificando-as com o tipo de anti-séptico e data do envase.
Usar almotolias com tampas.
Almotolias termossensíveis – estabelecer processo de limpeza com esxagüe com álcool a 70%.�
ESTERILIZAÇÃO:
É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todos as formas de microorganismos presentes.
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
	
Físicos
	
Vapor sob pressão
	
Autoclave
	
	
Calor seco
	
Estufa ou Forno Pasteur
	
Químicos
	
Líquido
	
Glutaraldeído
	
	
Gasoso
	
Óxido de etileno
	
	
Plasma
	
Peróxido de Hidrogênio
PROCEDIMENTOS INDICADOS PARA A ESTERILIZAÇÃO DO INSTRUMENTAL
	MÉTODO
	TEMPERATURA
	TEMPO
	Autoclave
por gravidade
por auto-vácuo
	
121°C (1 atm pressão)
132°C (2 atm pressão)
	
20 minutos
4 minutos
	Estufa
	160°C
170°C
em equipamento calibrado
	120 minutos
60 minutos
	Imersão em solução aquosa de glutaraldeído a 2%
	
_
	10 horas
�
Texto de Apoio
Infecção
Infecção é a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas conseqüências. A resposta do hospedeiro é a inflamação.
Os agentes infecciosos, na maioria das vezes, são seres microscópicos tais como vírus, bactérias, fungos, parasitas (muitos macroscópicos), virions e príons. Os príons estão associados a várias doenças, como por exemplo, a Encefalopatia Espongiforme Bovina, uma doença que acomete o gado conhecida como "doença da vaca-louca" ou a sua variante humana a doença de Creutzfeldt-Jakob. Desta definição conclui-se que em todas as infecções existe uma inflamação, mas nem todas as inflamações são infecções. A inflamação é definida como a presença de edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (dor ao toque), aumento da temperatura no local e, às vezes, perda de função. Assim, uma simples queimadura de sol já produz uma inflamação, pois a pele fica vermelha, ardida, quente e inchada. Mas, em princípio, não existe infecção pois não há bactérias ou vírus causando esta inflamação. Já uma amigdalite aguda, vulgarmente chamada de dor de garganta, apresenta na garganta todos os aspectos da inflamação e mais a presença de bactérias ou vírus que produziram esta inflamação. A infecção pode levar a formação de pus, num processo conhecido por supuração
Infecção comunitária "É a infecção presente ou em incubação no acto de admissão do paciente, desde que não relacionada com internamento anterior no mesmo hospital".
São também comunitárias: 1. As infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que haja troca de microrganismo ou sinais ou sintomas fortemente sugestivo da aquisição de nova infecção. 2. Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS)”. Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas as infecções de recém-nascidos associadas com ruptura da bolsa amniótica superior a 24 horas.
Infecção é a simples colonização. Quando esta agride o organismo caracteriza-se como doença infecciosa.
Infecção hospitalar é toda infecção (pneumonia, infecção urinária, infecção cirúrgica, etc) adquirida dentro de um ambiente hospitalar. A maioria das infecções hospitalares são de origem endógena, isto é, são causadas por microrganismos do próprio paciente. Isto pode ocorrer por fatores inerentes ao próprio paciente (ex: diabetes, tabagismo, obesidade, imunossupressão, etc.) ou pelo fato de, durante a hospitalização, o paciente ser submetido a procedimentos invasivos diagnósticos ou terapêuticos (cateteres vasculares, sondas vesicais, ventilação mecânica, etc.). As infecções hospitalares de origem exógena geralmente são transmitidas pelas mãos dos profissionais de saúde ou outras pessoas que entrem em contato com o paciente.
No Brasil, para reduzir os riscos de ocorrência de infecção hospitalar, um hospital deve constituir uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que é responsável por uma série de medidas como o incentivo da correta higienização das mãos dos profissioanis de saúde; o controle do uso de antimicrobianos, a fiscalização da limpeza e desinfecção de artigos e superfícies, etc.
Tipos de infecções
Existem 13 tipos:
Infecção Aérea – infecção microbiana adquirida através do ar e dos agentes infectantes nele contidos. 
Infecção Critogénica – infecção de porta de entrada desconhecida. 
Infecção Directa – infecção adquirida por contacto com um indivíduo doente. 
Infecção Endógena – infecção devido a um microorganismo já existente no organismo, e que, por qualquer razão, se torna patogénico. 
Infecção Exógena – infecção provocada por microorganismos provenientes do exterior. 
Infecção Focal – infecção limitada a uma determinada região do organismo. 
Infecção Indirecta – infecção adquirida através da água, dos alimentos ou por outro agente infectante, e não de indivíduo para indivíduo. 
Infecção Nosocomial – infecção adquirida em meio hospitalar. 
Infecção Oportunista ou Oportunística – infecção que surge por diminuição das defesas orgânicas. 
Infecção Puerperal – infecção surgida na mulher debilitada e com defesas diminuídas, logo após o parto. 
Infecção Secundária – infecção consecutiva a outra e provocada por um microorganismo da mesma espécie. 
Infecção Séptica ou Septicemia – infecção muito grave em que se verifica uma disseminação generalizada por todo o organismo dos agentes microorgânicos infecciosos. 
Infecção Terminal – infecção muito grave que, em regra, é causa de morte.
Higiene
A higiene consiste numa prática de grande benefício para os seres humanos. Em seu sentido mais comum, significa: limpeza, asseio. Num sentido mais amplo, compreende todos os hábitos e condutas queauxiliam a prevenir doenças, manter a saúde e o bem estar dos indivíduos.
O aumento dos padrões de higiene tem sido responsável pela prevenção de inúmeras doenças físicas. Estudos socio-epidemiológicos têm demonstrado que as medidas de maior impacto na promoção da saúde de uma população estão relacionadas à melhoria dos padrões de higiene e nutrição da mesma.
Muitas das doenças infecto-contagiosas existentes são encontradas, com frequencia, em locais com baixos padrões de higiene, o que se correlaciona com baixa escolaridade e pouco acesso à informação. Tais ambientes, gerados por uma interação pouco consciente do homem com seu entorno, são propícios à disseminação tanto de vetores de doenças (moscas, baratas, ratos e outros vetores) quanto dos organismos patogênicos (bactérias, fungos, protozoários, vermes) . Por essas e outras razões a Organização Mundial da Saúde recomenda asseio e limpeza nos locais em que vivemos, bem como uma série de hábitos que envolvem mudanças de comportamento frente ao meio circundante, como forma de se evitar a propagação dessas doenças.
Higiene Pessoal
A higiene pessoal é o conjunto de hábitos de limpeza e asseio com que cuidamos do nosso corpo. È um importante meio de comunicação para um relacionamento saudável com os outros. Por exemplo se estivermos á beira de uma pessoa com um odor corporal fétido temos tendência a afastarmo-nos. Mediante tal devemos ter uma boa higiene pessoal. De entre as normas para uma boa higiene pessoal destacam-se as seguintes: •No banho diário devemos utilizar um sabonete neutro. •O uso de desodorizante é bastante útil, especialmente de Verão. No entanto devem ser evitados os que inibem a produção de suor, podendo assim aumentar a transpiração noutros locais do corpo – transpiração compensatória. Devemos lavar as mãos sempre que necessário, especialmente antes das refeições, antes do contacto com os alimentos e depois de utilizar o quarto de banho. Além disso, é importante manter as unhas bem cortadas. •Os dentes e a boca devem ser lavados depois da ingestão de alimentos, usando um dentífrico com flúor. Uma higiene inadequada dos dentes está na origem da cárie dentária, que pode ser causa de inúmeras doenças. •Deve beber-se água da companhia ou de garrafa, evitando a de rios, riachos ou mesmo fontes. As águas de fontes e poços só devem ser consumidas se forem sujeitas a análises regulares. •Devemos fazer uma alimentação equilibrada e consumir apenas alimentos que se encontrem nas melhores condições.
Março 2008

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