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Formatação relatório técnico

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APRESENTAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICO-CIENTÍFICOS
Profa Célia Mara Sales Buonicontro
I. INTRODUÇÃO
O objetivo deste texto é apresentar aos alunos da disciplina Laboratório de Fluidomecânicos uma orientação de como devem ser apresentados os relatórios dos trabalhos realizados no laboratório ao longo do semestre. É importante, para o bom aproveitamento do curso, que o aluno saiba o que vem a ser um relatório e quais os padrões adotados na sua elaboração, segundo a orientação das normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
DESENVOLVIMENTO
Relatório é a comunicação em que se expõe a ocorrência de fatos a alguém que deseja ser informado, daí a necessidade de, na sua elaboração, levar em consideração o conhecimento do receptor. Isto significa que a linguagem deve estabelecer uma comunicação e, para tal, as informações expostas devem descrever, narrar e explicar. Normalmente, os relatórios apresentam um objetivo predeterminado e específico e devem ser escritos em linguagem objetiva e clara, evitando o jargão técnico. A estrutura pode variar de acordo com o tipo de relatório podendo ser do tipo mais informal como os memorandos, ou mais formal como os relatórios administrativos e os técnico-científicos. Nossa preocupação, neste texto, é apresentar aos alunos uma orientação de como deve ser elaborado um relatório técnico-científico.
Segundo a ABNT relatório técnico-científico é um
documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento e que descreve a situação de uma questão técnica ou científica. Deve apresentar informações suficientes para que o leitor qualificado possa traçar conclusões e fazer recomendações.�
Os relatórios devem compreender as seguintes partes:
Quanto à estrutura:
Pré-liminares
Texto
Pós-liminares
Quanto à disposição e seqüência:
Pré-liminar – Parte introdutória onde devem ser apresentados os dados de identificação do relatório da seguinte forma:
Capa: entidade, título, subtítulo (se houver), autor(es), coordenador(es), local e data.
Folha de rosto ou ficha de identificação do relatório: entidade, título, subtítulo (se houver), coordenador(es), equipe técnica, local e data.
Sinopse (Abstract): Consiste em um resumos de, no máximo, uma página do conteúdo do relatório.
Lista de símbolos, unidades abreviaturas, etc.
Lista de ilustrações.
Sumário: Relação das partes, capítulos, itens e subitens do trabalho, com a respectiva indicação do número de páginas iniciais.
Texto - Parte principal que deve ser dividido em seções e subseções. Deve apresentar uma linguagem clara, concisa e formal, usando frases simples e curtas, terminologia própria do assunto e o relato do desenvolvimento do trabalho apresentando a seguinte seqüência:
I. Introdução: É a parte onde se deve definir brevemente os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração.
II. Desenvolvimento: É o corpo principal do relatório onde deve constar:
Revisão bibliográfica: Trata-se de um trabalho exploratório ou de avaliação de trabalhos ou pesquisas já realizadas que de uma certa forma pode complementar alguns aspectos do trabalho a ser desenvolvido, ou mesmo evitar a duplicação de esforços em idéias já expressas em outros trabalhos.
Metodologia: Trata-se da descrição do processo adotado no desenvolvimento do trabalho. 
Embasamento teórico: Trata-se do levantamento das premissas ou pressupostos teóricos que servirão de embasamento para a interpretação do significado dos dados e fatos colhidos durante o trabalho. 
Procedimento experimental: Nesta parte considera-se o conjunto de técnicas utilizadas na obtenção do levantamento dos fatos e dados.
Apresentação dos dados: Os dados deverão ser apresentados de acordo com sua análise, incorporando no texto apenas as tabelas, os quadros, os gráficos e outras ilustrações estritamente necessárias à compreensão do desenrolar do raciocínio; os demais deverão vir no pós-liminar.
Discussão dos resultados: É a parte mais importante do relatório, pois nela são transcritos os resultados onde é necessário assinalar: as evidências de confirmação ou refutação das hipóteses; as discrepâncias entre os dados e fatos obtidos; o valor da generalização dos resultados obtidos; as maneiras pelas quais se pode maximizar o grau de verdade das generalizações; a medida em que a convalidação empírica permite atingir o estágio de enunciado de leis e como as provas obtidas mantêm a sustentabilidade da teoria, determinando sua limitação ou até mesmo a sua rejeição. 
III.Conclusão : É a parte do relatório onde devem ser apresentados de forma clara e ordenada as deduções tiradas dos resultados do trabalho ou levantadas ao longo da discussão do assunto. Elas devem: evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo; indicar as limitações e as recomendações; apontar a relação entre os fatos verificados e a teoria; representar a interligação entre fatos, conceitos, hipóteses, teorias, modelos que se unem ou se complementam.
IV. Ilustrações: É a inclusão de tabelas, figuras, fórmulas e símbolos. Estes devem estar mais próximos possível do texto de onde são citados e numeradas seqüencialmente ao longo do texto, independente do tipo.
V. Citações bibliográficas textuais: São colocadas para dar maior clareza e autoridade ao texto, relacionando as idéias expostas com idéias defendidas por outros autores em outros trabalhos. Deve ser indicada a fonte de onde foram extraídas (autor, data) e as referências bibliográficas relativas à citação devem ser apresentadas de acordo com o método de citação escolhido.
VI. Pós-liminar: É a parte extensiva ao texto que deve ser colocada no final para evitar descontinuidade na seqüência lógica das seções. Todos devem ser identificados com letras maiúsculas e seus respectivos títulos. Normalmente se refere à:
Ilustrações: Aquelas que não são diretamente citadas no texto.
Descrição de equipamentos, técnicas e processos. Se for necessário ressaltar algum aspecto pormenor de máquinas, e/ou discriminar procedimentos de uma técnica específica ou programa utilizado.
Material de acompanhamento que não pode ser incluído no corpo do texto com fotografias, originais, microfichas, plantas, mapas, modelos de formulário ou impressos citados no texto, etc.
Referencias bibliográficas: Devem ser feitas de acordo com a norma.
Glossário: Vocabulário de termos específicos.
Nota: É importante que os títulos e subtítulos sejam precedidos de um indicativo numérico.
IV.CONCLUSÃO
Nesta conclusão gostaríamos de acrescentar que, para a nossa disciplina, em função da característica de cada aula, nem sempre será possível apresentar um relatório com a estrutura completa, conforme o texto recomenda, uma vez que algumas bancadas utilizadas nos testes são de natureza didática e não apresentam possibilidades de coleta de dados suficientes para uma análise mais apurada. Porém, é importante salientar que, em cada aula, o aluno procure participar de maneira mais ativa do teste realizado, entender os conceitos envolvidos e elabore seu relatório procurando ampliar seus conhecimentos e desenvolver habilidades que lhes serão útil na sua vida profissional futura.
V. BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Apresentação de relatórios técnicos científicos: NBR 10719. Rio de Janeiro: ABNT, 1989.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho Científico : Procedimentos básicos; Pesquisa bibliográfica, projeto e relatório; Publicações e trabalhos científicos. 4ª edição, Editora Atlas S. A. –1992 São Paulo.
FRANÇA,Júnia Lessa et tal. Manual para normalização de Publicações técnico científicas. 5ª ed. Belo Horizonte:Editora da UFMG, 2001.
MEDEIROS, João Bosco. Correspondência: técnicas de comunicação criativa. 13ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.
� NBR-10719, p.1

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