revisao Aula 6 a 10

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VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA
Aula de Revisão das aulas 6 a 10 
Prof. Leonardo Mazzurana
Aula de Revisão das aulas 6 a 10. 
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA
VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA
Conteúdo Programático desta aula:
Revisar os principais conceitos relacionados ao estresse ocupacional;
Revisar os principais conceitos relacionados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT);
Revisar os principais conceitos relacionados à ergonomia;
Revisar a abrangência da aplicação dos fundamentos da ergonomia no tocante à prevenção de riscos à saúde;
 
Revisar as principais ações de prevenção da saúde geral notadamente aquelas relacionadas à alimentação, atividades físicas, e atividades de lazer. 
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VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL E SAÚDE DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA
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Segundo o Dicionário online Priberam da Língua Portuguesa (2012) estresse é “o conjunto das perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por vários estímulos ou agentes agressores, tais como o frio, doença infecciosa, emoção, choque cirúrgico, condições de vida muito ativa e trepidante, etc..”.
 
Neste ponto cabe destacar a posição de Paschoal e Tamayo (2004) de que o estresse ocupacional pode ser definido como sendo um processo em que o trabalhador percebe as demandas de trabalho como estressores, os quais, ao exceder a sua habilidade de enfrentamento, provocam no indivíduo uma série de reações negativas. 
 
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Para a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (2012) são os seguintes os mais comuns fatores de risco do estresse relacionado ao trabalho:
a)	falta de controle sobre o trabalho;
b)	solicitações inadequadas;
c)	falta de apoio por parte dos colegas e das chefias;
d)	presença de violência psicológica ou física no local de trabalho;
e)	existência de conflitos entre o papel do trabalhador no ambiente laboral e fora dele.
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Nesta perspectiva Cooper e Marshall (1976) são de opinião que cinco são as fontes de estresse relacionado ao trabalho: 
a)fatores intrínsecos ao trabalho tais como: mudanças tecnológicas, condições ambientais insatisfatórias, sobrecarga de informação, pressão por prazos ou produção;
b)indefinições organizacionais, por exemplo: objetivos, expectativas dos colegas em relação ao trabalho realizado e responsabilidades; ...
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c)	baixa expectativa de desenvolvimento na carreira, por exemplo: falta de promoções, falta de segurança no emprego;
d)	problemas de inter-relacionamento no trabalho com o chefe, colegas ou subordinados; 
e)	clima organizacional inadequado como, por exemplo, o baixo nível de envolvimento na tomada de decisões. 
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Principais sintomas do estresse.
 
Segundo a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (2012) são os seguintes os principais sintomas associados ao estresse laboral, ao nível da organização: 
a) absentismo;
b) elevada rotatividade do pessoal;
c) não cumprimento de horários;
d) problemas disciplinares;
e) assédio;
f) baixa produtividade;
g) alta frequência de acidentes no trabalho;
h) elevação de custos. 
 
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Neste ponto cabe destacar uma das consequências mais marcantes do estresse laboral, ou seja, a denominada Síndrome de Burnout ou Síndrome de Esgotamento Profissional que pode ser caracterizada por um quadro de exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com o que acontece ou com quem acontece.
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Walton (apud RODRIGUES, 1999) entende que qualidade de vida é empregada com frequência para descrever determinados valores ambientais e humanos de certa forma negligenciados pela sociedade industrial em contra partida ao avanço tecnológico e crescimento econômico. 
Neste ponto cabe destacar a posição de Moreno (1991) para quem os pesquisadores da ciência do comportamento vêm buscando através da área de estudo “Qualidade de Vida no Trabalho” uma nova forma de reorganização do trabalho objetivando proporcionar ao colaborador, principalmente, uma participação mais efetiva na tomada de decisão, uma maior autonomia, novas oportunidades de aprendizado, e assim contribuir para uma maior produtividade e também para o desenvolvimento pessoal do indivíduo. 
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Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho na Administração Pública.
Dentre outras iniciativas em vigor na administração pública no Brasil no tocante à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) podemos destacar a desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) segundo o qual a administração pública deve buscar permanentemente uma melhor qualidade de vida laboral através da promoção de ações para o desenvolvimento pessoal e profissional de seus servidores. 
 
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Para o Ministério do Meio Ambiente (MMA) as instituições públicas devem desenvolver e implantar programas específicos que envolvam o nível de satisfação da pessoa com o ambiente de trabalho, desenvolvendo as condições ambientais, promoção da saúde e segurança, integração social, bem como o desenvolvimento das capacidades humanas. 
 
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Ainda segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA) são as seguintes as ações que podem ser implementadas:
uso e desenvolvimento de capacidades:
 
Aproveitamento das habilidades; 
Autonomia na atividade desenvolvida;
Percepção do significado do trabalho. ...
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Integração social e interna:
 
Ausência de preconceitos;
Criação de áreas comuns para integração dos servidores;
Relacionamentos interpessoais;
Senso comunitário. ...
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Respeito à legislação:
 
Liberdade de expressão;
Privacidade pessoal;
Tratamento imparcial. ...
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Condições de segurança e saúde no trabalho:
 
- Acesso para portadores de deficiência física;
- Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA;
- Controle da jornada de trabalho;
- Ergonomia: equipamentos e mobiliário;
- Ginástica laboral e outras atividades;
- Grupos de apoio antitabagismo, alcoolismo, drogas e neuroses
diversas;
- Orientação nutricional;
- Salubridade dos ambientes;
- Saúde Ocupacional.
 
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 Vamos iniciar nossa aula tratando da conceituação e do histórico da ergonomia.
O termo ergonomia é derivado das palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (regras). 
Segundo Wisner (1987), ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos aos seres humanos que são indispensáveis para a concepção adequada de ferramentas, máquinas e dispositivos diversos que garantam utilizações eficazes, confortáveis e seguras. 
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Cabe destacar que também em 1959 a Organização Internacional do Trabalho (OIT) através da recomendação n. 112, indicou a necessidade de instalação nos locais de trabalho, ou em suas proximidades, dos serviços de saúde ocupacional, com as seguintes principais finalidades:
 
a) contribuir para a proteção do trabalhador com relação aos riscos laborais à sua saúde; 
b) auxiliar no ajustamento físico e mental do trabalhador as suas atividades na empresa, notadamente através da adaptação do trabalho ao ser humano; 
c) auxiliar no estabelecimento e manutenção do bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
 
 
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Ainda sob o ponto de vista histórico cabe destacar que no ano de 1983 foi criada a Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO. 
Finalmente de acordo com a Associação Brasileira de Ergonomia - ABERGO a Associação Internacional de Ergonomia – IEA, em 2000, adotou a seguinte definição oficial: “A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema”. 
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Abordagem ergonômica.
Vamos discutir um pouco mais sobre a abordagem ergonômica, bem como, tratando de mais alguns conceitos relacionados à ergonomia. 
Para Wisner (1987) a abordagem ergonômica das condições de trabalho não considera apenas o homem de um lado e o dispositivo de trabalho do outro, mas sim a consequente inter-relação em que o homem e a máquina estão conectados em diversos níveis.
 
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Outrossim, é importante destacar os vários benefícios resultantes das intervenções ergonômicas:
 
a)	redução de faltas dos trabalhadores em função de acidentes e doenças ocupacionais;
b)	ganho de produtividade e de qualidade; 
c)	redução dos desperdícios; 
d)	economia de recursos em geral;
 
e)	aumento da motivação e satisfação do trabalhador;
 
f)	melhoria das condições de conforto ambiental; 
 
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Cabe destacar que a tomada de decisão por uma intervenção ergonômica não acarreta a incorporação de nova despesa, e sim, um investimento na otimização dos recursos de produção da organização, bem como, uma oportunidade de colaboração entre a administração e trabalhadores com benefícios para ambos.
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A concepção de promoção da saúde.
Segundo o Ministério da Saúde (2006) evidências científicas apontam que a saúde pode estar mais associada ao modo de viver dos indivíduos do que à ideia, anteriormente hegemônica, da sua determinação genética e biológica. 
Neste novo paradigma o sedentarismo e a alimentação não saudável, o consumo de álcool, tabaco e outras drogas, o ritmo da vida cotidiana, a competitividade, o isolamento do homem nas cidades são contribuintes diretamente relacionados à produção das chamadas doenças modernas.
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Na abordagem da promoção de modos de vida saudáveis, são identificadas duas dimensões:
a)	estimular e incentivar práticas saudáveis, tais como o aleitamento materno, a alimentação saudável e a atividade física regular;
b)	inibir hábitos e práticas prejudiciais à saúde, tais como o consumo de tabaco e de álcool.
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A atividade física.
Vamos iniciar esta parte tratando de conhecer o conceito de balanço energético, bem como, a diferença conceitual entre atividade física e exercício físico.
Podemos definir balanço energético como sendo o equilíbrio entre ingestão e gasto energéticos.
Segundo o Ministério da Saúde (2008) atividade física pode ser definida como qualquer movimento realizado pelo sistema esquelético associado a um gasto de energia. Já exercício físico é uma categoria da atividade física definida como um conjunto de movimentos físicos repetitivos planejados e estruturados para melhorar o desempenho físico. 
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Ainda segundo o Ministério da Saúde (2008) ambos são importantes na manutenção do balanço energético, contudo, o primeiro implica na adoção de hábitos mais ativos no cotidiano, optando-se pela realização de tarefas no âmbito doméstico e no local de trabalho e por atividades de lazer e sociais mais ativas.
Já o exercício físico requer na maioria das vezes locais específicos para sua realização, bem como, a supervisão e orientação de um profissional capacitado. 
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A ginástica laboral é a atividade física orientada, praticada durante o horário do expediente, com o objetivo de promover adaptações fisiológicas, físicas e psíquicas que, dentre outros benefícios: 
a) proporciona a reeducação postural; 
b) reduz o estresse; 
c) diminui as tensões acumuladas no trabalho; 
d) eleva o nível de integração social;
e) previne lesões e doenças por traumas cumulativos, tais como: 
- LER - Lesões por Esforços Repetitivos;
- DORT - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. 
f) melhora o desempenho profissional; 
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O consumo de bebidas alcoólicas.
Segundo o Ministério da Saúde (2008) o consumo de álcool não é recomendado por motivos nutricionais e sociais. O álcool, droga cuja ação é responsável pela depressão do sistema nervoso central, causa alterações comportamentais e psicológicas, além de importantes efeitos metabólicos. 
 
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Ainda segundo o Ministério da Saúde (2008) o consumo em excesso pode provocar uma série de problemas, tais como:
a)	acidentes de trânsito;
b)	doenças hepáticas;
c)	violência;
d)	suicídio.
Cabe ainda destacar que estudos desenvolvidos pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer – Iarc (1988) classificam o álcool como um carcinógeno para câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e câncer primário de fígado. 
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O consumo do tabaco.
Para a Organização internacional de saúde (1999) o tabagismo é reconhecido como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), que expõe continuamente os usuários dos produtos de tabaco a cerca de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 delas cancerígenas para o ser humano.  
 
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Segundo o Ministério da Saúde (2008) o Programa Nacional de Controle do Tabagismo sistematiza quatro grandes grupos de estratégias:
a)	prevenção da iniciação do tabagismo; 
b)	estimular os fumantes a deixar de fumar;
c)	proteger a saúde dos não fumantes da exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados; 
d) regular os produtos de tabaco e sua comercialização. 
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As atividades de lazer.
Para Teixeira (2008) a atividade de lazer, como por exemplo, a leitura, o cinema e a música, de forma independente da atividade física, também tem um papel de destaque na promoção da saúde como tem sido revelado por estudos recentes. 
Ainda segundo o autor as possíveis explicações para os benefícios do lazer sobre nossa saúde incluem desde dimensões psicossociais até mesmo biológicas, dentre as quais são destaques:
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o aumento da nossa rede de relacionamentos é um fator que está associado a uma menor concentração de hormônios do estresse e com isso há a redução dos riscos de doença isquêmica do coração; 
b) aumento dos níveis do hormônio ocitocina e do neurotransmissor serotonina, ambos associados ao bem estar psíquico; 
c) estimulação de nossos centros cerebrais de recompensa associados ao prazer. 
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Nesta aula aprendemos a identificar:
Os principais conceitos relacionados ao estresse ocupacional;
Os principais conceitos relacionados à Qualidade de Vida no Trabalho (QVT);
Os principais conceitos relacionados à ergonomia;
A abrangência da aplicação dos fundamentos da ergonomia no tocante à prevenção de riscos à saúde;
 
As principais ações de prevenção da saúde geral notadamente aquelas relacionadas à alimentação, atividades físicas, e atividades de lazer. 
leo
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leo