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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO METROLOGIA ARIEL DAS NEVES CRISTIANO DA SILVA IZAAC NUNES MANOEL LINO SIMÃO PEDRO INSTRUMENTOS PARA METROLOGIA DIMENSIONAL Teresina - PI Abril de 2016 ARIEL DAS NEVES CRISTIANO DA SILVA IZAAC NUNES MANOEL LINO SIMÃO PEDRO INSTRUMENTOS PARA METROLOGIA DIMENSIONAL Atividade apresentada ao Curso de Engenharia de Produção, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de Metrologia, do Centro Universitário Uninovafapi. Orientador: Prof. Esp. Linardy de Moura Sousa Teresina - PI Abril de 2016 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 5 3. ANÁLISE TEÓRICA ............................................................................................... 6 3.1. Definição de Metrologia ........................................................................................ 6 3.2. Medidas e Medições ............................................................................................ 7 3.3. Instrumentos de Medição ..................................................................................... 9 3.3.1 Tipos Principais .................................................................................................. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 13 4 1. INTRODUÇÃO A Metrologia faz parte do universo do profissional de engenharia, seja ela qual for, mas para a Engenharia de Produção existe um diferencial maior, o profissional da produção esta constantemente necessitando auferir valores e compará-lo com unidades internacionalmente reconhecidas e aceitas, dentro de uma indústria existem diversos sistemas e operações onde a acuracia nas medidas deve sempre ser precedido por uma análise técnica de confirmação para posteriormente ser enviada ao comércio. Neste cenário a Metrologia é uma das esferas da ciência mais importantes para o sucesso dos processos industriais, pois caso os produtos da empresa não se adéqüem as normas do mercado, fatalmente esta se verá com um prejuízo enorme e perdas de clientes potenciais, haja vista que a organização fica sem crédito e confiança para exportar seus produtos, daí a importância de estabelecer uma rede de profissionais para supervisionar e garantir a integridade dos equipamentos e sua respectiva compatibilização com os sistemas internacionais. O Engenheiro de Produção deve aprender a manusear os equipamentos de medição para poder levantar informações úteis ao processo, bem como tomar decisões técnicas relevantes, como por exemplo, ao preencher uma planilha de área de estocagem, se as dimensões não estiverem dentro do estabelecido os resultados serão incorretos e haverá perdas financeiras, logo, é vital em muitas situações ter uma boa compreensão sobre esses materiais e como aferir medidas, vale ressaltar que os equipamentos atuais são mais modernos e requerem muitas vezes um preparo maior para poder manuseá-los com segurança daí a importância da atualização e do preparo técnico. É importante também citar que o Brasil faz parte dos signatários do Sistema Internacional de Unidades, portanto, as unidades de comprimento, tempo, massa, e etc., devem estar rigorosamente dentro do estabelecido, portanto, ter em mente esses valores é de relevante para o correto desempenho da profissão. 5 2. JUSTIFICATIVA O estudo dos equipamentos de medição empregados na Metrologia é relevante para o acadêmico de Engenharia de Produção em face da sua necessidade para este no exercício de sua função dentro de uma organização. As indústrias fazem uso dos mais diversos equipamentos, em sua maioria equipamentos digitais avançadas que requerem um manuseio por parte de técnicos com habilitação para comandá- los, daí a necessidade do aluno em compreender ao menos os mais utilizados em algumas situações como o paquímetro, micrômetro, régua graduada, e outros que comumente venham a fazer parte do trabalho do Engenheiro de Produção. O estudo dos principais equipamentos de medição usados em metrologia é importante no momento do profissional de engenharia de ler relatórios, de repetir análises técnicas, de entender o funcionamento destes equipamentos, de compreender os erros que podem surgir do seu mau uso, e etc., logo, o estudo desses equipamentos é suma importância para o exercício profissional de alguém que fará parte do corpo técnico de uma empresa, irá estar constantemente fazendo análises, compilando dados de medições, comparando valores, preparando relatórios, e etc. O mercado de trabalho cada dia que passa estar mais e mais exigente com os profissionais que deseja contratar, logo, deter apenas a teoria sem uma junção com a prática não é o desejado pelo mercado, mas sim alguém que saiba atrelar as duas coisas simultaneamente. 6 3. ANÁLISE TEÓRICA 3.1 Definição de Metrologia O termo Metrologia vem do grego Metron que significa medida, e Logos que significa ciência. Portanto, a Metrologia é a ciência das medições e suas aplicações. Ela engloba todos os aspectos teóricos e práticos da medição, qualquer que seja a incerteza de medição e o campo de aplicação. A Metrologia é essencial a quase todos os aspectos dos empreendimentos humanos, pois é utilizada em atividades que incluem o controle da produção, a avaliação da qualidade do meio ambiente, da saúde e da segurança, e da qualidade dos materiais, e outros. A própria necessidade de medir as coisas já proveio de eras muito remotas da nossa história. Por um longo período de tempo cada povo teve o seu próprio sistema de medidas, que era estabelecido a partir de unidades arbitrarias e imprecisas como, por exemplo, as baseadas no corpo humano (palmo, mão, pé, e etc.), o que acabava criando muitos problemas para o comércio, porque as pessoas de uma determinada região não estavam familiarizadas com o sistema de medidas das outras regiões. Os processos modernos de produção são caracterizados pela montagem de sistemas e equipamentos com peças e componentes comprados no mundo inteiro. Tal montagem só é possível se todos os agentes envolvidos na cadeia de produção seguirem padrões rígidos, onde as grandezas e medições envolvidas estiverem amparadas por um bom sistema metrológico, de modo a permitir condições de perfeita aceitabilidade na montagem e encaixe de partes de produtos finais, independentemente de onde sejam produzidas. Medições confiáveis em um país dependem de um sistema de metrologia nacional organizado de tal modo que possa prover os meios para a transferência de seus valores para instrumentos de medição comuns de acordo com procedimentos aceitos mundialmente. Portanto, a Metrologia visa principalmente garantir a manutenção das esferas de unidades e dos processos de aferição de medidas dos processos industriais em parceria com os sistemas de unidades que são aceitas em todas as partes do mundo do qual um país venham a manter relações comerciais. 73.2 Medidas e Medições Medir alguma coisa significa realizar um procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza física (grandeza a medir) é determinado como um múltiplo e/ou fração de uma unidade estabelecida por um padrão. A medição é apenas o conjunto de operações que tem por objetivo determinar um valor de uma grandeza. As medições estão presentes em quase todas as operações comerciais, desde o comércio em larga escala (petróleo, gás natural, minérios, e etc.) até a venda de produtos para o público em geral. A ciência que trata das medições é a metrologia. A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos relativos às medições, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia. Medir, entretanto, é uma atividade mais corriqueira do que parece. Ao olhar no relógio, por exemplo, você está vendo no mostrador o resultado de uma medição de tempo. Ao tomar um táxi, comprar um quilograma de carne no açougue ou abastecer o carro no posto de gasolina, você presencia medições. Mas o que é uma medição? Existe uma imensa variedade de coisas diferentes que podem ser medidas sob vários aspectos. Imagine uma lata, dessas que são usadas para refrigerante. Você pode medir a sua altura, pode medir quanto ela "pesa" e pode medir quanto líqüido ela pode comportar. Cada um desses aspectos (comprimento, massa, volume) implica numa grandeza física diferente. Medir é comparar uma grandeza com outra, de mesma natureza, tomada como padrão. Medição é, portanto, o conjunto de operações que tem por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Já deu pra perceber que o conceito de grandeza é fundamental para se efetuar qualquer medição. Grandeza pode ser definida, resumidamente, como sendo o atributo físico de um corpo que pode ser qualitativamente distinguido e quantitativamente determinado. Aqui vamos precisar de mais exemplos: a altura de uma lata de refrigerante é um dos atributos desse corpo, definido pela grandeza comprimento, que é qualitativamente distinto de outros atributos (diferente de massa, por exemplo) e quantitativamente determinável (pode ser expresso por um número). Para determinar o valor numérico de uma grandeza, é necessário que se disponha de outra grandeza de mesma natureza, definida e adotada por convenção, 8 para fazer a comparação com a primeira. Para saber a altura daquela lata, por exemplo, é preciso adotar um comprimento definido para ser usado como unidade. O comprimento definido como unidade de medida pelo Sistema Internacional de Unidades - SI, é o Metro, seus múltiplos e submúltiplos. O Metro é definido como sendo o comprimento do trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante um intervalo de tempo de 1/299.792. 458 de segundo. Seria bem complicado medir a altura de uma lata usando apenas a definição do Metro. Para isso existem os Padrões Metrológicos. Um padrão metrológico é, em resumo, um instrumento de medir ou uma medida materializada destinado a reproduzir uma unidade de medir para servir como referência. O padrão (de qualquer grandeza) reconhecido como tendo a mais alta qualidade metrológica e cujo valor é aceito sem referência a outro padrão, é chamado de Padrão Primário. Um padrão cujo valor é estabelecido pela comparação direta com o padrão primário é chamado Padrão Secundário, e assim sucessivamente, criando uma cadeia de padrões onde um padrão de maior qualidade metrológica é usado como referência para o de menor qualidade metrológica. Pode-se, por exemplo, a partir de um Padrão de Trabalho, percorrer toda a cadeia de rastreabilidade desse padrão, chegando ao Padrão Primário. Mesmo na medição mais corriqueira adotamos, de maneira consciente ou inconsciente, um método de medição e um procedimento de medição. Como no exemplo do tópico anterior, métodos e procedimentos de medição são adotados em razão da grandeza a ser medida, da exatidão requerida e de outros condicionantes que envolvem uma série de variáveis. Vamos supor que você queira determinar o volume de 200 ml de óleo comestível. Se você não necessita grande exatidão (você vai usar o óleo para fazer uma receita culinária) então o método escolhido pode ser, simplesmente, verter o óleo em uma medida de volume graduada (uma proveta, por exemplo). Porém, se o resultado exigir maior exatidão (um ensaio em laboratório), será necessário utilizar outro método que leve em consideração outra variáveis, como a temperatura do óleo, sua massa, sua massa específica e por ai vai, uma vez que o volume do óleo varia em razão da temperatura que este apresenta no momento da medição. Após medir uma grandeza, devemos enunciar o resultado da medição. Parece coisa simples, mas não é. Em primeiro lugar, ao realizar uma medição, é impossível determinar um valor verdadeiro para a grandeza medida. Vamos supor que você 9 mediu a massa de um corpo em uma balança eletrônica e a indicação numérica que apareceu no visor foi 251g (duzentos e cinqüenta e um gramas). Na verdade, um possível valor verdadeiro da massa daquele corpo estaria próximo da indicação obtida, embora este seja, por definição, indeterminável. Os parâmetros dessa aproximação são dados pela incerteza da medição. Como nos exemplos anteriores, se essa medição destina-se a fins domésticos, não é necessário qualquer rigor ao expressar o seu resultado. Entretanto, quando se trata de medições para fins científicos ou tecnológicos, será preciso deixar claro se o resultado apresentado refere-se àquela indicação, ou ao resultado corrigido, ou ainda à média de várias medições. Deve conter ainda informações sobre a incerteza de medição, ser expresso utilizando-se o nome e a simbologia da grandeza de forma correta e levar em consideração os algarismos significativos que compõem o valor numérico. 3.3 Instrumentos de Medição 3.3.1 Tipos Principais O Paquímetro é um instrumento utilizado para medir a distância entre dois lados simetricamente opostos em um objeto. Um paquímetro pode ser tão simples como um compasso. O paquímetro é ajustado entre dois pontos, retirado do local e a medição é lida em sua régua. O nónio ou vernier é a escala de medição contida no cursor móvel do paquímetro, que permite uma precisão decimal de leitura através do alinhamento desta escala com uma medida da régua. Os paquímetros são feitos de plásticos, com hastes metálica, ou inteiramente de aço inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20º C. Ele apresenta uma precisão menor do que o micrômetro, sendo sua precisão dada por p=1-C/n, onde esse C indica o comprimento do nónio e o n é o número de divisões do nónio. Abaixo temos os elementos que compõem o paquímetro. 10 1 é o encosto, 2 é a orelha, 3 é a haste de profundidade, 4 é a escala inferior, 5 é a escala superior, 6 é o nónio ou vernier inferior, 7 é o nónio ou vernier superior e 8 é a trava. O Micrômetro é um instrumento metrológico capaz de aferir as dimensões lineares de um objeto (espessura, diâmetro, altura) com precisão da ordem de micrometros, que são a milionésima parte do metro. Tem vasta aplicação na indústria mecânica e em diversos contextos de medição e ensaios não-destrutivos, medindo toda espécie de objetos. O micrometro funciona por um parafuso micrométrico e é muito mais preciso que a craveira, que funciona por deslizamento de uma haste sobre uma peça dentada e permite a leitura da espessura por meio de um nónio ou de um mecanismo semelhante ao de um relógio analógico. No Brasil, usa-se o termo paquímetro para o instrumento composto de duas partes deslizantes (vernier) e o micrômetro já é o instrumento dotado de parafuso micrométrico, mais preciso.Abaixo temos um detalhe do micrômetro e suas partes. 11 1 faces de medição, 2 batente, 3 arco, 4 isolante térmico, 5 trava, 6 bainha, 7 tambor, 8 catraca, 9 escala circular, 10 escala da bainha e 11 fuso. A Régua Graduada é outro instrumento de medição muito utilizada na Metrologia, também chamada de escala são lâminas, geralmente feitas de aço usadas para medição de estruturas lineares, e que apresentam, em geral, graduações nos sistemas métricos (cm e mm), e inglês (polegada e subdivisões). A utilização da régua graduada se dá quando não há a exigência de grande rigor ou precisão na medição. As réguas por serem de aço, normalmente são gravadas em baixo relevo por máquinas especiais de alta precisão, sendo que as graduações de 0,5 mm e 1/64’’, de difícil leitura com exatidão, só aparecem em parte das réguas, pela dificuldade na gravação, sendo que, em função dessa dificuldade, são admitidos erros de execução, também em função da fórmula: f=(+-)5+L/50, sendo “f” medido em 0,001 mm )micrometro e “L” o comprimento da escala, em mm. A espessura dos traços da régua está baseada em limites da vista humana, cujo ângulo de visão distinta é da ordem de 1 minuto. As escalas apresentam-se nas dimensões de 150, 200, 250, 1000, 300, 500, 600, 1500, 2000 e 3000 mm, sendo que as mais usadas são as de 150 mm e 1000 mm. O goniômetro é um instrumento de medição ou verificação de medidas angulares de peças e ferramenta, a fim de se determinar com rigor os valores das medidas a estes determinados. A medição ou verificação de um ângulo qualquer numa peça, por exemplo, se faz ajustando-a entre a régua e a base do goniômetro. Este instrumento possui graduações adequadas, que indicam a medida do ângulo formado pela régua e pela base e, portanto, a medida do ângulo da peça. A unidade prática de medida angular utilizada é o grau, e seu submúltiplo é o minuto de grau. Dividindo-se um círculo qualquer em 360 partes iguais, o ângulo central correspondente a uma parte, é o ângulo de um grau, este podendo ser dividido em 60 minutos e cada minuto ainda dividido em 60 segundos. 12 Em geral o goniômetro pode apresentar-se na forma de um círculo graduado de 360º, ou de um semicírculo graduado de 180º, ou ainda de um quadrante graduado de 90º. As partes que compõem um goniômetro são apresentadas abaixo. Alguns cuidados devem ser tomados com o goniômetro, tais como manejar com cuidado, evitando quedas e choques; evitar sua utilização junto a ferramentas comuns de trabalho; não utilizá-lo para bater em objetos; não deve ser articulado quando estiver com o fixador apertado; entre outros que visem a garantir a melhor aferição possível para o equipamento. 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. NBR 6393/1980: Paquímetros com leitura de 0,1 mm e 0,05 mm S/i; ABNT NBR 66/70/1981: Micrômetros externos com leitura de 0,01 mm S/i; ABNT. NBR 7264/1982: Régua plana em aço de face paralela. S/i; APOSTILA LABELO/PUCRS: Laboratórios especializados em eletro-eletrônico - Metrologia aplicada ao processo de certificação ISO 9000 - Porto Alegre, RS., 1997; Educação em Metrologia e Instrumentação: Demanda Qualificada no Ensino das Engenharias. Revista de Ensino de Engenharia, v. 25, n. 1, p. 49-65, 2006. FROTA, M. N.; FINKELSTEIN, L.
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