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Trabalho Gramática Gerativa

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Introdução
Em meados do século XX, o norte-americano Noam Chomsky trouxe para os estudos linguísticos uma nova ideia que iria revolucionar a Linguística até os dias atuais. Em seu livro Syntactic Structures (1957:13), afirma: “Doravante considerarei uma linguagem como um conjunto (finito ou infinito) de sentenças, cada uma finita em comprimento e construída a partir de um conjunto finito de elementos”. Essa definição abrange muito mais do que as línguas naturais, mas, conforme seu autor, todas as línguas naturais são, seja na forma falada, seja na forma escrita, linguagens, no sentido de sua definição, visto que:
Toda língua natural possui um número finito de sons (e um número finito de sinais gráficos que os representam, se for escrita);
Mesmo que as sentenças distintas da língua sejam em número infinito, cada sentença só pode ser representada como uma sequência finita desses sons (ou letras).
Cabe ao linguista que descreve qualquer uma das línguas naturais determinar quais dessas sequências finitas de elementos são sentenças, e quais não são, isto é, reconhecer o que se diz e o que não se diz naquela língua. A análise das línguas naturais deve permitir determinar as propriedades estruturais que distinguem a língua natural de outras linguagens. Chomsky crê que tais propriedades são demasiadamente abstratas, complexas e específicas que não poderiam ser aprendidas a partir do nada por uma criança em fase de aquisição da linguagem. Estas propriedades já devem ser “conhecidas” da criança antes mesmo de qualquer contato com a língua natural e devem ser ativadas durante o processo de aquisição da linguagem. O Gerativismo é baseado na teoria de que: todo ser humano é portador de uma habilidade (dispositivo cerebral) que o pré-qualifica para a produção da linguagem que, no início da vida é inata, mas, que se desenvolve a partir do processo de aquisição da linguagem (que começa aos 2 ou 3 anos de vida), esta habilidade é passada geneticamente por seus antecessores familiares (os pais), sendo assim, existem propriedades universais da linguagem. Isto é conhecido como a base do Gerativismo.
Baseado e pré-transcrito do livro Introdução à linguística / José Luiz Fiorin (org.). – 6. ed., 2ª reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2012; pág. 14 e 15.
 
1.0 - A Gramática Gerativa
 A linguística gerativa - ou gerativismo, ou ainda gramática gerativa - é uma corrente de estudos da ciência da linguagem que teve início nos Estados Unidos, no final da década de 50, a partir dos trabalhos do linguista Noam Chomsky, professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology) o MIT. Considera-se o ano de 1957 a data do nascimento da linguística gerativa, ano em que Chomsky publicou seu primeiro livro, Estruturas Sintáticas. Trata-se, portanto, de uma linha de pesquisa linguística que possui 50 anos de plena atividade e produtividade. Ao longo desse meio século, o gerativismo passou por diversas modificações e reformulações, que refletem a preocupação dos pesquisadores dessa corrente em elaborar um modelo teórico formal, inspirado na matemática, capaz de descrever e explicar abstratamente o que é e como funciona a linguagem humana.
 O gerativismo iniciou-se para contestar o Behaviorismo. Para os behavioristas a linguagem humana era interpretada como um condicionamento social, uma resposta que o organismo produzia mediante os estímulos da interação social. Essa resposta, a partir da repetição constante e mecânica seria convertida em hábitos que caracterizam o comportamento linguístico de um falante.
	Para contestar a ideia behaviorista, Chomsky apresentou uma resenha em 1959 sobre o livro Comportamento Verbal (Verbal Behavior) com uma radical e impiedosa crítica à visão comportamentalista da linguagem sustentada pelos behavioristas. Nessa resenha Chomsky chamou atenção para o fato de um indivíduo sempre agir criativamente no uso da linguagem, a todo o momento os seres humanos estão construindo novas e inéditas frases, ou seja, jamais ditas pelo próprio falante que produziu ou por qualquer outro indivíduo. Por isso, todos os falantes são criativos desde os analfabetos até os autores dos clássicos da literatura, já que todos criam infinitamente novas frases, das mais simples e despretensiosas às mais elaboradas e eruditas.
	De acordo com esse pensamento de Chomsky se considerar a criatividade como principal característica da linguagem, devemos abandonar o modelo behaviorista, já que nele não há espaço para eventos criativos, pois para linguistas como Bloomfield, o comportamento, linguístico de um indivíduo deve ser interpretado como uma resposta completamente previsível a partir de um estímulo.
		 BEHAVIORISMO 
A linguagem humana é um fenômeno
 externo ao indivíduo, um sistema hábitos,
gerado como resposta a estímulos e 
fixados na repetição.
		 GERATIVISMO
A linguagem é uma capacidade inata e específica
 da espécie, isto é, transmitida geneticamente.
Um conjunto finito de regras que gera um infinito
 de sentenças.
	
Com suas ideias Chomsky revitalizou a concepção racionalista dos estudos da linguagem. A linguística gerativa propõe-se a analisar a linguagem humana de uma forma matemática e abstrata que se aproxima da linha interdisciplinar de estudos da mente humana conhecida como Ciências Cognitivas.
A primeira elaboração do modelo gerativista ficou conhecida como Gramática Transformacional. Os objetivos desta fase do gerativismo consistiam em descrever como os constituintes transformavam-se em outros, por meio da aplicação de regras.
	Por exemplo, a sentença "O estudante leu o livro" possui cinco itens lexicais, que estão organizados entre si através de relações estruturais chamadas de marcadores sintagmáticos, e tais marcadores poderiam sofrer regras de transformações de modo a formar outras sentenças, como "o livro foi lido pelo estudante", "o que o estudante leu?", "quem leu o livro?", etc. Ou seja, os gerativistas perceberam que as infinitas sentenças de uma língua eram formadas a partir da aplicação de um finito de regras (a gramática), que transformava uma estrutura em outra (sentença ativa em sentença passiva, declarativa em interrogativa, afirmativa em negativa, etc.)- e é precisamente esse sistema de regras que, então, se assumia como o conhecimento linguístico existente na mente do falante de uma língua, o qual deveria ser descrito e explicado pelo linguista gerativista.
	Vejamos o exemplo. Na sentença (S) “o aluno leu o livro" é formado pela relação estrutural entre o sintagma nominal (SN) "o aluno" e o sintagma verbal (SV) "leu o livro". O SN é formado pelo determinante (DET) "o" e pelo nome (N) "aluno", e o SV por sua vez, é formado pelo verbo (V) "leu" e pelo outro SN "o livro" respectivamente. Toda essa estrutura pode ser melhor visualizada no esquema abaixo, denominado diagrama arbóreo (ou simplesmente árvore), que é a famosa maneira pela qual os gerativistas representam as estruturas sintáticas.
Essas regras de composição sintagmática explicam como uma estrutura simples como essa é gerada, mas não são suficientes para explicar como uma outra estrutura relacionada, como a voz passiva, seria formada a partir da estrutura base, no caso, a voz ativa. Para dar conta da relação entre estruturas diferentes, mas relacionadas, os gerativistas formularam as regras transformacionais. Essencialmente, uma transformação forma de uma estrutura a partir de uma previamente existente. A estrutura primeiramente formada chama-se Estrutura Profunda e a dela derivada se chama Estrutura Superficial. Nesse sentido a voz ativa é interpretada como estrutura profunda, sobre a qual são aplicadas regras transformacionais que geram a voz passiva, estrutura superficial.
A ideia das transformações como operações computacionais (fenômenos sintáticos) que derivem sentenças é o tópico central da pesquisa gerativista até hoje.
 2.0 - A Competência Linguística
 É a porção do conhecimento do sistema linguístico do falanteque lhe permite produzir o conjunto de sentenças de sua língua; é um conjunto de regras que o falante construiu em sua mente pela aplicação de sua capacidade inata para a aquisição da linguagem aos dados linguísticos que ouviu durante a infância.
 Ao ler e escrever, os alunos aprendem a usar as construções socialmente mais aceitas, tidas como mais elegantes por serem usadas por escritores consagrados, a construir textos bem mais elaborados, com argumentação coerente, tendo como plano de fundo os ensinamentos prescritivos e analíticos da tradição gramatical escolar. O conhecimento linguístico que já possui e que foi adquirido antes mesmo de seu ingresso na escola.
 Podemos dizer então, que existe um conhecimento linguístico que se desenvolve independentemente dos ensinamentos escolares e outro que é aprendido na escola. A partir de 1957, a teoria gerativa, proposta pelo linguista norte-americano Noam Chomsky, assumiu, como seu objetivo de estudo, a descrição e a explicação de algumas características particulares do conhecimento linguístico adquirido e amplamente desenvolvido nos primeiros anos de vida de um ser humano, independentemente da instrução.
2.1 - O que a Gramática Gerativa afirma:
 Bem, afirma que os seres humanos nascem dotados de uma faculdade/dispositivo (DAL = Dispositivo de Aquisição à Linguagem), que é um componente do cérebro/mente especificamente dedicado à língua. Esse dispositivo em seu estado inicial, ou seja, logo que a criança nasce, é considerado uniforme em relação a toda espécie humana. Isso significa que, todas as crianças, sejam elas falantes de mandarim, inglês, alemão, português, são dotadas do mesmo dispositivo e partem de um estado inicial padrão. Esse estado inicial vai sendo modificado à medida que a criança vai sendo exposta a um determinado ambiente linguístico. Dessa maneira, uma criança que cresce em um ambiente onde se fala português desenvolve o conhecimento dessa língua, a partir da interação da informação genética que ela traz no estado inicial de sua faculdade da linguagem com os dados linguísticos a que é exposta. (Isso é válido para todas as crianças que crescem tendo contato com outras línguas). Esse conhecimento permite às crianças construírem todas as sentenças possíveis de sua língua e somente elas.
 Esse tipo de conhecimento linguístico é adquirido somente por meio da participação da criança nas interações verbais entre os membros de sua comunidade linguística, sem que isso envolva qualquer estimulação específica ou qualquer correção por parte dos pais ou das pessoas com as quais elas interagem. Crianças são corrigidas com relação à propriedade do que falam em relação à situação social em que se encontram, ao uso de certos itens lexicais e a pronuncia de certos sons.
 Alguns linguistas têm sugerido que esse conhecimento é adquirido por meio da memorização de listas das propriedades descritivas de construções de uma língua. Porém, entretanto, contundo, se fosse assim, o processo de aquisição deveria ser demasiadamente lento e, sem dúvida alguma, muito mais árdua, ou, como se fala em inglês “hard”. Não se veem crianças tentando decorar construções para fazer perguntas, negações ou construções impessoais. Se tivéssemos de fazer isso para adquirir o conhecimento de nossa língua, os anos pré-escolares certamente seriam os piores anos de nossas vidas! Seja qual for o ambiente linguístico em que a criança cresça, sejam quais forem suas condições socioeconômicas, o estado inicial do dispositivo de linguagem de qualquer criança é o mesmo. Em termos deste estado inicial, não existem diferenças entre crianças nascidas no hemisfério Norte ou Sul, entre crianças pobres e ricas, entre filhos de nobres e plebeus.
 Esse estado inicial tem sido chamado Gramática Universal e é entendido como um conjunto de princípios linguísticos determinados geneticamente. Hoje em dia, admite-se que a GU é constituída de dois tipos de princípios. Alguns deles são rígidos e invariáveis, enquanto outros são abertos. Esses princípios abertos são chamados de parâmetros, e seu valor só é fixado ao longo do processo de aquisição, com base na informação linguística à qual a criança é exposta. Portanto, adquirir o conhecimento de uma língua consiste, fundamentalmente, em atribuir os valores estabelecidos por essa determinada língua aos parâmetros da GU.
3.0 A GRAMÁTICA UNIVERSAL: PRINCÍPIOS E PARÂMETROS 
Com a evolução da linguística gerativa, no início dos anos 80 a ideia da competência linguística como um sistema de regras específicas cedeu lugar à hipótese da Gramática Universal (GU). Deve-se entender por GU o conjunto das propriedades gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na própria GU. A Faculdade da Linguagem é o dispositivo inato presente em todos os seres humanos, como herança biológica, que nos fornece um algoritmo, isto é, um sistema gerativo, um conjunto de instruções passo-a-passo, como as inscritas num programa de computador, o qual nos torna aptos para desenvolver (ou adquirir) a gramática de uma língua. Esse algoritmo é a GU. Para procurar descrever a natureza e o funcionamento da GU, os gerativistas formularam uma teoria chamada de Princípios e Parâmetros. Essa teoria possui pelo menos duas fases: a fase da Teoria da Regência e da Ligação (TRL), que perdurou por toda a década de 80, e o Programa Minimalista (PM),em desenvolvimento desde o início da década de 90 até o presente. 
As pesquisas da teoria de Princípios e Parâmetros foram e são desenvolvidas principalmente na área da sintaxe, pois é exatamente nas estruturas sintáticas que mais evidentemente se percebem as grandes semelhanças entre todas as línguas do mundo, mesmo entre aquelas que não possuem nenhum parentesco, o que facilita o estudo da língua.Por exemplo, todas as línguas do mundo possuem estruturas como orações adjetivas, orações interrogativas,e funções sintáticas como sujeito,predicado ,complementos. A possibilidade de estudar a sintaxe isolada dos demais componentes da gramática (léxico, fonologia, morfologia, semântica) é conseqüência de um conceito fundamental do gerativismo, o de gramática modular. Segundo ele, os componentes da gramática devem ser analisados como módulos autônomos, independentes entre si, no sentido de que são governados por suas próprias regras, que não sofrem influência parte notável diretados outros módulos. Isto é, o funcionamento de um módulo como, digamos, a sintaxe, é cego em relação às operações da fonologia, por exemplo. Naturalmente, existem pontos de interseção entre os módulos da gramática, afinal a sintaxe cria sintagmas e sentenças a partir das palavras do léxico, e o produto final da sintaxe (a sentença) deve receber uma leitura fonológica e também uma interpretação semântica básica, que no gerativismo se chama Forma Lógica. Podemos visualizar essa interação entre os módulos da gramática no esquema a seguir.
 
LÉXICO
SINTAXE
FONOLOGIA SEMÂNTICA
Nessa ilustração, vemos que o elemento central da gramática é a sintaxe. Ela retira do léxico as palavras com as quais construirá, segundo suas próprias regras, estruturas como sintagmas e sentenças, que da sintaxe são encaminhadas para a preparação para a pronúncia, no módulo fonológico, e para a interpretação formal, no módulo semântico. Nessa maneira de compreender o funcionamento da gramática, a morfologia é interpretada como parte do léxico, já que dá conta da estrutura da palavra, e também como parte da fonologia, uma vez que deve dar conta das alterações mórficas fonologicamente condicionadas. No Programa Minimalista atual, entendemos por Princípio as propriedades gramaticais que são válidas para todas as línguas naturais, ao passo que Parâmetro deve ser compreendido como as possibilidades (limitadas sempre de maneira binária) de variação entre as línguas. Por exemplo, quando analisamos as sentenças. 
(a) “João disse que ele vai se casar” e 
(b) “Eledisse que João vai se casar”, 
vimos que em (a) o pronome “ele” pode referir-se tanto a “João” quanto a qualquer outro homem anteriormente citado no discurso, enquanto na frase(b) “ele” não pode se referir a “João”, e necessariamente faz referência a um outro homem. Essa diferenciação entre a referencialidade do pronome “ele” nas duas frases pode ser explicada da seguinte maneira: nesse contexto, o pronome faz referência a algum elemento que precisa ter sido citado anteriormente no texto – trata-se de um pronome anafórico. É um Princípio da GU que uma anáfora necessariamente deve suceder o seu referente, e nunca o contrário. É por isso que na frase (a) “ele” pode ser tanto “João” quanto outro homem citado numa frase anterior, já que ambos os termos antecedem o pronome. Já no caso de (b) “João” não pode ser o referente de “ele”, pois o pronome antecede o nome. Se traduzíssemos (a) e (b)para qualquer língua do mundo, o resultado seria sempre o mesmo: em (b) seria impossível ligar o pronome ao nome citado, mas em (a) isso pode ocorrer. Trata-se, portanto, de um Princípio da GU.
Bibliografia
NEGRÃO E.V. Anaphora in Brazilian Portuguese Complement Structure. Tese de Doutoramento, Madison Universidade de Wisconsin, 1986.
CHOMSKY, N. O Conhecimento da língua: sua natureza, origem e uso. Tradução Anabela Gonçalves e Ana Teresa Alves. Lisboa: Editorial Caminho, 1986.
_____. Barriers. Cambridge, Mass. MIT. 1986.
_____. Language and Problems of Knowledge. The Managua Lectures. Cambridge, Mass.: MIT, 1988.
KENEDY, E. Gerativismo. In: Mário Eduardo Toscano Martelotta. (Org.). In.: Manual de lingüística . São Paulo: Contexto, 2008, v. 1, p. 127-140.
Justificativa
O trabalho a ser apresentado trata-se de expor a Teoria do Gerativismo, onde é possível ter bases teóricas para explicar a aquisição da linguagem. A importância dessa pesquisa serviu para nos proporcionar conhecimento necessário do modo que os gerativistas veem a língua. O texto também procurar abordar algumas das contribuições que esta gramática traz para a linguística moderna, enfatizando sua maior contribuição que diz respeito à sintaxe da língua na medida em que estabelece um novo modelo de análise sintática permitindo analisar constituintes que o modelo tradicional não é possível.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE MARABÁ
FACULDADE DE ESTUDOS DA LINGUAGEM
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS INGLÊS
AMANDA FORO DA SILVA
LEONARDO PEREIRA DOS REIS
RYAN AFONSO DA SILVA AFONSO
TÍTULO: GERATIVISMO
SUBTÍTULO: A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM DO PONTO DE VISTA GERATIVISTA.
Marabá – PA
2013
 
Trabalho apresentado à Faculdade de Estudos da Linguagem da Universidade Federal do Pará, campus universitário de Marabá, como requisito parcial para obtenção de nota da disciplina Introdução aos Estudos Linguísticos, sob a orientação da Prof.ª Michele F.G. de Vargas.
Marabá – PA
2013
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A teoria do Gerativismo foi de grande importância para o aprofundamento dos estudos nesta área do conhecimento. Na verdade, Chomsky estava mais voltado às questões lógicas da língua, sua intenção era demonstrar que o indivíduo já nasce dotado de estruturas mentais que sustentam a competência para o desempenho linguístico. A sua grande sacada mesmo é a ideia de uma Gramática Universal a partir da qual, por meio das estruturas cognitivas, os indivíduos concebem a estrutura da língua (qualquer língua), desencadeando o processo de aquisição da linguagem.

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