Buscar

Aula Atividade Negócios Internacionais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

UNOPAR VIRTUAL 
Bacharelado em Administração 
 
Disciplina Negócios Internacionais 
Tema: Introdução ao planejamento estratégico 
Prof. Indiara Beltrame 
Aula: Aula 2 
Semestre: 6º/7º 
 
Aula Atividade 
 
Objetivo da Atividade: 
 
Demonstrar a importância do planejamento estratégico. 
 
Orientações: 
Caro Alunos, 
 
Forme grupos de até 5 alunos, lera o texto e posteriormente a responderem as 
questões de discussão que se encontram ao final do texto. 
 
Esta é uma atividade que deve ser desenvolvida em forma de debate, em duas 
fases: 
a) Fase 1: No microgrupo (cinco alunos) os alunos deverão ler e formularem 
respostas as questões propostas. O ideal é buscar resumir as opiniões de 
todos, elencando as opiniões mais relevantes; 
b) Fase 2: cada microgrupo deverá compartilhar com os demais microgrupos 
suas respostas e os exemplos que cada grupo apresentou. 
O principal objetivo é propiciar a discussão, o compartilhamento e interação. 
 
CASE 1 – A cruzada contra os importados 
 
O economista paulista Milton Cardoso, definitivamente, é um executivo dos mais 
ocupados. Desde 2007, preside um dos maiores conglomerados de calçados do 
país, resultado da fusão da Vulcabras com a Azaleia, uma corporação com mais de 
30 000 funcionários espalhados por 26 fábricas distribuídas entre o Brasil e a 
Argentina. Ao mesmo tempo, acumula a presidência da Abicalçados, entidade que 
reúne as empresas do setor, violentamente abalroadas pela competição com os 
fabricantes chineses. Agora, Cardoso se vê imbuído de uma nova missão: enquadrar 
os concorrentes chineses por prática de dumping e com isso obter salvaguardas 
para os produtos brasileiros. Em outubro de 2008, Cardoso entrou com uma 
denúncia formal e um pedido de investigação de dumping no Departamento de 
Defesa Comercial, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
contra os fornecedores chineses. Na denúncia, pede uma sobretaxa de 25,99 
dólares (cerca de 50 reais) para cada par de calçado importado da China. O objetivo 
da ação, segundo ele, é injetar novo ânimo na indústria calçadista brasileira, 
pressionando as grandes marcas multinacionais que importam calçados chineses a 
trocar os produtos asiáticos por versões fabricadas em empresas instaladas aqui. 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
Bacharelado em Administração 
"Isso pode ajudar a indústria brasileira a recuperar 40 000 postos de trabalho 
eliminados nos últimos anos", diz Cardoso. 
Na prática, e por mais que ele próprio não admita, a ação se transformou em uma 
declaração de guerra às marcas globais de artigos esportivos -- principalmente a 
americana Nike e a alemã Adidas. As duas empresas, em conjunto com Puma e 
Asics, formaram há cerca de dois anos uma entidade própria, a Abramesp, cujo foco 
hoje é combater a denúncia de dumping. Ao todo, a denúncia da Abicalçados aponta 
irregularidades na importação de cerca de 22,6 milhões de pares de calçados 
trazidos da China, todos os anos, para o mercado brasileiro. As multinacionais 
argumentam que a ação é equivocada porque coloca em um mesmo patamar tanto 
calçados mais simples, que concorrem diretamente com produtos brasileiros, como 
produtos de alto valor (cerca de 3,5 milhões de pares). No ano passado, Nike e 
Adidas chegaram a oferecer apoio à ação de Cardoso, desde que a medida 
excluísse modelos sofisticados de tênis -- o que foi negado. "Na Europa houve 
quatro ações semelhantes e os tênis de alta performance foram excluídos pelos 
mesmos motivos que apresentamos agora ao Brasil", diz Cristian Corsi, presidente 
da Nike no Brasil. "Mas o Cardoso não aceitou nossa ponderação." 
A cruzada de Cardoso é tão polêmica que outros membros da Abicalçados, como 
Alpargatas, Paquetá e Cambuci, protestaram contra o movimento. Em paralelo à 
ação antidumping, desenrola-se uma ferrenha disputa pelo mercado de calçados 
esportivos no Brasil. Juntas, Nike, Adidas, Puma e Asics vendem, por ano, 14 
milhões de pares no país, o que corresponde a cerca de 20% do mercado de 
calçados esportivos. Boa parte desses calçados é feita por empresas brasileiras. No 
entanto, é justamente da cota de tênis importados, os mais caros e sofisticados, que 
provêm cerca de 70% do faturamento dessas empresas. Além de enfrentar o 
processo de investigação, as multinacionais temem que, antes de concluir o 
processo, a Camex acate um pedido da Abicalçados para a cobrança do chamado 
direito provisório, ou seja, a aplicação imediata da taxa extra em caráter temporário. 
Segundo os cálculos da associação que reúne as marcas multinacionais, a aplicação 
de mais uma taxa poderia implicar um acréscimo de 250 reais no preço final ao 
consumidor. Caso isso ocorra, a decisão comprometeria dramaticamente os 
resultados das empresas no país, uma vez que elas se veriam obrigadas a aumentar 
seus preços. "O grande problema é que a Abicalçados está sendo claramente usada 
como um escudo", diz o advogado José Setti Diaz, sócio do escritório 
Demarest&Almeida, contratado pela Abramesp para defendê-la no processo. "Na 
verdade, a disputa toda gira em torno de interesses da Vulcabras." 
Cardoso nega tais interesses. No entanto, é praticamente impossível delimitar nele a 
figura do representante do setor e a do presidente da maior fabricante brasileira de 
tênis. O grupo Vulcabras, com as marcas Olympikus e Reebok, vende cerca de 17 
milhões de pares de tênis por ano, o equivalente a 22% do mercado brasileiro. Assim 
que assumiu a operação resultante da fusão da Vulcabras com a Azaleia, em junho 
de 2007, Milton Cardoso montou uma estratégia para o conglomerado: atuar com 
força no setor de calçados esportivos. Os investimentos nas marcas Olympikus e 
Reebok aumentaram com o patrocínio de eventos e clubes de primeira linha, como 
os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e a equipe de futebol do São Paulo, e 
iniciou-se um movimento em busca dos consumidores de maior poder aquisitivo, 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
Bacharelado em Administração 
com o lançamento de produtos mais sofisticados. Com isso, o valor médio dos tênis 
da Vulcabras passou de 150 reais para 200 reais. O faturamento do conglomerado 
cresceu de 1,8 bilhão de reais, em 2007, para 2 bilhões de reais, em 2008, mas a 
rentabilidade não seguiu no mesmo ritmo. A margem Ebtida (percentual do lucro 
operacional, antes do pagamento de impostos, lucros e amortizações) caiu de 20%, 
em 2007, para 16%, em 2008. "A Vulcabras precisa recuperar as margens de lucro 
e, neste cenário, os preços mais altos dos concorrentes permitiriam algum fôlego 
para que ela também reajustasse seus preços", diz o analista de um banco que 
preferiu não se identificar. 
Da mesma forma como ocorre com outros setores, o mercado de calçados 
esportivos no Brasil tornou-se estratégico para as grandes marcas globais. Estima-se 
que os brasileiros comprem hoje 75 milhões de pares de tênis por ano. Há 15 anos, 
eram 15 milhões de pares. Na época, um modelo podia passar mais de um ano nas 
prateleiras sem sofrer nenhuma mudança. Hoje, marcas como Adidas e Nike lançam 
quatro coleções por ano, cada uma delas com uma variedade de 300 a 400 tênis 
diferentes. Cada vez que uma nova coleção chega ao mercado, a anterior entra 
imediatamente em liquidação e passa a ser vendida em outlets com reduções de 
preço de até 50%. Ao mesmo tempo, o aumento na oferta provocou queda nos 
preços. "Hoje, o preço médio dos tênis é 220 reais, ante 300 reais de cinco anos 
atrás", diz Jean Tchorbhadjian, sócio da rede paulista de lojas de artigos esportivos 
Procópio. Mesmo com todos os esforços dos últimos dois anos, a Olympikus hoje é 
capaz de colocar no mercado duas grandes coleções anuais com cerca de 60 
modelos. Num mercado movido a novidades, essa diferença pode definir os 
ganhadores e os perdedores. 
Fonte: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/951/noticias/cruzada-
importados-496143Caso 2 – Retaliação aos EUA pode incluir livros, filmes e medicamentos 
 
O governo publicou nesta segunda-feira para consulta pública a lista de produtos 
norte-americanos sujeitos a quebra de patentes de propriedade intelectual, como 
parte da retaliação1 comercial contra os Estados Unidos por causa dos subsídios ao 
algodão. A relação inclui as áreas de medicamentos, música, filmes e obras 
literárias. 
 Essa medida refere-se à retaliação aos EUA autorizada pela Organização Mundial 
de Comércio (OMC) em novembro como punição aos excessivos gastos de 
Washington para subsidiar produtores de algodão e também por causa de um 
programa de garantias para créditos a exportadores. 
Na semana passada, o governo divulgou uma lista de produtos norte-americanos, 
incluindo algodão e trigo, sujeitos a aumento de tarifa de importação. Essa lista 
representa 591 milhões de dólares de um total de 829 milhões a que o Brasil teria 
direito de retaliar, amparado na decisão da OMC. 
 
1
 Nessa caso o país recebe uma autorização da OMC, de efetivar ações, tais como aumentar imposto 
de importação de produtos oriundos do país condenado por práticas desleais de comércio. O país que 
recebeu o direito de retaliação pode ou não efetivar as medidas retaliatórias. 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
Bacharelado em Administração 
Os 238 milhões de dólares restantes referem-se a setores de propriedade intelectual, 
sendo que de acordo com o Diário Oficial desta segunda-feira os interessados na 
retaliação deverão se manifestar no prazo de 20 dias sobre a lista. 
A lista inclui a antecipação do vencimento do prazo de proteção de direitos sobre 
patentes de produtos relativos a medicamentos (inclusive veterinários), químicos 
agrícolas e biotecnológicos agrícolas, além de modalidades de execução pública 
musical. Isso permitirá que empresas brasileiras iniciem a produção de 
medicamentos equivalentes mais cedo do que o esperado. 
Está incluso ainda o licenciamento de patentes sem autorização do titular e sem 
remuneração de medicamentos, obras literárias e audiovisuais. 
"Essas medidas não são para alterar as regras do jogo. O Brasil não mudou sua 
atitude em relação aos direitos de propriedade intelectual", disse a jornalistas Carlos 
Cozendey, chefe de Assuntos Econômicos do Itamaraty. 
"Essas são medidas temporárias para pressionar os Estados Unidos." 
A disputa comercial começou em 2002 e é uma das poucas em que a OMC 
autorizou uma retaliação cruzada, ou seja, a parte prejudicada pode retaliar contra 
um setor não envolvido na disputa. 
O Brasil se tornaria assim o primeiro país a aplicar a retaliação cruzada sob as 
regras da OMC. 
O comércio bilateral entre os dois países caiu para 36 bilhões de dólares em 2009, 
ante 53 bilhões em 2008. 
O Brasil e os EUA ainda podem chegar a um acordo de última hora para evitar as 
retaliações. O aumento das tarifas entrará em vigor 30 dias após a data da 
publicação, caso não haja um entendimento. 
Na semana passada o representante de Comércio dos EUA, Ron Kirk, disse que os 
EUA ainda esperam fazer um acordo com o Brasil. Se isso não for possível, terá que 
tentar persuadir o Congresso para mudar seu programa de algodão visando 
satisfazer as preocupações do Brasil, disse ele. 
"Eles nos disseram que querem tentar resolver isso antes que as medidas entrem 
em vigor", disse Cozendey sobre as declarações de autoridades norte-americanas. 
O Brasil já indicou que pode aceitar uma promessa dos EUA de enviar uma proposta 
de reforma ao Congresso se for compensado por danos até a aprovação da 
proposta. Alguns líderes empresariais brasileiros propuseram uma compensação 
através de investimentos dos EUA em pesquisa de algodão, assim como mais 
importações de carne bovina, suco de laranja e etanol. 
 
 
Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/retaliacao-aos-eua-pode-incluir-
livros-filmes-medicamentos-540593 
 
Considerando o cenário apresentado no caso 1 e no caso 2 responda: 
1. Explique a competição do setor calçadista com os fabricantes chineses. 
2. Explique de que prática desleal de comércio o caso 1 trata? 
3. Quais medidas foram tomadas pelo setor que tem sofrido com o “comércio 
desleal “ no caso 1. 
4. Descreva as relações comerciais que podem ser observadas no caso 1. 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
Bacharelado em Administração 
5. Descreva por que o Brasil recebeu autorização de retaliar os produtos 
americanos, no caso 2? 
6. O que como funciona a autorização de retaliação cruzada mencionada no 
caso 2? 
7. Foram efetivadas as retaliações autorizadas pela OMC no caso 2? Justifique 
sua resposta. 
8. Considerando o Caso 1 e Caso 2 qual é a opinião do grupo a respeito das 
práticas desleais de comércios e suas respectivas implicações para as 
empresas. 
9. Considerando o caso 2 e caso 2 Comente a respeito do papel e das ações do 
governo Brasileiro quanto ao tema práticas desleais de comercio. 
 
 
 
 
Desejo um ótimo trabalho a todos! 
Profa. Indiara Beltrame

Outros materiais