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Aula 03 1 Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRF 1ª
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
1
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Aula 3: Direitos e Garantias Fundamentais:
Fala pessoal, tudo bem? Como vão os estudos? 
A aula de hoje é importantíssima. Estes assuntos caem em qualquer
concurso público e certamente estará no de vocês!!! Muita atenção!!! 
Vamos nessa: 
Direitos e Garantias Individuais:
1. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade são
garantias previstas na Constituição Federal: 
a) aos brasileiros, não estendidas às pessoas jurídicas. 
b) aos brasileiros natos, apenas. 
c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no
País. 
d) aos brasileiros, natos ou naturalizados. 
e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. 
Comentários: 
Esses direitos são assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis
brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O
estrangeiro também não precisa ter residência fixa, basta estar sob
as leis brasileiras. 
Gabarito: Letra E. 
2. (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na
Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais
são: 
a) garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da
soberania nacional. 
b) definidos por normas de aplicação imediata. 
c) enunciados em rol fechado e taxativo, dado seu caráter de cláusula
pétrea. 
d) alteráveis apenas por emendas à Constituição, decorrentes de
iniciativa popular. 
e) revogáveis apenas sob intervenção federal. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Letra A - Errado. São assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob
leis brasileiras. 
Letra B - Correto. Colocou o que a Constituição expressamente diz
em seu art. 5º, §4º: as normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata. 
Letra C - Errado. Trata-se de um rol aberto, exemplificativo. 
Letra D - Errado. As emendas à Constituição não podem ser
propostas por iniciativa popular, esta se restringe a propor projetos
de leis ordinárias e complementares. Importante salientar também,
que o art. 5º da Constituição é uma cláusula pétrea (não pode ser
abolido ou ter o seu escopo reduzido por emendas constitucionais),
tal proteção não abrange os demais direitos fundamentais. 
Letra E - Alternativa sem pé nem cabeça. 
Gabarito: Letra B. 
3. (FCC/Defensor Público - MA/2009) O jurista espanhol
Antonio Perez Luño define os direitos fundamentais como um
conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento
histórico, concretizam as exigências da dignidade, igualdade e
liberdade humanas, devendo obrigatoriamente ser reconhecidos no
ordenamento jurídico positivo e por este garantidos, em âmbito
internacional e nacional, gozando no ordenamento nacional de tutela
reforçada em face dos poderes constituídos do Estado 
(Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: Tecnos, 1993, p. 46-47,
tradução livre). 
No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada a que se refere o autor 
a) não encontra previsão em nível constitucional. 
b) decorre do princípio internacional do pacta sunt servanda. 
c) não pode ser imposta ao poder constituinte derivado. 
d) é considerada um desdobramento da aplicabilidade imediata e
eficácia limitada das normas definidoras de direitos fundamentais
previstas na Constituição. 
e) decorre da impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar
sobre proposta de emenda à Constituição tendente a abolir os direitos
fundamentais. 
Comentários: 
Para resolver essa questão é importante observar a frase como um
todo: "gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face
dos poderes constituídos do Estado" (ou seja, em face do Poder
Executivo, Legislativo e Judiciário). Ele está se referindo ao fato de os
poderes não conseguirem abolir ou reduzir o alcance dos direitos 
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individuais, já que são cláusulas pétreas. A questão deslizou, já que
não são os direitos fundamentais que são cláusulas pétreas, mas
somente os direitos e garantias individuais. 
Gabarito: Letra E. 
4. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da
isonomia como um dos direitos fundamentais, observe as
afirmações sobre o princípio da igualdade: 
I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre
indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a discriminação. 
II. vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante a lei,
entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da
lei. 
III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se
encontram em situação equivalente e de maneira desigual os
desiguais, na medida de suas desigualdades. 
IV. não há falar em ofensa a esse princípio se a discriminação é
admitida na própria Constituição. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Comentários: 
O princípio da isonomia pode ser entendido como: “a lei não pode
fazer distinção, deve tratar de forma igual os iguais e de forma
desigual os desiguais na medida de suas desigualdades”. Desta
forma, temos dois diferentes tipos de isonomia: 
Isonomia formal 
Todos poderão igualmente buscar
os direitos expressos na lei. 
Isonomia material 
É a igualdade real, vai além da
igualdade formal. A busca da
igualdade material acontece
quando são tratadas
desigualmente as pessoas que
estejam em situações desiguais.
Geralmente usada para favorecer 
 
 
 
 
 
 
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alguns grupos que estejam em
posição de desvantagem. 
Obviamente ela só será válida se
for pautada em um motivo lógico
e justificável. Ex. Destinação de
vagas especiais para deficientes
físicos em concursos públicos. 
A doutrina também costuma diferenciar outras duas formas de
isonomia (ambas comportadas pela Constituição): 
Igualdade perante a lei 
Com a lei já elaborada, esta
igualdade direciona o aplicador
da lei para que a aplique sem
fazer distinções (isonomia
formal). 
Igualdade na lei 
É o princípio que direciona o
legislador a não fazer distinções
entre as pessoas no momento de
se elaborar uma lei. 
Resolvendo a questão:
I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para
que haja uma busca da igualdade material. 
II - Errado. Vimos que a igualdade perante a lei comporta os dois
sentidos: a igualdade perante a lei, propriamente dita
(direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o
legislador ao elaborar a norma). 
III - Isso aí. Esse é o verdadeiro significado da isonomia. 
IV - Correto. O Poder Constituinte Originário é ilimitado, logo, se é
a própria Constituição que está admitindo a discriminação, não há
o que se falar em ofensa à isonomia. 
Gabarito: Letra E. 
5. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do
pensamento, permitido o anonimato. 
Comentários: 
A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu
art. 5º, IV. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
 
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6. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) No que se refere à
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem
das pessoas é certo que: 
a) a dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por
danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra
e à imagem. 
b) a indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade,não responde cumulativamente por danos morais e materiais. 
c) a condenação por danos morais face à divulgação indevida de
imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa. 
d) o Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados
pelos agentes públicos no exercício de suas funções. 
e) as pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm
direito a indenização por danos materiais, mas não por danos morais. 
Comentários: 
A Constituição estabelece no art. 5º, V - é assegurado o direito de
resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem e no art. 5º, X - são invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação; 
Embora seja assegurado o direito de resposta, não se pode,
nesta, violar a intimidade, a vida privada e a honra do 
agressor. Exemplo: A mulher não pode vingar-se do namorado, que
publicou fotos suas desrespeitosas na internet, fazendo o mesmo com
as dele, alegando direito de resposta. 
Intimidade e vida privada são conceitos de fácil visualização. Porém,
é necessário que façamos aqui uma distinção dos conceitos de honra
e imagem, para fins dessa proteção: 
• honra - aspecto interno, reputação do indivíduo, bom nome. 
• Imagem - aspecto externo, exposição de sua figura. 
Desta forma, vemos que honra e imagem são coisas dissociadas. No
entendimento do STF, se alguém fizer uso indevido da imagem de
alguém, a simples exposição desta imagem já gera o direito de
indenizar, ainda que isso não tenha gerado nenhuma ofensa à sua
reputação. 
Ainda nos cabe diferenciar a questão dos danos: 
Dano material - Quando existe ofensa, direta ou indireta (lucros
cessantes), ao patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas. 
 
 
 
 
 
 
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Dano moral - Quando existe ofensa à algo interno, subjetivo.
Conceito amplo que abrange ofensa à reputação de alguém, ou
quando se refere ao fato de ter provocado violação ao lado
emocional, psíquico, mental da pessoa. 
Dano à imagem - Segundo o art. 20 do Código Civil, são aqueles
que denigrem, através da exposição indevida, não autorizada ou
reprovável, a imagem das pessoas físicas, ou seja , a publicação
de seus escritos, a transmissão de sua palavra, ou a utilização
não autorizada de sua imagem, bem como, a utilização indevida do
conjunto de elementos como marca, logotipo ou insígnia, entre
outros, das pessoas jurídicas. 
Lembrando ainda que: STJ - súmula - 227 → a pessoa jurídica
pode sofrer dano moral. 
Resolvendo a questão:
Letra A - Errado. As dores sofridas em aspectos não patrimoniais,
causadas por outrem, são indenizáveis por danos morais. 
Letra B - Errado. Nada impede a cumulação de indenizações, caso
seja comprovado o dano. A cumulação é admitida
constitucionalmente. 
Letra C - Errado. A imagem é dissociada da honra, logo,
independentemente de haver dano à honra, é indenizável a exposição
indevida ou reprovável da imagem. 
Letra D - Correto. A conduta do agente público é imputável ao
Estado, se este está agindo no exercício de suas funções, já que o
agente é o responsável por manifestar a vontade estatal. 
Letra E - Errado. Pessoas Jurídicas podem sofrer danos morais (STJ,
súmula 227), bem como materiais e à imagem. 
Gabarito: Letra D. 
7. (FCC/Técnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituição,
admite-se excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo sem
consentimento do morador 
a) por determinação judicial, a qualquer hora. 
b) em caso de desastre, somente no período diurno. 
c) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou
adolescente. 
d) em caso de flagrante delito, sem restrição de horário. 
e) por determinação da autoridade policial, inclusive no período
noturno. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Essa questão é só para fixar aquela regrinha que sempre cai - poderá
alguém adentrar no recinto se: 
• Tiver o consentimento do morador; 
• Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo
for: 
ƒ Flagrante delito; 
ƒ Desastre; 
ƒ Prestar Socorro; 
ƒ Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia. 
Letra A - Errado. Pois não é a qualquer hora, mas somente durante o
dia. 
Letra B - Errado. Neste caso, pode ser a qualquer horário. 
Letra B - Errado. Não existe tais condições. A vítima pode ser
qualquer pessoa. 
Letra D - Correto. 
Letra E -Errado. Totalmente equivocada.
Gabarito: Letra D. 
8. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008-adaptada) A casa é asilo
inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou, por determinação judicial até às 22:00h (Certo ou
Errado). 
Comentários: 
Não há fixação de "até as 22:00", e sim a obrigatoriedade de ser
durante "o dia", geralmente aceito até as 18:00h ou até o
"crepúsculo". 
Gabarito: Errado. 
9. (CESPE/TRT-17ª/2009) Caso um escritório de advocacia
seja invadido, durante a noite, por policiais, para nele se instalar
escutas ambientais, ordenadas pela justiça, já que o advogado que ali
trabalha estaria envolvido em organização criminosa, a prova obtida
será ilícita, já que a referida diligência não foi feita durante o dia. 
Comentários: 
Nenhum direito fundamental e absoluto, desta forma, o STF decidiu
pela não ilicitude das provas obtidas com violação noturna de 
 
 
 
 
 
 
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escritório de advogados para que fossem instalados equipamentos de
escuta ambiental, já que os próprios advogados estavam praticando
atividades ilícitas em seu interior. Desta forma, a inviolabilidade
profissional do advogado, bem como do seu escritório, serve para
resguardar o seu cliente para que não se frustre a ampla defesa,mas,
se o investigado e o próprio advogado, ele não poderá invocar a
inviolabilidade profissional ou de seu escritório, já que a Constituição
não fornece guarida para a pratica de crimes no interior de recinto. 
Gabarito: Errado. 
10. (FCC/AJAA - TRT 3ª/2009) No que diz respeito à liberdade
de reunião, é certo que: 
a) o instrumento jurídico adequado para a tutela da liberdade de
reunião, caso ocorra lesão ou ameaça de lesão, ocasionada por
ilegalidade ou arbitrariedade, é o habeas corpus. 
b) essa liberdade, desde que atendendo aos requisitos de praxe, não
está sujeita a qualquer suspensão por conta de circunstâncias
excepcionais como no estado de defesa. 
c) o prévio aviso à autoridade para realizar uma reunião limita-se,
tão-somente, a impedir que se frustre outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local. 
d) na hipótese de algum dos manifestantes, isoladamente, estiver
portando arma de fogo, o fato não autoriza a dissolução da reunião
pelo Poder Público. 
e) a autoridade pública dispõe de competência e discricionariedade
para decidir pela conveniência, ou não, da realização da reunião. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Habeas corpus é remédio que garante a liberdade
de locomoção. Ou seja, usa-se habeas corpus quando alguém está
sendo privado de seu direito de "ir e vir". O direito de reunião não se
confunde com direito de "ir e vir". Trata-se de um direito que a
pessoa possui de se concentrar em local determinado, juntamente
com outras pessoas. Caso sejam cumpridas as exigências
constitucionais, a ofensa a este direito deverá ser tutelada por meio
de Mandado de Segurança e não habeas corpus. 
Letra B - Errado. A Constutição admite a restrição destas liberdades
em se tratandode Estado de Sítio ou Estado de Defesa (CF, art. 136
e 139). 
Letra C - Errado. Precisa-se avisar a autoridade, para que esta
garanta as condições de segurança e manutenção da ordem pública,
necessárias ao evento. 
 
 
 
 
 
 
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Letra D - Correto. Para que a coletividade de pessoas possam se
reunir, deve-se observar os seguintes requisitos constitucionais: 
- seja pacificamente; 
- sem armas; 
- não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local; 
- avise a autoridade competente. 
O uso isolado de arma por uma única pessoa, com desconhecimento
da coletividade, não pode ser motivo para a dissolução da reunião.
Caberá às autoridades tomar as providências cabíveis contra ela, sem
que o direito coletivo fique prejudicado pela infração individual. 
Letra E - Errado. A autoridade deve receber apenas o aviso que
ocorrerá uma reunião em certo local. Não cabe a ela autorizar ou
desautorizar o exercício deste direito. O exercício do direito de
reunião só poderá ser legalmente frustrado caso não sejam
observadas as exigências constitucionais. 
Gabarito: Letra D. 
11. (FCC/Técnico - TRT-SP/2008 - Adaptada) As associações
só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o
trânsito em julgado (Certo ou Errado). 
Comentários: 
De forma COMPULSÓRIA, ou seja, independente da vontade dos
associados: 
• Para que tenham suas atividades SUSPENSAS Æ Só por decisão
judicial; 
• Para serem DISSOLVIDAS Æ Só por decisão judicial
TRANSITADA EM JULGADO 
Disposições importantes sobre o direito de associação: 
1. É livre a associação somente para fins LÍCITOS, sendo vedada a
paramilitar; 
2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nem
mesmo precisa-se de autorização para criá-las; 
3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer
associado; 
4. Para que tenham suas atividades compulsoriamente suspensas -
Só por decisão judicial; (“simples”) 
 
 
 
 
 
 
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5. Para serem compulsoriamente dissolvidas - Só por decisão judicial
TRANSITADA EM JULGADO; 
6. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus
associados: 
• Judicialmente; ou 
• Extrajudicialmente. 
Gabarito: Correto. 
12. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) O artigo 5° da Constituição
Federal prevê, dentre outros direitos, que: 
a) a liberdade de associação é absoluta, sendo necessária, porém, a
prévia comunicação à autoridade competente. 
b) as entidades associativas somente têm legitimidade para
representar seus filiados extrajudicialmente. 
c) a liberdade de associação para fins lícitos é plena, vedada a de
caráter paramilitar. 
d) a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas,
dependem de autorização do Estado. 
e) as associações só poderão ser compelidas a suspender as suas
atividades, após decisão tomada por seus filiados. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Nenhum direito fundamental é absoluto, muito
menos a liberdade de associação, que só será permitida para fins
lícitos e com o cumprimento das demais exigências constitucionais
que vimos anteriormente. 
Letra B - Errado. Vimos que elas podem, desde que EXPRESSAMENTE
autorizadas, representar seus associados: 
• Judicialmente; ou 
• Extrajudicialmente. 
Letra C - Correto. Literalidade do art. 5º XVII - "é plena a liberdade
de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar". 
Letra D - Errado. Como vimos, é vedada a interferência estatal em
seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorização para
criá-las; 
Letra E - Errado. Mais uma vez a manjada regra. Os filiados podem
decidir por suspender ou encerrar as atividades, porém, a associação
também poderá sofrer essas interferências de forma compulsória pela
autoridade judicial, da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
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• para que tenham suas atividades suspensas → só por decisão
judicial (simples); 
• para serem dissolvidas → só por decisão judicial transitada em
julgado. 
Gabarito: Letra C. 
13. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Sobre os direitos e deveres
individuais e coletivos: 
a) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, sem que o proprietário tenha
direito a indenização ulterior se houver dano. 
b) todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais
abertos ao público, dependentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local,
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. 
c) a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas
dependem de autorização, sendo permitida a interferência estatal em
seu funcionamento. 
d) as entidades associativas, independentemente de expressa
autorização, têm legitimidade para representar seus filiados judicial
ou extrajudicialmente. 
e) ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se
de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Trata-se da requisição administrativa. No caso de
dano pelo uso da propriedade pela autoridade, o proprietário terá
direito a posterior indenização (CF, art. 5º, XXV). 
Letra B - Errado. O correto seria "independentemente" e não
"dependentemente". 
Letra C - Errado. Nos termos do art. 5º, XVIII, a criação de
associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento. 
Letra D - Errado. Nos termos do art. 5º, XXI, - as entidades
associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade
para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente. 
Letra E - Correto. Trata-se da perfeita transcrição do princípio do
"imperativo de consciência" ou "escusa de consciência" previsto no
art. 5º, VIII. 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Letra E. 
14. (FCC/Técnico - TCE-MG/2007) Dentre as garantias
constitucionais do direito de propriedade, prevê-se que: 
a) a desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por
interesse social será efetuada mediante prévia e justa indenização em
dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição. 
b) a pequena propriedade rural, definida em lei e desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora, salvo para
assegurar pagamento de débitos decorrentes de sua atividade
produtiva. 
c) aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação
ou reprodução de suas obras, não transmissível aos herdeiros, por
seu caráter personalíssimo. 
d) a propriedade particular poderá ser objeto de uso pela autoridade
competente, em caso de iminente perigo público, assegurada
indenização posterior, independentemente da ocorrência de dano. 
e) a sucessão de bens de estrangeiros situados no país será sempre
regulada pela lei brasileira, independentemente do que estabelecer a
lei pessoal do de cujus. 
Comentários: 
Letra A - Correto. Veja que a assertiva fala "ressalvados os casos
previstos na Constituição". Por que isso? Pois na Constituição existem
vários casos de desapropriação além desta do art. 5º, XXIV. Vamos
esquematizá-los? 
1- (Art. 5º XXIV)
Se houver necessidade ou utilidade Æ PÚBLICA; ou 
Se houver interesse Æ SOCIAL. 
Necessitaainda de uma lei para estabelecer o procedimento de
desapropriação; 
INDENIZAÇÃO: 
ƒ Justa;
ƒ Prévia; 
ƒ Em dinheiro. 
• Essa é a desapropriação ordinária. 
• O poder competente será o executivo de qualquer esfera de
poder. 
• É bom prestar atenção na literalidade: por interesse SOCIAL e
não público. 
 
 
 
 
 
 
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• E lembre-se que a indenização precisa conter esses três
requisitos: ser justa, prévia e em dinheiro senão padecerá de
vício de inconstitucionalidade. 
• Desapropriação por interesse social: ocorre para trazer
melhorias às classes mais pobres, como dar assentamento a
pessoas. 
• Necessidade pública: A desapropriação é imprescindível
para alcançar o interesse público. 
• Utilidade pública: Não é imprescindível, mas, será
vantajosa para se alcançar o interesse público 
2- (CF art. 182 §4)
No caso de solo URBANO não edificado ou sub-utilizado;
Competente: PODER MUNICIPAL; 
Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal; 
A área deve estar incluída no Plano Diretor; 
A desapropriação é o último remédio após o município
promover: 
o Parcelamento ou edificação compulsórios do terreno; 
o IPTU progressivo no tempo até alcançar certo limite da
lei; 
INDENIZAÇÃO: 
o Mediante títulos da divida pública com prazo de resgate
de até 10 anos. 
o A emissão dos títulos deve ser previamente aprovada 
pelo Senado Federal; 
o As parcelas devem ser anuais, iguais e sucessivas. 
• Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel urbano. 
• A regra acima é apenas para o imóvel subutilizado e etc.,
REGRA GERAL será Æ As desapropriações de imóveis
urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro. 
• Plano Diretor é o instrumento aprovado pela Câmara
Municipal que serve para nortear o desenvolvimento e a
expansão urbana, e é obrigatório se o município tiver mais
de 20 mil habitantes. 
 
 
 
 
 
 
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3- (CF art. 184)
Para fins de REFORMA AGRÁRIA: 
Competente: UNIÃO; 
Também é por interesse social; 
Somente o imóvel que não estiver cumprindo sua função social;
INDENIZAÇÃO: 
a) Justa; 
b) Prévia; 
c) Em títulos da divida agrária resgatáveis em até 20 anos; 
d) Se houver benfeitorias ÚTEIS ou NECESSÁRIAS, 
estas devem se indenizadas em dinheiro; 
e) O resgate dos títulos é a partir do segundo ano de sua
emissão. 
• Essa é a desapropriação extraordinária de imóvel rural. 
4- (CF art. 243)
Se houver cultivo ilegal de plantas psicotrópicas: 
Haverá expropriação IMEDIATA sem direito a qualquer 
indenização; 
Finalidade: As “glebas” serão especificamente destinadas ao
assentamento de colonos para que cultivem produtos
ALIMENTÍCIOS ou MEDICAMENTOSOS. 
• Essa desapropriação é chamada de confisco (por alguns
autores); 
• Para que ocorra a expropriação, o cultivo deve ser ilegal, ou
seja, não estar autorizado pelo órgão competente do Ministério
da Saúde, e não atendendo exclusivamente a finalidades
terapêuticas e científicas; 
• (Art. 243 §Único) Æ Qualquer bem de valor econômico que seja
apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins será revertido para tratamento e recuperação de
viciados e para custeio das atividades de fiscalização, controle,
prevenção e repressão ao tráfico. 
Letra B - Errado. A Constituição assegura em seu art. 5º, XXVI: a
pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva,
dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
 
 
 
 
 
 
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Letra C - Errado. O direito autoral é transmissível aos herdeiros,
embora somente pelo tempo que a lei venha a fixar. Perceba uma
coisa importante: 
Direito autoral - Privilégio vitalício e ainda transmissível aos
herdeiros; 
X 
Direito de propriedade industrial - Privilégio temporário. 
Letra D - Aqui não se trata mais de forma de desapropriação, pois
diferentemente do que ocorre nesta, na requisição, o dono da
propriedade não perde sua titularidade, mas, apenas fornece a
mesma à autoridade competente para que use temporariamente o
imóvel no caso de perigo público iminente. Segundo a CF em seu art.
5º, XXV: no caso de iminente perigo público, a autoridade
competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano; (A indenização será
ulterior, após o ato, e só se houver dano à propriedade). 
Letra E - Errado. O termo "de cujus" é usado como sinônimo de
"falecido". Assim, de acordo com a Constituição (CF, art. 5°, XXXI), a
sucessão de bens (transmissão da herança) pertencentes à
estrangeiros, quando os bens estejam situados no Brasil, será
regulada pela lei BRASILEIRA, de modo que venha a beneficiar o seu
cônjuge ou seus filhos brasileiros. Esta regra não é aplicável se a lei
do país do falecido (de cujus) for mais benéfica do que a lei brasileira
para o cônjuge ou filhos brasileiros. 
Gabarito Letra A 
15. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) No tocante
aos direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é INCORRETO afirmar
que 
a) no caso de iminente perigo público, a autoridade competente
poderá usar de propriedade particular, vedada ao proprietário
indenização ulterior na ocorrência de dano. 
b) a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que
trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento
de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento. 
c) a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e econômico do País. 
 
 
 
 
 
 
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d) a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros,
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. 
e) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der
a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a
soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Trata-se do instituto da requisição administrativa.
Essa requisição é feita por autoridades públicas em caso de iminente
perigo público e se houver dano à propriedade, haverá ulterior
indenização. A questão erra ao dizer que não haverá indenização (CF,
art. 5º, XXV). 
Letra B - Correto. Teor do art. 5º, XXVI: Como vimos, a pequena
propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios
de financiar o seu desenvolvimento; 
Letra C - Correto. Teor do art. 5º, XXIX - veja que o direito de
propriedade industrial é temporário, enquanto o direito autoral é
vitalício e ainda pode ser transferido aos herdeiros pelo tempo em
que a lei fixar. 
Letra D - Correto. Teor do art. 5º, XXXI: "a sucessão de bens de
estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes
seja mais favorável alei pessoal do "de cujus" 
Letra E - Correto. Teor do art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a
instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
contra a vida;" 
Gabarito: Letra A. 
16. (FCC/Técnico-TJ-PI/2009) É reconhecida a instituição do
júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo 
a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a
vida. 
b) a plenitude de defesa. 
c) o sigilo das votações. 
 
 
 
 
 
 
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d) a soberania dos vereditos. 
e) o juízo ou o tribunal de exceção. 
Comentários: 
Novamente o art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri,
com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
contra a vida;" 
A letra E, é a única não elencada. Refer-se ao art. 5º, XXXVII: Não
haverá juízo ou tribunal de exceção. Tribunal de exceção é aquele
que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Letra E. 
17. (FCC/AJAA - TRT 4ª/2009) O Direito de Petição previsto na
Constituição Federal é: 
a) exercido tão somente no âmbito do Poder Judiciário. 
b) assegurado aos brasileiros natos, maiores de vinte e um anos. 
c) extensivo a todos, nacionais ou estrangeiros, mediante o
pagamento de taxas. 
d) destinado ao cidadão em face dos Poderes Públicos e exercido
judicialmente apenas por advogado constituído. 
e) garantido a todos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder. 
Comentários: 
O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou
jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e
"pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus
direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. 
Assim, o assegura a Constituição em seu art. 5º: 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do 
pagamento de TAXAS: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos:
ƒ Em defesa de direitos; ou 
ƒ Contra ilegalidade; ou 
ƒ Contra abuso de poder. 
 
 
 
 
 
 
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b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para:
ƒ Defesa de direitos; e 
ƒ Esclarecimento de situações de interesse pessoal. 
Demais pontos importantes sobre estes direitos: 
1. Não precisa de lei regulamentadora; 
2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui
caráter restritivo, ou seja, TODOS são isentos, e não apenas os
pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas
jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade. 
3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos
em nome próprio ou da coletividade. 
4. Estes direitos, se negados, também poderão dar motivo à
impetração de Mandado de Segurança. 
Assim: 
Letra A - Errado. Pode ser exercido perante qualquer Poder. 
Letra B - Errado. Não existe tal restrição. 
Letra C - Errado. Realmente todos podem exercê-lo, mas não precisa
pagar taxas. 
Letra D - Errado. Qualquer um pode exercer este direito,
independentemente de constituir advogado. 
Letra E - Agora sim... está está correta. 
Gabarito da questão: Letra E. 
18. (FCC/TJ-PI/2009) É reconhecida a instituição do júri, com a
organização que lhe der a lei, NÃO havendo 
a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a
vida. 
b) a plenitude de defesa. 
c) o sigilo das votações. 
d) a soberania dos vereditos. 
e) o juízo ou o tribunal de exceção. 
Comentários: 
Segundo o art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com
a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
 
 
 
 
 
 
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b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
contra a vida;" 
A letra E, é a única não elencada. Refere-se ao art. 5º, XXXVII: Não
haverá juízo ou tribunal de exceção. Tribunal de exceção é aquele
que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse
previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc". 
Gabarito: Letra E. 
19. (FCC/TRT 8º/2010) Segundo a Constituição Federal, constitui
crime imprescritível a prática de: 
a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins. 
b) tortura. 
c) racismo. 
d) latrocínio. 
e) terrorismo. 
Comentários: 
A Constituição Federal estabelece: 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por
eles respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
Agora vamos ver um macete para facilitar: 
 
 
 
 
 
 
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Pulo do Gato: 
Em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos", eu
proponho um método para facilitar a memorização destes crimes pre-
vistos na CF/88. Perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora,
existe uma diferença nos outros tratamentos. Deste modo os crimes
se dividiriam em 3 grupos: racismo, ação de grupos armados, e o que
chamaria de 3TH (tortura, tráfico, terrorismo e hediondos). A
Constituição estabeleceu para eles o seguinte tratamento: 
• ação de grupos armados contra o Estado –
imprescritível; 
• racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R –
racismo X R – reclusão); 
• 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar
a fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ). 
Resolvendo a questão:
As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de
graça ou anistia, mas não são imprescritíveis. 
O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela
Constituição. 
A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável,
imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão. 
Gabarito: Letra C. 
20. (FCC/MPE–RS/2008) Constitui crime inafiançável e
imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático. 
Comentários: 
Usando o método que eu propus, vemos que a questão está correta.
Gabarito: Correto. 
21. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a
Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível a
prática da tortura. 
Comentários: 
A pratica de tortura não seria imprescritível, seria insuscetível de
graça ou anistia, já que é um T dos 3TH. 
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Errado. 
22. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e
Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que 
a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras,
as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa,
prestação social alternativa e suspensão ou interdiçãode direitos. 
b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de detenção, nos termos da lei. 
c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou
anistia a prática da tortura. 
d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático. 
e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido. 
Comentários: 
Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a
individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos. 
Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de
reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de
detenção, já que o correto seria reclusão. 
Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH -
Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e
insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é
"suscetível" de graça ou anistia. 
Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos
termos do art. 5º, XLIV. 
Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá
somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV). 
Gabarito: Letra A. 
 
 
 
 
 
 
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23. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Constituição proíbe a
instituição de pena de: 
a) morte, sem exceção 
b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada. 
c) trabalhos forçados. 
d) restrição de liberdade. 
e) restrição de direitos. 
Comentários: 
A questão trata de uma disposição constitucional que está na CF, art. 
5º XLVI e XLVII. A Constituição então diz: 
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-
tras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos.
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis. 
Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de
banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de
morte é admitida se estivermos em guerra externa declarada. 
Voltando à questão: 
Letra A - Errado. Existe a exceção da guerra externa declarada.
Letra B - Errada. A exceção da guerra é para a pena de morte e não 
para a pena perpétua. 
Letra C - Correto. 
Letra D e E - Estas podem pelo inciso XLVI.
Gabarito: Letra C. 
 
 
 
 
 
 
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24. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009 - Adaptada) Será, em
qualquer hipótese, concedida a extradição de estrangeiro por crime
político. 
Comentários: 
Justamente o contrário. É vedada a extradição por crime político ou
de opinião (CF, art. 5º, LII). 
Gabarito: Errado. 
Remédios constitucionais 
Os remédios constitucionais recebem esse nome pois são ações
constitucionais que funcionam como verdadeiros "remédios" contra
os abusos cometidos. Por exemplo, se alguém sofrer abuso ao seu
direito de locomoção, esse mal será remediado com um habeas
corpus, se o abuso for relativo ao direito de informação, será usado
um habeas data. Os principais remédios constitucionais serão vistos
agora: habeas corpus, habeas data, Mandado de Segurança,
Mandado de Injunção e Ação Popular. 
Alguns autores ainda incluem neste grupo outras medidas como o
direito de petição e direito de obter certidões, presentes no inciso 
XXXIV. 
Habeas corpus 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de
poder; 
Organizando: 
• Motivo: violência ou coação da liberdade de locomoção;
(Abuso contra o direito que todos possuem de ir, vir,
permanecer, estar, passar e etc.) 
• Quem pode usar: qualquer pessoa; 
• Quem pode sofrer a ação: qualquer um que use de ilegalidade
ou abuso de poder. 
• Modos de HC: 
ƒ Preventivo: Caso haja ameaça de sofrer a coação; 
ƒ Repressivo: Caso esteja sofrendo a coação. 
• Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de “habeas-corpus”; 
Segundo o Código de Processo Penal (CPP), no art. 648, a coação
será considerada ilegal: 
 
 
 
 
 
 
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I – quando não houver justa causa; 
II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que
determina a lei; 
III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para
fazê-lo; 
IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos
em que a lei a autoriza; 
VI – quando o processo for manifestamente nulo; 
VII – quando extinta a punibilidade. 
CPP, art. 654 → O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer
pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério 
Público. 
STF – Súmula nº 693 → Não cabe HC contra decisão condenatória a
pena de multa, ou relativo a processo em que a pena pecuniária seja 
a única cominada. 
STF – Súmula nº 695 → Não cabe habeas corpus quando já extinta a
pena privativa de liberdade. 
STF - Súmula nº 606 (com adaptação de outros precedentes ) → Não
cabe impetração de "habeas corpus" para o plenário contra decisão 
colegiada de qualquer das Turmas (ou do próprio Pleno) do STF,
ainda que resultante do julgamento de outros processos de "habeas
corpus" ou proferida em sede de recursos em geral, inclusive aqueles
de natureza penal. 
CF, Art. 142 § 2º → Não caberá habeas corpus em relação a punições
disciplinares militares. 
Embora a CF expresse que não cabe HC contra punições disciplinares,
o STF tem flexibilizado a situação quando a punição privativa de
liberdade foi imposta de forma ilegal. Assim, decidiu o Supremo (RHC
88543 / SP - SÃO PAULO - 03/04/2007): a legalidade da imposição
de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo
castrense (afeto ao regime militar), pode ser discutida por meio de
habeas corpus. 
O habeas corpus pode ser concedido de ofício por juiz ou tribunal,
sem que isso implique ofensa ao princípio da inércia da jurisdição
(hipótese cobrada pelo CESPE em 2007). 
É cabível habeas corpus inclusive quando a liberdade de locomoção
puder ser afetada indiretamente, por exemplo, contra a quebra de
sigilo bancário, caso dela possa resultar processo penal que leve à
sentença de prisão. 
 
 
 
 
 
 
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25. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Sempre que alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, será concedido 
a) mandado de injunção. 
b) habeas corpus. 
c) habeas data. 
d) ação popular. 
e) mandado de segurança. 
Comentários: 
Desta forma, vemos que o correto seria assinalar a letra B! Habeas
corpus. 
26. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas corpus pode ser
impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra
ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçadode sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. 
Comentários: 
Diferentemente do Mandado de Segurança que só pode ser impetrado
quando alguém estiver se valendo de sua prerrogativa de "direito
público", o habeas corpus pode ser impetrado contra qualquer pessoa
que estiver coagindo alguém de sua liberdade de locomoção (ir, vir,
permanecer e etc...). 
Gabarito: Correto. 
27. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O habeas corpus constitui,
segundo o STF, medida idônea para impugnar decisão judicial que
autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento
criminal. 
Comentários: 
Na jurisprudência do Supremo, o habeas corpus pode ser usado
contra qualquer ato ilegal, ou com abuso de poder que possa levar o
indivíduo a ter a sua liberdade de locomoção, cerceada, ainda que
não diretamente. É o caso da questão, a quebra de sigilo, embora
não seja medida que diretamente se oponha à liberdade de
locomoção, pode indiretamente contribuir para o constrangimento a
tal direito. 
Gabarito: Correto. 
28. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível habeas corpus contra decisão
condenatória a pena de multa. 
 
 
 
 
 
 
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Comentários: 
Habeas Corpus é um remédio constitucional que garante a "liberdade"
de alguém. Se a pena não foi privativa de liberdade, não há o que se
falar em habeas corpus. 
Gabarito: Errado. 
Mandado de segurança 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger
direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus"
ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou
abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa
jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
por: 
a) partido político com representação no Congresso
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos
um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados; 
Atualmente o mandado de segurança, tanto individual quanto
coletivo, é regulamentado pela lei 12016/09. 
Embora não esteja expresso na CF, o mandado de segurança também
pode ser preventivo ou repressivo como o habeas corpus. 
Organizando: 
• Motivo: proteger direito líquido e certo, não amparado por HC
ou HD. 
• Quem pode usar: qualquer pessoa (PF, PJ ou até mesmo órgão
público – independente ou autônomo) seja na forma
preventiva ou repressiva. 
• Quem pode sofrer a ação: autoridade pública ou agente de PJ
no exercício de atribuições do poder público que use de
ilegalidade ou abuso de poder. Segundo a lei 12016/09,
equiparam-se às autoridades: 
ƒ Os representantes ou órgãos de partidos políticos;
ƒ Os administradores de entidades autárquicas; 
ƒ Os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais
no exercício de atribuições do poder público, somente no
que disser respeito a essas atribuições. 
 
 
 
 
 
 
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• Modos de MS: 
ƒ Individual: impetrado em nome de uma única pessoa; 
ƒ Coletivo: impetrado por: 
a) Partido político com representação no
CN; 
b) Organização sindical; 
c) Entidade de classe; ou 
d) Associação, desde que esta esteja
legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano. 
Cabimento: 
Segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra: 
ƒ Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de 
empresas públicas, de sociedade de economia mista e de
concessionárias de serviço público. 
ƒ Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução; 
ƒ Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; 
ƒ Decisão judicial transitada em julgado. 
STF – Súmula nº 625 → Controvérsia sobre matéria de direito não
impede a concessão de mandado de segurança (veja que a matéria 
de fato alegada deve ser incontroversa, líquida e certa. Porém,
nada impede que o direito em que este fato esteja se baseando
seja controverso, complexo, por exemplo, uma lei que esteja sendo
objeto de impugnação). 
STF – Súmula nº 429 → A existência de recurso administrativo com
efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança 
contra omissão da autoridade (a palavra principal desta súmula é a
"omissão", ou seja, de que adiantaria um recurso suspensivo se a
autoridade não está agindo e sim se omitindo em agir?). 
STF – Súmula nº 266 → Não cabe mandado de segurança contra lei 
em tese. (Não se pode usar o MS para impugnar diretamente uma
lei, pois isto é privativo da ação direta de inconstitucionalidade) 
Em defesa de direitos
líquidos e certos da
totalidade, ou de parte, dos
seus membros ou
associados, na forma dos
seus estatutos e desde que
pertinentes às suas
finalidades, dispensada,
para tanto, autorização
especial (lei 12016). 
Na defesa de seus interesses
legítimos relativos a seus
integrantes ou à finalidade
partidária (lei 12016). 
 
 
 
 
 
 
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STF – Súmula nº 267 → Não cabe mandado de segurança contra
ato judicial passível de recursos ou correição. 
STF - Súmula nº 268 → Não cabe mandado de segurança contra
decisão judicial com trânsito em julgado. 
STF - Súmula nº 629 →A impetração de mandado de segurança
coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe 
da autorização destes (veja que diferentemente do que ocorre na
representação processual, em se tratando de MS coletivo -
substituição processual - basta autorização genérica, o que se dá
com o simples ato de filiação, prescindindo-se que a entidade
esteja expressamente autorizada para tal). 
STF - Súmula nº 630 → A entidade de classe tem legitimação para
o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada 
interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. 
Prazo 
Artigo 23 da Lei 12016/09 → O direito de requerer mandado de
segurança extinguir-se-á decorridos 120 dias (prazo decadencial)
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. 
Obs.: Este prazo de 120 dias não se aplica, obviamente, ao MS
preventivo, pois se a lesão ainda nem ocorreu, como poderíamos
começar a contagem do prazo? 
STF – Súmula nº 430 → Pedido de reconsideração na via
administrativa não interrompe o prazo para o mandado de 
segurança. 
STF – Súmula nº 623 → É constitucional a lei que fixa o prazo de
decadência para a impetração de mandado de segurança (120 
dias). 
Competências 
STF – Súmula nº 624 → Não compete ao STF conhecer 
originariamente o mandado se segurança contra atos de outros
tribunais (a competência para apreciar o mandado de segurança
contra atos e omissões de tribunais é do próprio tribunal). 
29. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança
pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba
recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de
caução. 
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra ato
do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,
independentemente de caução. Pois a ofensa ao direito líquido e certo
pode ser cessada na esfera administrativa, mediante o recurso. 
Gabarito: Errado. 
30. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança
coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou
privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe
legalmente constituídas, mas não por partidos políticos.Comentários: 
Os partidos políticos, desde que tenham representação no Congresso,
podem impetrar mandado de segurança coletivo na defesa de seus
interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade
partidária. 
Gabarito: Errado. 
31. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança se
presta a impugnar lei em tese. 
Comentários: 
Trata-se da súmula nº 266 do STF: "Não cabe mandado de segurança
contra lei em tese". Isto porque o mandado de segurança é uma ação
para tutelar direitos subjetivos líquidos e certos. Impugnar uma lei
em tese, é impugnar a propositura de uma lei, de forma objetiva,
sem olhar para casos concretos (problemas subjetivos) trazidos por
ela. Impugnar objetivamente uma lei é papel da ação direta de
inconstitucionalidade e não do mandado de segurança. 
Gabarito: Errado. 
32. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança não
constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação
tributária. 
Comentários: 
Trata-se da súmula nº 213 do STJ: O mandado de segurança
constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação
tributária. 
Gabarito: Errado. 
 
 
 
 
 
 
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33. (ESAF/AFRFB/2009) Não cabe mandado de segurança contra
os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de
concessionárias de serviço público. 
Comentários: 
Voltando à questão, vimos que, segundo a lei 12016/09, não cabe
mandado de segurança contra: 
• Os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de
economia mista e de concessionárias de serviço público. 
• Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito
suspensivo, independentemente de caução; 
• Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito
suspensivo; 
• Decisão judicial transitada em julgado. 
Gabarito: Correto. 
Mandado de Injunção 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a
falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício
dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
Organizando: 
• Motivo: Falta de norma regulamentadora tornando inviável o
exercício: 
ƒ dos direitos e liberdades constitucionais;
ƒ das prerrogativas inerentes à: 
♦ nacionalidade; 
♦ soberania; e 
♦ cidadania. 
• Quem pode usar: Qualquer pessoa. 
• Quem pode sofrer a ação: A autoridade competente para
editar a norma em questão. 
• Modos de MI: 
� individual: impetrado em nome de uma única pessoa; 
� coletivo: não está previsto na Constituição. Mas é admitido, 
devendo cumprir os mesmos requisitos do MS Coletivo. 
Observações:
 
 
 
 
 
 
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• Embora com posicionamentos divergentes, prevalece o
entendimento de que as omissões que viabilizam o uso do
mandado de injunção podem ser totais ou parciais1; 
• No entanto, somente pode ser impetrado o mandado quando a
omissão estiver frustrando o alcance de objetivos expostos em
normas de status constitucional e se estas normas sejam
de eficácia limitada - de princípio institutivo ou programático
-, já que são essas que dependem de normatização para que
alcancem suas finalidades. (Baseado nisso, o STF já decidiu não
haver possibilidade de ingressar MI contra a falta de normas
para efetivar a mandamentos da Convenção Americana de
Direitos Humanos2) 
• A "norma faltante" não necessita ser uma lei, pode ser qualquer
ato normativo cuja falta impeça a concretização dos efeitos da
norma constitucional. 
Até meados de 2007, o efeito das decisões de MI emanadas pelos
tribunais se limitavam a declarar a mora do legislador, pelo princípio
da independência dos poderes, não havia como obrigar tal autoridade
a legislar e nem mesmo poderia o Judiciário agir como legislador e
sanar a mora existente. Essa situação era o que chamamos de
posição não concretista do Poder Judiciário. 
Porém, ao julgar os Mandados de Injunção 670, 708 e 712, sobre a
falta de norma regulamentadora do direito de greve dos servidores
públicos, o STF abandonou sua antiga posição e declarou: “enquanto
não editada a lei especifica sobre o direito de greve dos servidores
públicos, estes devem adotar a norma aplicável aos trabalhadores da
iniciativa privada”. Assim, o STF passou a adotar a teoria concretista,
pois sanou a mora existente e “ressuscitou” aquele que era chamado
de “o remédio constitucional mais ineficaz”. 
34. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de injunção
tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional de
legislar que, de alguma forma, afete direitos constitucionalmente
assegurados, sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal ( STF ), que ele só é cabível se a omissão tiver caráter
absoluto ou total, e não parcial. 
Comentários: 
O erro foi dizer que só é cabível se a omissão tiver caráter absoluto
ou total, e não parcial. Embora com posicionamentos divergentes,
prevalece o entendimento de que as omissões que viabilizam o uso
do mandado de injunção podem ser totais ou parciais. 
1 MI 107/DF
2 MS 22483‐5/DF
 
 
 
 
 
 
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Gabarito: Errado. 
35. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de injunção não é
instrumento adequado à determinação de edição de portaria por
órgão da administração direta. 
Comentários: 
O mandado de injunção é utilizado sempre que uma norma
regulamentadora esteja faltando, e esta falta esteja impedindo que a
pessoa possa exercer os direitos e liberdades constitucionais e suas
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. A
Constituição ao dispor sobre este mandado, falou em "norma
regulamentadora", não importando, então, qual a natureza de tal
norma. 
Gabarito: Errado. 
36. (CESPE – Procurador Municipal Natal - 2008)
Considerando a atual jurisprudência do STF quanto à decisão e aos
efeitos do mandado de injunção, notadamente nos casos em que se
discuta o direito de greve dos servidores públicos, é correto afirmar
que, na decisão de um mandado de injunção, compete ao Poder
Judiciário 
a) elaborar a norma regulamentadora faltante. 
b) proferir simples declaração de inconstitucionalidade por omissão,
dando conhecimento ao órgão competente para a adoção das
providências cabíveis. 
c) garantir o imediato exercício do direito fundamental afetado pela
omissão do poder público. 
d) fixar prazo razoável para que o ente omisso supra a lacuna
legislativa ou regulamentar, sob pena de responsabilização. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Judiciário não é legislador, ele deve julgar, não
legislar. Em que pese a sua atribuição atípica de poder legislar, fazer
seus regimentos e regulamentos, não poderá nunca elaborar uma
norma cuja competência está estabelecida no âmbito do Poder
Legislativo ou Executivo. 
Letra B - Errado, pois assim seria a não-concretista. 
Letra C- Perfeito, trata-se da concretista, sem entrar no mérito de ser
geral ou individual. 
Letra D - Errado. Assim seria a posição concretista individual
intermediária, que era adotada minoritariamente no supremo, onde o 
 
 
 
 
 
 
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Min. Néri da Silveira defendia que se determinasse um prazo de 120
dias para a regulamentação. 
Habeas data 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas
à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos
de dados de entidades governamentais ou de caráter
público; 
b) para a retificação de dados,quando não se prefira fazê-lo
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; 
Organizando: 
• Motivos: 
a) conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido
negado); 
b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso
administrativamente ou judicialmente. 
• Quem pode usar: qualquer pessoa. 
• Quem pode sofrer a ação: qualquer entidade governamental
ou ainda não-governamental, mas que possua registros ou
bancos de dados de caráter público. 
• Custas: (LXXVII) são gratuitas as ações de “habeas-data”; 
Obs. 1 - A lei 9507/97 que regulamenta o "habeas data" dispõe logo
em seu art. 1º parágrafo único: Considera-se de caráter público todo
registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que
possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso
privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das
informações. 
Deve-se ter muita atenção, pois as bancas constantemente tentam
confundir o candidato com este remédio constitucional. O habeas
data é usado para se requerer informações sobre a pessoa do
impetrante que constam em banco de dados públicos, são aquelas
informações pessoais. Primeiro deve-se pedir administrativamente e,
se negado, impetra-se o HD. 
Não confunda com o caso de se negarem o direito líquido e certo de
receber informações em órgãos públicos, assegurado pelo art. 5º,
XXXIII, quando as informações não forem pessoais ao impetrante,
nem com o indeferimento do direito de petição ou de obter certidões
– art. 5º, XXXIV. 
 
 
 
 
 
 
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37. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A empresa pública federal Y
inscreveu os dados de Tício no órgão de proteção ao crédito
governamental, sendo que ele, ao ter acesso às informações no
banco de dados, notou que estavam incorretas. Para retificar as
informações restritivas Tício terá que 
a) impetrar mandado de injunção. 
b) impetrar habeas data. 
c) impetrar mandado de segurança repressivo. 
d) impetrar mandado de segurança preventivo. 
e) propor ação popular. 
Comentários: 
O correto seria impetrar o habeas data, já que este é o remédio
constitucional que tem por objeto: 
a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante
(após ter pedido administrativamente e ter sido negado); 
b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso
administrativamente ou judicialmente. 
Lembrando que a questão foi falha. Ele não "terá" que impetrar um
HD, mas sim pedir que retifiquem administrativamente. Somente
caso se neguem a retificar seus dados é que ele poderá ajuizar o
referido remédio constitucional. 
Gabarito: Letra B. 
38. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas data destina-se
a assegurar o conhecimento de informações pessoais constantes de
registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de
caráter público, desde que geridas por servidores do Estado. 
Comentários: 
Estava correta até dizer: desde que geridas por servidores do Estado.
A lei 9507/97 que regulamenta o "habeas data" dispõe logo em seu
art. 1º parágrafo único: Considera-se de caráter público todo registro
ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam
ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do
órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. 
Gabarito: Errado. 
Ação popular 
 
 
 
 
 
 
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LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico
e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento
de custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
Organizando: 
• Quem pode propor: qualquer cidadão, ou seja, somente
aquele em pleno gozo de seus direitos políticos. 
• Motivo: anular ato lesivo: 
ƒ ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado
participe; 
ƒ à moralidade administrativa; 
ƒ ao meio ambiente; 
ƒ ao patrimônio histórico e cultural. 
• Custas judiciais: Fica o autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
Não é qualquer pessoa que pode propor, mas, apenas o
cidadão, ou seja, quem está em gozo de seus direitos civis e
políticos. 
Existe outra ferramenta para se proteger os interesses da
sociedade: a ação civil pública, que deve ser interposta para
proteção de interesses sociais difusos e coletivos (Lei nº 
7.347/85). Diferentemente da ação penal pública, a ação civil
publica não é privativa do Ministério Público, podendo ser, além
do Ministério Público, intentada por: 
� qualquer ente federativo ( União, Estados, Municípios e DF); 
� autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista
ou Empresa Pública; 
� defensoria Pública; 
� associação constituída há pelo menos um ano e que possua
como finalidade a proteção ao meio ambiente, ao
consumidor, ao patrimônio histórico etc. 
39. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008)
Em relação às ações constitucionais (também conhecidas como writs
constitucionais ), é correto afirmar que 
a) é necessário que haja recusa na prestação de informações por
parte da entidade (pública ou de caráter público) que as detém, para
que seja impetrado habeas data. 
 
 
 
 
 
 
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b) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação
promovida por sociedade de economia mista. 
c) as ações populares ajuizadas contra o Presidente da República
serão processadas e julgadas originariamente pelo STF. 
d) o mandado de segurança, concebido como uma ação destinada à
tutela do indivíduo contra o Estado, não pode ser impetrado por
órgãos públicos. 
e) Qualquer pessoa, desde que tenha a nacionalidade brasileira, pode
ajuizar a ação popular. 
Comentários: 
Letra A - Correta. Vimos que que segundo o entendimento do STF
(HD 22/DF, entre outros) e STJ (Súmula nº2):"Não cabe o habeas
data se não houve recusa de informações por parte da autoridade
administrativa." Assim, o enunciado está correto. 
Letra B - Errado. Trata-se da súmula 333 do STJ: Cabe mandado de
segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade
de economia mista ou empresa pública. 
Letra C - Errado. Não existe prerrogativa de foro em se tratando de
ação popular. A competência para julgar a ação popular é sempre do
órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato
impugnado. Ou seja, a competência será do juiz estadual se o ato for
de qualquer autoridade estadual ou municipal. Ou então será do juiz
federal se o ato for praticado por qualquer autoridade vinculada à
União ou às suas autarquias, empresas públicas e fundações públicas.
Assim, o enunciado encontra-se incorreto. 
Letra D - Errado. A jurisprudência adminte que em se tratando de
órgãos independentes e de órgãos autônomos poderá ser impetrado
mandado de segurança, adquirindo temporariamente capcidade
processual. 
Letra E- Não basta ter nacionalidade brasileira. Deve ser "cidadão"
em sentido estrito, ou seja, um brasileiro em pleno gozo de direitos
políticos. Gabarito: Errado. 
Gabarito: Letra A. 
Direitos Sociais: 
40. (FCC/Técnico - TRE-SE/2008) Constituem direitos sociais: 
a) a distribuição de renda, a cesta básica e o vale transporte. 
b) o direito de expressão, a livre crença e o registro civil. 
c) a herança, a sindicalização e a livre locomoção. 
d) a educação, a saúde e a segurança.CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - TRF 1ª
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e) a votação, a independência e o consumo. 
Comentários: 
Nos termos do art. 6º da Constituição, são direitos sociais a
educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Consti-
tuição. 
ATENÇÃO AO TERMO "ALIMENTAÇÃO",
RECENTEMENTE INSERIDO NESTE ROL
PELA EC 64/10. 
Gabarito: Letra D. 
41. (FCC/Técnico - TRF-3ª/2008) NÃO é considerado um dos
direitos sociais expressamente previstos pela Constituição Federal de
1988 o direito 
a) de propriedade. 
b) à saúde. 
c) ao lazer. 
d) à segurança. 
e)à proteção à maternidade e à infância. 
Comentários: 
Usando novamente o art. 6º como base, vemos que o gabarito da
questão é a letra A. 
42. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008)
Dos direitos sociais apresentados a seguir, qual é assegurado pela
Constituição Federal aos servidores civis ocupantes de cargos
públicos? 
a) Fundo de garantia do tempo de serviço. 
b) Aviso prévio de, no mínimo, 30 (trinta) dias. 
c) Reconhecimento das convenções coletivas de trabalho. 
d) Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário. 
e) Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos.
Comentários: 
 
 
 
 
 
 
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Questão que relaciona o art. 7º da Constituição (que deve ser muito
bem estudado) e o art. 39 §3º. 
Na Constituição o art. 7º traz uma relação com os diversos direitos
dos trabalhadores urbanos e rurais. Alguns destes direitos são
assegurados ao trabalhador doméstico também, não todos (CF, art.
7º, parágrafo único), outros são assegurados aos servidores públicos
também, da mesma forma, somente alguns (CF, art. 39 §3º). 
Faremos então aqui, uma separação em 4 grupos: 
Grupo 1 - Direitos que não são extensíveis nem aos domésticos
nem aos servidores. 
Grupo 2 - Direitos extensíveis tanto aos domésticos quanto aos
servidores públicos. 
Grupo 3 - Direitos extensíveis só aos domésticos. 
Grupo 4 - Direitos extensíveis só aos servidores. 
Pulo do Gato: 
Grupo 1 ‐ Direitos apenas
dos Trabalhadores urbanos e
Rurais
Grupo 2
Grupo 4
Servidores
Grupo 3
Domésticos
Direitos elencados no art. 7º, como
aplicáveis aos trabalhadores urbanos e
rurais.
 
 
 
 
 
 
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Não precisamos simplesmente partir para a decoreba desses direitos.
Temos que, antes, observar algumas coisas que podem facilitar a
nossa vida: 
Servidor Público: 
1- Tem "estabilidade" - Não precisa então de: proteção ao
emprego, seguro desemprego, FGTS, proteção contra automação e
aviso prévio. 
2- Trabalha para o Governo - Não há o que se falar em:
participação nos lucros, reconhecimento de acordo coletivo e
convenção (precisa é de lei), proteção contra a retenção dolosa do
salário (governo não vai dolosamente segurar salário de ninguém,
pelo menos em teoria). 
Doméstico: 
1- Historicamente tem vínculos precários de emprego, pois
depende muito da confiança e satisfação com o trabalho - Não
lhe foi assegurado: proteção ao emprego, seguro desemprego, FGTS,
2 - Trabalha para uma residência - Não o que se falar em:
participação nos lucros, proteção contra automação, jornada de 6h
para turnos de revezamento, adicional de insalubridade ou
periculosidade, seguro acidente. 
3- Geralmente são mulheres - Logo, não precisa de incentivos
específicos para a proteção da mulher neste mercado de trabalho, já
que elas não precisam "ganhar espaço". 
Observações gerais: 
Os direitos mais básicos, relativos à dignidade da pessoa
humana são sempre assegurados: Salário Mínimo, décimo terceiro
salário, repouso semanal remunerado, ferias anuais remuneradas,
Licença a gestante e licença paternidade. 
Na hora da questão procure então ver o seguinte: 
1- Há algum direito básico, referente à dignidade da pessoa humana:
se tiver, ele será assegurado ao doméstico e ao servidor. 
2- Pense no dia-a-dia, lembre-se das circunstâncias apresentadas
acima, que diferenciam o doméstico e servidores dos demais
trabalhadores. 
 
 Algumas outras, precisamos decorar, então vambora: 
 
 
 
 
 
 
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1-Direitos que se aplicam apenas aos trabalhadores urbanos e
rurais: 
- Proteção do emprego nos termos de lei complementar 
- Seguro desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
- FGTS; 
- Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
- Participação nos lucros, desvinculada da remuneração e
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme a
lei; 
- Jornada de 6 horas se o trabalho for realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; 
- Adicional de remuneração por atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei; 
- Proteção ao salário: na forma da lei, sendo crime sua retenção
dolosa; 
- Assistência gratuita em pré-escolas e creches aos filhos e
dependentes ate os 5 anos. 
- Reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho; 
- Proteção em face da automação, na forma da lei; 
- Seguro-acidente a cargo do empregador, sem excluir a indenização
quando este tiver dolo ou culpa; 
- Direito de ação relativa a créditos resultantes da relação de
trabalho, com prescrição de 5 anos se o contrato de trabalho estiver
em vigor e de 2 anos após a extinção do contrato. 
- Não-discriminação ao portador de deficiência: no tocante a salários
e critérios de admissão. 
- Não-distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual. 
2-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e
extensíveis tanto aos domésticos quanto aos servidores
públicos: 
- Salário Mínimo. 
- Décimo terceiro salário: Base = Ao valor integral do salário ou da
aposentadoria; 
- Repouso semanal remunerado: preferencialmente aos domingos; 
- Ferias anuais remuneradas: com, PELO MENOS, 1/3 a mais do que
o salário normal; 
 
 
 
 
 
 
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- Licença a gestante: de 120 DIAS, sem prejuízo do emprego e do
salário; 
- Licença Paternidade: nos termos fixados em lei; 
3-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e
extensíveis apenas aos domésticos: 
- Irredutibilidade do salário: salvo convenção ou acordo coletivo; 
- Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço: mínimo de 30 dias; 
- Aposentadoria. 
4-Direitos que se aplicam aos trabalhadores urbanos, rurais, e
extensíveis apenas aos servidores públicos: 
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo: para os que
percebem remuneração variável; 
- Remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; 
- salário-família: se o trabalhador de baixa-renda possuir 
dependentes; 
- Jornada de trabalho de no Maximo 8 horas/dia ou 44
horas/semana; 
- Hora-extra remunerada em no mínimo 50% a mais. 
- Proteção ao mercado de trabalho da mulher com incentivos
específicos, conforme a lei; 
- Redução dos riscos do trabalho: por meio de normas de saúde,
higiene e segurança; 
- Não-diferenciação de salários, funções e critérios de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
Voltando à questão:
Servidor tem estabilidade, logo não precisa de FGTS, aviso prévio,
seguro desemprego... Também não se reconhece as convenções e
acordos coletivos, pois o serviço público

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