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005-Arb_Urb_Implantação

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Disciplina: SILVICULTURA URBANA
Curso: ENGENHARIA FLORESTAL
___________________________________________________________________________
6 IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
6.1 Recomendações técnicas de plantio
6.1.1 Mudas
As mudas destinadas a arborização poderão passar por um período de acondicionamento e desenvolvimento. Durante esse período, ficam expostas as condições dos fatores climáticos, desenvolvendo-se em condições semelhantes aquelas do local definitivo, adquirindo desse modo, resistência natural contra as adversidades do clima.
Devem ser embaladas em recipientes grandes de pelo menos 20 litros ou em raiz nua. Procedendo-se dessa maneira, consegue-se ainda, diminuir os custos na aquisição de mudas, pois se pode adquirir mudas de menor porte e conduzi-las em viveiro através de podas de formação para posterior utilização na arborização de ruas.
A qualidade das mudas responde por grande parte do sucesso da arborização de ruas e avenidas.
Mudas adequadas para plantio nas ruas devem possuir no mínimo 2,0 metros de altura, com ramificações a partir de 1,5 metros de altura devem ser bem conformadas, com fustes retos, vigorosas e estarem livres de pragas e/ou doenças.
6.1.1.1 Características das mudas a serem plantadas
● Altura: 2,0 m
● DAP (1,30m do solo): 0,03m (3,0 cm)
● Altura da primeira bifurcação: 1,50 m a 1,80m
● Boa formação, perpendicularidade (fuste reto)
● Isenta de pragas e doenças
● Sistema radicular bem formado e consolidado nas embalagens
● Ter copa formada por 3 (três) pernadas (ramos) alternadas
● Volume do torrão, na embalagem, deverá conter de 15 a 20 litros de substrato
● Estar adaptada ao clima do local destinado;
6.1.2 Época de plantio
A melhor época para o plantio é variável em cada região, mas a ideal é o inicio do período chuvoso.
Quando se dispõe de equipamentos para irrigação, o plantio pode ser realizado em qualquer estação do ano.
O plantio durante o período mais quente e chuvoso tem como vantagem o pegamento mais rápido e o melhor estabelecimento das mudas, devendo, portanto, ser o preferido. A época de plantio é um dos itens do planejamento adequado da arborização urbana.
6.1.3 Espaçamento
Para árvores de porte médio ou palmeiras, recomenda-se uma distância de 07 a 10 metros entre si e de 10 a 15 metros para árvores de grande porte.
	Porte
	Espaçamento sugerido (m)
	Pequeno
	5,0 – 6,0
	Médio
	7,0 – 10,0
	Grande
	10,0 – 15,0
Espaçamento sugerido entre árvores na calçada em função do porte
Para canteiros, tanto em vias estreitas como amplas, o recuo mínimo da face externa da guia (meio fio) ao centro do canteiro deve ser de no mínimo 0,50 m. 
6.1.4 Abertura das covas para plantio (preparo do local)
As covas, demarcadas geralmente em alinhamento, são posicionadas nas calçadas laterais ou centro de avenidas, de modo a causar o menor prejuízo possível à iluminação da rua.
Elas devem ser amplas e sempre compatíveis com o tamanho do sistema radicular da muda em questão.
Normalmente uma cova adequada possui 0,5x0,5x0,5 m. Porém em solos ruins, deve-se optar por um tamanho maior, podendo alcançar 1x1x1 m, possibilitando a incorporação de insumos que melhorem essas características.
A muda deve ficar centralizada na cova e o colo da muda deve ficar no nível da superfície do solo. A muda deve ser irrigada até sua completa consolidação.
Em caso de transplantio de mudas de regeneração natural ou viveiro de espera, a cova deve ser maior que o recipiente que contem a muda, ou maior que o torrão em suas raízes.
6.1.5 Adubação
Não existe uma adubação ideal para a arborização urbana, pois tecnicamente, as adubações devem ser recomendadas após o conhecimento das exigências das espécies e do local de plantio.
O fato de ser a arborização um plantio linear faz com que ela seja estabelecida em um solo muito variado com relação a fertilidade. Além disso, o próprio espaçamento utilizado entre as árvores torna, muitas vezes, inviáveis a coleta e análise do solo do local, por isso a adubação é mais uma questão de bom senso do que um conhecimento das necessidades reais. É evidente que esse bom senso faz parte da experiência e do conhecimento técnico que o planejador deve possuir.
Recomenda-se a proporção de 10 litros de adubo orgânico curtido, 300 g de NPK 10-30-10 e 500g de calcário dolomítico por cova.
Outra recomendação é a aplicação de 200g de calcário dolomítico, acrescido de 200g de NPK 4-14-8 por cova. Para o preenchimento da cova, deve-se aproveitar 2/3 da terra retirada quando de sua abertura, acrescentando-se 1/3 de material orgânico (esterco curtido, composto orgânico, húmus de minhoca). Deve-se atentar para o aproveitamento da terra superficial do local, deixando como sobra, a terra retirada do fundo da cova, em locais de solo ácido. Em locais de solo com pH próximo do neutro, faz-se o mesmo, porém não há necessidade da aplicação do calcário dolomítico. 
6.1.6 Área de crescimento
	Árvores plantadas em vias públicas normalmente são circundadas por calçadas e ruas pavimentadas, que impedem a infiltração de água no solo. Por isso, é importante que ao se planejar e executar a arborização, este aspecto seja considerado, deixando um espaço sem pavimentação, denominado área de crescimento, para a drenagem de águas pluviais, irrigação e adubações complementares, caso seja necessário. É importante que a área de crescimento seja ampla para um bom desenvolvimento da espécie.
	Quanto maior for a área de crescimento, melhor será o desenvolvimento das mudas e, posteriormente, das árvores. Porém, em termos práticos, é inviável ou mesmo impossível deixar um espaço muito grande sem pavimentação. Na maioria das vezes, o espaço de 1 m2 é considerado bom. O recomendável é que se reserve uma área livre de 4m2.
	Atualmente, em função do tamanho das cidades e dos altos custos da arborização, tem-se deixado a área de crescimento sem proteção. Como essa área é local de aparecimento de espécies indesejáveis ou de colocação de lixo, recomenda-se que seja revestida com grama, principalmente de baixo custo de manutenção ou de alguma forração herbácea florida, pois tem efeito bonito e evita o acúmulo de lixo e pisoteio.
	6.1.7 Cinta de proteção
	As calçadas em frente às residências e casas comerciais são, muitas vezes, o destino de água usada para lavar pisos e paredes. É comum esta água estar acompanhada de detergente, óleos, graxas e outras substancias prejudiciais ao desenvolvimento normal das plantas. Portanto, é importante que sejam construídos obstáculos para impedir que esta água contaminada alcance a área de crescimento e, conseqüentemente o caule e o sistema radicular das plantas.
	Esses obstáculos são chamados de cinta de proteção e consistem em saliências em todo o contorno da área de crescimento. Essas saliências podem ser feitas com tijolo ou concreto, tomando-se o cuidado para que não fique com altura excessiva, prejudicando o livre caminhar dos pedestres. Sempre que possível esta cinta deve ser de concreto, não ultrapassar 5 cm de altura e apresentar uma forma abaulada para evitar acidentes sobre quinas vivas.
	Na dependência da espécie plantada, costuma-se fazer o prolongamento dessa cinta para dentro do solo, na tentativa de direcionar as raízes, comumente usam-se manilhas. Pode-se também reforçar as bordas das covas com paredes de alvenaria de meio tijolo. Esta parede deve medir aproximadamente 50 cm e ser revestida com uma camada de cimento na face interna para evitar a penetração das raízes entre os tijolos. 
O reforço servirá como barreira ao desenvolvimento lateral das raízes que tenderão a descer. As laterais da cova não revestida devem ser afofadas e nelas adicionadas, posteriormente, terra misturada com adubo.
	6.1.8 Plantio
Mudas selecionadas e saudáveis têm um caule sem ramificações laterais, inserindo-se no ápice, de 3 a 5 ramos que constituem base da futura copa, numa altura mínimade 2,0m.
Por ocasião do plantio, os recipientes contendo as mudas, se não forem biodegradáveis, devem obrigatoriamente, ser removido antes do plantio tomando o cuidado de retirá-lo, deixando apenas o bloco de terra, sem desintegrá-lo. Deve ser irrigada para evitar que o bloco de terra que envolve a raiz destorroe.
Após o acondicionamento deve-se colocar uma quantidade suficiente para nivelar o colo ou coleto da muda (região entre a parte aérea e a raiz) com a mistura da terra ao redor da muda, tomando cuidado de pressionar a camada de terra que vai sendo colocada e de manter o caule sempre reto. 
É fundamental observar que o solo-base da muda quando do plantio, deve ficar no mesmo nível da superfície do solo. Dependendo das condições da muda, o enterramento pode causar “afogamento” da muda, com prejuízos futuros. Para que o coleto não fique acima do nível do solo, deve-se irrigar a cova durante um período de, aproximadamente 15 dias antes do plantio para que ocorra o acamamento da terra. Se a compactação da terra for muito grande, torna-se necessário completar o volume com o mesmo material utilizando anteriormente. Outra alternativa para se conseguir o nivelamento é o “calçamento” da muda, até que a cova seja preenchida com o substrato adequado. O material usado como calço deve ser um torrão mais firme que o solo revolvido, o suficiente para a sustentação da muda e que não impeça o desenvolvimento do sistema radicular.
O plantio deve ser feito em qualquer dia. No entanto deve-se dar preferência para realizá-lo em dias nublados, com temperatura amena. Após o plantio procede-se a farta irrigação. Se necessário, coloca-se uma cobertura morte, que pode ser capim seco, em volta da muda para que o local permaneça úmido por mais tempo. Em áreas públicas (áreas verdes) é melhor fazer o plantio no período de chuva.
6.1.9 Tutoramento
Para garantir um crescimento retilíneo, sem inclinação e oferecer proteção à muda contra ações que possam danificá-la, usa-se um “tutor”, prendendo-o à muda.
O tutor normalmente é uma estaca roliça de bambu ou de madeira, sendo preferível a madeira, com diâmetro de 6 a 8 cm e 3m de comprimento. Esta madeira deve sofrer tratamento com preservativos para aumentar sua vida útil, uma vez que cerca de 1m de seu comprimento ficara enterrado no solo.
● O tutor não deve prejudicar as raízes
● Deve ser fincado no fundo da cova ao lado do torrão
● A altura total do tutor deve ser ≥ 3 m
● Dimensões do tutor: 4,0 x 4,0 cm (ripas de madeira)
● A secção do tutor pode ser retangular ou circular
O tutor deve ser fincado solidamente dentro da cova antes do plantio e a muda deve ser presa a ele por meio de material que se desfaça com o tempo, como barbante ou sisal. O uso de arame pode provocar danos, como descasamento ou anelamento, vindo a causar a morte da árvore. O amarrio deve ser feito em dois ou três pontos ao longo do caule da muda e deve ter a forma de um oito deitado. O caule da muda deve ser amarrado de forma bastante frouxa e elástica, possibilitando que a planta ao crescer não fique apertada.
Deve-se evitar a utilização de peças tortuosas ou demasiadamente grossas ou finas, alem de observar qualidade da madeira usada para tal fim, em termos de durabilidade.
6.1.10 Proteção (Gradil de proteção)
Terminado o plantio e o amarrio das mudas, muitas vezes torna-se necessária a instalação de gradil de proteção para diminuir ou mesmo evitar o vandalismo ou o ataque de animais. Mudas bem plantadas e com proteção nas laterais são mais respeitadas pela população e conseqüentemente, têm maiores chances de sobrevivência e bom desenvolvimento.
Os gradis são estruturas feitas de madeira, ferragem, bambu ou qualquer outro material resistente. A madeira ou ferragem normalmente constituem os pilares da estrutura e esta é revestida por arame, ripas, chapas metálicas.
Uma armação de vergalhão, simples, vestida com material flexível (pano ou plástico) pode ser uma solução. A durabilidade é pequena, mas como o custo é baixo, pode-se trocar o revestimento a cada 6 meses, por exemplo. O material flexível por ser fácil de estampar pode ser um ótimo veiculo de propaganda.
Quando da utilização de ripas para o fechamento dos gradis é interessante que sejam montados em posição vertical para impedir que crianças, e mesmo adultos, subam neles e danifiquem a estrutura. Ao utilizar bambu ou taquara, deve-se amarrá-los próximos uns dos outros, formando uma proteção compacta.
O emprego de chapas metálicas contendo propaganda é uma forma de diminuir os custos de implantação da arborização urbana. No entanto, muitas vezes é difícil encontrar casas comerciais dispostas a tal investimento em bairros mais afastados do centro. A colocação de propagandas na chapa acarreta problema que não pode ser negligenciado, isto é, a população pode sentir-se discriminada e praticar atos de vandalismo nas mudas que receberam proteção diferenciada.
A grande desvantagem dos gradis de proteção é a dificuldade de realizar a desbrota, corrigir falhas no tutoramento e até mesmo fazer a reposição de mudas, pois estes gradis devem ter suas estruturas firmes e bem fincadas o terreno.
É importante salientar que o gradil deve ser uma chapa inteiriça na parte superior para proteger a gema apical da muda, sem impedir a eliminação das gemas lateriais.
6.1.11 Reposição e controle de pragas e doenças
O replantio das mudas que não se estabeleceram é necessário para manter o efeito estético e paisagístico.
Deve-se usar mudas da mesma espécie plantada anteriormente.
O controle fitossanitário das mudas deve ser feito regularmente pelo técnico e os agrotóxicos só podem ser usados com orientação adequada.
O técnico indicará o produto próprio para cada caso. Por exemplo, ataque de formigas, cochonilha, pulgões, lagartas, erva de passarinho e outros problemas.
6.1.12 Irrigação
Após o plantio, a muda deve ser irrigada abundantemente, se não chover irrigar de 5 em 5 dias, durante 45 dias.
6.2 Recomendações complementares
As recomendações apontadas para as ruas são válidas também para as praças. Para cada praça deve ser elaborado, ainda, um memorial descritivo, que indica o procedimento correto a ser seguido para a execução do projeto.
Deve-se arborizar uma rua com uma única espécie quando não houver impedimento (rede de fiação elétrica aérea). Nos casos em que esta situação não for possível, arborizar cada lado da rua com uma espécie, utilizando sempre, espécies de pequeno porte sob fiação.
A arborização de uma rua deve ser executada em uma etapa para se obter a homogeneidade do porte das mudas, obtendo o mesmo efeito para toda a extensão da rua. As mudas de uma quadra devem ser selecionadas de forma que todas apresentem o mesmo porte. A quadra seguinte pode receber mudas de porte um pouco maior ou um pouco menor que a anterior, já que obter todas as mudas com exatamente 2,0 m de altura é praticamente impossível, porém também devem apresentar porte semelhante entre si.
A substituição das espécies indesejáveis existentes na arborização das ruas do município deve ser feita de forma gradativa. A espécie adequada deve ser plantada no espaçamento recomendado. A remoção da espécie indesejada só deve ser feita quando a árvore adequada tenha atingido porte elevado. Esse processo de substituição deve ser precedido de ampla divulgação através dos veículos de comunicação disponíveis na cidade. A comunidade precisa estar ciente dos trabalhos que estão sendo executados e principalmente, ter conhecimento dos motivos que norteiam a substituição das espécies inadequadas ao espaço físico disponível.
Ruas não pavimentadas não devem ser arborizadas. Essa recomendação serve também para ruas cujos calçadas não apresentam pavimentação. É interessante que os moradores das ruas, nesse caso, recebam orientação para não realizarem o plantio por conta própria, antes da pavimentação dessas ruas.
As calçadas junto às praças NÃO devem receber arborização.
A prática de se pintara base do caule das árvores não deve ser utilizada, pois se constitui num agente poluidor visual. Além disso, não representa nenhuma defesa contra insetos e doenças.
__________________________________________________________________________________
Profª M.Sc. JOCIANE ROSSETO DE OLIVEIRA SILVA
Engª. Florestal – CREA-MT nº 10.280/D.

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