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CONDUTA
01.TEORIAS DA AÇÃO
▪Naturalística, Causal ou Mecanicista (Von Litz, XIX)
Conduta é toda ação que provoca um resultado, independentemente de se questionar a finalidade do agente (causa / efeito). Puro fator de causalidade.
▪Finalista (Hans Welzer – sec. XX)
Conduta é o comportamento humano, voluntário e consciente dirigido a um fim.
(causalidade exterior é cega – Finalidade é guiada)
▪SOCIAL (Hans-Heinrich)
Conduta voluntária socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade humana e dirigida a uma finalidade.
02.CONCEITO SOB O ASPECTO FINALISTA
Comportamento humano, consciente e voluntário manifestado através de uma ação ou omissão. (NULLUM CRIMEN SINE ACTIONE)
Ação: movimento corpóreo voluntário, consistente em um fazer. 
Normas Proibitivas: conduta ativa (CP, 121,155)
Omissão: não realização de um comportamento exigido que o sujeito tinha a possibilidade de concretizar.
 Normas Preceptivas: ordenam a realização de uma ação. (CP, 135, 269)
03.ASPECTOS DA CONDUTA
Vontade/Finalidade/Exteriorização/Consciência
▪AUSÊNCIA DE CONDUTA
▪Movimentos reflexos (causados por excitação de um nervo sensitivo)
▪Comportamento realizado em estado de inconsciência
▪Força Irresistível ou Coação Física Absoluta
04.CLASSIFICAÇÃO DAS CONDUTAS PUNÍVEIS
A) QUANTO A ATUAÇÃO
▪COMISSIVA
O tipo penal objetivo prevê formalmente uma ação, uma conduta positiva, um agir, um fazer algo considerado proibido.
(CP, 121, 155)
▪OMISSIVA 
Não realização de um comportamento exigido que o agente tinha possibilidade de realizar (Damásio). 
B)QUANTO A FINALIDADE
▪Conduta dolosa 
▪Conduta culposa
05.DIFERENÇA ENTRE CONDUTA E ATO
▪Atos: momentos ou partes da conduta
▪Conduta: Realização material da vontade humana
▪Unisubsistente (executada por um único ato)
▪Plurisubsistente (executada por vários atos)
06.CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES QUANTO A CONDUTA
▪Unisubsistente
Conduta realizada com um só ato de execução, capaz de por si só produzir o resultado.
▪Plurisubsistente 
Conduta se exterioriza por meio de dois ou mais atos, os quais devem somar-se para produzir a consumação. 
07.ESPÉCIES DE CRIMES OMISSIVOS
▪PRÓPRIO OU PURO 
A conduta negativa é descrita no preceito primário da norma penal; Dever genérico de proteção ou dever jurídico geral: atinge a todas as pessoas de forma ampla e absoluta (generalidade da lei penal) (CP,135,246,269)
▪IMPRÓPRIO, IMPURO, ESPÚRIO, PROMÍSCUO, COMISSIVO POR OMISSÃO
A omissão não é narrada de forma direta. O agente tem o dever jurídico de agir para evitar o resultado lesivo. Dever especial de proteção ou dever jurídico específico: a obrigação de agir dirige-se especificamente a determinadas pessoas (garantidores) (CP, 13 § 2º)
08.RELEVÂNCIA DA OMISSÃO (teoria normativa)
A omissão somente interessa ao Direito Penal quando, diante da inércia do agente, o ordenamento jurídico lhe impunha uma ação.
PODER DE AGIR
É a possibilidade real e efetiva de alguém, na situação concreta e em conformidade com o padrão da pessoa mediana, evitar o resultado penalmente relevante.
HIPÓTESES (CP, 13, § 2º)
▪TENHA POR LEI OBRIGAÇÃO DE CUIDADO, PROTEÇÃO OU VIGILÂNCIA
DEVER DE AGIR
Dever legal (norma penal, extrapenal, decretos, portarias, regulamentos, sentenças judiciais etc)
▪DE OUTRA FORMA, ASSUMIU A RESPONSABILIDADE DE IMPEDIR O RESULTADO
Qualquer obrigação de impedir o resultado que não seja decorrente de lei (GARANTE). Independe de vinculação jurídica.
▪COM SEU COMPORTAMENTO ANTERIOR, CRIOU O RISCO DA OCORRÊNCIA DO RESULTADO
Aquele que com seu comportamento anterior criou uma situação de perigo, tem o dever de agir para impedir o resultado.
09.DUPLA CAUSALIDADE
Situação em que duas ou mais condutas, independentes entre si e praticadas por pessoas diversas, que não se encontram subjetivamente ligadas, produzem simultaneamente o resultado naturalístico por elas desejado (Cleber Masson)
RESULTADO
01.TEORIAS SOBRE A NATUREZA DO RESULTADO
▪Teoria Jurídica ou Normativa
É a consequência jurídica do crime. Lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico protegido 
▪Teoria Naturalística 
É a modificação que a conduta provoca no mundo natural, concreto. Consequência física, material, do comportamento do agente.
02.RESULTADO SOBRE O ASPECTO FINALISTA
É a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano e voluntário. (Damásio)
03.CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES DE ACORDO COM O RESULTADO (TEORIA NATURALISTICA)
▪MATERIAL OU CAUSAL
É aquele cuja consumação só ocorre com a produção do resultado naturalístico. O resultado naturalístico integra o próprio tipo penal. (CP, 121, 155, 157, 213)
▪FORMAL, DE CONSUMAÇÃO ANTECIPADA OU DE RESULTADO CORTADO
A ocorrência do resultado naturalístico, apesar de admitida, não é relevante, pois se consuma antes e independente de sua produção. (CP, 135,159, 289, 333)
▪MERA CONDUTA ou DE SIMPLES ATIVIDADE
O tipo penal se limita a descrever uma conduta.Não prevê a ocorrência de resultado naturalístico. 
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE (CP, 13, § 1º)
01.CONCEITO
É a relação natural de causa e efeito existente entre a conduta do agente e o resultado dele decorrente.
02.TEORIAS
2.1.TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DAS CONDIÇÕES, EQUIVALÊNCIA DA CONDIÇÕES, TEORIA DA CONDIÇÃO SIMPLES, TEORIA DA CONDIÇÃO GENERALIZADA OU CONDITIO SINE QUA NON (Von Buri/ Stuart Mill) CP, 13
Tudo que tenha contribuído, de qualquer modo, para o resultado, considera-se causa.
▪ PROCESSO HIPOTÉTICO DE ELIMINAÇÃO (Thyrén)
Causa é todo fato que, suprimindo mentalmente, o resultado concreto não teria ocorrido como ocorreu ou no momento em que ocorreu.
▪ REGRESSUS AD INFINITUM
Todos os agentes das condições anteriores responderiam pelo crime, pois teriam contribuído materialmente para o resultado.
▪ LIMITAÇÕES DO ALCANCE DA TEORIA
Deve ser aferida conjuntamente com o vínculo subjetivo do agente. Dolo ou culpa.
 
2.2.TEORIA DA CAUSALIDADE ADEQUADA, TEORIA DA CONCIÇÃO QUALIFICADA ou TEORIA INDIVIDUALIZADORA (CP, 13 § 1º)
Causa é a condição idônea à produção do resultado.
03.EXCEÇÃO A TEORIA DA CONDCTIO SINE QUA NON
ESPÉCIES DE CAUSA
▪ DEPENDENTES
Aquelas que se encontram dentro da linha de desdobramento normal da conduta. Encadeamento causal previsível e esperado.
▪INDEPENDENTES 
Encontram-se fora da linha de desdobramento normal da conduta.
▪ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES
A causa provocativa do resultado não se vincula à conduta criminosa.
▪PREEXISTENTE 
Existe anteriormente à prática da conduta do agente.
▪CONCOMITANTE 
Incide simultaneamente à prática da conduta do agente.
▪SUPERVENIENTE
Ocorre posteriormente à prática da conduta do agente.
EFEITO JURÍDICO: 
Devem ser imputados ao agente somente os atos praticados
▪RELATIVAMENTE INDEPENDENTES
A causa provocativa do resultado não afasta a conduta criminosa do agente. Auxiliam ou reforçam o processo causal.
▪PREEXISTENTE 
Existe previamente à prática da conduta do agente.
▪CONCOMITANTE 
Ocorre simultaneamente à prática da conduta do agente.
EFEITO JURÍDICO:
O agente responde pelo resultado naturalístico.
▪SUPERVENIENTE
Ocorre posteriormente à prática da conduta do agente.
EFEITO JURÍDICO:
Aplicação da regra do § 1º do art. 13 do CP.
“A que por si só produziu o resultado” – exclui a imputação
“A que por si só não produziu o resultado” – não exclui a imputação.
04.TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Para a existência do nexo causal, é necessário que a conduta do agente crie uma condição de risco relevante (não existe o risco natural na vida social) e juridicamente proibido. 
TIPO PENAL E TIPICIDADE 
01.TIPO PENAL
É um instrumento legal, logicamente necessário e de natureza predominantemente descritiva, que tem por função a individualização de condutas humanas penalmenterelevantes. (Zaffaronni)
COMPOSIÇÃO
▪ Elementar
É todo componente essencial, imprescindível para a existência do tipo penal.
▪Circunstâncias
Dados acessórios que ficam agregados ao tipo penal e cuja função é influenciar na fixação da pena.
02.ESPÉCIES DE ELEMENTARES
▪OBJETIVOS OU DESCRITIVOS
São aqueles que independem de juízo de valor, existem concretamente no mundo. Referem-se a materialidade da infração no que diz respeito à maneira de execução, tempo e lugar (Tipo normal)
▪SUBJETIVOS
São aqueles que exigem uma finalidade especial do agente.
Implícito (121)
Explícito (158, 288, 299)
▪NORMATIVOS (CP, 151, 247, 297, 312)
São aqueles elementos para cuja compreensão se faz necessário socorrer a uma valoração jurídica (normativo jurídico) ou ética (normativo extra-jurídico ou moral).
03.TIPICIDADE
É a subsunção perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato previsto na lei penal.
04. ADEQUAÇÃO TÍPICA 
Enquadramento perfeito da conduta ao tipo legal.
▪ IMEDIATA OU DIRETA
Correspondência integral direta e perfeita entre o fato e o tipo legal, sem que para a sua subsunção se exija o concurso de qualquer outra norma (CP, 121)
▪MEDIATA OU INDIRETA
O comportamento do agente não se ajusta diretamente ao tipo legal, necessitando de uma norma de extensão prevista na parte geral do Código Penal para a construção da tipicidade. (art.121, capu, c/c,14,II e art. 29 do CP)
05.CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL DOS TIPOS PENAIS
▪FUNDAMENTAIS OU BÁSICOS
Forma mais simples da descrição da conduta proibida ou imposta por lei. (CP, 121, caput)
▪DERIVADOS
Contém a base no tipo fundamental, mediante o acréscimo de dados que agravam ou atenuam a pena. 
▪SIMPLES
Composto de uma única conduta punível (121)
▪COMPOSTO OU MISTO
Composto de mais de uma conduta punível
▪ ALTERNATIVO
 A prática de uma ou várias condutas levam à punição por um só delito (211, 233)
▪ CUMULATIVO 
A prática de mais de uma conduta, prevista no tipo, indica a realização de mais de um crime (242; 244).
▪NORMAL
Não exige valoração para a exata compreensão da figura típica, contendo apenas elementos descritivos (121).
▪ANORMAL
Contem elementos objetivos, subjetivos ou normativos, sendo passível de interpretação e valoração, para que possa ser convenientemente aplicado. 
▪CONGRUENTE
Espelha a coincidência entre a face objetiva e o lado subjetivo. (121)
▪INCONGRUENTE
Permite a inadequação do lado objetivo nele previsto, com o que subjetivamente almeja o agente,embora se considere consumado o delito.
▪FECHADO
A descrição legal da ação proibida é completa em todos os seus aspectos físicos.
▪ABERTO
Descreve parte da ação proibida, devendo ser preenchidos ou completados por uma valoração judicial. Exceção: crimes culposos e art. 180, § 3º CP.

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