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FUNDAÇÃO UNIRG
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
GURUPI-TO 
2016
ALEX BARBOSA VAZ
LAYANE RIBEIRO LIMA 
	
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
Trabalho apresentado na disciplina de GEOLOGIA do 3º período de Eng. Civil Matutino do Centro Universitário UNIRG, como requisito parcial de avaliação.
Prof. Karin Collier
GURUPI-TO
2015
1.INTRODUÇÃO
Dada a infinidade de solos que existem na natureza é necessário um sistema de classificação que indique características geotécnicas comuns de um determinado grupo de solos a partir de ensaios simples de identificação. 
Portanto, a elaboração de um sistema de classificação deve partir dos conhecimentos qualitativos e quantitativos existentes, ao longo do tempo ir acumulando informações e corrigindo distorções, até que em um mesmo grupo possam estar colocados solos com características semelhantes.
2.CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Segundo Pinto (2006) a diversidade e a diferença de comportamento dos diversos solos perante as solicitações de interesse da Engenharia levou ao seu natural agrupamento em conjuntos distintos, aos quais podem ser atribuídas algumas propriedades. Dessa tendência racional de organização da experiência acumulada, surgiram os sistemas de classificação dos solos. O objetivo da classificação dos solos, sob o ponto de vista da engenharia é poder estimar o provável comportamento do solo ou, pelo menos, orientar o programa de investigação necessário para permitir a adequada análise de um problema. (PINTO, 2006).
 Os solos diferentes com propriedades similares podem ser classificados em grupos e subgrupos de acordo com seu comportamento do ponto de vista da engenharia. (DAS, 2011) Existem diversas formas de classificar os solos, como pela sua origem pela sua evolução, pela presença ou não de matéria orgânica, pela estrutura, pelo preenchimento dos vazios. (PINTO, 2006) De acordo com Das (2011) hoje, dois sistemas de classificação são normalmente utilizados pelo engenheiro de solos. Ambos os sistemas levam em consideração a distribuição granulométrica e os limites de Atterberg. Eles são o Sistema Unificado de Classificação dos Solos e o Sistema Rodoviário de Classificação.
3.Sistema Unificado de Classificação (S.U.C.)
Sistema de classificação proposto por Arthur Casagrande, em 1942, destinado à utilização na construção de aeroportos que, mais tarde, foi adotado pelo U.S. Corps of Engineers. Diante disso é que esse tipo de classificação também é chamado de Classificação da U.S. Corps of Engineers. Posteriormente, essa classificação passou a ser utilizada também para uso em barragens e outras obras geotécnicas. Esse tipo de classificação adota a curva granulométrica e os limites de consistência do solo. A premissa básica é a de que os solos nos quais a fração fina não existe em quantidade suficiente para afetar o seu comportamento, a classificação é feita de acordo com a sua curva granulométrica, enquanto que nos solos nos quais o comportamento de engenharia é controlado pelas suas frações finas (silte e argila), a classificação é feita de acordo com suas características de plasticidade. Os solos são classificados com duas letras com origem na língua inglesa: um prefixo relacionado ao tipo e um sufixo que corresponde à granulometria e à plasticidade.
 Os solos grossos serão aqueles que tiverem mais de 50% retidos na peneira 200 (comumente representada por #200) e recebem os prefixos G (Gravel) ou S (Sand). Os subgrupos recebem as letras W, P, M e C. Dessa forma, os solos poderão ser GW, GP, GM, GC, SW, SP, SM e SC.
 Os solos finos serão aqueles que tiverem mais de 50% passando na #200. Os principais tipos serão designados pelas letras M (Mo), C (Clay) e O (Organic). A letra M que designa o grupo silte provém do Sueco “mjäla”. Cada grupo pode ser classificado em dois subgrupos: H (High): solos com alta compressibilidade apresentando LL = 50% L (Low): solos com baixa compressibilidade apresentando LL < 50%.
 Os solos formados por esse grupo poderão ser MH, ML, CH, CL, OH e OL. As turfas, que são solos muito orgânicos, são geralmente identificadas visualmente e recebem a denominação Pt, do inglês “peat”. Resumidamente, têm-se as seguintes denominações para o conjunto de letras: Solos Grossos: G = Pedregulho; S = Areia W = material praticamente limpo de finos, bem graduado; P = material praticamente limpo de finos, mal graduado; M = material com quantidades apreciáveis de finos, não plásticos; C = Material com quantidades apreciáveis de finos, plásticos. Solos Finos: M = Silte; C = Argila; O = Orgânico H = Alta Compressibilidade; L = Baixa Compressibilidade
4.Sistema de Classificação do H.R.B (Highway Research Board) - Sistema Rodoviário de Classificação
Este sistema é muito empregado na engenharia rodoviária em todo o mundo, foi originalmente proposto nos Estados Unidos. É também baseado na granulometria e nos limites de Atterberg. (DAS, 2011) Segundo Pinto (2006) esse sistema, também se inicia a classificação pela constatação da porcentagem de material que passa na peneira n° 200, só que são considerados solos de granulação grosseira os que têm menos de 35% passando nesta peneira, e não 50% como na Classificação Unificada.
 Esses são solos dos grupos A-1, A-2 e A-3. Os solos com mais de 35% que passam pela peneira n° 200 formam os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7. Os solos grossos são subdividos em: A-1a – Solos grossos, com menos de 50% passando na peneira n° 10 (2 mm), menos de 30% passando na peneira n° 40 (0,42 mm) e menos de 15% passando na peneira n° 200. O IP dos finos deve ser menor do que 6. Correspondem, aproximadamente, aos pedregulhos bem-graduados, GW, do Sistema Unificado.
As principais características desses grupos são:
Grupo A1: pedregulhos e areia grossa (bem graduados), com pouca ou nenhuma plasticidade. Correspondem ao grupo GW do SUCS;
Grupo A2: pedregulhos e areia grossa (bem graduados), com material cimentante de natureza friável ou plástica. Os finos constituem a natureza secundária. Esse grupo subdivide-se nos grupos A-2-4, A-2-5, A-2-6 e A-2-7 em função dos índices de consistência;
Grupo A3: areias finas mal graduadas não plásticas (IP nulo). Correspondem ao grupo SP do SUCS;
Grupo A4: solos siltosos com pequena quantidade de material grosso e de argila; 
Grupo A5: solos siltosos com pequena quantidade de material grosso e de argila, rico em mica e diatomita; 
Grupo A6: argilas siltosas medianamente plásticas com pouco ou nenhum material grosso; Grupo A7: argilas plásticas com presença de matéria orgânica;
• solos granulares (% passante #200 < 35%) → A-1, A-2 e A-3;
• solos finos (% passante #200 > 35%) → A-4, A-5, A-6 e A-7;
• solos altamente orgânicos → podem ser classificados como A-8.
5.CONCLUSÃO
Conclui-se que a classificação dos solos permite resolver alguns problemas simples e serve de apoio na seleção de um dado solo quando se podem escolher vários materiais a serem utilizados. Apesar das inúmeras limitações a que estão sujeitas as diferentes classificações, estas constituem um meio prático para a caracterização e identificação dos solos. 
Existem diversos sistemas de classificação, podendo ser estes específicos ou não. Assim, tem-se um sistema com base na origem dos solos (solos residuais, solos transportados/sedimentares, solos orgânicos), um sistema de classificação pedológica (solos zonais, intrazonais e azonais), um sistema com base na textura (tamanho das partículas), um sistema de classificação visual e táctil, e sistemas que levam em consideração parâmetros do solo (Geotécnicos - SUCS, HRB/AASHO, MCT).
6.REFERÊNCIAS
http://pt.slideshare.net/mutchela/2-classificacao-desolos
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chromeinstant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=estudo+comparativo+de+diferentes+sistemas+de+classifica%C3%A7%C3%A3ohttps://www.google.com.br/webhp?sourceid=chromeinstant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=classifica%C3%A7%C3%A3o+dos+solos+Marcel+sena+campos+aula+6

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