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História da educação e pedagogia

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História da educação e pedagogia
Tema I – A importância da historia da educação e da Pedagogia
Historia – Modo em que o ser humano percebe sua realidade e a sua identidade em um determinado tempo e espaço. É uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem em sociedade ao longo do tempo.
O estudo histórico começa quando o homem encontra elementos da sua existência nas realizações dos seus antepassados.
Logo o tempo pode ser dividido segundo João Oliveira Ramos Neto:
Tempo da Física-numero de posições que um corpo ocupa no espaço ao longo de sua trajetória. É natural, exterior, imortal, reversível, homogêneo. Sem cronologia de passado, presente e futuro.
Tempo da filosofia- O tempo da vida, o dia à noite, mudanças vividas pela consciência, separam-se passado presente e futuro. Interior, mortal
Tempo histórico- Tempo que fica entre o tempo da física (natural) e o tempo da filosofia (Consciência).
Logo a identidade humana pode ser definida como:
É um conjunto de características subjetivas que são transmitidos através das representações (ideologias e poder) que constrói sobre fatos que acontecem ao longo de sua vida.
Segundo Anna Giselle Garcia Alaniz, a identidade necessita narrar os acontecimentos e da beleza.
Quando são somados:
Narrativa + Beleza+ Medo da morte+ Identidade = História
Ou seja, História é como contamos nossa identidade.
É uma construção constante, que depende da época, cultura e lugar de quem esta narrando.
A História da Educação
A história da educação como campo de ciência tem início no final do século XIX. A partir de 1880 surgem publicações em universidades e escolas normais da Europa.
No Brasil a disciplina História da Educação aparece em 1927 a partir da reorganização do ensino proposta por Francisco Campos.
Antiguidade e idade média:
A história não tem status de ciência – Movimento Cíclico – Visão Platão Aristotélica – Mestra da vida
História moderna
1º Concepção:
História Linear – A partir da ideia do progresso, a história passa a ser concebida como ciência. O estudo do passado com um olhar para o futuro.
Época influenciada pelo – Iluminismo- Revolução Industrial - Positivismo
O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas)  e pregava maior liberdade econômica e política.
Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. 
Revolução Industrial foi à transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840.
A autoria do termo positivismo é geralmente atribuída ao filósofo Augusto Comte (1798-1857) e é comumente entendida como a linha de pensamento que entende que o conhecimento científico sistemático é baseado em observações empíricas, na observação de fenômenos concretos, passíveis de serem apreendidos pelos sentidos do homem. 
2º Concepção
Pensamento Maxicista (Dialética)
Método dialético
Para os filósofos gregos, dialética era a arte do diálogo. Para um dos filósofos mais influentes na carreira de Marx, Hegel, dialética é uma forma de pensar a realidade em constante mudança por meio de termos contrários que dão origem a um terceiro, que os concilia.
A dialética compõe-se, assim, de três termos:
Tese - Afirmação
Antítese – Negação da Tese
Síntese – Superação da contradição
História Contemporânea
 Escola dos Annales foi um movimento historiográfico surgido na França, durante a primeira metade do século XX.
Em 1929, surgiu na França uma revista intitulada Annales D’HISTOIRE Économique et Sociale, fundada por Lucien Febvre e Marc Bloch. Ao longo da década de 1930, a revista se tornaria símbolo de uma nova corrente historiográfica identificada como Escola dos Annales- Nova história.
Intercambio e interdisciplinaridade da história com outras ciências sociais e psicológicas.
História das mentalidades (temas antropológicos)
Renovação da historiografia marxista.
Articulação entre a micro história e macro história
1º Geração:
Fundada por Lucien Ferbvre e March Bloch – 1929
Objetivo- Ir além da visão positivista da história como crônica dos acontecimentos
Substituição da história dos acontecimentos pelos processos de longa duração, voltados a tornar inteligíveis (compreensíveis) a civilização e as mentalidades.
2º Geração
Fernand Braudel, Ernest Labrousse, Pierre Goubert, Georges Duby, Pierre Chaunu, Robert Mandrou.
Perceber a renovação historiográfica possibilitada pelo uso de documentação seriada e desenvolvimento de método específico
Geo-história (interdisciplinaridade)
Não focar apenas na história política
História da cultura material
3° Geração
Jacques Le Goff, Elmanuel Le Roy Ladurie, Marc Ferro, Pierre Nora, Philipp Ariès.
Multiplicidade de métodos, objetos e temas de estudo.
Mudança de estudos com base econômica para o estudo das manifestações culturais
Retorno e renovação da história política, com a incorporação da longa duração, do uso de fontes seriadas e do diálogo com outras disciplinas, na construção do conceito de cultura política.
Houve um resgate da narrativa e do estudo biográfico (estudo do individuo e suas experiências)
Fase marcada pela fragmentação e por sua grande influencia sobre a historiografia e sobre o público leitor, em abordagens que comumente chamamos de nova história ou história cultural.
Afirmações e Observações
Laurentino Gomes, autor do livro 1808 afirma que: É imprescindível olhar o passado para construir o futuro. Só analisando a história do país conseguiremos desenvolver a educação.
António Nóvoa – Pesquisador português – A historia ajuda a cultivar um saudável ceticismo, mais do que necessário em um universo como o pedagógico, particularmente sensível aos modismos. Além disso, ampliando a memória e a experiência, alarga o leque de escolhas e de possibilidades pedagógicas e revela que a educação não é um destino, mas uma construção social, que, de alguma forma depende do nosso empenho.
É muito importante compreender o passado histórico da educação, para buscar soluções, sem cometer os mesmos erros.
Tema 2- Comunidades Tribais
As sociedades tribais são as primeiras formas de organização social humana, mas, apesar de serem conhecidos por povos primitivos, precisamos nos lembrar de que ainda hoje existem pessoas vivendo em comunidades tribais.
Cada tribo possuem suas crenças e tradições específicas, o que as tornam bastante particulares, porem há muitas convergências sociais descritas abaixo:
Não tem Estados
Não tem classes sociais (Embora caciques ou chefes guerreiros sejam indivíduos especiais, nunca abusam do privilégio para estabelecer uma relação de mando e obediência).
Não tem escrita (ágrafos)
Não tem comercio
Não tem escolas
Predominância mítica (mitos e ritos)
Tradição oral dos mitos e ritos
Imitação dos Deuses nos ritos
Indivíduos livres e com direitos iguais
Coletividade pequena 
Propriedade comum de terra 
A produção (em comum) é dividida entre todos e consumida imediatamente – não há acumulo de bens
Divisão de trabalho pautada basicamente nas diferenças de sexo e idade.
Igualdade entre homens, mulheres e crianças.
Preocupação em saber o que pode se reverter em algo que contribua para o desenvolvimento da sociedade = construir instrumentos de caça, modos de plantio, construção de habitação, crenças religiosas...
Processo educativo nas comunidades tribais
Nas comunidades tribais as crianças aprendem imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas cerimonias dos rituais. Elas aprendem para a vida e por meio da vida, sem que alguém esteja especialmente destinada à tarefa de ensinar.
Segundo Durkheim – Sob o regime tribal, a característica essencial da Educação reside no fato de ser difusa e administrada indistintamente por todos os elementos do clã. Não há mestres determinados, nem inspetoresespeciais para a formação da juventude: estes papeis, são desempenhados por todos os anciãos e pelo conjunto das gerações anteriores.
As crianças aprendem fazendo
Aprendem por imitação, repetindo os gestos dos adultos nas atividades diárias e nos rituais.
Aprendem para a vida e por meio da vida
As adaptações dos jovens aos valores e costumes da tribo recebem considerável atenção
Não há castigos
Educa-se com paciência, respeitando o ritmo de cada um.
Formação integral
Todos os saberes da tribo
Universal (todos tem acesso respeitando as especificidades de gênero de cada comunidade)
Caso específico (curandeiro)
A educação indígena concebida tradicionalmente como processo de socializações das gerações jovens de forma a torna-las membros autênticos dos seus grupos.
Processo de socialização = processo educativo
Educar= socializar os saberes produzidos pela humanidade para a sobrevivência e desenvolvimento das novas gerações.
Nomes importantes
Padre José de Anchieta- Grande pajé branco como era conhecido pelos índios – Chegou ao Brasil em 1553. Organizou a primeira gramatica tupi guarani, espécie de cartilha para o ensino da língua dos nativos.
Manoel de Nóbrega- Sacerdote Jesuíta português, chefa da primeira missão jesuítica à América. Concentrou-se na missão de catequisar os índios na colonização do Brasil, através do PLANO DE ESTUDO DE NÓBREGA (começava pela aprendizagem da língua portuguesa, enfatizando também a doutrina cristã). Este plano se manteve até a morte de Nóbrega. Após sua morte a companhia de Jesus reformula o processo educacional por meio do PLANO DE ESTUDO RATIO (era o plano do Rei, enfatizava os elementos da cultura europeia, desinteressados em instruir os índios).
TEMA 3 – ANTIGUIDADE ORIENTAL, GREGA E ROMANA.
Principais características da sociedade oriental
Governo absoluto de caráter teocrático (governo que se submete a normas de uma religião)
Tradicionalistas – apegadas ao passado
A terra era propriedade do estado
Estado centralizador
Diferenças sociais (poucos privilegiados e muitos a serviço dos privilegiados)
Principais características da educação oriental
Educação tradicionalista
Saber exclusivo da classe dominante
Conhecimento da escrita restrito, por seu caráter sagrado e esotérico.
Dualismo escolar (um ensinamento para o povo e outro para os filhos de funcionários). A grande massa é excluída da escola e restringida à educação familiar informal.
Divisão na educação: estudos sagrados – estudos da administração – estudos para ofícios especializados.
Como educar?
O educar era guiado pelos escritos sagrados que ofereciam regras ideais de conduta
A escrita estava restrita a um grupo restrito
Formação dos escribas incumbidos de ler e copiar os textos religiosos – Educar do falar bem, ler bem e escrever bem.
Em algumas civilizações, os mestres ensinavam ao ar livre, sendo os mesmos muito valorizados.
Repetição mnemônica (repetição dos textos até a memorização)
Ensino autoritário, com aplicação de castigos em algumas civilizações.
Preocupação com educação física (Egito)
Em algumas civilizações existiam um sistema de ensino organizado, porem não é possível comprovar a existência ou inexistência de um metodologia de ensino.
Processo civilizatório – homem deixa de ser nômade (10.000 anos atrás) e fixa em um território próximo aos rios (civilização fluvial)- sedentarismo 5.000 anos atrás.
Formam-se as cidades-estados (unidades autônomas)
Vários povos convergiram para formar uma mesma civilização, pois tinham em comum o idioma, a religião e similaridades nas instituições sociais e politicas.
Desenvolvimento da consciência de si nunca antes alcançada. Isso inaugurou uma nova concepção de cultura e do lugar ocupado pelo indivíduo
Educação Grega
A Grécia Clássica pode ser considerada o berço da pedagogia.
A educação grega era centrada em uma formação integral – corpo e espírito.
Preparo militar (Esparta)
Preparo esportivo
Debate intelectual (Atenas)
A ênfase variava de acordo com o tempo e o lugar.
Neste período surgem representantes para um desenvolvimento intelectual:
Sócrates: Fundador da filosofia ocidental usava o dialogo para a transmissão de conhecimentos e sabedoria
Platão: Se Sócrates foi o primeiro grande educador da história, Platão foi o fundador da teoria da educação, da pedagogia, e seu pensamento foi baseado na reflexão pedagógica, associada à política. Teve como mentor Sócrates e como pupilo Aristóteles, ajudou a construir o alicerces da filosofia natural da ciência e da filosofia ocidental.
Aristóteles: Considerado o criador do pensamento logico. Aristóteles desenvolveu, ao contrário de Platão, uma teoria voltada para o real, onde procurava explicar o movimento das coisas e a imutabilidade dos conceitos. Trabalho totalmente divergente à superioridade do mundo das ideais desenvolvida por Platão.
Sócrates, Platão e Aristóteles também ministravam a educação superior. Neste contexto não havia uma preocupação com o ensino profissional, pois estes eram aprendidos no próprio mundo do trabalho com exceção da medicina que era uma profissão altamente valorizada entre os gregos e que tomavam como parte integrante da cultura grega.
Educação nos primeiro tempos, quando não existia a escrita:
Familiar
Tradição religiosa
Com a constituição da aristocracia:
Formação guerreira
Formação de preceptores (educadores)
Com o surgimento das primeiras Polis (cidades)
Primeiras escolas
Escolas elitizadas (jovens de famílias tradicionais da antiga nobreza ou dos comerciantes enriquecidos)
(A noção de Paideia (derivada de paidos (pedós) - criança) significava simplesmente “criação dos meninos”, ou seja, referiam-se à educação familiar, os bons modos e princípios morais, posteriormente tornou-se um termo para uma formação integral). Afirma-se de modo orgânico na época dos Sofistas (os sofistas se preocupavam em manejar minuciosamente as técnicas de discurso, a tal ponto que o interlocutor se convencesse rapidamente daquilo que estavam discursando) e de Sócrates.
Surge então sec. V A.C.:
Pedagogia – saber autônomo sistemático e rigoroso
Termo episteme – conhecimento verdadeiro de natureza científica
Nomes e citações:
Werner Jaeger: “Não se pode evitar o emprego de expressões modernas como civilização, cultura, tradição, literatura ou educação; nenhuma delas, porém, coincide realmente com o que os gregos entendiam por Paideia”
ANTIGUIDADE ROMANA
Na antiguidade Romana distinguem-se três fases:
Educação Latina- heroico patrícia: A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada a formar em particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do direito como fundamento da própria “romanidade” .Os civis romanus era, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel familiar e educativo.
Educação Helenística-cosmopolita- consistindo na ampla gama de conhecimentos exigidos na formação do homem culto diminuindo ainda mais o aspecto físico e estético.
Fusão entre a cultura romana e helenística
Basicamente pode-se dizer que na educação Romana
Não existia democratização;
A educação dava ênfase à formação moral e física (formação do guerreiro);
O ideal de Direitos e Deveres.
Essa politica Romana inspiradas nas tradições gregas, acaba delineando no estado romano um conjunto de politicas escolares inovadoras. Uma primeira iniciativa é da autoria de Vespiano, que intervém diretamente favor dos professores, ao lhes atribuir um reconhecimento social. 
TEMA 4- IDADE MÉDIA E A FORMAÇÃO DA FÉ
Chama-se de Idade média o período de 476, quando ocorre a queda do Império Romano, até 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turcos.
Vamos acompanhar os acontecimentos de maneira cronológica neste período que também foi conhecido como “Idade das Trevas” onde a educação sofreu uma obscuridade e retrocessos, porém devemos lembrar que nem todo período medieval foi intelectualmenteobscuro.
Assim como o Império se Dividiram em Império Romano Ocidental e Império Romano Oriental, os períodos também se dividiram em Idade Media Alta (sec. V a XI) e Idade Media Baixa (sec. XI a XV)
ALTA IDADE MÉDIA (V a XI)
Invasões barbaras (consequência da crise vivida no Império Romano Ocidental)
Devido aos Problemas o Imperador Constantino transferiu a capital do seu império para a cidade do Oriente, Bizâncio, a qual mais tarde passou a ser chamada de Constantinopla. Surge o Império Bizantino, tornando-se uma grande potencia atingiu seu ápice durante o reinado do imperador Justiniano , houve uma revisão e sistematização do direito romano 
Ruralização da sociedade, em uma tentativa de se protegerem dos ataques bárbaros
Constituição de novos reinos onde os bárbaros se fixavam no território conquistado
Consolidação da Igreja católica , uma vez que os cléricos eram os únicos letrados , apropriados da cultura greco-latina, aos pouco converteram os chefes desses reinos ao cristianismo adaptando-os assim a fé cristã. 
Surge o Islamismo através de Maomé (sec. VII). Inspirados pela nova fé, em poucas décadas os muçulmanos conquistaram todo o Oriente Médio, a Mesopotâmia e o norte da África. 
Segundo Aranha “os árabes conheciam a filosofia dos gregos antigos, traduziram inúmeras obras clássicas, algumas delas conhecidas posteriormente pelos latinos justamente por esta via”
Comercio restringiu-se a troca de mercadorias
Quase total desaparecimento das moedas
Escravismo enfraquecendo
Consolidação do Feudalismo. A sociedade feudal baseava-se na existência de dois grupos sociais – senhores e servos. O trabalho na sociedade feudal estava fundado na servidão, onde os trabalhadores viviam presos a terra e subordinados a uma série de obrigações em impostos e serviços. O feudalismo variava de região para região e de época para época, ao longo da Idade Média.
Cruzadas - anunciadas pela primeira vez em 1095. As Cruzadas foram expedições militares, organizadas pela igreja, contra o avanço dos muçulmanos e a retomada do Santo Sepulcro, em Jerusalém, como também o interesse em dominar as rotas comerciais de mercadorias orientais, controladas pelos muçulmanos e pelos bizantinos.
As cruzadas se transformaram em uma série de oito expedições à Terra Santa, realizadas entre os séculos XI e XII.
A BAIXA IDADE MÉDIA (XI a XV)
A Baixa Idade Média foi o segundo período da Idade Média, compreendido entre os séculos XI e XV, que correspondeu à desagregação do sistema feudal e a consequente transição para o sistema capitalista.
Vejamos os pontos mais importantes:
Queda do feudalismo
Renascimento comercial e urbano
Transição do feudalismo para o capitalismo
Burguesia em ascensão
Monges únicos letrados 
Herança cultural Greco-latina
A EDUCAÇÃO NA IDADE MÉDIA
Na Idade Média a educação foi marcada por duas tendências principais que veremos a seguir:
EDUCAÇÃO PATRÍSTICA : 
Associada aos padres da Igreja e desenvolvia por eles 
 Caracterizava-se pela defesa da fé e a conversão dos não cristãos. 
Doutrina religiosa tentando estabelecer equilíbrio entre a fé e a razão
Principal Representante : Santo Agostinho, que por sua influência platônica fez uma adaptação da fé com a razão, desenvolveu a teoria da iluminação divina – Cristo Mestre interior, responsável pela aprendizagem do homem
 EDUCAÇÃO ESCOLÁSTICA:
    A Escolástica representa o último período da história do pensamento cristão, que vai do início do séc. IX até ao fim do séc. XV. Este período do pensamento cristão é denominado ESCOLÁSTICO, porque era a filosofia ensinada nas escolas da época por mestres chamados escolásticos. 
Seu principal ponto de divergência com a Patrística era que a anterior elege a fé como verdade incontestável e imutável e a escolástica surgem no sentido de especula-la, apesar de ainda aceitar o que a razão não explica ainda não permitindo a liberdade de pensamento , já que isso era passivo de inúmeras punições. 
Seu principal representante foi Tomas de Aquino, padre dominicano que dividia as verdades em duas:
Crenças cuja veracidade podia ser provada com a razão
Crenças cujas verdades ou falsidades não podiam ser formadas
Considerava que a razão não era inimiga da revelação, quanto mais racional a humanidade se tornava, também se tornava mais cristã.
EDUCAÇÃO NO IMPERIO BIZANTINO
No Império Bizantino e Ocidente, dava-se ênfase à vida religiosa e havia preocupação com as heresias. Segundo Marrou, a civilização bizantina, era profundamente cristã, e dava importância às questões propriamente religiosas e especialmente à teologia continuou sendo tradições para o antigo humanismo.
Fiel às tradições do humanismo antigo
Formação humanista para a administração do estado
Ensino superior- (universidade de Constantinopla) que era o importante centro cultural, aquela universidade acolheu obras antigas e orientaram os feudos de filosofia e ciência, bem como preservou o Direito Romano, sistematizado na época de Justiniano.
Escolas monásticas - predominava o interesse espiritual e ascético, hostil ao humanismo pagão – ensino religioso severo
Escolas patriarcais - o ensino não se restringia à formação religiosa, tradição clássica
EDUCAÇÃO ISLAMICA
Casa da sabedoria – biblioteca e centro de estudos e ensino
Destacaram-se nas áreas de matemática, difundindo os algarismos, logaritmo, medicina, geografia, medicina, cartografia e astronomia.
Os árabes se Os árabes criaram inúmeras escolas primárias para ensinar a leitura e a escrita, lá aprendia o Alcorão de cor para poder aprender a palavra de Alá. (sec. X)
EDUCAÇÃO OCIDENTAL
A civilização bizantina e a islâmica floresceram culturalmente, o Ocidente mergulhou em fases de retratação e obscuridade. 
No século VIII houve o renascimento carolíngio (Império de Carlos Magno inspirou a partir do século IX a organização do sistema educacional em três níveis: I- Educação Fundamental II- Educação Elementar e III- Educação Superior)- e as mudanças foram muito importantes para cristianização da Paidéia.
EDUCAÇÃO MONACAIS
Com a queda do Império, escolas leigas e pagãs continuaram funcionando precariamente em algumas cidades e com a decadência da sociedade merovíngia as escolas entraram também em desagregação, então surgiram às escolas cristas, ao lado dos mosteiros e catedrais, e com isso os funcionários leigos do Estado passaram a ser substituídos por religiosos, que eram os únicos que sabiam escrever e ler.
Criar escolas não era a finalidade principal dos mosteiros, porém as atividades pedagógicas tornaram-se inevitável à medida que era preciso instruir os novos irmão.
Começaram a surgir novas escolas monacais em que se aprendiam o latim e as humanidades, os melhores alunos coroavam a aprendizagem com o estudo da filosofia e a teologia.
Os Mosteiros foram assumindo o monopólio da ciência, tornando-se principal reduto da cultura medieval, guardavam nas bibliotecas grandes tesouros da cultura greco-latina e traduziam obras para o latim adaptando algumas e reinterpretavam outras à luz do cristianismo.
ESCOLAS PALATINAS
A escola palatina tornou-se sede de um movimento de difusão dos estudos que visava à reestruturação e fundação de escolas monacais, de escolas catedrais e de escolas paroquiais, o estudo clássico era das sete artes liberais.
Escolas criadas durante o Império Carlos Magno (Sec. VIII) ficavam situadas próximas ao palácio.
Conteúdo de ensino = estudo clássico das sete artes liberais:
Trivium= gramática (letras e literatura), retórica (arte de bem falar a historia) e dialética (logica e arte de raciocinar)
Quadrivium = geometria, aritmética, astronomia e música.
ESCOLAS SECULARES
As escolas seculares, prefiguravam uma revolução , no sentido de contestar o ensino religioso, muito formal ao qual contrapunham uma proposta ativa, voltada para os interesses da classe burguesa em ascensão.
Educação que atendesse aos objetivos da vida pratica
Sec. XII surgimento de pequenas escolas em cidades importantes, com professores leigos nomeados pelas autoridadesmunicipais.
Latim substituído pela língua nacional
Fim do trivium e quadrivium
Instituição: história, geografia e ciências naturais
Contestavam o ensino religioso tradicional
Segundo Ariès “Eram escolas independentes”
No século XIII a burguesia dividiu-se entre o rico patriciado urbano, dedicado às atividades bancarias, e os seguimentos de pequenos comerciantes e artesões. Com consequência disso eles preferiram uma educação voltada para a cultura desinteressada deixando para a burguesia plebeia as escolas profissionais em que leitura e escrita se achavam reduzida mínimo.
Tema 5- Renascimento: Humanismo Reforma e Contrarreforma
Renascimento- Sec. XV a XVI Foi um movimento que desencadeou uma retomada dos valores greco-romanos, cuja intensão era se desvincular o saber da questão religiosa, incentivando o povo a se preocupar mais com as questões cotidianas em detrimento das questões divinas.
Principais fatores que contribuíram para o despontar renascentista:
Decadência da Escolástica
Descobertas das obras da antiguidade, até então desconhecidas ou conhecidas em traduções imperfeitas
A descoberta da imprensa por Gutemberg em 1445 na Alemanha
A tomada de Constantinopla pelos Turcos
O enriquecimento da Europa 
Proteção dispensada às artes e às letras pelos príncipes e homens ricos.
Tudo isso resultou na reformulação dos ideais e dos conteúdos das obras educacionais.
O Renascimento foi um período contraditório.
 A classe burguesa, enriquecida aspirava uma educação que permitisse formar o homem de negócios.
 Por outro lado as escolas religiosas multiplicavam-se na Europa.
No Brasil, acontece então o início da colonização e a catequese dos índios. E educação assume um papel colonizador.
Características Gerais:
Humanismo
O Renascimento acarretou a Reforma protestante, cujo principal nome foi Martinho Lutero, que falando em educação e defendia uma escola com Educação universal e pública e criticava veemente o modelo da Escolástica, porém ainda com um caráter elitista. 
A Igreja católica reagiu à Reforma Protestante com a chamada Contrarreforma
I
Concílio de Trento: Reunião convocada pelo Papa Paulo III na cidade de Trento
Companhia de Jesus: Escreveu o Ratio studiorum, um manual que passou a fornecer planos, programas e métodos de Educação da Igreja católica.
Educação no Brasil:
Com a chegada dos portugueses no Brasil, a prioridade da colonização era a exploração da terra. Em 1549 com a chegada dos Jesuítas, Manoel de Nóbrega iniciou o processo de criação de escolas. A educação assume um papel colonizador. 
Com a Morte de Manoel de Nóbrega, os jesuítas seguiam fielmente o modelo educacional da Companhia de Jesus embasado na Ratio Studiorum, tendo como atuação duas frentes:
Formação de elites dirigentes (novos sacerdotes).
Formação catequética dos índios.
Em síntese, nesse período houve uma tentativa de desvinculação entre a ciência e a fé , a dessacralização da consciência, a decadência da Escolástica, o surgimento da Reforma protestante, que descentralizou o poder da igreja e modificou o ensino, dando ênfase à missão educativa do Estado e à obrigatoriedade escolar.
TEMA 6 – PEDAGOGIA REALISTA
A pedagogia Realista surge no século XII estabelecida em momento de transição entre a PEDAGOGIA DO RENASCIMENTO E A PEDAGOGIA ILUMINISTA do século XIII.
A partir do Sec. XII vários acontecimentos resultam no nascimento do PENSAMENTO MODERNO, entre eles podemos citar:
Fortalecimento da burguesia
Desenvolvimento do capitalismo
Intensificação do comercio – colonização
Modificação do modo de produção – inicia-se a produção fabril (artesãos reunidos em galpões)
Mercantilismo (é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas) controlado pelo Estado (aliança entre o rei e os burgueses)
Absolutismo real – não é direito divino – contrato social (segundo Thomas Hobbes).
LIBERALISMO
Economia: Crítica ao mercantilismo
Política 
Final do sec. Fim do absolutismo substituído pela monarquia constitucional
Restrição à interferência do estado na vida do cidadão
Funda o estado
Poder legislativo controla os abusos do executivo.
Democracia e parlamentarismo
Em meio a todas estas transformações a pedagogia realista busca substituir o conhecimento verbalista anterior pelo conhecimento das coisas, realidade. Para tanto, procura criar uma nova didática.
Na pedagogia realista segue reafirmando com mais ênfase ainda a individualidade do educando e, na ordem social e moral, advoga o princípio da tolerância, do respeito à personalidade e de fraternidade entre os homens.
O grande nome deste período foi GALILEU GALILEI (1564 – 1642) que valorizou a experiência e propôs uma nova ciência, personalidade fundamental na revolução cientifica. Através de seus estudos e descobertas contribuiu decisivamente para a defesa do heliocentrismo.
A pedagogia deste século (XII) sofreu influencia de duas correntes filosóficas que eremos a seguir;
EMPÍRICA
Entende-se por empírico aquilo que pode ter sua veracidade ou falsidade verificada por meio dos resultados de experiências e observações. Teorias não bastam, somente através da experiência, de fatos ocorridos observados, um conhecimento é considerado pelo empirista. 
John Locke:
 Defende uma corrente a qual chamou de Tabula Rasa. Esta corrente afirma que as pessoas nada conhecem, como uma folha em branco. O conhecimento é limitado às experiências vivenciadas, e as aprendizagens se dão por meio de tentativas e erros. Rejeitava a doutrina das ideias inatas afirmava que todas as ideias tinha origem no que era percebido pelos sentidos. Suas ideias ajudaram a derrubar o absolutismo na Inglaterra.
Locke dizia que todos os homens, ao nascer, tinham direitos naturais: direto à vida, à liberdade e a propriedade.
Francis Bacon:
É considerado o fundador da ciência moderna. 
Sua educação orientou-o para a vida politica onde ocupou cargos elevados. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica do empirismo.
Como filosofo destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica ao homem.
David Hume:
David Hume considera que todo o conhecimento tem origem na experiência, sendo os dados ou impressões sensíveis as suas unidades básicas. Hume defende que existem impressões e ideias que se distinguem quanto ao grau de força e vivacidade. Assim, as impressões são percepções vivas e mais fortes do que as ideias que são percepções fracas ou menos vivas.
Hume, como empirista, rejeita a existência das ideias inatas porque as ideias sucedem-se às impressões. “As impressões são as causas das nossas ideias e não as nossas ideias das nossas impressões”.
RACIONALISTA
Seguindo na mesma direção, mas invertendo os papéis e privilegiando a razão e o pensamento lógico.
René Descartes: 
Este racionalista parte da dúvida metódica. O ponto de partida busca uma verdade que não possa ser posta em duvida. Por isso, converte a duvida em método. Começa duvidando de tudo . Descartes pôs em dúvida todo conhecimento que havia recebido até então, mas não queria duvidar como os céticos, ou seja, duvidar por duvidar, sem saber duvidar, nosso filósofo queria um Método para orientar seu espírito nesse percurso. Humm, mas qual? Descartes percebe que algumas verdades são indiscutíveis, como a matemática, por exemplo, sendo assim, o método matemático foi o escolhido por ele como instrumento de auxílio à razão. 
O método Descartes constituirá as bases da nova didática.
Neste período, quando a técnica passou a ser valorizada e o método escolástico perdeu espaço, ganha força a PEDAGOGIA REALISTA, influenciadas pelas ideias do Renascimento cientifico. Com maior interesse no método e realismo na educação, busca metodologias que a tornem mais agradável (componente humano) e eficaz (componente técnico). Essa pedagogia privilegia o rigor das ciências naturais em detrimento da tradição literária e estética do humanismo renascentista.
AMOS COMÊNIO (28 de março de 1592 – 15 de novembro: professor,cientista e escritor checo, considerado o criador da didática moderna). Foi o maior educador e pedagogo do sec. XII. Produz extensa obra e presenta técnicas minuciosas , onde defende a otimização do ensino e a escola democrática para a vida (“Ensinar tudo para todos). Prescrevia que o ensino levasse em conta a evolução mental do aluno. Desenvolvendo assim primeiramente a intuição sensível, depois da memória indo do simples para o complexo, do concreto para o abstrato, e, por ultimo a capacidade de julgar. Em seus trabalhos denota especial atenção ao método. Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao saber, produziu obra fecunda e sistemática, cujo principal livro é A DIDÁTIDA MAGNA.
São suas propostas:
Educação realista e permanente
Método pedagógico rápido, econômico e sem fadiga
Ensinamentos a partir de experiências do cotidiano 
Conhecimento de todas as ciências e todas as artes
Ensino unificado
Nesse contexto histórico, inicia-se então a revolução industrial. Assim com o avanço da burguesia e retomada das questões cientificas, emerge um novo paradigma educacional, onde a razão humana será priorizada para interpretar e reorganizar o mundo.
ENQUANTO ISSO NO BRASIL
Brasil no sec. XII 
Sociedade agraria e escravista 
Sem interesse pela educação elementar
Fortalecimento das Missões
O ensino Jesuítico manteve a escola conservadora, alheia a revolução intelectual
Centrada no nível secundário
Visava uma formação humanística, privilegiando o estudo do latim, dos clássicos e da religião, e interessava a poucos elementos da classe.
TEMA 7 – O IDEAL LIBERAL DA EDUCAÇÃO
Contexto:
– Revolução industrial (1750) - Revoluções Francesas (1789)
Foi mais que um movimento filosófico tendo uma visão libertária, artística e política.
É nessa época que se percebe a reocupação com a educação infantil. A criança não é a miniatura do adulto; ela vive em um mundo próprio que precisa ser compreendido.
ROSSEAU, foi um dos principais filósofos iluministas. Defendia a ideia de um estado democrático que garantia igualdade par todos. Sua Obra inspirou reformas politicas e educacionais, e tornou-se mais tarde a base do Romantismo. Formou com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores pais da ciência politica moderna. Em filosofia da educação enalteceu a “educação natural”. Foi um dos filósofos da doutrina que ele mesmo chamou de “materialismo dos sensatos”, ou “teísmo” ou “religião civil”. Pode ser considerado um dos precursores da escola ativa moderna. Para ele a criança não é um adulto em miniatura; tem uma natureza que lhe é própria, com interesses e tendências peculiares, que devem ser explorados como ponto de partida, a fim de se criar ambiente propício ao seu desenvolvimento. A partir de Rousseau, a Educação passa a gravitar em torno da criança, e os maiores pedagogos que se seguiram foram:
Jean Henri Pestalozzi (1746 – 1827)
Johann Friedrich Herbart (1776-1841)
August Wilhelm Friedrich Fröbel (1782-1852)
Jean Henri Pestalozzi (1746 – 1827): foi à figura mais nobre da educação e fundador da primeira escola primaria popular. Para ele educação tem finalidade própria:
•	A humanização do homem
•	O desenvolvimento de todas as manifestações da vida humana levada à maior plenitude e perfeição
Reconhece o valor da Educação religiosa, porem, sem caráter dogmático e confessional.
O ideal educacional dos iluministas está no grau máximo da razão humana. Luzuriaga assim sintetiza os princípios consagrados pelo ideal iluminista no sec. XIII;
Desenvolvimento da educação estatal, da Educação do Estado, com maior participação das autoridades oficiais no ensino;
Começo da Educação \nacional, da Educação do povo pelo povo ou por seus representantes políticos;
Princípio da Educação Universal, gratuita e obrigatória, no grau da escola primária , que fica estabelecida em linhas gerais;
Iniciação do laicismo no ensino, com a substituição do ensino religioso pela educação moral e cívica;
Organização da instrução pública em unidade orgânica, da escola primaria à universidade;
Acentuação do espírito cosmopolita, universalista, que une pensadores e educadores de todos os países;
Primazia da razão, crença no poder racional e na vida dos indivíduos e dos povos
Reconhecimento da natureza e da intuição na educação.
Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevalece a dualidade no ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia.
NO BRASIL:
Marques de Pombal (1699-1782) representante do Despotismo esclarecido, expulsa os Jesuítas das colônias na tentativa de reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outra potências europeias da época.
Pombal pensou em organizar a escola para servir os interesses do Estado , bem diferente da companhia de Jesus que tinham por objetivo servir aos interesses da fé. Ele mesmo suprimiu as escolas Jesuíticas de Portugal e de todas as colônias , inclusive o Brasil e criou:
Aulas régias de latim, grego e retórica. Cada aula régia era autônoma, e isolada, com professor único e uma não se articulava com a outra
Diretoria de estudos, que só passou a funcionar após o afastamento de Pombal.
A educação no Brasil se estagnou e Portugal na tentativa de resolver o problema instituiu o SUBSÍDIO LITERÁRIO (1772), que consistia em uma taxação ou imposto sobre a carne, o vinho, o vinagre e a aguardente, para a manutenção dos ensinos primários e médio.
Este porém nunca foi cobrado com regularidade, resultando em longos períodos que os professores não recebiam seus vencimento.
O resultado disso foi que no principio do sec. XIX, a Educação brasileira estava reduzida a quase nada. O Sistema Jesuítico havia se desmantelado e nada foi organizado para dar continuidade na educação, aumentando o abismo entre os letrados e a maioria da população analfabeta.
TEMA 8 – A EDUCAÇÃO NCIONAL NO SECULO XI
Surgindo das entranhas do Iluminismo do sec. XIII o sec., XIX vem com duas concepções antagônicas de organização social e de educação. De um lado O POSITIVISMO, que busca consolidar o modelo burguês de educação e de outro, o movimento popular e SOCIALISTA.
POSITIVISMO
Consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo, por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, tomando como base apenas o mundo físico ou material. Nega à ciência qualquer possibilidade de investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando se para o estuda das descobertas e o estudo das leis (relação constantes entre os fenômenos observáveis)
Temos como expoente máximo nesta concepção AUGUSTO COMTE (1798-1857) foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo.
SOCIALISMO
Refere-se a qualquer uma das varias teorias de organização econômica advogando a propriedade publica ou coletiva e administração dos meios de produção e distribuição de bens e de uma sociedade caracterizada pela igualdade de oportunidades meios para todos os indivíduos com um método igualitário de compensação .
Karl Max afirmava que o socialismo seria alcançado por meio da luta de classes e de uma revolução do proletariado, tornando-se a fase de transição do capitalismo para o comunismo.
No sec. XII é que se concretiza, com a intervenção cada vez maior do Estado, o estabelecimento da escola elementar universal, leiga, gratuita e obrigatória. Enfatiza-se relação entre a educação e o bem estar social, progresso e capacidade de transformação. Daí o interesse pelo ensino técnico ou pela expansão das disciplinas cientificas.
Dentre os principais pedagogos temos:
Pestalozzi-
Considerado um dos defensores da escola popular extensiva a todos 
 Reconhece firmemente a função social do ensino, que não se acha restrito à formação do gentil homem
Elaboraum tratado pedagógico sobre a aplicação pratica da teoria
Baseia-se na teoria empirista
Estimula a observação e o raciocínio
Busca psicologizar a educação
Educar é seguir a natureza
Froebel-
Privilegia a atividade lúdica, por perceber o significado funcional do jogo e do brinquedo para o desenvolvimento sensório motor
Inventa métodos para aperfeiçoar as habilidades
Criou o jardim da infância pensando na criança como uma semente do futuro
Sua proposta baseia-se na linguagem oral e afetiva
Defende a ideia de atividade livre, observação sensível da vida, cooperação e trabalho atividade
Herbart-
Defendia a ideia de educação laica
Pisicologizar a educação – pedagogia como ciência
Objetivo formar um caráter moral e ético
Para ele a conduta pedagógica segue três procedimentos básicos
O governo
A instrução
A disciplina
Podemos dizer que no sec. XIX a preocupação com a educação das massas foi à tônica de todos os governos da época. As principais características foram:
A nova atenção dada ao método
O desejo novo de basear o processo educativo no conhecimento e simpatia pela criança
Um novo interesse pela educação elementar
Um novo entusiasmo pela possibilidade da educação universal
NO BRASIL esse processo só teve inicio em 1808, com a chegada da família real portuguesa muitas transformações ocorreram para suprir as necessidades da família real, oriundas do período colônia, entre as principais podemos citar:
Varias instituições de nível superior
Academia Real da Marinha
Academia Real Militar
Academia medico-cirúrgica da Bahia e do Rio de Janeiro
O ATO ADICIONAL de 6 de agosto de 1834, instituiu assembleias legislativas provinciais como poder de elaborar seu próprio regimento e, dede 	que estivesse em harmonia com as imposições gerais do estado, cada província passava a responder pelas diretrizes e pelo funcionamento das suas escolas de ensino elementar e secundário.
No entanto encontraram dificuldades de dar instrução de primeiras letras aos moradores dos lugares distantes e isolados. Nesse período, o acesso à escolarização era precário ou inexistente devido à falta de escolas e professores.
Graças à descentralização do estado por meio do ATO ADICIONAL em 1835, surgiu a primeira escola normal de Niterói. 
A presença do Estado na Educação no período Imperial era quase imperceptível, isso porque a sociedade tinha essas características:
Escravagista
Autoritária
Formada para atender a uma minoria encarregada do controle sobre as novas gerações
Por meio do Decreto Em 19 e abril de 1879- LEONCIO DE CARVALHO instituiu a liberdade de ensino, o que possibilitou o surgimento de colégios positivistas e protestantes, reformou a instrução pública primária e secundária no Município da corte e o ensino Superior em todo o Império. Estes deu origem ao pareceres Projetos de RUI BARBOSA intitulados:
Reforma do ensino Secundário e Superior (1882) 
Reforma do Ensino Primário e várias Instituições complementares da Instrução Publica (1883)
Esse decreto autorizava o governo a criar ou auxiliar, nas províncias, cursos para o ensino primário, permitindo que os escravos frequentassem as escolas. Buscava também estimular a alfabetização de adultos, exigindo a leitura e a escrita, dando preferencia para a obtenção de empregos nas oficinas do Estado aos indivíduos que cursassem a instrução primaria.
BENJAMIN CONSTANT, baseado nos ensinamentos de Comte, elaborou uma reforma do ensino de nítida orientação positivista.
Diante muitos conflitos o Brasil passa a ser chamado republicano, com a libertação dos escravos para atender as demandas do mercado internacional. Paralelos a isso, são incentivados os discursos e pequenas ações para acabar com o analfabetismo do Pais.
Segundo Nascimento (2004) o quadro geral do ensino no final do império era assim:
Poucas instituições escolares, com apenas alguns liceus provinciais nas capitais e colégios privados bem-instalados nas principais cidades;
Cursos normais em quantidade insatisfatória para as necessidades do país
Alguns cursos superiores que garantiam o projeto de formação (médicos, advogados, de políticos e jornalistas).
Afirma ainda a autora que esse quadro refletia a continuidade do grande abismo educacional brasileiro da fase anterior. Assim, a maioria dos brasileiros continuavam, quando muito, tendo uma casa e uma escola, com uma professora leiga para ensinar os pobres brasileiros excluídos do interesse do governo imperial.
TEMA 9 – EDUCAÇÃO PARA A DRMOCRACIA
O pensamento educacional desta fase procura resumir os movimentos dos últimos tempos, reorganizar e relacionar os princípios essenciais de cada movimento em um conjunto harmonioso.
Existe uma tendência, cada vez maior , de universalizar a Educação pela cooperação de todos os países, no sentido de estabelecer uma Educação pública de alcance universal.
Nessa fase uma tendência reformadora destaca-se no mundo contemporânea, sintetizada no movimento “Escola Nova”, numa tentativa de mudar o rumo da Educação tradicional, intelectualizada e livresca.
Vários pedagogos engajara-se nesse movimento de renovação educacional. Dentre outros se destacaram:
FERRIERE (1879 -1960):- Escola Ativa resumia-se em três palavras para Ferrière: Ciência, Verdade e Fé. Dizia o autor que se a Escola Ativa tivera êxito em diversos países no mundo, isso não se devia a um homem, nem a um grupo, nem a uma nação, mas a Verdade que ela contém em si, à sua conformidade com as grandes leis da vida e do espírito, que o Homem, na sua marcha vacilante para a luz, arranca dia após dia ao Desconhecido.
JOHN DEWEY (1859-1952) – filósofo e pedagogo americano, enquanto se aprofundava nos pensamentos de Hegel, interessou-se pelos problemas do ensino- Educação é a própria vida e não uma preparação para a vida
ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971) – Educador brasileiro responsável por reformar que mudaram radicalmente o curso do ensino no Brasil. Foi discípulo de John Dewey.
OVIDE DECLORY(1871-1932)- Decroly postulou o interesse como pressuposto básico para a aprendizagem. Para ele, o interesse estaria na base de toda atividade, incitando a criança a observar, associar, expressar. Formulou a metodologia dos centros de interesse.
MARIA MONTESSORI (1921-1997)- Pedagoga italiana. Criadora do célebre método de ensino que tomou seu nome, Maria Montessori baseou suas concepções pedagógicas na defesa do potencial criativo da criança e no direito de receber uma educação adequada às peculiaridades da personalidade.
EDOUARD CLAPEREDE- (1873-1940)- Para ele a atividade educativa era aquela que correspondia a uma necessidade humana, daí chama-a de educação Funcional.
JEAN PIAGET- (1896 -1980)- Especializou-se em psicologia evolutiva e também no estudo de epistemologia genética. Seus estudos sobre pedagogia revolucionaram a educação, pois derrubou várias visões e teorias tradicionais relacionadas à aprendizagem. Concentrou a sua atenção de pesquisador no estudo da natureza do desenvolvimento da inteligência da criança e forneceu as bases para a construção da Pedagogia construtivista, ao lado de Vygotsky e Wallon
Os estudos de Piaget influenciaram outros pesquisadores como:
EMILIA FERRERO: psicóloga argentina que, a partir de seus estudos sobre os processos de alfabetização da criança, tem influenciado os educadores brasileiros com estudos voltados para essa área, bem como para a pratica em sala de aula no ensino fundamental.
PAULO FREIRE- (1992-1997)- pedagogo e educador brasileiro, criador de um método de educação que combina alfabetização e conscientização politica, adotado, sobretudo nas décadas de 1950 e 1960 cujo pensamento educacional, hoje, é mundialmente reconhecido, sofreu influencia do ideário pedagógico escolanovista.
FRANCISCO DE CAMPOS- 1930 – Ministro do recém-criado Ministério da Educação e da saúde
Assim as transformações a que se assistem, nos dias atuais, com o avanço das tecnologias de comunicação e de informação, estão levando a repensar as praticas sociais, não ficam imunes a esse conjunto de transformações.
O queantes tinha como preocupação a educação das massas populares principalmente a partir do sec. XIX, na construção dos grandes sistemas educacionais de massa, impulsionados pelo novo modo de produção industrial e pela urbanização. Agora condicionada pelas consequências da globalização, a preocupação passa a ser com a construção de uma educação planetária. Esse novo paradigma da Educação tem o apoio de quatro pilares:
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a viver juntos, aprender a viver com os outros
Aprender a ser.
TEMA 10- A EDUCAÇÃO COMTEMPORÂNEA DOM BRASIL: PARADGMAS E DESAFIOS
A chegada do sec. XXI vem marcada por uma série de características próprias.
A escola contemporânea deve estar atenta não somente às necessidades emergentes e atuais de formação e conhecimento, como, também ao seu papel maior, que é de propiciar processos formativos que contribuam para o desenvolvimento pessoal do educando, no que diz respeito a sua formação para cidadania.
A educação deve ser entendida não somente como acesso a ascensão material e retorno financeiro, mas em um sentido transcendental, transformando se em um instrumento de crescimento pessoal, de aprendizagem para a vida.
Convive-se com o tradicional e o novo , com teorias idealistas, sociais, existenciais e caminhamos para uma educação universal, sustentável e planetária. As novas tecnologias que surgem vem permitindo a difusão do conhecimento por meio, principalmente, da internet.
A globalização das comunicações iconizadas, pela web, o enorme impulso das pesquisas básicas e tecnológicas, as novas tecnologias rompendo barreiras de povos e culturas, a era espacial que já penetra nas estruturas sociais e culturais, sobretudo pelas telecomunicações, podem oferecer contraposição ao título “longo amanhecer” escolhido por Furtado por “novo amanhecer”, caso saiba entender e aproveitar essas oportunidades.
Gadotti afirma que Esta educação deve-se pautar em reflexão crítica e prática, pois elas não podem ser dissociadas. A educação para este milênio deve estar atenta a
Uma das tarefas mais importantes no processo educacional, hoje, é ensinar como chegar à informação.
Defende-se que a educação do Sec. XXI, deverá ser uma educação ao longo da vida, que deverá se preocupar com a formação profissional.
Para Smolka, a rapidez das mudanças, no mundo de hoje, é quase sufocante e é preciso descobrir como lidar com o acumulo de conhecimento. O professor do século XXI tem incorporado toda a produção intelectual dos séculos passados e seu desafio é se forma e transformar sua pratica constantemente, levando em conta as produções culturais e históricas atuais.
Vive-se em uma época de crise, mas de ricas potencialidades , na medida em que a sobrevivência do próprio processo civilizatório depende da construção de uma sociedade educacional, ou seja nenhuma formação social sobrevivera se seus governos, suas instituições e suas classe sociais não entenderem que a única saída está na educação para toda vida , de todas as pessoas, pois a cidadania ativa não pode mais ser prerrogativa de uma minoria(p.45)
Em resumo, Silva e cunha (2002) afirmam que a educação no século XXI estará atrelada ao desenvolvimento da capacidade intelectual dos estudantes e a principio éticos, de compreensão e de solidariedade humana. A educação visará a prepara-los para lidar com as mudanças e diversidade tecnológicas, econômicos e culturais, equipando-os com qualidade, como iniciativa, atitude e adaptabilidade. Não se pode esquecer, a universidade, neste contexto, tem seu papel ampliado.

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