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A Lei das diretrizes e Bases

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A Lei das diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, no seu artigo 26, parágrafo 3°, estabelece que “A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando- se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”..
Assim, podemos deduzir que a Educação Física é um componente curricular da Educação Básica que se integra à proposta curricular da escola. Contudo, ela perde espaço em sua representação social quando se inclui nos afazeres da escola, reduzindo seus objetivos no amplo horizonte de possibilidades de seu contextOgeral.
Na sociedade atual, especialmente nos grandes centros urbanos, percebemos que há espaço para uma Educação Física mais utilitária, apesar da sensação de que as pessoas estejam mais conscientes e receptivas da possibilidade de contribuição da Educação Física. Entretanto, parece haver um abismo que dificulta a ligação das necessidades sociais com a sua contemplação efetiva pela Educação Física. Parece que as instâncias políticas, econômicas, pedagógicas, Filosóficas estão num marasmo e fazem com que as nossas necessidades óbvias de saúde e bem-estar fiquem inatingíveis e que o que nos prejudica seja objeto de tolerância e de conformação para a nossa vida.
Portanto, entendemos que a Educação Física escolar perde uma oportunidade preciosa de prestar um serviço relevante à sociedade, quando não oferece uma proposta consistente, atualizada e articulada com algum interesse social que supere o ativismo inconsequente do fazer por fazer. Deve ela incorporar hábitos saudáveis, dando sentido crítico aos seus conteúdos e estimular o desenvolvimento de uma maior consciência corporal nas pessoas, fundamentada em conhecimentos e métodos científicos.
2. EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE
2.1 Definições de saúde
Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social. Pode-se também, definir saúde como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, cada uma caracterizada por polos positivo e negativo. A saúde positiva estaria associada com a capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a saúde negativa estaria associada com a morbidade e, no extremo, com a mortalidade.
1.2 Relação epidemiologia, atividade física e saúde 
Apesar de que desde épocas mais remotas, conforme evidenciado por escritas gregas e chinesas, terapeutas têm ressaltado à importância da atividade física para tratamento de doenças e melhoria da saúde, a relação entre epidemiologia e atividade física aparentemente tem início na era epidemiológica das doença crônico degenerativas, com a paradigma da caixa preta, onde entre os elementos que estavam ocultos, como fatores multicausais de risco, o sedentarismo aparece como fator determinante de agravos à saúde. 
Este momento, normalmente, coincide com a chamada transição epidemiológica, na qual existe uma inversão das causas de morte, de doenças infecciosas para doenças cardiovasculares, fato observado há algum tempo nos países desenvolvidos. Nesta perspectiva, com objetivo de proposição de políticas públicas de saúde, foram analisados os modelos multicausais na determinação de agravos sendo identificadas três teorias: a) teoria do germe, bastante utilizada no início do século XIX, durante a era epidemiológica das doenças infecciosas, sendo que, atualmente, observa-se retorno a esta tendência em virtude da possibilidade de microrganismos como causa do câncer, bem como pela recente epidemia de AIDS; b) teoria do estilo de vida, que caracteriza as causas das doenças como comportamental, sendo que as principais hipóteses seriam: stress e, sedentarismo, uso de álcool, hábito de fumar e alimentação inadequada, estando ligadas diretamente às doenças crônico-degenerativas; c) teoria ambiental, que explica o surgimento de diversos problemas de saúde em virtude da poluição do meio ambiente, entre outras formas de modificações ambientais provocadas pela modernidade.
A estas teorias podemos acrescentar o atual estudo do genoma humano, que preconiza os aspectos genéticos como possíveis participantes das redes multicausais na determinação das doenças (24). Desta forma, a atividade física relacionada à saúde, no contexto das redes multicausais, aparece como um dos fatores que poderia modificar o risco dos indivíduos para adoecerem. Em primeiro lugar, existem evidências bastante significativas da influência da atividade física na melhoria da eficiência do sistema imunológico, fato que pode reduzir a incidência de alguns tipos de câncer e melhorar a resistência de pacientes, portanto . 
Finalmente, as constatações da influência dos fatores genéticos, não apenas nos níveis de aptidão física das pessoas, como também no nível de atividade física habitual e participação em exercícios, nos levam a acreditar que os atuais estudos sobre o genoma humano podem, também, contribuir para sedimentar a relação atividade física e saúde. Desta forma, as políticas públicas de promoção de atividades físicas devem privilegiar as aspectos citados anteriormente, assim entendemos que os determinantes de ordem biopsicossocial, comportamentais e ambientais estariam contemplados, contribuindo como um dos meios para que as pessoas ficassem mais próximas ao polo positivo da saúde.
2.3 O papel da Educação Física na Saúde escolar
Os estudos relacionados à atividade física para promoção da saúde na escola estão intimamente relacionados ao papel da escola na sociedade e em especial da Educação Física Escolar como área do conhecimento que trata das atividades corpóreas e do movimento.
O estágio de desenvolvimento dos conhecimentos sobre a problemática saúde e escola tem sido objeto de estudos de pesquisadores em várias partes do mundo. A grande preocupação reside no fato de que algumas doenças, por exemplo, as cardiovasculares, são consequências de práticas inadequadas adotadas durante anos de vida do indivíduo.
Na perspectiva educacional, Jacobson e Lillienfeld (apud MAITINO, 1998) sugerem que esforços para prevenir ou retardar o processo aterosclerótico devem ser direcionados para a criança, já que lesões potencialmente irreversíveis e assintomáticas podem existir na terceira ou quarta década de vida.
Pelo bom senso, a escola, acompanhada do engajamento da família e das políticas governamentais de saúde, seria o local ideal para o início da educação para a saúde e a Educação Física Escolar seria a condutora principal deste processo pedagógico.
Outros pesquisadores da área, como Armstrong e Sleap (apud MAITINO, 1998), admitem que a escola, através da Educação Física, tem um papel importante a desempenhar neste desafio, considerando que a Educação Física também trabalha o movimento humano, entendido aqui como variável de grande interesse no processo de aquisição e manutenção da saúde.
Sleap (apud MAITINO, 1998) observou que a Educação Física escolar frequentemente se apresenta como a educação do ou através do físico, mas ela deveria ser também a educação sobre (ou para) o físico. Ou seja, a educação sobre como manter o corpo em condições ideais para melhorar a qualidade de vida deve ser considerada tão relevante quanto os ensinamentos de habilidades dos jogos esportivos, que muitas das vezes não são mais praticados quando terminados os dias escolares.
Guedes e Guedes (apud MAITINO, 1998) apontam a existência de um fundamento lógico, racional, para atribuir-se à Educação Física escolar outro eixo de interesse, qual seja o da Educação para a promoção da saúde, em superação ao desenvolvimento de habilidades atléticas e/ou recreacionais, até porque, na sociedade atual, um número significativo de pessoas adultas contribui fortemente para o aumento estatístico de doenças cardiovasculares que, de alguma forma, estão associadas com o sedentarismo.
Possivelmente,a razão mais convincente para a promoção do estilo de vida ativo na escola é dada por Bar-Or (apud MAITINO, 1998) ao enfatizar que a escola se constitui realmente no único lugar no qual todas as crianças, sem restrições de educação, formação, sexo, raça e passado atlético, têm a oportunidade de se beneficiar de tais experiências. Comenta ainda que, nos Estados Unidos, professores de Educação Física têm participado efetivamente de programas de controle de peso entre escolares. 
Os professores devem ajudá-las e encorajá-las a internalizar a motivação para serem ativas, de forma que, quando a motivação extrínseca dos professores for retirada, a criança continue com um estilo de vida ativo. Para conseguir esta independência, a criança deve entender os princípios sobre atividades que objetivam a saúde, além de saber como tomar decisões para implementar programas individuais que devem ser periodicamente redirecionados e modificados com o passar dos anos.
Bray (apud MAITINO, 1998) enfatiza alguns aspectos da escola primária que facilitam a promoção dos princípios da saúde nesta faixa etária. De modo geral, as crianças têm curiosidades sobre seus próprios corpos e são particularmente receptivas às informações sobre saúde; as professoras supervisionam todo o desenvolvimento da criança, razão pela qual é possível integrar vários elementos sobre comportamentos saudáveis como um todo, ao invés de enfatizar áreas isoladas como usualmente acontece no ensino médio. Finalmente, entende o autor que frequentemente ocorre estreita ligação com o ambiente familiar, o que pode ser um excelente mecanismo para influenciar os pais, se alterações significativas forem observadas no comportamento das crianças em relação às aulas de Educação Física.3. EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO
3.1 Definições de Inclusão
A pessoa com deficiência nem sempre foi valorizada e respeitada pelos seus diferentes, por muito tempo representou segmento totalmente ignorado, sendo, portanto, vítima de abandono, rejeição, maus-tratos e até mutilações. Foi apenas a partir do século XX que começou a ter uma melhor aceitação do deficiente, momento em que se iniciou a sua de institucionalização e educação escolar. Até este período eram segregados e praticamente privados de convívio social. Entretanto, verifica-se que as conquistas ainda foram poucas, pois o preconceito, a ignorância e a discriminação ainda são muito fortes em relação ao deficiente e a deficiência.
3.2 Inclusão escolar
Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. O termo é associado mais comumente à inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental.
Recusar-se a ensinar crianças e jovens com necessidades educacionais especiais (NEE) é crime: todas as instituições devem oferecer atendimento especializado, chamado de Educação Especial. No entanto, o termo não deve ser confundido com escolarização especial, que atende os portadores de deficiência em uma sala de aula ou escola separada, apenas formadas de crianças com NEE. Isso também é ilegal.
O artigo 208 da Constituição brasileira especifica que é dever do Estado garantir "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino", condição que também consta no artigo 54 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
A legislação também obriga as escolas a terem professores de ensino regular preparados para ajudar alunos com necessidades especiais a se integrarem nas classes comuns. Ou seja, uma criança portadora de deficiência não deve ter de procurar uma escola especializada. Ela tem direito a cursar instituições comuns, e é dever dos professores elaborar e aplicar atividades que levem em conta as necessidades específicas dela.
No caso da alfabetização para cegos, por exemplo, o aluno tem direito a usar materiais adaptados ao letramento especial, como livros didáticos transcritos em braile para escrever durante as aulas. De acordo com o decreto 6.571, de 17 de setembro de 2008, o Estado deve oferecer apoio técnico e financeiro para que o atendimento especializado esteja presente em toda a rede pública de ensino. Mas o gestor da escola e as Secretarias de Educação e administração é que precisam requerer os recursos para isso.
Mas a preparação da escola não deve ser apenas dentro da sala de aula: alunos com deficiência física necessitam de espaços modificados, como rampas, elevadores (se necessário), corrimões e banheiros adaptados. Engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos são algumas tecnologias assistidas que podem ajudar o desempenho das crianças e jovens com dificuldades motoras.
3.3 Inclusão na Educação Física
Diante da inclusão, tornam-se indispensáveis adaptações no currículo do curso de Educação Física, uma vez que essa disciplina tem relação diferenciada com os alunos, permitindo uma liberdade de expressão tanto corporal quanto verbal que as outras não possibilitam. Mazini Filho et al. (2009) afirmam que a Educação Física é flexível e pode ser adaptada conforme cada necessidade estimulando assim a participação e integração de todos os alunos. 
. 
O profissional de Educação Física tem ao seu alcance os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) de Educação Física, que sustentam que “o professor deve fazer adaptações, criar situações de modo a possibilitar a participação dos alunos especiais” (BRASIL, 1998, p.57) , ou seja o professor deve ser flexível, sabendo dosar seus planos de aula, a fim de atingir as necessidades dos alunos com necessidades especiais fazendo com que este sinta-se parte do grupo e que esse grupo também crie consciência de inclusão. 
A capacitação do professor é fundamentada na LDB 9.394/96 em seu artigo 59, III (BRASIL, 1996b), sustentando a formação dos “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.” 
A educação física escolar deve ter como princípio tornar seus alunos indivíduos críticos, reflexivos e participativos, mudando aquela visão de que pessoas com necessidades especiais não podem realizar as práticas desportivas, pois quando se trata de inclusão a primeira coisa que se deve levar em consideração é uma educação que enfatize os aspectos afetivos, cognitivos e sociais .
4. CONCLUSÃO 
Atualmente, há pouca dúvida sobre se o estilo de vida ativo pode ajudar a proteger uma pessoa das DCNTs. A Educação Física na escola pode ser uma contribuição tão propícia para a promoção da saúde que provavelmente não haja outro lugar para contemplar esta função.
De fato, o propósito é reforçar a ideia de que os escolares devem ter acesso a um conjunto de informações teóricas e práticas, bem como à atividade física regular, segundo os conceitos científicos direcionados para a aquisição e manutenção de níveis satisfatórios de aptidão física, com aceitação do estilo de vida saudável e com a adesão na fase adulta. Trata se de oferecer às crianças uma formação escolar, pois a escola é um espaço adequado para receber conteúdos e procedimentos didático-metodológicos relacionados à atividade física e à saúde. Portanto, entendemos que o trabalho integrado da escola sugere uma maior possibilidade de influenciar os Educados para a aquisição de hábitos saudáveis e para a atividade física com o intuito de promover a saúde no decorrer de sua vida.
Quanto a inclusão escolar acredita-se que incluir alunos diferentes/deficientes na classe comum do ensino regular seja viável, desde que se tenha presente à complexidade de tal processo, o qual requer muito investimento e comprometimento, principalmente dos órgãos governamentais (recursos orçamentários). Igualmente se faz necessário muito estudo, pesquisa para ampliar o conhecimento, desenvolver e testar formas que viabilizem a verdadeira inclusão escolar. Pode se dizer que não se deve simplificar ocomplexo, ou seja, achar que incluir signifique apenas mudar o aluno de endereço, ou seja, sair da escola especial ou classe especial e ir para a classe comum do ensino regular. São muitos os fatores envolvidos, os quais sem dúvida estão sendo desconsiderado se efetivar a inclusão escolar.
REFERÊNCIAS 
BOUCHARD, C. et al. Exercise, fitness and health: The concensus statement. In: Bouchard, C. et al. exercise, Fitness and health. Champaign, Illinois, Human Kinetics Books, 1990.
PITANGA, F.J.G. Informações em Saúde para Proposta de Políticas Públicas de Promoção de Atividades Físicas na Região Nordeste do Brasil. Revista Baiana de Educação Física, 2000. 1, 3, 48-53.
TESTH, S. Hidden Arguments. Political Ideology and Disease prevention Policy. London: Rutgers University Press, 1988.
Educação Física inclusiva disponível em: http://seer.ucg.br/index.php/estudos/article/viewFile/143/109> acesso em 30 de março de 2014.

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