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A Entrevista de Ajuda

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A Entrevista de Ajuda
 Alfred Benjamin
Aluno: Carmelita Maria Barbosa 
Professora: Suênya Thatiane
Condições
Por muitas e muitas vezes havia tentado solicitar para meus alunos que cada um possui um espaço vital próprio, que cada um é único, e que podemos ajudar melhor os outros capacitando – os a fazer aquilo que eles próprios desejam profundamente.
 Como é frágil a areia que nos serve de base! Como precisamos ter cuidado para não ajudar demasiado, ou ajudar a ponto de interferir onde não nos queremos ou necessitam! Muitos elementos ajudam a configurar a entrevista de ajuda. Condição destinada a facilitar e a não atrapalhar o diálogo seria intencional, no qual nos engajaremos logo que o entrevistado chegue.
Mais de nossa interação com ele, e dele conosco. Estamos um pouco ansioso, não sabemos como ele se sente, mas ousamos supor que se sente mais ou menos como nos mesmos, se não pior. O que podemos fazer para tornar esta entrevista tão útil para ele quanto possível? Porém, estou certo de que tanto as condições, internas e externas, que criamos para o entrevistado, antes de sua chegada enquanto está conosco, são de grande importância. A atmosfera resultante, se lograrmos nossos objetivos, será intangível, mas ainda assim sentida pelo entrevistado durante a própria entrevista, ou então ele se Dará conta disso talvez retrospectivamente. 
Fatores externos e atmosfera
A sala: é difícil especificar as condições externas, pois o modo como vc organiza e decora sua sala é uma questão de gosto e, as vezes, de necessidade - a arranjar se como o que possa conseguir. A única coisa que posso afirmar é que não deve parecer ameaçador, ser barulhenta ou provocar distrações. O que nela se encontra, dela faz parte, e o entrevistado se adaptará a isso. Em circunstâncias normais nada que se faz parte do equipamento do entrevistador profissional precisa ser escondido. Nosso objetivo é proporcionar uma atmosfera que se mostra mais propicia a comunicação. Cada entrevistador decidirá sobre como chegar a isso. A sala também tem que ser adequada a ele, já que permanecerá nela grande parte do tempo. Restando, portanto ao entrevistador assumir sua própria personalidade e padrões profissionais mínimos. 
Fatores internos e atmosfera
Não acho que seja mais fácil ser específica a respeito das condições internas mais favoráveis a entrevista de ajuda. Contudo, acredito que essas são mais importantes para o entrevistado do que todas as condições externas reunidas, pois a internas existem em nos, o entrevistador. Trazer se a se mesmo ; desejo de ajudar. A questão é: o que trazemos conosco, dentro de nos, a nosso respeito, que posso ajudar bloquear ou não afetar. O entrevistado, de um modo ou de outro? 
Mais quero apontar duas condições ou fatores internos que considero básicos:
01 trazer para a entrevista precisamente tanto de nos mesmo quanto sejamos capazes
02 sentir dentro de nos mesmos que desejamos ajuda ló tanto quanto possível, e que nada naquele momento é mais importante. O fator que mantemos tal atitude permitirá que ele no decorrer da entrevista tome consciência disso.
Mas quando o entrevistado percebe que estamos fazendo o melhor que nos é possível nesse sentido, isso vai ter muito significado para ele e acabará sentindo útil. O sentido de que pode confiar em nos como pessoa e convicção de que o respeitamos como tal. A confiança do entrevistado no entrevistado no entrevistador e a convicção de que aquele o respeita representa evidentemente, apenas para uma parte da finalidade da entrevista de ajuda, seja ela entre professor e aluno, chefe e operário, medico e paciente, seja entre terapeuta em reabilitação e cliente; porém, sem isso, muito pouco de realmente positivo será alcançado.
Quando confiança e respeito mutuo estão claramente presente na entrevista, isso é sentido por ambas as partes, não haverá necessidade de expressão verbal. Nossa expressão facial revela muito. “logro, fingimento, cuidado” para melhor ou para pior, estamos expostos para o entrevistado, e quase tudo que fazemos ou deixamos de fazer é anotado e pesado. O que levar de nos mesmo para a entrevista? Somos o único termo conhecido da equação. Conhecer se, gostar de se próprio sentir bem consegue mesmo, é uma dessas condições.
 
 
 
Sigmund Freud (1955, 1936) e sua filha Anna (1946) nos propiciaram isigths inovadores sobre os mecanismos de defesa coisas que fazemos inconscientemente para proteger nosso ego. No tipo de atmosfera que descrevi acima, pode ser possível ao entrevistado enfrentar a realidade ao invés de defender-se dela, nega-la ou distorce-la até ficar irreconhecível.
Estágios
Finalmente chegou o grande dia, e sua primeira entrevista se tonará parte de seu passado. Ao se aproximar cautelosamente da porta para recebê ló, sem de tudo se esvaindo – tudo que você aprendeu sobre desenvolvimento humano, e psicologia da personalidade meio cultural; tudo que você exercitou em simulações ou troca de papeis; todas as coisas que repetiu para se mesmo sobre o que fazer ou não fazer durante uma entrevista e a base do relacionamento de ajuda. 
Gosto de distinguir dois tipos de entrevista: a iniciada pelo entrevistado, e a iniciada pelo entrevistador.
Sou firmemente contrário a todas as fórmulas para entrevista. Não estamos certos se ele aprecia a idéia de vir até ali para ser ajudado, ou que sentido dá à palavra “ajuda”. Por fim, nossa cultura está tão permeada de “Posso ajuda-lo?” cuja intenção é claramente outra que é melhor tentar, até onde for possível, ajudar se valer-se dessa expressão. À vezes, é cabível ou necessária uma introdução por parte do entrevistador, algo que ajude o entrevistado a iniciar.
A entrevista se inicia com uma nota diferente quando foi o entrevistador que a provocou. O grande perigo que existe nas sessões iniciadas pelo entrevistador é a possibilidade de elas se transformarem em monólogos ou conferências, ou uma mistura dos dois. Acredito que o entrevistado tem o direito de saber imediatamente o nosso objetivo ao chamá-lo. O resultado será uma entrevista verdadeira, na qual duas pessoas conversam de maneira séria e objetiva.
Explicação de nosso papel
Precisamos apenas nos identificar, e situar nossa posição ali para que ele prossiga com tranqüilidade. Se nossa posição chegar a ser colocada em discussão, será apenas em termos daquilo que podemos ou não fazer.
Emprego de formulários
Francamente não me preocupo muito com eles, embora aprecie sua função em nossa sociedade. A informação pedida é com freqüência dada com relutância, e recebida com precaução. Enquanto trabalham juntos, podem descobrir muito um do outro, e criar uma atmosfera adequada de modo que, preenchido o formulário, a entrevista prossiga sem arestas.
Nossa cultura mede muito em termos de tempo, e dá a ele um grande valor. Normalmente você deve às pessoas, implícita ou explicitamente, quanto de seu tempo pertence a elas. Isso estrutura a entrevista. Quando diversas entrevistas estão programadas, o fator tempo é parte integrante da atmosfera geral e do relacionamento.
Três estágios principais:
1. Abertura ou colocação do problema
2. Desenvolvimento ou exploração 
3. Encerramento 
No estágio de abertura, é situado o assunto ou problema que motivou o encontro entre entrevistado e entrevistador. Essa fase em geral termina quando ambos compreendem o que deve ser discutido e concordam que o será. Pode ocorrer que, à medida que o entrevistado se sinta à vontade durante a entrevista, ele se permita discutir qual é o assunto principal, alterando desse modo, em parte o integralmente, o foco da entrevista. O assunto foi colocado, explorado e encerrado.
Entramos assim na segunda fase: a exploração. Cada entrevista é diferente. Minha experiência me ensina que a maior parte dos entrevistadores principiantes considera difícil suportar o silêncio. Consideram o silêncio como uma quebra de etiqueta,que precisa ser corrigida no momento. Como o tempo, os entrevistadores aprendem a diferenciar os silêncios, a apreciar e a reagir diante de cada um de maneira diferente. Uma determinada situação pode estar confusa para o entrevistado. O silêncio de resistência significa alguma coisa mais. O entrevistado pode guardar silêncio porque está resistindo ao que considera um interrogatório. Por fim, existem os silêncios breves, pausas curtas, durante as quais o entrevistado pode simplesmente estar procurando mais idéias e sentimentos para expressar.
Exemplos pessoais podem ser embaraçosos. Durante a entrevista, aflora de vez em quando a tentação de usar um exemplo ou experiência pessoal. Nem todos concordam comigo, mas acredito que, por diversas razões, é melhor não ceder. Uma maneira mais simples de abordar o problema é contar superficialmente experiências de outros através da generalização e despersonalização. É possível que tenha deixado a impressão de que, em minha opinião, o entrevistador nunca deveria liderar ou interrogar. 
Agora precisamos moldar um final para o contato e a separação. Durante a fase de encerramento, nenhum material novo deverá ser introduzido ou discutido de alguma forma; caso exista novo, deve-se marcar outra entrevista para discuti-lo. Encerrar uma entrevista, mesmo quando um novo material é introduzido em seu final, é bem mais fácil quando os dois lados sabem que um outro encontro está programado.
Filosofia
Quando falamos em filosofia, todo profissional comprometido com a entrevista de ajuda tem para si uma filosofia que orienta suas ações. Qualquer pessoa profundamente interessada em seu trabalho desejará descobrir a filosofia segundo a qual trabalha.
Abordagem pessoal
A filosofia que mantenho esta ligada á minha atuação na entrevista de ajuda e caracteriza que escrevi ate aqui, não estou tentando provar que minha filosofia esta certa ou errada, se é boa ou má, também não posso determinar a importância que tem pra você.
Na melhor das hipóteses, a entrevista de ajuda irá proporcionar ao entrevistado uma experiência significativa, levando-o à mudança. A mudança também é possível para o entrevistador, na medida em que participe integralmente do processo de entrevista – mas, em princípio, visa ao entrevistado.
Mudança
A mudança que desejamos ajudar e promover é basicamente aquela que o entrevistado será capaz de construir e que seja significativa pra ele e lhe permita agir no futuro. A mudança que estamos interessados implica aprendizagem. A mudança que desejamos ajudar a promover é basicamente aquela que o entrevistado será capaz de construir.
Como estimular a mudança
Uma atmosfera de confiança na qual ele se sinta integralmente respeitado e que o consideramos responsável por se próprio. 
Agimos no sentido de ajudá-lo a tornar-se cada vez mais consciente de si mesmo, de seu espaço vital, de sua própria estrutura de referência. Queremos ajudá-lo a aprender que a mudança é possível, mas que cabe a ele decidir quando e como mudar. Depois de encerradas as entrevistas, ele poderá continuar a crescer.
O entrevistador é ativo ao dar de si mesmo quando sente que isso é útil e adequado. O entrevistador é e age como uma pessoa autêntica. O entrevistador não quer que o entrevistado dependa dele, mas que se apóie cada vez mais em si mesmo. Ao experimentar nossa atitude, o entrevistado terá mais consciência de si mesmo e, eventualmente, de nós. 
Todos refletimos bastante sobre o importante conceito de aceitação, para mim aceitação significa tratar o entrevistado como igual, e considerar seus pensamentos e sentimentos com sincero respeito. Um outro aspecto da aceitação é a habilidade em tratar com respeitosa igualdade alguém de outra cultura, raça, cor ou fé. Em minha opinião, não podemos ajudar verdadeiramente uma pessoa que não podemos aceitar. A incapacidade de aceitar alguém pode ocorrer mesmo que não existam diferenças culturais. 
Nosso objetivo é ouvir com compreensão. Isso precisa ser aprendido e praticado. 
Empatia significa você sentir-se por dentro, participar do mundo interior da outra pessoa, embora permaneça você mesmo. Empatia não é sinônimo de simpatia. Simpatia implica repartir sentimentos, interesses e lealdades comuns. Simpatia é importante, e às vezes necessária, mas não é a mesma coisa que empatia.
O registro da entrevista
A razão mais importante para se manter registro talvez seja a possibilidade de acompanhar nossa própria evolução e desenvolvimento, mostrando nos o que fizemos ou deixamos de fazer e como nos comportamos em determinada situação ou com diferentes entrevistados em circunstancias diversas.
 A anotação é parte integrante do processo de entrevista. Não faça segredo de suas anotações, para que isso não desperte ansiedade ou curiosidade do entrevistado. A entrevista envolve um aspecto ético. Supõe-se que a entrevista de ajuda seja confidencial, e freqüentemente isso é afirmado. Essa confiança precisa ser mantida. 
A gravação de uma entrevista não pode ser considerada como um conjunto simples de anotações. Até onde sei, tendemos a usar as entrevistas gravadas unicamente para favorecer nossa própria aprendizagem. 
Muitos entrevistadores estão convencidos ou, pelo menos, agem como se estivessem – de que seu principal papel é fazer perguntas. Estou certo de que fazemos perguntas demais, muitas delas sem importância. A pergunta aberta é ampla, a fechada é restrita. 
A expressão mais empregada em um interrogatório, e mais usada para fazer perguntas é “Por quê?”. Hoje a palavra “por que” conota reprovação, desconforto. Qualquer que seja o resultado, a palavra “por que” tornou-se uma anátema. Essa é a principal razão da minha aversão ao emprego do “por que” na entrevista de ajuda. Tento evitá-la, e fico feliz quando consigo, mas com bastante freqüência lá está ela para ser trabalhada novamente. 
Comunicação
Não haveria entrevista sem comunicação. Porque a meta do entrevistador é facilitar a comunicação, mas freqüentemente surgem obstáculos que a impedem, distorcem ou complicam.
 Sempre que o entrevistador fala direta ou indiretamente ao entrevistado: “Você não pode dizer isso”, está usando seu sistema de valores para bloquear a comunicação. Descobri que à maior quantidade de obstáculos à comunicação corresponde mais discussão. Isso não deve nos surpreender, porque a discussão é a resultante desses obstáculos. 
Uma interrupção cria um grande obstáculo à comunicação: interrompe a comunicação que realmente está se dando. Devemos nos tornar especialmente sensíveis ás interrupções do entrevistado. 
A entrevista não consiste apenas de conversação; existe ainda uma comunicação não-verbal. No entanto, se não houver conversão nenhuma, não poderá existir uma entrevista. 
O fator básico da comunicação se relaciona mais ao comportamento do entrevistador do que do entrevistado.
Perguntas Abertas e Respostas Fechadas
Antes de qualquer coisa devemos considerar a pergunta aberta em oposição á fechada. A pergunta aberta é ampla e a fechada é restrita 
Você pode preparar sua própria lista e então talvez perguntar a você mesmo que tipo de pergunta preferiria responder.
Não podemos prosseguir sem mencionar a pergunta que já inclui a resposta, esse tipo é mais do que uma pergunta retórica, do mesmo modo embora com uma implicação ligeiramente diferente, existe a pergunta que realmente exige uma resposta, mas que o entrevistador formula de modo que você concorde com ele, se você souber o que é certo ou o que é bom pra você. 
A pergunta indireta geralmente aparece sem um ponto de interupção no final, mas ainda assim fica claro que a pergunta esta sendo feita e uma resposta procurada. Aqui estão algumas perguntas seguidas de suas versões indiretas:
È duro trabalhar o dia inteiro e estudar a noite não é?
Ou deve ser duro trabalhar durante o dia e estudar a noite?
Como é que você está vendo seu novo emprego?
Estou tentando imaginar como é quevocê está vendo seu novo emprego;
Como lhe parece seu novo aparelho?
Gostaria muito que você falasse sobre seu novo aparelho.
Talvez você conteste que algumas ou todas as perguntas indiretas relacionadas acima não são de forma alguma perguntas. Gosto delas porque nem sempre se parecem com perguntas. Embora na verdade demonstrem interesse. Tendem a deixar o campo completamente aberto para o entrevistado, deixando o a ficar com a bola.
Respostas e indicações
Nesse ultimo capitulo vamos nos concentrar nas respostas e indicações, considerando que o numero de respostas e indicações, é praticamente ilimitado. 
A diferença entre respostas e indicação não pode ser claramente definida, pois uma resposta pode transformar-se em uma indicação e uma indicação pode transformar-se em uma indicação e uma indicação pode ser considerada como resposta e interpretada como tal.
Desenvolver um estilo é uma tarefa que cada entrevistador, se tiver interesse, deve cumprir, por si mesmo, da forma menos ameaçadora e mais útil para ele. As indicações do entrevistador são importantes, mas a maneira como o entrevistado as percebe é decisiva. 
Uma explicação é uma afirmação descritiva. Pode incluir aspectos avaliativos de linguagem – quer seja entendidos como tal quer. não que podem ser percebidos pelo entrevistado. Nem todos os entrevistadores empregam a explicação com a mesma intensidade.
As respostas do entrevistador mantém o entrevistado no centro das coisas, os entrevistadores que geralmente empregam mais respostas que indicações, parecem acreditar que a descoberta da saída esta dentro do próprio entrevistado.
As intenções do entrevistador são importantes, mas a maneira como o entrevistado as percebe é decisiva. Para cada entrevistador existem as florestas e existe as arvores a floresta e seu estilo global, as arvores são indicações e respostas.
Despedida
É chegada a hora de os dois finalmente se despedirem um do outro, ambos sabe que é o fim e então se retardam um pouco, não mais precisando um do outro, mas desfrutando as suas reflexões mutuas. 
O entrevistado em si mesmo permanece a eterna interrogação, entretanto é importante e continuará sendo, enquanto seres humanos tentarem ajudar uns aos outros, por meio de entrevista. O debate é mais acirrado sobre aquilo que provoca a mudança, o que a promove e o que a impede.
 Podemos mudar nosso comportamento se pudermos nos permitir, antes de mais nada, descobrir como realmente nos comportamos.
Nossa opinião sobre a entrevista de ajuda também não permanece estática. Ela também muda a medida que experimentamos e descobrimos mais, sobre como nosso comportamento afeta o dos outros. 
A medida que reflito sobre o que escrevi, verifico que não fui tão descritivo como tive a intenção de ser. Talvez meus próprios valores tenham se interposto muitas vezes, pois apenas repetir, uma vez mais que minha intenção foi a de estimular os pensamentos, e provavelmente a mudança, mas a direção que esse pensamento e a mudança tomam, deve ser de sua escolha. 
 Quando estamos entrevistando, somos deixados com o que somos. Não temo livros, nem notas de aulas, nem alguém ao nosso lado nos assistindo. Estamos sozinhos com a pessoa que veio procurar nossa ajuda. Qual a melhor forma de ajudá-la? 
Defrontar-nos-emos com os mesmos problemas básicos sempre que enfrentamos uma entrevista pela primeira vez. São eles, em resumo:
Devemos nos permitir emergir como seres humanos autênticos, ou nos esconder atrás do nosso papel, posição, autoridade?
Devemos realmente tentar escutar o entrevistado com todos os nossos sentidos?
Devemos tentar compreender com – ele com empatia e aprovação?
Devemos interpretar para ele seu comportamento em termos de seu esquema de referência, do nosso ou do da sociedade?
Devemos avaliar seus pensamentos, sentimentos e ações, e se o fizermos, em termos de quais valores: dele, nossos, da sociedade?
Devemos apoiá-lo, encorajá-lo, pressioná-lo, de modo que, apoiando-se em nós, possa talvez ser capaz, um dia, de apoiar-se em seu própria força?
Devemos fazer perguntas e interrogatórios, empurrar e aguilhoar, fazendo-o sentir que estamos no comando, e, uma vez que todas as nossas interrogações tenham sido respondidas, devemos fornecer as soluções que ele está procurando?
Devemos orientá-lo na direção que julgamos ser a mais correta para ele?
Devemos rejeitá-lo, assim como seus pensamentos e sentimentos, e insistir em que ele se torne como nós mesmos, ou que, pelo menos, se submeta à nossa percepção do que ele podia ou devia tornar-se?
Estes são, na minha maneira de ver, os pontos centrais. A maneira como lidamos com eles não é necessariamente a mesma como lidaremos com eles amanhã. A escolha é sua.

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