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NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico Esta norma determina a maneira de como fazer a representação em desenho técnico. Tendo como documentos complementares: NBR 8402 - Execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos – Procedimento; NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenho técnico – Procedimento; NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico – Procedimento. Ela apresenta os métodos de projeção ortográfica, determinação da cor de representação, como fazer a denominação das vistas de um desenho, posição relativa das vistas, escolha das vistas, determinação do número de vistas, vistas especiais (vista fora de posição, vista auxiliar, elementos representativos, detalhes ampliados, linhas de interseção, representação convencional de extremidades de eixos com seção quadrada e furos quadrados ou retangulares, vistas de peças simétricas, partes adjacentes, contorno desenvolvido, vistas de peças encurtadas, hachuras ) cortes e seções. Métodos de projeção ortográfica Os métodos de projeção ortográfica se dividem em dois tipos: em 1º diedro, e em 3º diedro. 1º diedro O símbolo deste método é representado a seguir: Figura 1 – Representação 1º diedro. 3º diedro O símbolo deste método é representado a seguir: Figura 2 – Representação 3º diedro. Determinação da cor de representação do desenho técnico O desenho técnico deve ser representado na cor preta. Caso seja necessário o uso de outras cores para facilitar o esclarecimento do desenho as mesmas devem ter seu significado descrito na legenda. Denominação das vistas de um desenho técnico Um desenho técnico possui as seguintes vistas, indicadas na Figura 3: Vista frontal (VF); Vista superior (VS); Vista lateral esquerda (VLE); Vista lateral direita (VLD); Vista inferior (VI); Vista posterior (VP) Figura 3 – Vistas de um desenho técnico Posição relativa das vistas no 1º diedro No primeiro diedro a posição relativa das vistas se apresentam da seguinte forma indicada na Figura 3 e Figura 4: Vista superior (VS), posicionada abaixo; Vista lateral esquerda (VLE), posicionada à direita; Vista lateral direita (VLD), posicionada à esquerda; Vista inferior (VI), posicionada acima; Vista posterior (VP), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência. Figura 4 – Posições relativas no 1º diedro Posição relativa das vistas no 1º diedro No primeiro diedro a posição relativa das vistas se apresentam da seguinte forma indicada na Figura 3 e Figura 5: Vista superior (VS), posicionada acima; Vista lateral esquerda (VLE), posicionada à esquerda; Vista lateral direita (VLD), posicionada à direita; Vista inferior (VI), posicionada abaixo; Vista posterior (VP), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência Figura 5 – Posições relativas no 3º diedro Escolha das vistas de um desenho técnico A vista frontal ou principal de uma peça deve ser sua vista mais importante. Comumente esta vista representa a peça na sua posição de uso. Quando outras vistas forem necessárias, inclusive cortes e/ou seções, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios: Usar o menor número de vistas; Evitar repetição de detalhes; Evitar linhas tracejadas desnecessárias. Determinação do número de vistas Precisam ser destacadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas. (Observe Figura 6). Figura 6 – Determinação de vistas utilizadas Vistas especiais – Vista fora de posição Não ficando possível ou adequado representar uma ou mais vistas na posição determinada pelo método de projeção, pode-se localizá-las em outras posições, com exceção da vista principal. Vistas especiais – Vista auxiliar São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformações e facilitar a interpretação. (Observe Figura 7). Figura 7 – Exemplo de vista auxiliar de uma peça Vistas especiais – Elementos repetitivos Quando determinada peça apresenta elementos repetitivos a sua representação pode ser feita de forma simplificada. (Observe Figura 8) Figura 8 – Simplificação de elementos repetitivos Vistas especiais – Detalhes ampliados Em caso de desenhos onde a escala utilizada não permite evidenciar detalhe ou cotagem de uma parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua e denominado com letra maiúscula. Figura 9 – Detalhes ampliados de uma peça Vistas especiais – Linhas de interseção As linhas de interseção são traçadas nas vistas com linhas contínuas estreitas, não atingindo o contorno. Figura 10 – linhas de interseção de uma peça Vistas especiais – Representação convencional de extremidades de eixos com seção quadrada e furos quadrados ou retangulares As diagonais, traçadas com linha continua estreita, caracterizam superfícies planas na extremidade de eixo e são utilizadas nas faces laterais de um prisma, tronco de pirâmide ou um rebaixo. (Observe Figura 11). Para indicar um furo passante quadrado ou retangular, na parte plana de uma vista, sem auxílio das seções adicionais, utilizam-se diagonais traçadas em linhas contínuas estreitas. (Observe Figura 12). Figura 11 – Diagonais com linhas estreitas Figura 12 – Furo passante quadrado Vistas especiais – Vistas de peças simétricas As peças simétricas podem ser representadas por uma parte do todo. As linhas de simetria são identificadas com dois traços estreitos, curtos e paralelos, traçados perpendicularmente nas extremidades da linha de simetria, em duas partes (quando a linha de simetria dividir a vista em duas partes) ou em quatro partes (quando as linhas de simetrias dividirem a vista em quatro partes iguais). Figura 13 – representação peça simétrica Vistas especiais – Partes adjacentes A peça adjacente é desenhada por meio de linha estreita-traço-dois pontos. A peça adjacente não deve encobrir a peça desenhada em linha larga, mas pode ser encoberta por ela. Estando em corte, as peças adjacentes não devem ser hachuradas. Figura 14 – representação partes adjacentes de peça Vistas especiais – Contorno desenvolvido Caso seja necessário desenhar o contorno desenvolvido de uma peça, este deve ser traçado por meio de linha estreita-traço-dois pontos. Figura 15 – contorno desenvolvido de peça Vistas especiais – Vistas de peças encurtadas Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém detalhes. Os limites das partes retidas são traçados com linha estreita. Figura 16 – peça encurtada Cortes e seções – Hachuras Os cortes ou seções são evidenciados através de hachuras. Cortes e seções – Generalidades Os cortes devem ser dispostos da mesma forma da disposição das vistas. Não há necessidade de indicação da posição e identificação quando a localização de um plano de corte for clara. (Observe Figura 17). Quando a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre vários planos de corte, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de linha estreita-traço-ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção. O plano de corte deve ser identificado por letra maiúscula e o sentido de observação por meio de setas. (Observe Figura 18). Figura 17 – corte geral localização clara de plano de corte Figura 18 – localização não clara de plano de corte Nos cortes, no sentido longitudinal, não são hachurados: Dentes de engrenagem; Parafusos; Porcas; Eixos; Raios de roda; Nervuras; Pinos; Arruelas; Contrapinos; Rebites; Chavetas; Volantes; Manípulos. Cortes e seções – Corte geral A peça é cortada em toda a sua extensão por um plano de corte. Figura 19 – Representação corte totalCortes e seções – Meio corte A metade da representação da peça é mostrada em corte, permanecendo a outra metade em vista. Este tipo de corte é peculiar às peças simétricas. Figura 20 – Representação corte parcial Cortes e seções – Corte em desvio A peça é cortada em toda a sua extensão por mais de um plano de corte, dependendo da sua forma particular e dos detalhes a serem mostrados. Figura 21 – Representação corte em desvio Cortes e seções – Seções rebatidas dentro ou fora da vista O contorno da seção dentro da própria vista é traçado com linha contínua estreita. Figura 22 – Corte seção rebatida Cortes e seções – proporções e dimensões dos símbolos Os símbolos são mostrados conforme as figuras abaixo (1º diedro) e (3º diedro) e a Tabela. Figura 23 – Tabela proporção de símbolos
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