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GRUPOS C1: Eduardo B. Nunes Henrique F. Foletto Luana B. Venier Natália B. Venier Rafaela Munhoz Rodrigo S. Augusto D1: Camilla Salles Felipe Blanco Fernanda A. Andrade Rodrigo Garibotti “TOSSE” DEFINIÇÃO • Sintoma de uma grande variedade de patologias, pulmonares e extrapulmonares, • “O amor e a tosse nunca se podem esconder.” • É uma das maiores causas de procura por atendimento médico. (Dennis A., Goldman L.– 2005) Este sintoma produz: • impacto social negativo • intolerância no trabalho e familiar • incontinência urinária • constrangimento público e prejuízo do sono, • Pode gerar grande custo em exames subsidiários e com medicamentos. (Dennis A., Goldman L.– 2005) CLASSIFICAÇÃO Aguda: é a presença do sintoma por um período de até três semanas. Subaguda: tosse persistente por período entre três e oito semanas. Crônica: tosse com duração maior que oito semanas. (Dennis A., Goldman L.– 2005) BENEFÍCIOS Eliminação das secreções das vias aéreas pelo aumento da pressão positiva pleural; produção de alta velocidade do fluxo nas vias aéreas Proteção contra aspiração de alimentos, secreções e corpos estranhos. (Dennis A., Goldman L.– 2005) FISIOPATOLOGIA A mobilização de ar para o interior das vias aéreas acarreta a inalação de partículas que podem atingir bronquíolos respiratórios e parênquima pulmonar. Existem dois mecanismos para proteção da via: • Clearance mucociliar • Tosse, (Dennis A., Goldman L.– 2005) CLEARANCE MUCOCILIAR Os movimentos ciliares impulsionam, no sentido cranial, uma fina camada de muco com partículas a serem depuradas. (Dennis A., Goldman L.– 2005) A TOSSE Ato reflexo, podendo ser voluntária ou involuntária. O reflexo da tosse envolve cinco grupos de componentes: • Receptores de tosse • Nervos aferentes • Centro da tosse • Nervos eferentes • Músculos efetores. (Dennis A., Goldman L.– 2005) Os receptores rápidos representam fibras mielinizadas. Sofrem rápida adaptação 1 a 2 segundos, e são ativados por substâncias como tromboxano, leucotrienos, prostaglandinas, histamina. Receptores de adaptação lenta ao estiramento também participam do mecanismo da tosse de forma ainda não definida. (Dennis A., Goldman L.– 2005) ( Robbins & Cotran – 2005 ) O estímulo irritativo sensibiliza os receptores difusamente localizados na árvore respiratória, e posteriormente ele é enviado à medula. Podem ser estimulados por mecanismos químicos, mecânicos, corpos estranho, térmicos e inflamatórios Os receptores de tosse não estão presentes nos alvéolos e no parênquima pulmonar. (Dennis A., Goldman L.– 2005) (Netter F, H. – 2002) Aferem pelo nervo vago até o centro da tosse difusamente localizado na medula. Não se conhece o local exato do centro da tosse. O nervo vago, nervo frênico e intercostais são os principais responsáveis eferentes. A glote se fecha, aumentando a pressão nas vias respiratórias superiores. Os músculos respiratórios e o diafragma se contraem fazendo com que o ar seja expelido muito rapidamente (900 KM/H), permitindo a remoção dos corpos estranhos. (Dennis A., Goldman L.– 2005) Observar: • N. Vago • N. Frênico • N. Inter- costais (Netter F, H. – 2002) (Netter F, H. – 2002) ESPIRRO O reflexo de espirro é quase semelhante ao da tosse, porém a via aferente vem das terminações nervosas do nariz. (Netter F, H. – 2002) (Netter F, H. – 2002) CAUSAS • Asma brônquica • Tabagismo • Refluxo gastroesofágico • Sinusites • Bronquites • Bronquiectasias • Pneumonias • Irritação do canal auditivo • Adenóides • Amigdalites • Faringites • Laringites • Traqueítes • Pleurites • Tuberculose pulmonar • Abscesso pulmonar • CA do pulmão • Embolia pulmonar • Infarto pulmonar • Pneumoconiose • Insuficiêcia ventricular E • Corpos estranhos • Partículas irritantes suspensas no ar • Estenose mitral • Tumores do mediastino • Megaesôfago • Medicamentos (inibidores da ECA) • Tensão nervosa (tosse psicogênica) (PORTO, C. C. - 2009) CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS • Frequência • Intensidade • Tonalidade • Presença ou não de expectoração • Relações com o decúbito • Período do dia em que é maior sua intensidade (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE PRODUTIVA • Ou úmida; • Acompanhada de secreção; • Ocorre na maioria das causas pulmonares. (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE SECA • Inútil, causa apenas irritação das vias aéreas; • Pode ter origem extrapulmonar -> inibidores da ECA (PORTO, C. C. - 2009) • Numa fase mais tardia, torna-se mais branda, passando a produtiva, desde que ocorra inflamação ( c/ ou s/ infecção); • Tromboembolismo pulmonar => tosse seca mas com expectoração c/ presença de sangue (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE QUINTOSA • Surge em acessos, geralmente pela madrugada; • Com intervalos curtos de acalmia; • Pode estar acompanhada de vômitos e asfixia; • Característica da coqueluche. (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE SÍNCOPE • Após crise intensa de tosse -> PERDA DE CONSCIÊNCIA (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE BITONAL • Deve-se à paresia ou paralisia de uma das cordas vocais; • Pode significar comprometimento do n.laríngeo inf. (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE ROUCA • Própria da laringite crônica; • Comum nos tabagistas (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE REPRIMIDA • O paciente evita em razão da dor torácica ou abdominal que ela provoca; • Ex: pleuropneumopatias; pneumotórax espontâneo; neuralgias intercostais; traumatismos abdominais; e fraturas de costela (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE ASSOCIADA AO COMER/BEBER • Relação com a doença do esôfago superior -> divertículo; doença neuromuscular (PORTO, C. C. - 2009) TOSSE PSCOGÊNICA • Tensão emocional; • Estresse; • É um diagnóstico de exclusão. (PORTO, C. C. - 2009) ( SESAU/SP – 2010 ) BIBLIOGRAFIA Dennis A., Goldman L. CECIL: TRATADO DE MEDICINA INTERNA. Editora: ELSEVIER, 23ªed São Paulo – 2005. Robbins & Cotran, Vinay K., Abbas K. A., Fausto N. BASES PATOLÓGICAS DAS DOENÇAS. Editora: ELSEVIER, 7ªed São Paulo – 2005. Netter, Frank H. ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. Editora: ARTMED, 2ªed São Paulo – 2005. • PORTO, C. C.. Semiologia médica, 6ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro – RJ, 2009. • ΙΙ Diretrizes Brasileiras no Manejo da Tosse Crônica. J. bras. Pneumol., Vol. 32, suppl.6, pp. s403-s446; São Paulo – SP, 2006.
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