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PENSAMENTO POLITICO AULA 8 Teoria Geral do Estado – Material 2 01- FORMAS DE GOVERNO: "As formas de governo são formas de vida do Estado, revelam o caráter coletivo do seu elemento humano, representam a reação psicológica da sociedade às diversas e complexas influências de natureza moral, intelectual, geográfica, econômica e política através da história." (Darcy Azambuja) 02 As concepções históricas das Formas de Governo: A mais antiga e célebre concepção das formas de governo e, inexoravelmente, a concebida por Aristóteles. Em seu livro "Política" expõe a base e o critério que adotou: "Pois que as palavras constituição e o governo é a autoridade suprema nos Estados, e que necessariamente essa autoridade deve estar na mão de um só, de vários, ou a multidão usa da autoridade tendo em vista o interesse geral, a constituição é pura e sã; e que s e o governo tem em vista o interesse particular de um só, de vários ou da multidão a constituição é impura e corrompida." 03- Aristóteles adota uma classificação dupla: 1 - A primeira divide as formas de governo em puras e impuras, conforme a autoridade exercida. A base desta classificação é pois moral ou política. 2 - A segunda classificação é sob um critério numérico; de acordo com o governo, se ele está nas mãos de um só, de vários homens ou de todo povo. Ao combinar-se o critério moral e numérico Aristóteles obteve: Formas Puras: 1-MONARQUIA: governo de um só - Estado ou forma de governo em que o chefe supremo é o rei ou a rainha. 04-2-ARISTOCRACIA: governo de vários.- literalmente poder dos melhores, é uma forma de governo na qual o poder político é dominado por um grupo elitista. Normalmente, as pessoas desse grupo são da classe dominante, como grandes proprietários de terra, militares, sacerdotes, etc.. 3-DEMOCRACIA: governo do povo Formas Impuras: 1 - OLIGARQUIA: corrupção da aristocracia. 2 - DEMAGOGIA: corrupção da democracia. 3 - TIRANIA: corrupção da monarquia. 05-Maquiavel, em seu livro "O Príncipe" no afirmava que “Todos os Estados, todos os domínios que exerceram e exercem poder sobre homens, foram e são, ou Repúblicas ou Principados.“ Esse autor classifica as formas de governo com somente duas vertentes: 1 – República; e 2 - Monarquia. 06-Já Montesquieu, cuja classificação é a mais conhecida nos tempos modernos, distingue três espécies de governo: 1 - República, 2 - Monarquia e 3 – Despotismo. 07Segundo ele, a característica da democracia é o amor à pátria e à igualdade; da monarquia é a honra e da aristocracia é a moderação. A república compreende a democracia e a aristocracia Rodolphe Laun, em 1933, fornece uma classificação que permite distinguir quase todas as formas de governo, classificando-as quanto à origem, à organização exercício. Quanto à origem - Governos de dominação - Governos democráticos ou populares 08-Quanto à Organização - Governos de Direito -> Eleição -> Hereditariedade - Governos de fato Quanto ao Exercício – Constitucionais - Absolutos FORMAS E SISTEMAS DE GOVERNO: GOVERNO E FORMAS DE GOVERNO: A) GOVERNO: I - Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma determinada sociedade. II - Complexo De Órgãos Que Institu-cionalmente Possuem O Exercício Do Poder (Bobbio). B) COMO SE COMPÕEM OS GOVERNOS MODERNOS: I - Chefes de Estado; e II - chefes de governo, que assumem condições específicas nas várias compreensões possíveis de governo. C) FORMAS DE GOVERNO MODERNAS: I - MONARQUIA: Regime fundado na hereditariedade, baseado em uma só pessoa, que exerce o poder de forma perpétua e irrevogável. Há monarquias ABSOLUTAS E CONSTITUCIONAIS. II- REPÚBLICA “res publica”: Regime onde está em relevo o interesse público, o bem comum. Governantes são eleitos, direta ou indiretamente. D) SISTEMAS DE GOVERNO MODERNOS: I - PARLAMENTARISMO: Sistema onde o governo deriva do parlamento, onde chefes de Estado e Governo são figuras diferentes. Exemplos: HOLANDA, INGLATERRA, CANADÁ, ESPANHA, SUÉCIA. II - PRESIDENCIALISMO: Sistema onde há eleição de um executivo, por um período determinado. - O Presidente decide a composição do ministério e possui controle total sobre o governo. *O PRESIDENTE É CHEFE DE ESTADO E DE GOVERNO. -SÓ PODE SER AFASTADO EM CASOS RAROS DE “IMPEACHMENT”. -O PRESIDENCIALISMO BUSCA CRIAR UM SISTEMA ESTÁVEL E PODEROSO. EXEMPLO DE PAÍSES PRESIDENCIALISTAS: BRASIL, MÉXICO, ARGENTINA. EUA. PRESIDENCIALISMO O presidencialismo tem como chefe de governo e estado o Presidente. O presidente é o chefe de Estado, e é ele que escolhe os chefes dos grandes departamentos (ministérios). O Legislativo, o Judiciário e o Executivo são independentes e harmônicos entre si. O Presidente da República é considerado o chefe máximo do Poder Executivo e é eleito para um mandato de 4 anos, com possibilidade de uma reeleição. O Presidente da República é ao mesmo tempo Chefe de Estado, Governo e Administração. O sistema presidencialista de governo foi criado nos Estados Unidos pela constituição de 1787. Para limitar o poder do governo e garantir a liberdade dos cidadãos, os constituintes rejeitaram o modelo parlamentar britânico e estabeleceram a separação total do legislativo, executivo e judiciário, com um sistema de pesos e contrapesos no qual cada poder fiscaliza e contrabalança os demais, sem predomínio de nenhum deles. Presidencialismo no Brasil : O Brasil é uma República desde 15 de novembro de 1889. O presidencialismo foi introduzido pela primeira Constituição republicana, a de 24 de fevereiro de 1891 e oficializado na Constituição de 1988 e confirmado por plebiscito em 1993, que tomou como modelo as Constituições dos Estados Unidos e da Argentina. O mandato do presidente da República do Brasil é de quatro anos, mas a Constituição já fixou o mandato em cinco e seis anos. Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Ernesto Geisel e José Sarney foram os presidentes que exerceram mandatos de cinco anos. O único presidente a exercer o mandato de seis anos foi João Figueiredo. Com a Constituição de 1988, o presidencialismo recuperou características próximas às do sistema americano, com o fortalecimento do legislativo e do judiciário. No dia 21 de abril de 1993, a população brasileira se dirigiu novamente às urnas eleitorais, desta vez não para eleger seus mandatários, mas para escolher a forma e o sistema de governo do país: parlamentarismo, presidencialismo, república, monarquia? A emenda popular do plebiscito foi apresentada pelo deputado Antônio Henrique da Cunha Bueno em 1987, e seria incorporada à Constituição promulgada no ano seguinte. Com campanhas agressivas no rádio e na TV, marcadas pela presença de artistas e celebridades, os partidários tentavam desmoralizar e atacar os adversários em vez de propriamente explicar o modo de funcionamento e a importância de um novo sistema político. Por isso, vários críticos consideram que o plebiscito confundiu mais do que informou, principalmente por misturar sistema e forma de governo em uma mesma eleição. Reclamações à parte, ficou tudo como d’antes: o presidencialismo republicano conquistou a grande maioria dos votos. Os números: 67,01 milhões de brasileiros foram às urnas em todo o país; 44,26 milhões de eleitores (66,06%) votaram na República; 6,84 milhões de eleitores(10,21%) votaram na Monarquia; 23,73% de votos brancos e nulos; Para o sistema de governo, o presidencialismo recebeu 55,45%, contra 24,65% do parlamentarismo; 19,9% restantes foram de votos brancos e nulos. O fato é que, ao invés de copiar o modelo norte americano, a América adotou uma caricatura de democracia, de república e de federalismo, o que vem se refletindo nas seguidas crises políticas que abalam o continente. O presidencialismo produz um gabinete, personificadono presidente, com prazo de validade definido. Apenas depois de quatro ou cinco anos, a sociedade vai discutir novamente a quem será passado o bastão. No máximo, em caso de crise grave, há renúncia
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