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Fontes do Direito Tributário e LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA(1)

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FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO E LEGISLAÇÃO 
TRIBUTÁRIA 
 
 
Uma das acepções do vocábulo “fonte”, segundo os dicionários, é aquilo 
que origina, produz; é origem ou causa. A expressão “fonte do direito” retrata o 
ponto originário de onde provém a norma jurídica, isto é, as formas reveladoras 
do Direito. Desse modo, é o lugar onde nasce uma regra jurídica não existente. 
Fontes do direito tributário correspondem às situações, fatos ou normas 
que dão subsídios ao direito tributário. 
A doutrina divide as fontes de direito tributário da seguinte forma: 
 
1) Fontes materiais: são as situações fáticas que dão origem à obrigação 
tributária, à criação, suspensão ou extinção do crédito tributário. 
 
2)Fontes formais: assim conhecida, a fonte básica do direito é a LEI em 
sentido lato. Pelo princípio básico da legalidade, ninguém pode fazer ou deixar 
de fazer algo senão em virtude de lei, e isso também se aplica ao direito 
tributário. As fontes formais do Direito Tributário correspondem ao conjunto de 
normas no Direito Tributário, estando inseridas no art. 96 do CTN, sob o rótulo 
de “Legislação Tributária”. É importante, para a boa compreensão do tema, que 
se traga a lume o artigo 59 da CF. As fontes formais dividem-se em: 
 
a) Fontes formais principais ou primárias: são as leis, em suas várias 
formas, das quais originam se a maioria dos impostos. (Constituição Federal, 
Constituições Estaduais, leis complementares, leis ordinárias, decretos etc.) 
 
 
b) Fontes formais secundárias: são os atos administrativos como circulares, 
portarias, regulamentos, etc. 
 
 
Vejamos as fontes formais principais do Direito Tributário: 
 
1- Constituição Federal 
Nela encontram-se as principais normas sobre tributos. É ali que está moldado 
o sistema tributário. (arts. 145/162). 
A CF não cria tributos. Ela os prevê e defere a instituição e arrecadação para 
as pessoas políticas competentes. 
 
2- Lei Complementar 
O que é? É a espécie normativa autônoma, expressamente prevista na CF, que 
versa sobre a matéria subtraída ao campo de atuação das demais espécies 
normativas do nosso direito positivo, demandando, para sua aprovação, um 
quorum especial de maioria absoluta dos votos dos membros das duas Casas 
do Congresso. 
A mais importante LC é a Lei 5.172/66, o CTN. 
3- Lei ordinária 
E a ela que cabe instituir, aumentar e extinguir tributos, descrever o fato 
gerador da obrigação, determinar alíquota e base de cálculo, os sujeitos ativos 
 
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e passivos do tributo e a definição das penalidades por não cumprimento da 
obrigação tributária. Vejam CTN, 97. 
 
4- Decreto 
É norma jurídica que integra a expressão “legislação tributária” (art. 96), sendo 
ato normativo emanado da autoridade máxima do Poder Executivo (Presidente 
da República, Governador ou Prefeito). 
Sua tarefa primordial é regulamentar o conteúdo das leis, conforme o art. 84, IV 
da CF – daí a denominação “decreto regulamentar” ou de execução -, 
orientando os funcionários administrativos na aplicação da lei. 
Sua função está concentrada, precipuamente, na atividade regulamentadora da 
lei, tendo grande importância no Direito Tributário, em face de suas inumeras 
aplicações, tais como : veicular (ou instituir) os Regulamentos (RIR, RIPI, 
RICMSS, entre outros), veicular as alterações de alíquotas de alguns tributos 
tais como: II, IE, IPI, IOF, CIDE-Combustível e ICMS-Combustível. 
 
5- Lei Delegada 
A lei delegada representa ato normativo de confecção do Poder Executivo, que 
recebem para tanto, uma delegação do Poder Legislativo. A propósito, o art. 68 
da CF dispõe que as leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da 
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. Equipara-
se a lei ordinária, diferindo desta apenas na forma de elaboração. É que a 
delegação reveste-se da forma de resolução do Congresso Nacional. 
Cabe esclarecer, que segundo o § 1º do art. 68 da CF, as matérias reservadas 
à lei complementar não poderão ser objeto de delegação. 
 
6- Medida Provisória 
Prevista no artigo 62 da CF. E cabe relembrar que a EC 32/01, trouxe, 
inúmeras modificações nesse dispositivo. E segundo o § 2º do artigo 62, a MP 
é meio idôneo para instituição e majoração de imposto. O comando é claro: 
pode haver MP para criar um imposto e pode haver MP para aumentar um 
imposto. 
 
7- Decreto Legislativo 
É ato emanado do Congresso Nacional, em decorrência do exercício de sua 
competência, nãoestando sujeito à sanção do Presidente da República. 
No Direito tributário, os decretos legislativos mais importantes são os da União, 
como meios idôneos à aprovação de tratados, acordos ou atos 
internacionais (art. 49, I, CF) em matéria tributária, demarcando sua 
aceitabilidade e integração na ordem jurídica interna. E também expressivo 
papel no disciplinamento das relações jurídicas decorrentes das medidas 
provisórias não convertidas em lei (art. 62, §§ 3º e 11, CF). 
 
8- Resolução 
É ato legislativo emanado do Congresso Nacional (ou de uma das Casas), em 
decorrência do exercício da sua competência, não estando sujeita à sanção do 
Presidente da República. 
Em matéria tributária, é o Senado que baixa resoluções. Vejam: CF, 155, § 2º, 
IV; art, 155, I e § 1º, IV 
 
 
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9- Tratados e Convenções Internacionais 
O artigo 84, VIII da CF preconiza que compete privativamente ao Presidente da 
República celebrar tratados – ou convenções internacionais-, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional. Um importante acordo internacional em 
matéria tributária ao qual o Brasil aderiu é o GATT (Acordo Geral sobre Tarifas 
e Comércio), substituído pela OMC (Organização Mundial de Comércio), que 
entrou em vigor em 1/1/1995, regulando a tributação de mercadorias 
exportadas ou importadas e a bitributação. 
 
Vejamos agora as fontes formais secundárias do Direito Tributário ou 
Normas complementares: 
 
Normas complementares – art. 100 do CTN: 
a) Atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas – 
são comandos dos órgãos do Poder com o objetivo de propiciar a correta 
aplicação da lei, do tratado ou do decreto. São atos internos, ostentando 
caráter geral, com objetivo de conferir orientação universal aos contribuintes, 
esclarecendo as dúvidas, e instituir os servidores públicos encarregados da 
efetivação dos atos e procedimentos administrativos referentes aos tributos. 
Exs: portarias ministeriais, circulares, instruções normativas, ordens de 
serviços etc. 
 
b) Decisões administrativas - Proferidas em processos administrativos. 
Ex.: decisões do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT), no Estado de São Paulo, 
quanto ao ICMS. 
c) Práticas reiteradas – usos e costumes adotados iterativamente pela 
Administração. Traduz-se na praxe administrativa, marcada pela adoção de 
procedimentos de observância reiterada pela Administração, desde que não 
colidam com a jurisprudência firmada pelo Poder Judiciário 
d) Convênios – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por 
meio de suas Administrações Tributárias, poderão celebrar convênios para 
execução de suas leis, serviços ou decisões. Trata-se de ajustes ou convênios 
de cooperação entre duas ou mais pessoas de Direito Público para a prática ou 
omissão de determinados atos, visando ao aprimoramento da arrecadação e 
fiscalização.

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