07 - CONCRETO

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CONCRETO
 É a mistura íntima e homogênea de um cimento com 
agregados miúdos, agregados graúdos, água e 
eventualmente aditivos;
 Esta mistura endurece com o tempo. Adquirindo 
resistência quase igual a das pedras - grande à 
compressão e relativamente pequena à tração;
 Cada vez é maior o emprego do concreto 
principalmente em países onde a indústria do aço 
não atinge estágio suficiente para substituí-lo. Razões 
econômicas e técnicas.
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 Concreto Armado: concreto reforçado com aço, para adquirir 
resistência a esforços como tração, cisalhamento e torção;
 Concreto Protendido: concreto reforçado com aço sob 
protensão;
 Concreto Reoplástico: grande plasticidade sem segregação.
 Concreto Simples: é aquele usado só;
 Concreto Magro: concreto simples de baixa resistência;
 Concreto Ciclópico: é aquele em que há grande porção de 
pedras de grande tamanho. É mais econômico, mas só pode 
ser usado em peças volumosas (grandes dimensões). 
 Trabalhabilidade (concreto fresco): 
* Tendo em vista a qualidade de concreto endurecido, a 
propriedade desejável para o concreto fresco é aquela que 
assegura a obtenção de mistura de fácil transporte, 
lançamento e adensamento, sem segregação e que depois de 
endurecido se apresenta homogêneo e com o mínimo de 
vazios;
* A trabalhabilidade além das características inerentes ao 
produto concreto, envolve também considerações relativas a:
. Natureza da obra (tipo, local, etc...);
. Método executivo adotado (transporte, lançamento e 
adensamento).
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* O método visual para medir a trabalhabilidade (no Brasil) é o 
ensaio de abatimento (Slump Test);
* Útil como ensaio de campo para a verificação não só do 
abatimento estipulado, como também da uniformidade do 
concreto retirado de cada betoneirada;
*Alteração no abatimento pode indicar:
Teor de umidade alterado
Graduação dos agregados alterado
 Densidade do concreto (concreto endurecido):
* Depende em muito da densidade dos agregados e da 
intensidade do adensamento;
* Normalmente varia entre 2200 a 2500 Kg/m3 .
 Resistência a abrasão (concreto endurecido):
* Característica importante nas superfícies sujeitas a 
movimentação de cargas (atrito);
* A destruição da superfície se dá por: rompimento dos grãos 
dos agregados e/ou por arrancamento dos agregados;
* A utilização de agregados mais duros e de maior tamanho 
diminuem o desgaste, assim como a melhor qualidade da 
pasta de cimento.
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 Durabilidade (concreto endurecido):
* É condicionada pelo eventual ataque de agentes agressivos a que 
estejam sujeitos durante a sua existência em serviço;
* As causas responsáveis pelo processo de deterioração tem 
diversas origens e agem por diferentes mecanismos.
 Permeabilidade (concreto endurecido):
* Pode ser mais ou menos poroso, depende esta permeabilidade de: 
. excesso de água na mistura;
. vazios (ar incorporado);
. fissuras (térmicas, retrações, etc...);
. má elaboração e/ou execução.
 A dosagem de concretos consiste em definir, principalmente, o 
traço e a relação água cimento de determinada massa, com o 
objetivo de obter a resistência e durabilidade desejadas;
 O traço, por definição, estabelece a relação dos demais 
materiais do concreto (agregados miúdos e graúdos, água e 
aditivos) em relação ao cimento;
 Normalmente é expresso por peso;
Ex. : 1 : p : b 1 : 2 : 3 
areia brita
(ou seja, para cada 1 kg de cimento, são 
usados 2 kg de areia e 3 kg de brita)
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 Algumas outras notações comuns devem ser explicitadas:
a/c : relação água/cimento, em massa;
fcj : resistência à compressão do concreto a j dias de idade = 
resistência de dosagem;
fck : resistência característica do concreto à compressão 
especificada no projeto estrutural;
Sd : desvio padrão da resistência à compressão do concreto, 
adotado para fins de obtenção da resistência de dosagem.
 A resistência de dosagem (fcj) é sempre majorada em favor da 
segurança e do controle estatístico e visa atender às condições 
de variabilidade prevalecentes durante a construção;
 Deste modo, por norma:
fcj = fck + 1,65 Sd
 Ou seja, a resistência característica de um concreto à 
compressão (fck) é o valor mínimo estatístico acima do qual 
ficam situados 95% dos resultados experimentais.
 O desvio padrão (Sd) é definido através de controle estatístico, 
de acordo com o número de corpos de prova rompidos, ou, na 
falta deste controle estatístico, em função de alguns 
parâmetros;
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 No início da obra ou em qualquer circunstância em que não seja 
conhecido o valor de Sd, adotam-se os seguintes valores, de acordo 
com a condição de preparo, segundo a NBR 12655/96:
Sd = 4 Mpa fcj = fck + 6,6
 Condição A, aplicável às classes de concreto C10 até C80:
Dosagem com assistência de tecnólogo;
Materiais ensaiados isoladamente;
Cimento e agregado medidos em massa;
Materiais homogêneos;
Água de amassamento corrigida em função da umidade dos 
agregados.
Sd = 5,5 Mpa fcj = fck + 9,1
 Condição B, aplicável a concretos das classes C10 até C25:
Dosagem com assistência de tecnólogo;
Materiais ensaiados isoladamente;
Cimento medido em massa;
Agregados medidos em volume;
Determinação da umidade dos agregados pelo menos 3 vezes 
durante o mesmo turno de concretagem;
Volume da areia corrigido através de curva de inchamento.
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Sd = 7,0 Mpa fcj = fck + 11,6
 Condição C, aplicável somente a concretos C10 e C15:
Dosagem com assistência de tecnólogo;
Cimento medido em massa;
Agregados medidos em volume;
Umidade dos agregados não determinada;
Água corrigida em função da estimativa da umidade dos 
agregados e da determinação da consistência do agregado.
 Para utilização do desvio-padrão com valor conhecido, o valor 
de Sd é fixado com base nos resultados de 20 corpos de prova;
 Este resultado deve ser de 20 corpos de prova consecutivos, 
obtidos em intervalo de 30 dias antes do início da obra, e não 
deve ser menor que 2 Mpa;
 O concreto deve ser elaborado com os mesmos materiais, 
mediante equipamentos similares e sob condições 
equivalentes.
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 Conhecer as características dos materiais é muito importante 
em um estudo de dosagem, já que estes têm grande influência 
no processo;
 Cabe frisar que o estudo de dosagem tradicional visa apenas a 
resistência do concreto, porém outros aspectos como a 
durabilidade devem ser analisados pelo profissional 
responsável.
Determinados por projetos:
fck: resistência característica do concreto à compressão
 Cabe observar que a nova NBR 6118/03 fixa alguns valores 
mínimos de classes de 10 concreto a serem utilizadas em 
estruturas, em função da classe de agressividade do ambiente;
 Isto se dá em função da qualidade do concreto de cobrimento
da armadura, um critério de projeto que visa a durabilidade;
 A NBR 6118 estabelece que a durabilidade das estruturas é 
altamente dependente das características do concreto e da 
espessura e qualidade do concreto do cobrimento da 
armadura;
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Determinados por projetos:
relação a/c máxima
 é determinada pela agressividade do ambiente, em função da 
durabilidade;
Concreto Tipo Classe de agressividade
I II III IV
Relação a/c 
(em massa)
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60≤ 0,55 ≤ 0,45
CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Classe de 
concreto 
(NBR 8953)
CA ≥ C 20 ≥ C 25 ≥ C 30 ≥ C 40
CP ≥ C 25 ≥ C 30 ≥ C 35 ≥ C 40
Tabela 01.
Determinados por projetos:
relação a/c máxima
Observar:
 1) o concreto empregado na execução das estruturas deve 
cumprir os requisitos estabelecidos na NBR 12655;
 2) CA corresponde a componentes e elementos estruturais de 
concreto armado;
 3) CP corresponde a componentes e elementos estruturais de 
concreto protendido.
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Determinados por projetos: relação a/c máxima
Curvas de Abrams
Determinados por projetos:
diâmetro máximo do agregado graúdo 
Limitado segundo alguns parâmetros:
 ≤ 1,2 do cobrimento nominal (NBR 6118/03);
 ≤ 1/3 da espessura da laje;
 ≤ 1/4 da distância entre faces da fôrma;
 ≤ 0,8 da distância entre armaduras horizontais;
 ≤ 1,2 da distância entre armaduras verticais;
 ≤ 1,4 do diâmetro da tubulação de concreto bombeado.
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Determinados pelas condições da obra:
dificuldades de concretagem
 uma possível dificuldade de concretagem poderá determinar 
alguns condicionantes de dosagem, como o slump, por 
exemplo;
meio de transporte
 o meio de transporte usado na concretagem poderá 
determinar a consistência (slump);
 Para estruturas comuns (vigas, pilares e lajes) e peças pouco 
armadas, o slump recomendado é de 6 ± 1 cm; já quando as 
peças são muito armadas, recomenda-se 8 ± 1 cm.
Dosagem não experimental:
 bases arbitrárias;
 baseada em experiências anteriores;
 usada apenas em obras de pequena responsabilidade 
estrutural;
 segundo a NBR 6118:
. o consumo mínimo de cimento: 300 kgf/m3;
. os agregados miúdos: devem ser pelo menos 50% do total 
dos agregados;
. o quantidade de água: deve ser mínima de modo à obtenção 
da trabalhabilidade desejada.
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Dosagem experimental:
 obtida através de ensaios de laboratório;
 ensaios dos materiais isoladamente e do concreto;
 baseada em três leis: Lei de Abrams, Lei de Lyse e Lei de 
Molinari; 
 processo interativo.