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Resumo da Farmacologia dos Sistemas

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FARMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 DPOC 
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) compreende um espectro de doenças que inclui 
bronquite crônica e enfisema. O comprometimento do fluxo livre do ar, principalmente 
durante a expiração, indica a presença de uma obstrução que caracteriza as doenças 
obstrutivas crônica. 
Bronquite crônica – inflamação de excesso de muco. 
Enfisema – os alvéolos crescem, se unem e perdem a elasticidade e a força para expulsar o ar, 
o que dificulta a respiração. 
Os mecanismos que causam a obstrução dos pulmões são basicamente dois: os bronquíticos, 
ou seja, a inflamação dos brônquios (edema) e os enfisematosos (alvéolos perdem a 
elasticidade). 
 ASMA 
Reação inflamatória que ocorre em surtos. Nos períodos de crise, os brônquios estão mais 
fechados, mas voltam ao normal se o indivíduo estiver bem medicado e não se expuser aos 
agentes irritantes, o que permite aos portadores da doença viver normalmente. Portanto, 
como a asma não provoca obstrução permanente, compõe uma classificação distinta das 
doenças obstrutivas crônicas. 
 DPOC X ASMA 
A asma manifesta-se geralmente em pacientes mais jovens e a DPOC em pessoas com mais de 
40 anos; 
A DPOC associa-se fortemente ao fumo e a asma nem sempre; 
A falta de ar quando do esforço físico é muito mais comum na DPOC do que na asma; 
Os sintomas da DPOC são progressivos e, geralmente, pioram com a idade, enquanto os 
sintomas da asma são, regra geral, mais episódicos e repetitivos com o passar do tempo; 
Finalmente, ao passo que os fenômenos inflamatórios são uma parte fundamental da asma, 
sabe-se muito menos acerca da inflamação na DPOC. 
 ASMA 
Segundo o Consenso Brasileiro, a “asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por 
hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, 
reversível espontaneamente ou com tratamento, manifestando-se clinicamente por episódios 
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela 
manhã ao despertar”. 
 PATOFISIOLOGIA DA ASMA 
1. Entram em contato com o estímulo. 
2. O alergeno entra em contato com as vias respiratórias e encontram as células de 
defesa, as que já estão no tecido pulmonar – mastócitos. 
3. Vai ocorrer reação cruzada – o antígeno vai se ligar ao IGe na superfície do mastócito. 
4. Mastócito vai ser ativado e vai fazer a desgranulação, vai liberar histamina e outros 
mediadores. 
5. Os mediadores vão ativar as células que estão ali na região e vão atrair outras células. 
O processo inflamatório característico da asma. 
O processo inflamatório ocasiona lesões nas células epiteliais. Descamação dessas 
células, o epitélio pulmonar fica alterado, perde algumas células. Nesse epitélio tem 
fibras neurais também e quando temos descamação, essas fibras ficam mais expostas 
– isso contribui para a hiper-responsividade das vias aéreas. Qualquer estímulo que 
chegar vai ativar mais o músculo que vai sofrer broncoconstrição. 
 
Entre os mediadores destacam-se: 
 
Histamina 
Leucotrienos Mastócitos 
Prostaglandinas 
 
 TNFα Macrófagos 
 NO 
 
 Interleucinas Linfócitos 
 
Paciente normal – possui a passagem de ar normal. 
Paciente asmático 
Inflamação – Possui inflamação e edema; produção de muco espesso. 
Broncoconstrição – passagem de ar estreita. 
 
Os objetivos principais do tratamento da asma são: 
– Controlar sintomas 
– Prevenir limitação crônica ao fluxo aéreo 
– Permitir atividades normais – trabalho, escola e lazer 
– Manter função pulmonar normal ou a melhor possível 
– Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações 
– Reduzir a necessidade do uso de broncodilatador para alívio 
– Minimizar efeitos adversos da medicação 
– Prevenir a morte 
 
 TRATAMENTO DA ASMA 
 
• Agonistas dos receptores beta2-adrenérgicos 
(simpatomiméticos) 
• Metilxantinas 
• Parassimpaticolíticos (anticolinérgicos) 
• Antagonistas ou inibidores dos leucotrienos 
• Cromonas 
• Glicocorticóides 
 
 AGONISTAS DOS RECEPTORES BETA2-ADRENÉRGICOS 
 
Classificação quanto ao tempo de ação 
 
Drogas de curta duração ( ação aguda) – duração e 4 a 6 horas: salbutamol, terbutalina, 
fenoterol. 
Longa duração ( profilaxia) – duração até 12 horas: salmeterol, formoterol. 
 
Curta duração: salbutamol (Aerolin, Aerogold, Salbutamax), fenoterol (Berotec, Bromotec, 
Bromifen), terbutalina (Bricanyl); 
Longa duração: salmeterol (Serevent), formoterol (Foraseq, Symbicort); 
• Relaxamento da musculatura lisa dos brônquios e broncodilatação; 
• Brônquios: alta quantidade de receptores beta2; 
• Agonistas beta2: inibem a liberação de mediadores inflamatórios; 
• Uso crônico dessensibiliza receptores beta2 
 
Ação dos Simpatomiméticos Beta2 na Asma: a noradrenalina se liga ao receptor β2 do 
músculo liso, ativando a adenilatociclase. Com isso, converte ATP em AMPc (2º 
mensageiros), consequentemente abre o canal de K+ e fecha o canal de Ca+ (despolarização). 
Assim, ocorrendo a broncodilatação. 
 
Simpatomiméticos – Efeitos Adversos: Taquicardia(ação sobre ß1); irritação da mucosa da 
faringe (depende muito da formulação), só ocorre com aplicação aerossol (nebulímetros); 
ansiedade e tremores (raro); hiperglicemia quando utilizado na forma de xaropes, 
Comprimidos; o uso crônico dessensibiliza os receptores β-2. 
 
 METILXANTINAS 
 
Teofilina (Codrinan, Talofilina, Teolong), 
Aminofilina (complexo teofilina:etilenodiamina, Aminofilin®; Aminoliv®; Asmafin®; 
Asmapen®). 
 
As metilxantinas são broncodilatadoras, mas apresentam efeitos menos intensos quando 
comparadas com os agonistas Beta2. 
 
Mecanismo de ação: Inibidores de fosfodiesterase. Também inibem a translocação de cálcio 
e bloqueiam o receptor da adenosina, reduzindo a inflamação e promovendo 
broncodilatação. 
 
1- Inibição da fosfodiesterases – aumento de AMPc. 
PDEs (fosfodiesterases) inibe AMPc e o degrada, portanto a xantina age inibindo a 
PDEs. 
2- Adenosina modula a adrenalina. A xantina diminui a ação da adenosina. 
 
Efeitos Adversos: apresentam baixa margem de segurança; sintomas gastrointestinais; 
arritmias cardíacas poderão ocorrer em “overdoses”; tremores e agitação psicomotora 
ocorrem em crianças. 
 
 PARASSIMPATOLÍTICOS/ ANTICOLINÉRGICOS 
 
Ipratrópio (Atrovent, Duovent), tiotrópio (Spiriva),oxitrópio (Oxivent); 
Bloqueiam a broncoconstrição causada pelo estímulo vagal sobre os receptores muscarínicos 
(M3) da musculatura lisa dos brônquios; 
Início lento (associação com agonistas ß2 de início rápido); 
Ipratrópio: derivado quaternário da atropina, eficaz na asma desencadeada por fatores 
emocionais (via neural colinérgica) e em crises asmáticas de “esforços”. 
 
 CROMONAS 
 
• Cromoglicato sódico (Intal) e nedocromil (Tilade); 
• Não apresentam ação broncodilatadora; 
• Atuam na fase inflamatória, estabilizam a membrana dos mastócitos, inibindo a liberação 
de histamina; 
• Seus efeitos antiinflamatórios parecem envolver o bloqueio dos canais de cloro e 
recrutamento de eosinófilos 
• Inibem a resposta precoce e tardia a exposição de alérgenos e o broncoespasmo induzido 
por exercício e frio. 
 
 ANTAGONISTAS E INIBIDORES DOS LEUCOTRIENOS 
 
• Zileutona (Zyflo): inibidor da 5-lipoxigenase; 
• Zafirlucaste (Accolate), montelucaste (Singulair), pranlucaste: antagonistas seletivos dos 
receptores dos cisteinil-LTs (ação broncoconstritora); 
• Os antileucotrienos têm efeito antiinflamatório e, com uso prolongado, reduzem a hiper-
responsividade das vias aéreas; 
• Previnem broncoconstrição induzida por exercício e pelo ácido acetilsalicílico. 
 
 GLICOCORTICÓIDES 
 
• Inalatórios: Beclometasona (beclosol, Clenil), budesonida (Busonid, Budemax, Pulmicort), 
flunisolida (Flunitec, Innovent),fluticasona (Flixonase aquoso, Flixotide, Seretide); 
• Sistêmicos: prednisona (Meticorten), dexametasona (Decadron), etc. 
Mecanismo de ação: inibição da síntese de mediadores inflamatórios liberados por 
leucócitos no tecido pulmonar; redução da permeabilidade vascular; diminuem o acúmulo 
pulmonar de células inflamatórias; antagonizam a hiper-responsividade brônquica à 
histamina, Ach e alérgenos. 
 
Efeitos Adversos: Boca seca; ardência na faringe; candidíase (redução com uso de espaçador); 
supressão do eixo hipotálamo- hipófise-adrenal; aumento da glicemia; não deve ser usado no 
1º trimestre da gravidez. 
 
 RENAME 
Componente básico: 
 Adrenérgicos inalatórios - Salbutamol. 
 Descongestionantes para uso tópico – Budesonida 
 Medicamentos inalatórios para doenças respiratórias obstrutivas – Beclometasona; 
Ipratrópio. 
Componente especializado: 
 Adrenérgicos inalatórios – Fenoterol, Formoterol, Formoterol + Budesonida, 
Salmeterol. 
 Medicamentos inalatórios para doenças respiratórias obstrutivas: Budesonida. 
 
Asma 
 
 Ipratrópio 
 Beclometasona (inalatório) 
 Hidrocortisona (injetável - EV) – indicado em crises agudas não respondentes a ß-2 
adrenérgico 
 Prednisolona (oral, forma líquida) – uso pediátrico mais comum 
 Prednisona (oral) 
 Salbutamol/Albuterol (inalatório – ação 2-20 min) 
 
Rinite alérgica sazonal (febre do feno), perene e não-alérgica 
 glicocorticoides e NaCl 0.9%. 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DA TOSSE 
 
TOSSE 
 
Existem dois mecanismos de depuração para proteção das vias aéreas com relação à entrada 
de partículas procedentes do meio externo. O primeiro é o clearance mucociliar, através do 
qual os movimentos ciliares impulsionam uma fina camada de muco com partículas a serem 
depuradas. A tosse, ocorrendo por meio de ato reflexo, é o segundo mecanismo envolvido 
neste sistema de proteção das vias aéreas inferiores, podendo ser voluntária ou involuntária. 
 
CAUSAS DA TOSSE: Irritação da mucosa; acúmulo de secreção; presença de material estranho; 
crescimento anômalo de células no pulmão ou nos brônquios; refluxo gastroesofágico; 
doenças respiratórias: sinusite, asma, bronquite. 
 
FUMO: O fumo é a principal causa de tosse, pelas seguintes razões: aumenta o volume de 
muco produzido pelos brônquios; causa irritação física e química das mucosas; destrói os cílios 
que cobrem o revestimento interno do brônquios; facilita o acúmulo de material estranho às 
vias aéreas. 
 
 CLASSIFICAÇÃO DA TOSSE 
 
 Tosse aguda (até 3 semanas); 
 Tosse sub-aguda (3 a 8 semanas); 
 Tosse crônica (mais que 8 semanas). 
 
 TIPOS DE TOSSE 
 
Há dois tipos de tosse: a tosse seca e a tosse produtiva; 
É a presença ou não de muco que estabelece a diferença; 
Na tosse produtiva a secreção se movimenta e é eliminada; 
Na seca, esse catarro parece não existir. 
É importante avaliar se a tosse é, realmente, seca ou se a secreção não flui por desidratação 
ou tratamento incorreto. 
 
 TRATAMENTO DA TOSSE: hidratação; expectorantes, (eficácia discutível), que facilitam 
o transporte do muco; sedativos da tosse, em geral com codeína ou outra substância análoga, 
que inibem o reflexo de tosse; xaropes broncodilatadores: eficientes para quem apresenta 
broncoespasmo e devem ser prescritos; não bloquear a tosse produtiva, pois ela ajuda a 
eliminar o catarro do sistema respiratório; Secreção acumulada aumenta o risco de contrair 
bronquite ou pneumonia. 
 Atenção quanto ao aspecto da secreção: Quando é aquosa e clara, está geralmente 
associada a alergias, infecções virais das vias respiratórias superiores, asma ou irritações 
provocadas pelo fumo; secreção mais espessa, de coloração amarelada ou esverdeada, pode 
indicar bronquite, sinusite ou pneumonia; ss cores marrom e vermelha indicam presença de 
sangue e sugerem irritações graves, como pneumonia, tuberculose ou câncer de pulmão. 
 
 MUCOLÍTICOS/EXPECTORANTES 
 
 Para a tosse produtiva; 
 Capacidade de modificar a produção e secreção de muco, sua natureza e composição 
e/ou sua interação com o epitélio ciliado; 
 Ex.: guaifenesina (Xarope Vick®), bromexina (Bisolvon®), ambroxol (Mucosolvan®), n-
acetilcisteína (Fluimucil®) 
 
ANTITUSSÍGENOS 
 
 Para tratamento da tosse seca 
 Antitussígenos de ação periférica 
 A dropropizina e seu enantiômero levodropropizina reduzem a sensibilidade das fibras 
C vagais. 
 
Antitussígenos de ação central 
 O dextrometorfano, o clobutinol e o fendizoato de cloperastina têm ação não 
narcótica no tronco encefálico. 
 O dextrometorfano é agonista do receptor não opioide sigma- 1 e antagonista do 
receptor N-metil-D-aspartato (NMDA) do glutamato. 
 Há registro de intoxicação fatal por dextrometorfano em criança. 
 O clobutinol retarda a repolarização ventricular e é arritmogênico . Já houve relato de 
anafilaxia pelo medicamento . 
 O fendizoato de cloperastina é sedativo da tosse e também tem ação periférica, 
dessensibilizando as aferências vagais traqueobrônquicas. Interage com inibidores da 
MAO. 
 Antitussígenos narcóticos (morfina e codeína) agem primariamente nos receptores 
opioides no núcleo do trato solitário. 
 A codeína é um dos antitussígenos mais eficazes, porém comumente provoca efeitos 
colaterais (náuseas, constipação intestinal) e pode causar dependência. 
 Os antitussígenos de ação central podem potencializar o efeito depressor do SNC do 
álcool, hipnóticos e sedativos. 
 
FARMACOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 Antiulcerosos 
 Antieméticos 
 Anticonstipantes e antiflatulentos 
 Antidiarréicos 
 
 ANTIULCEROSOS 
 
SECREÇÃO GÁSTRICA 
 
• O estômago secreta cerca de 2,5 L de suco gástrico por dia; 
• A secreção de ácido gástrico é um processo contínuo e complexo, regulado por múltiplos 
fatores centrais e periféricos; 
• As células parietais gástricas secretam o HCl através da “bomba de prótons” (ATPase K+ / H+) 
• Existem três secretagogos endógenos: Histamina, Acetilcolina e Gastrina. 
• Somatostatina (produzida pela células D do antro): inibe a secreção de hormônios GI 
(gastrina, CCK, secretina, motilina); 
• A PGE2 e PGI2 inibem a secreção de HCl e estimulam a produção e secreção de muco e íons 
bicarbonato que protegem a mucosa; 
• As barreiras ao refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago constituem a principal defesa 
esofágica (esfíncter esofágico inferior); 
- A formação da úlcera péptica envolve: presença do H. pylori, desequilíbrio entre a secreção 
de HCl e os protetores – muco, bicarbonato, PGE2 ... 
 
FÁRMACOS USADOS PARA INIBIR OU NEUTRALIZAR A SECREÇÃO DE ÁCIDO GÁSTRICO 
 
Inibidores da bomba de prótons 
Antagonistas dos receptores H2 
Antiácidos comuns e outras drogas 
 Antibióticos (específicos para H. pylori) 
 
1- INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS: Reduzem a secreção gástrica por inibição 
irreversível da H+ K+ ATPase da célula parietal gástrica. 
 
• Lansoprazol, omeprazol, rabeprazol, pantoprazol. 
• Possuem eficácia similar em doses comparáveis; 
• São pró-fármacos, ativados em presença de ácidos (nos canalículos secretores ácidos). A 
forma ativa reage, por ligação covalente, com grupos -SH de cisteínas do domínio extracelular 
da H+, K+ -ATPase; 
• Ocorre inibição irreversível da bomba, mas em regime de dose diária única, número 
significativo de bombas (70%) só é irreversivelmente inibido entre 2 a 5 dias; 
• Recomenda-se a administração cerca de 30 min antes das refeições. 
 
Farmacocinética dos inibidores da bomba de prótons 
• Degradados rapidamente em pH ácido no lúmen gástrico; 
• Formulações: 
• Grânulos encapsulados ou comprimidos para liberação entérica (liberação em meio alcalino 
para não degradar); 
• Preparações intravenosas (pantoprazol ou lanzoprazol); 
• Os compostos são rapidamente absorvidos, altamente ligados a proteínas e extensivamente 
metabolizados,no fígado, pelo sistema citocromo P450. 
• A t1/2 plasmática é de 1 a 2 horas, mas a duração de ação é maior (de 24 a 48h). 
 
Interações dos inibidores da bomba de prótons: por inibirem algumas enzimas hepáticas 
citocromo P450, diminuem a metabolização de benzodiazepínicos, varfarina, fenitoína e outros 
fármacos. Toxicidade no uso com dissulfiram. 
 
Reações Adversas: Mais comuns: náusea, dor abdominal, constipação, flatulência e diarréia. 
Outros: miopatias, artralgias, dor de cabeça e exantemas na pele. 
 
2- ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2: Antagonismo competitivo reversível de 
receptores H2 para a histamina nas células parietais, inibindo a secreção de HCl na luz 
estomacal. De maneira indireta, também inibem o estímulo da gastrina sobre as 
células parietais. 
 
•cimetidina, ranitidina, famotidina 
 
Farmacocinética dos antagonistas dos receptores H2: rápida absorção após administração oral; 
pouca ligação às proteínas plasmáticas; 10 a 35% sofrem metabolismo hepático; excreção 
renal. 
Reações adversas: Mais comuns (< 3 %): Diarréia, dor de cabeça, sonolência, fadiga, dor 
muscular, constipação; SNC - confusão, delírio, halucinação, fala arrastada e cefaléias (mais 
comuns em idosos). Menos comuns: uso prolongado de cimetidina em altas doses: 
ginecomastia em homens, galactorréia em mulheres, redução da contagem de 
espermatozóides e impotência reversível; atravessam placenta e são excretados no leite 
cimetidina inibe as enzimas do citocromo P450 e altera metabolismo e concentração de 
fármacos. 
3- ANTIÁCIDOS 
 
 NaHCO3 
•Rapidamente absorvido pelo estômago e hidrossolúvel; 
• As cargas de álcali e de sódio podem representar risco para pacientes com insuficiência 
cardíaca ou renal. 
 
 CaCO3 
•Dependendo do tamanho da partícula e estrutura do cristal, pode neutralizar o H+ 
rapidamente; 
• Liberação de CO2 dos antiácidos contendo bicarbonato e carbonato pode causar distensão 
abdominal e náuseas, flatulências e eructação; 
• O cálcio pode induzir secreção ácida de rebote. 
 
 Mg(OH)2 e Al(OH)3 (Magaldrato) 
• O magaldrato é um complexo aluminado de hidroximagnésio que é rapidamente convertido 
no ác. gástrico em Mg(OH)2 (de reação rápida) e Al(OH)3 (de reação lenta), os quais são pouco 
absorvidos, ocasionando efeito sustentado. 
• A combinação deles proporcionam capacidade neutralizante equilibrada; 
• Assim como outros antiácidos, por alterar o pH gástrico e urinário, forma compostos 
insolúveis com outros fármacos, alterando velocidade de dissolução e absorção, 
biodisponibilidade e eliminação renal. 
 
Problema com o uso crônico de Antiácidos: Efeito Rebote – Após a interrupção do uso, a 
Cloridria reflexa é intensa. Trata-se de um assunto controverso, pois não ocorre em todos os 
pacientes. 
 
4- DROGAS UTILIZADAS NO TRATAMENTO DA INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI 
 
Bacilo Gram – que pode estar envolvido com a fase 
Crônica da Úlcera 
Também é importante na úlcera duodenal 
Consenso internacional para o tratamento da úlcera com erradicação do Helicobacter: 
inibidor da bomba de prótons (omeprazol), amoxicilina, clarotromicina. 
Em pacientes alérgicos a penicilina, substitui-se a amoxicilina pelo metronidazol. 
 DROGAS PROTETORAS DA MUCOSA GÁSTRICA 
 
Subcitrato Coloidal de Bismuto (dicitrato de bismuto coloidal) 
- Também é ativo contra o H. pylori 
- Ação protetora da mucosa 
Ação: adsorve a pepsina, estimulando a produção de PGs e bicarbonato pelo estômago. 
- Efeitos adversos mais importantes: vômitos, escurecimento da mucosa oral (língua) e das 
fezes. 
 
Sucralfato 
• Na lesão na mucosa induzida por ácido, a hidrólise de proteínas da mucosa mediada 
pela pepsina contribui para a erosão e ulceração da mucosa. 
• Este processo pode ser inibido por polissacarídeos sulfatados. 
• AÇÃO CITOPROTETORA DO SUCRALFATO: inibição da hidrólise das proteínas da 
mucosa pela pepsina; estímulo da produção local de prostaglandina e fator de 
crescimento epidérmico (EGF); ligação aos sais biliares. 
Interação: Deve ser ingerido 1 hora antes das refeições, com estômago vazio, uma vez é 
ativado por ácido. O uso simultâneo de antiácidos deve ser evitado por pelo menos meia 
hora após o uso de sucralfato. 
Efeitos Adversos: Constipação (2%). Deve ser evitado em pacientes com insuficiência 
renal, pois 
pode haver risco de sobrecarga de alumínio; pode inibir a absorção de outros fármacos 
(fenitoína, digoxina, cetoconazol e fluorquinolonas) por formar uma camada viscosa no 
estômago. 
 
 RENAME 
Componente básico: 
Antiácidos: Hidróxido de Al 
Medicamentos para úlcera péptica e doença do refluxo esofágico: Ranitidina, 
Omeprazol. 
 
 ANTIEMÉTICOS 
 
• A ação de vomitar e a sensação de náuseas que a acompanha são consideradas 
reflexos protetores que ajudam a livrar o estômago e o intestino das substâncias tóxicas 
e impedir sua ingestão subsequente. 
• Principais causas do vômito: psicogênicas (anorexia/bulimia), dor (principalmente 
cardíaca e abdominal), doença intracraniana, medicamentos e toxinas, gravidez, 
distúrbios metabólicos, vômitos cíclicos da infância, retenção gástrica, obstrução alta do 
intestino delgado, inflamação, isquemia ou perfuração das vísceras, peritonite, entre 
outras. 
 
 Antagonistas dos receptores H1 
 Antagonistas muscarínicos 
 Glicocorticóides 
 Antagonistas dos receptores D2 
 Antagonistas dos receptores 5-HT3 
 Canabinóides 
 
1- ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 
 
Cinarizina, ciclizina, meclizina, dimenidrato e prometazina 
Eficazes contra náuseas e vômitos decorrentes de cinetose e da presença de irritantes no 
estômago. 
Não são eficazes contra substâncias que atuam diretamente na ZGQ. 
Causam sonolência e sedação. 
 
2- ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS 
 
Hioscina (escopolamina) 
Eficaz para profilaxia e tratamento de cinetose. 
Pode ser administrada por via oral ou adesivo transdérmico. 
Causa xerostomia e visão embaçada. É menos sedativa que os anti-histamínicos. 
 
3- GLICOCORTICÓIDES 
 
Dexametasona e metilprednisolona 
Eficazes para controlar a êmese associada a agentes citotóxicos. 
Mecanismo de ação ainda é desconhecido. Parece envolver o bloqueio de PGs. 
 
4- ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES D2 
 
FENOTIAZINAS 
 
Clorpromazina, trifluoroperazina, proclorperazida 
Eficazes para controlar a êmese associada ao câncer, náuseas matinais intensas na gravidez, 
uremia, gastrenterite viral, radioterapia, agentes citotóxicos, opióides, anestésicos e outros 
fármacos. 
Mecanismo de ação é principalmente pelo antagonismo de receptores D2 na ZGQ , mas 
também podem bloquear receptores histamínicos e muscarínicos 
Administração por via oral, intravenosa ou retal. 
 
METOCLOPRAMIDA 
 
Metoclopramida 
Eficaz para controlar a êmese associada a uremia, radioterapia, agentes citotóxicos, e 
distúrbios gastrintestinais 
Mecanismo de ação é pelo antagonismo de receptores D2 na ZGQ , mas também apresenta 
ações periféricas (procinético). 
Efeitos indesejáveis incluem: distúrbios do movimento, cansaço, sonolência, inquietação 
motora, torcicolo espasmódico, estimula liberação de prolactina, galactorréia, distúrbios 
menstruais. 
 
DOMPERIDONA 
 
Domperidona 
Eficaz para controlar a êmese associada a agentes citotóxicos e distúrbios gastrintestinais 
Mecanismo de ação é pelo antagonismo de receptores D2 periféricos (não atravessa a BHE), 
causando menos efeitos indesejáveis centrais do que a metoclopramida. 
 
5- Antagonistas dos receptores 5-HT3 
 
Ondansetrona, granisetrona 
Eficazes para controlar a êmese associada a agentes citotóxicos, radiação e em pós-operatório. 
Mecanismo de ação é pelo antagonismo de receptores 5-HT3 na ZGQ. 
Administrados por via oral ou parenteral 
Efeitos adversos: cefaléia, desconforto gastrintestinal 
Preço elevado 
 
6- CANABINÓIDES 
 
Nabilona 
Eficaz para controlar a êmese associada a agentes citotóxicose agentes que estimulam a ZGQ. 
Mecanismo de ação ainda não está definido, mas parece envolver receptores opióides. 
Administrada por via oral 
Efeitos adversos: sonolência, vertigens, boca seca, alterações no humor, hipotensão postural. 
Alguns pacientes relataram alucinações e reações psicóticas. 
 
RENAME – ANTIEMÉTICOS E ANTINAUSEANTES 
 
Componente básico: ondansetron, metilprednisolona, dexametasona. 
 
 ANTICONSTIPANTES 
 
- Evacuação do conteúdo intestinal. 
Laxantes: ação leve (fezes ainda formada, semi-sólidas). 
Purgativos ou catárticos: ação intensa (fezes líquidas). 
 
Farmacodinâmica: aumento o conteúdo de água nas fezes 
 Retenção H2O e eletrólitos na luz intestinal 
- ação hidrofílica ou osmótica ( aumentam volume, facilitam propulsão) 
 Diminuindo a absorção efetiva de água e eletrólitos na mucosa intestinal (aumentam 
trânsito por causa da massa do líquido). 
 Aumenta a atividade propulsora com ação primária. 
 
Formadores de massa 
Catático 
Amolecedores do bolo fecal 
Purgativos estimulantes 
Purgativos osmóticos 
 
1- Formadores de Massa: expansores do bolo fecal 
Fibras dietéticas: farelo 
Fibra de Psylliem – excreção de gordura nas fezes ( liga aos ácidos biliares) 
Vantagens: aumento de secreção de substâncias armazenadas na bile ( metabolizar gordura), 
aumento da degradação do colesterol no fígado, redução LDL plasmático, primeira linha para 
constipação simples, diminui pressão intra luminal retosigmóide, evita sintomas da síndrome 
do intestino irritável e diverticulite colônica, 
Metamucil 
Bio Fibe® 
 
2- Catáticos: formadores de massa ( laxantes salinos) 
Hidróxido de Mg/ Leite de magnésia (Mg (OH)2+ H2O) 
Mg: estimulação da colescistocinina: aumento de água e sais na lluz intestinal. 
 Ação rápida: obstipação temporária, lavagem intestinal (endoscopia, radiológicos). 
Deve-se manter ingestão de líquido – perda de nutrientes. 
 Obstipação refratária a outros tratamentos. 
Sulfato de Mg 
 
3- Amolecedores do bolo fecal: umectantes/ emolientes. 
 
- Sulfossuccionato sódico de dioctila ( DOSS) 
- Detergente aniônico 
Amolece as fezes por acúmulo efetivo de água na luz intestinal. 
- Laxante suave 
- Desvantagens: cólica, dor abdominal, amargo (náuseas), hepatotoxicidade com uso 
prolongado. 
Cellubril®, Doslax® 
 
 
Oléo Mineral – “Placebo” 
2/3 dias por via oral – penetra e amacia as fezes, diminuindo a reabsorção de água. 
 
4- Purgativos estimulantes 
Difenilmetano: Ducolax 
Fenolftaleína – proibida (causa câncer) 
Mecanismo de ação: Inibe Na/ K ATPase da membrana basolateral das células das 
vilosidades. Redução do transporte de Na+ e de água no intestino. 
Doses altas: desequilíbrio heletrolítico: diminuição da pressão arterial. 
Contra indicação: uso rotineiro, longo prazo, gravidez ( estimulação uterina), obstrução 
intestinal subaguda ou crônica. 
Reações alérgicas: erupções cutâneas ( síndrome de Stevens – Johnson). 
 
5- Purgativos osmóticos 
Osmose – de onde tem mais para onde tem menos. ( transporte passivo) 
Glicerol: estimulação da atividade propulsora do cólon por atração osmótica da água. 
Vantagem: não tem desequilíbrio hidroeletrolítico. 
Efetivo: pacientes não respondentes a terapia de fibras e ao aumento de atividade física. 
Dose: ajustada até o amolecimento das fezes. 
Via retal (supositórios) 
Efeitos indesejáveis: latência de vários dias, desidratação. 
 
Lactulose (dissacarídeo frutose/Lactose- lactose/galactose) 
Não é ingerida, nem absorvida no intestino delgado. Naúseas, aumento de gases, decomposto 
no cólon por bactérias. 
 
ANTICONSTIPANTES – INDICAÇÕES CLÍNICAS: constipação funcional ( produção infrequente de 
fezes); pacientes acamados; evitar esforço na defecação ( hérnia, hemorroidea, cirurgias); 
preparação do instestino para procedimentos; envenenamento por alimentos/ drogas; após 
anti-helminticos (tênia). 
 
CONTRA INDICAÇÃO: dor abdominal, cólicas e náuseas. 
 
 ANTIFLATULENTOS 
 
Gases: queixa GI comum: flatulência, eructação, distenção abdominal, sensação de plenitude. 
Simeticona: antiespumante capaz de romper bolhas de ar, produzindo o volume de gases GI. 
 
 DIARREIA 
 
- Causa inespecífica. 
Boa parte das diarreias são tratadas com soro. 
Medidas terapêuticas: tratamento a depleção hídrica, choque e acidose, manutenção da 
nutrição, terapia farmacológica. 
 
 Drogas antidiarreicas 
 Drogas antimicrobianas 
 
1- Drogas antidiarreicas. 
- diarreia aquosa sem muco ou sangue. 
Desidratação, vômito frequente, pouca ou nenhuma febre, causada por bactérias 
enteroxigênicas não invasivas: cólera, salmonela, rotavírus. 
Tratamento: Soro ( maioria dos casos). 
 
2- Drogas antimicrobianas 
- Fezes levemente moles, de menos volume com sangue. 
Desidratação lleve, febre, dor abdominal, sem vômito. 
Causa: microorganismos no enteroinvasivas: E.coli (enterobacterias). 
Tratamento: antimicrobianos. 
 
 DROGAS ANTIDIARREICAS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS INTESTINAIS 
INFLAMATÓRIAS: 
Colite ulcerativa: inflamação da mucosa intestinal ( parte externa da mucosa). 
Doença de Crohn: inflamação transmural: GI, geralmente região íleo-cecal. 
 
DROGAS – RENAME: 
 
Sulfassalazina ( salazopyrin ®): absorvida somente no cólon após clivagem dos componentes 
por bactérias locais. 
Mesalazina/Mesalamina ( Mesacol®): Comprimido- sensível ao pH-revestido. Início de 
liberação no íleo e término no cólon. Capsula: liberação retardada. Início da liberação no 
intestino delgado e término no cólon. 
 
FÁRMACOS QUE ATUAM NA DIIC: 
 
Subsalicilato de bismuti ( diarreia do viajante) – saneamento precário. 
Ação antissecretória ( da resposta inflamatória), anti-inflamatória e antimicrobianos. 
 
Atropina (Diarreia nervosa, induzida por fármaco, SCI): antiespasmódico ou espamolítico, 
diminuição da motilidade. 
Atroveran ® 
 
Octreotida- “somastotatina sintética”: antissecretor análogo da somastatina (inibição da 
secreção e vários hormônios GI (gastrina, secretina, etc). Carcinoide, diarreia da AIDS, cirurgia 
gástrica. Diminuição do fluxo sanguíneo GI. 
Sandostatin® 
 
Farmacologia do Sistema Endócrino 
 
Diabetes melito é alteração metabólica de etiologia múltipla, caracterizada por hiperglicemia 
crônica e alterações do metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, resultantes de 
defeitos em secreção insulina, ação de insulina ou ambas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIABETES 
 
Diabetes tipo I: deficiência absoluta de insulina pancreática 
Diabetes tipo II: resistência à insulina ou defeito de secreção de insulina 
Diabetes gestacional: diagnosticado geralmente no terceiro trimestre, caracterizado por 
diminuição fisiológica de sensibilidade à ação da insulina 
Outros tipos de DM (raros): induzida por fármacos. 
 
Tipo de 
metabolismo 
Células hepáticas Células adiposas Músculo 
Metabolismo 
de 
Carboidratos 
Diminui a 
Gliconeogênese e 
Glicogenólise 
Aumenta a Glicólise e 
Glicogênese 
Aumenta a Captação 
de 
Glicose e a Síntese de 
glicerol 
Aumenta a Captação 
de 
Glicose, Glicólise e 
Glicogênese 
Metabolismo 
de 
lipídeos 
Aumenta a 
Lipogênese e diminui 
a Lipólise 
Aumenta a Síntese 
de 
Triglicerídeos e 
Síntese de 
ácidos graxos e 
diminui a Lipólise 
 
Metabolismo 
das 
proteínas 
Diminuí a 
Degradação de 
proteínas 
 Aumenta a Captação 
de 
Aminoácidos e 
Síntese de 
proteínas 
 
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS DO DM: 
Microvasculares: nefropatia, neuropatia, retinopatia 
Macrovasculares: doença arterial coronariana, doença vascular periférica, doença 
cerebrovascular. 
No Brasil, cerca de 55% das mortes associadas a DM são causadas com complicações 
cardiovasculares. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
Diabetes tipo I: deficiência absoluta de insulina pancreática 
Diabetes tipo II: resistência à insulina ou defeito de secreção de insulina. 
 
TRATAMENTOObjetivos terapêuticos: diminuir os sintomas associados à doença, prevenir complicações 
agudas, prevenir complicações crônicas, reduzir a taxa de mortalidade associada a DM. 
 
Utilizam-se medidas não farmacológicas (dieta e exercícios físicos) e farmacológicas (fármacos 
antiobesidade, antidiabéticos orais e insulinoterapia). Recomenda-se que o tto não-
farmacológico (dieta e exercícios físicos) seja realizado por pelo menos 3 meses antes da 
terapia farmacológica. 
 
Diabetes tipo I: insulinas, como intuito de mimetizar a secreção endógena, sendo um nível 
basal mais baixo, secretado entre as refeições, durante a noite e em jejum e um nível mais alto 
pós-prandial. Para tanto usa-se insulinas para terapia basal (1 ou 2 injeções de insulina de ação 
intermediária ou prolongada) e terapia prandial (injeções diárias de insulinas de ação rápida, 
administradas junto às refeições). Alternativa: bomba de infusão de insulina. 
 
FARMACOCINÉTICA DAS INSULINAS: Insulinas são destruídas no TGI: administração parenteral, 
geralmente por via subcutânea, mas pode ser intravenosa ou intramuscular em situações de 
emergência; Metabolização hepática e excreção renal; 
Efeitos adversos: hipoglicemia, aumento de peso, edema, hipersensibilidade cutânea, reação 
no local da injeção. 
 
Diabetes tipo II: tratamento inicia-se com antidiabéticos orais em monoterapia. Se necessário, 
acrescentar outro medicamento oral ou insulina. 
 Secretagogos da insulina: sulfoniluréias e glinidas 
 Sensibilizadores da insulina: biguanidas e glitazonas 
 -glicosidase 
 Agonista receptor do GLP-1 
 Inibidores da DPP-4 
 
1- Sulfoniluréias 
 
Clorpropamida 
Tolbutamida 
Tolazamida primeira geração 
Aceto-examida 
 
Gliburida 
Glibenclamida 
Glipizida segunda geração 
Gliclazida 
Glimepiride 
 
Sulfoniluréias e Glinidas 
Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de potássio sensíveis ao ATP nas ilhotas de 
Langerhans. Despolarização e influxo de cálcio, através dos canais de cálcio voltagem – 
dependente. Liberação de insulina. 
 
Meglitinidas: Repaglinida e nateglinida; Mecanismo de ação igual ao das sulfoniluréias 
 
Biguanidas 
Metformina: combate a resistência à insulina; 
Mecanismo de ação: aumenta a captação de glicose e a utilização no músculo esquelético 
(redução da resistência à insulina) e diminui a produção hepática de glicose (gliconeogênese) 
por mecanismos dependentes de PKA. Redução de LDL e VLDL; Não causa hipoglicemia, é anti-
hiperglicêmica!

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