Buscar

DURKHEIM, MARX E WEBER: discutindo as concepções de educação no âmbito da sociologia clássica.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DURKHEIM, MARX E WEBER: discutindo as concepções de educação no 
âmbito da Sociologia Clássica. 
Paulo Protásio de Jesus1 
RESUMO 
O presente artigo faz uma análise sobre as concepções de Educação no âmbito da Sociologia 
Clássica pelo ponto de vista de três teóricos: Durkheim, Marx e Weber. Tendo a finalidade de 
expor as principais ideias dos autores e relacioná-las com a realidade da época em que 
pertenciam e sintetizar de forma crítico-educativo a fim de extrair a essência de seus 
ensinamentos, e ainda, relacionar essas concepções com seus respectivos impactos na 
sociedade. Ressalta-se que o trabalho que aqui se apresenta não tem a pretensão de ser 
conclusivo quanto a essas concepções, reconhecendo que sempre existe a possibilidade de 
novas conclusões a respeito do tema proposto. Portanto, esse estudo se propõe a expor as 
distintas concepções de Educação e seu significado social enquanto atividade ativa dentro do 
contexto social. 
Palavras-chave: Educação. Concepções de educação. Educação socialista. 
 
ABSTRACT 
This article is an analysis of the conceptions of Education within the Classical Sociology from 
the point of view of three theorists: Durkheim, Marx and Weber. With the purpose of 
exposing the main ideas of the authors and relate them to the reality of the time they belonged 
and synthesize critical and educational way to extract the essence of his teachings, and also 
relate these concepts to their respective impacts on society. It is emphasized that the work 
presented here does not claim to be conclusive as to these conceptions, recognizing that there 
is always the possibility of new findings on the proposed theme. Therefore, this study aims to 
expose the different conceptions of Education and social significance as active activity within 
the social context. 
Keywords: Education. Conceptions of education. socialist education. 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente artigo pretende tratar sobre as várias concepções de Educação partindo de 
três pontos de vista distintos, trataremos sobre a Educação do ponto de vista de Émile 
 
Durkheim que a defendia, numa visão mais abrangente, como fator de socialização de 
indivíduos; a educação do ponto de vista de Karl Marx, que a via como fator de transformação 
social, e por fim trataremos da concepção de Educação no ponto de vista do teórico Max 
Weber. O trabalho se limita apenas a fazer a exposição das principais ideias dos teóricos 
referentes à educação, tão somente fazer a conexão dessas ideias com a realidade social que 
elas geravam. 
O estudo parte da necessidade de uma maior compreensão sobre as várias funções que 
a educação pode exercer dentro de um contexto social, e como esta pode ser diretamente 
decisiva na construção de valores, costumes e ideologias; e trás como objetivos norteadores, a 
detectação das concepções de educação e a problematização de suas aplicações no contexto 
social. 
Para entrar no assunto proposto, se torna indispensável abordar o meio social, a 
sociedade em geral; esta se apresenta como cenário comum aos teóricos, e é a partir da 
observação dessa sociedade que o estudo da educação se inicia e as concepções começam a 
ser desenvolvidas. A sociedade exprime ideias, costumes, tradições, regras, e uma série de 
normas constituintes que regem seu estado de desenvolvimento e de ser; esse processo precisa 
ser constante, uma engrenagem que deve está em absoluta sincronia, havendo alguma 
interferência, afetará diretamente no desenrolar de suas funções básicas, havendo desvios de 
rotas dantes programadas; esses desvios se caracterizam quando um indivíduo ou um grupo de 
indivíduos deixam de executar suas funções sociais, questionando ou discordando de normas 
já constituídas. 
2 A SOCIEDADE COMO OBJETO DE ESTUDO 
 
Durkheim foi um dos primeiros teóricos a estudar a sociedade de forma científica, 
usando todos os métodos da ciência moderna, baseado em estratégias de problematização, 
levantamento de hipóteses, etc. Observara que o meio social deveria ser muito mais que um 
campo de reflexão filosófica, tendo todos os requisitos necessários para se apresentar como 
um objeto de estudo, e assim o fez; Durkheim chama o meio social de meio moral 
(RODRIGUES, 2011, p.18), e segundo ele, é nesse meio moral onde estão armazenados os 
ideais e ideais que regem o coletivo. Sintetizando seu pensamento, Durkheim acreditava 
firmemente que o meio coletivo (ideias e ideais coletivos) estava diretamente ligado ao modo 
de viver e agir do cidadão; o que o impulsionara a dedicar-se a estudar esse processo de forma 
 
científica, sendo de competência somente de um profissional da área, a respeito disso 
Rodrigues afirma que: 
Entender que essa dimensão de fato exista, que tal meio coletivo seja real e 
determinante na vida das pessoas, não é algo evidente por si mesmo, e não é tarefa 
para qualquer um.(...) O sociólogo é o único cientista preparado para detectar esses 
estados coletivos. (RODRIGUES, 2011, p.19) 
 
Émile Durkheim com seus estudos objetivava a elevação da Sociedade ao grau de 
importância de uma ciência, composta por regras, normas e condutas, e assim como em outras 
ciências, regras, normas e condutas inquestionáveis. Justifica seus estudos na ilusão que os 
indivíduos têm de se considerarem conhecedores de um fato social apenas por vivenciá-los, 
gerando assim uma camada de desvio errôneo de conclusões a respeito dos fatos. Focando-se 
assim na ideia de que a sociedade, muito além do representa-se em um individuo, se manifesta 
no coletivo e se sobrepõe ao coletivo, estando acima de sua vontade, controlando de forma 
rigorosa seus passos, impondo-lhes regras e modelos de condutas. 
Já Karl Marx estuda a sociedade sobre duas vertentes: a primeira ele expõe a 
sociedade na sua forma crua, descreve justamente aquilo que lhe é permitido aos olhos, 
detectando todas as suas limitações, defeitos e corrosões; a segunda, Marx usa da utopia para 
manipular a realidade da sociedade, transformando-a no que ele considera uma sociedade 
digna, ou a sociedade que precisaria ser restaurada, para que, somente assim, se permitisse a 
justiça ao alcance de todos. Marx conclui que a sociedade girava em torno de uma ideologia 
anteriormente planejada, pois funcionava de forma que a burguesia sempre caminhava ao 
posto de dominante e a classe operária, em contrapartida, caminhava sempre em direção ao 
estado de julgo e submissão. Essa foi a problematização de seus estudos sociais como está 
registrado: 
Seu objeto de pesquisa fundamental, para não dizer o único, foi à sociedade 
capitalista de seu tempo. Ele olhou à sua volta e percebeu (...) que havia um 
processo histórico em curso que, enquanto levava a burguesia à condição de classe 
dominante, expropriava dos trabalhadores manuais seus instrumentos de produção e 
seus saberes, transmitidos com zelo de geração para geração através dos séculos, ao 
tempo da velha ordem feudal. (RODRIGUES, 2011, p.31-32). 
Max Weber em seus estudos, trás a sociedade como sendo muito além de uma “coisa”, 
como cita Durkheim, com capacidade de ditar normas e regras aos indivíduos; Mas defende a 
 
ideia de que é baseada em interações entre sociedade-indivíduo, como explica Rodrigues, 
2011 (p.52-53). 
 Weber trás em seu pensamento sociológico a ideia de que a sociedade não se trata 
apenas de uma “coisa”, mas está vinculada ao processo de interação entre indivíduo e valores, 
e acredita que por mais que esses valores sejam inculcados nesses indivíduos, serão 
representados de forma diferentes, serão expressos de forma subjetiva, de acordo com cada 
indivíduo. Tornando-se assim, um objeto de estudo, em primeira vista, impossível de ser 
compreendido como um todo, estando sujeitoao entendimento apenas se for estudado de 
forma que se divida em fragmentos e estes sejam estudados de forma particular e reservados 
para assim chegar a um entendimento do todo. 
 
3 A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO EM DURKHEIM 
 Durkheim apresenta de forma clara e objetiva a função da Educação na Sociedade. 
Mas, em nível de compreensão, se torna necessário entender na visão do autor o que é 
sociologia, e este a defini como sendo “o estudo das instituições sociais, de sua gênese, de seu 
funcionamento”, essa definição serve de base para sua formulação de educação. E por 
educação entende-se como o processo pelo qual aprendemos a ser membros da sociedade. 
Educação é socialização, afirma RODRIGUES (2011, p.27). Outra definição do autor para 
educação está na sua obra intitulada “Educação e Sociologia”, 1967, onde afirma que: 
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se 
encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e 
desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, 
reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio moral a que a 
criança, particularmente, se destine. (DURKHEIM, 1967). 
 Observando sua definição, evidenciam-se então as concepções de Educação em 
Durkheim, levando à compreensão que a educação, segundo o autor, está diretamente ligada a 
função de inclusão social, onde o indivíduo recebe todas as instruções necessárias para ser 
inserido na sociedade. Em termos gerais, Durkheim trás a Educação como simplesmente, um 
fator de conservadorismo, onde esta tem o papel de preparar indivíduos para a sociedade 
porém mais que isso, a educação serve para manter o estado da sociedade, uma forma de 
continuidade, preservando uma sociedade com seus valores, regras, normas e tradições, o que 
explica o conhecimento comum dos indivíduos que compõem essa sociedade. 
 
 Durkheim ainda define a educação como Instituição Social, que é diretamente 
responsável pelos ensinamentos primários aos indivíduos, o que pedagogicamente é 
denominado educação de base, nessa definição entra o contexto da escola, que prepara o 
indivíduo, competindo-lhe as primeiras ferramentas para a inserção social. E por fim e não 
menos importante, apresenta a concepção de educação como sendo uma formadora de 
qualidades comuns, visando resolver os problemas que futuramente se apresentariam numa 
sociedade coletiva, agindo na qualificação dos indivíduos, tornando-os capazes de 
desenvolver quaisquer atividades, com agilidade e precisão. Em suma, a educação se 
apresenta como um formulador de um caráter novo, segundo DURKHEIM (1967, p.81) o 
homem que a educação deve realizar, em cada um de nós, não é o homem que a natureza faz, 
mas o homem que a sociedade quer que ele seja, e ela o quer conforme o reclame a sua 
economia interna, o seu equilíbrio. 
 
4 A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO EM KARL MARX 
Karl Marx, de forma geral, reconhecia a educação como agente transformador da 
sociedade, acreditava que a educação poderia, além de servir de meio de opressão por parte da 
classe dominante, ser usado como instrumento fundamental para libertação dos oprimidos. 
Acreditava que a exploração existente por parte da classe dominante, os burgueses, se dava 
em face da não informação que afetava a classe operária; ora, se não há conhecimento formal, 
não há conhecimento do então sistema econômico instalado na época, o capitalismo, não há 
possibilidade de questionamento do mesmo, levando aos operários aceitarem aquilo que lhes é 
imposto sem nenhum tipo de crítica. Na sua obra intitulada: O Manifesto do partido 
Comunista, 1968, ele afirma que a educação deveria está ao alcance de todos: “Ensino público 
e gratuito a todas as crianças. Abolição do trabalho das crianças nas fábricas em sua forma 
atual. Unificação do ensino com a produção material” (p. 21). 
 Marx não apresenta de forma específica seu parecer sobre a educação, não 
desenvolveu nenhuma obra com especificidade ao assunto, mas ao longo de suas obras, faz-se 
compreender que tem a educação como uma ferramenta poderosa de libertação, e enfatiza 
essa ideia quando projeta seu ambicioso plano utópico de sociedade perfeita, baseada no 
socialismo, onde as riquezas da nação seriam de igual forma dividas, erradicando a pobreza e 
o analfabetismo com a implantação de escolas com acesso a educação para todos. 
 
 A respeito da educação capitalista, Marx observara que era um meio que o capitalismo 
garantia sua dominação, sua visão de acordo com RODRIGUES (2011, p. 42) era: 
(...) Identificaram na educação uma das mais importantes formas de 
perpetuação da exploração de uma classe sobre outra, utilizada pelo 
capitalismo para disseminar a ideologia dominante, para inculcar no 
trabalhador o modo burguês de ver o mundo. 
 Ao analisar a educação, logo se observara que esta, se pode ser usada para fins 
opressivos, uma forma de perpetuar a soberania de uma classe sobre outra, pode também 
desenvolver o sentido oposto, sendo utilizada para a libertação e igualdade. Conclusões que 
levam a ideia geral de educação para Marx, que é o poder de transformar a sociedade em que 
se está inserido, através da obtenção do conhecimento, conhecimento esse instituído como de 
direito coletivo, sendo ainda a arma de libertação do julgo do capital, o que garantia condições 
de vida igualitárias e tornando os indivíduos no que Marx chama de homem completo. (p. 43). 
 
5 A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO EM MAX WEBER 
 Weber procura discutir a Educação com um olhar diferente de Durkheim e Marx, 
propõe-se a analisa-la como foco, diferente de Durkheim que focou na Socialização, tendo a 
educação apenas como fator; e diferente de Marx que focou no funcionar da Sociedade 
Capitalista, olhando a educação apenas como mais um fator de opressão e em momentos 
diferentes, como fator de libertação. Toma-se como referencial o conceito de educação 
empregado por Rodrigues que a defini como sendo: 
(...) o modo pelo qual os homens – ou determinados tipos de homens 
em especial – são preparados para exercer as funções que a 
transformação causada pela racionalização da vida lhes colocou à 
disposição. (RODRIGUES, 2011, p. 64). 
Analisando a definição, expõem-se algumas características particulares do autor 
mediante a aceitação do que seja educação e sua real função em uma sociedade. Weber trás a 
educação como um fator de preparação de mão de obra qualificada para determinada função, 
que até então é um conhecimento genérico, mas enfatiza que essa preparação não é para uma 
 
sociedade com vida e regras próprias, mas para desenvolver as funções que surgiram 
mediante a transformação advinda da racionalidade dessa sociedade. 
 Weber propõe uma visão diferenciada, pois acreditava , segundo RODRIGUES (2011, 
p.64) que a educação não era apenas um fator de dominância de classes ou de emancipação 
operária, a educação se apresentava em seu ver, como sendo um pacote sistemático de 
informações, que estariam à disposição dos indivíduos que estivessem aptos a dirigir o 
Estado, ou seja, apto a assumir o sistema que regia toda a sociedade (governo, empresas e a 
própria política). 
 Em suma, a educação, na visão de Weber, estaria apenas a serviço do Capitalismo, 
mas não na ideia de conservar seu estado, como afirma Durkheim, mas na função de 
racionalizar os indivíduos, tornar racional o que Marx tanto problematizou: a opressão e a 
desigualdade de direitos. Seguindo com ideia de racionalização, Weber apresenta a educação 
como a polca principal de toda a engrenagem Capitalista, pois é diretamente responsável pela 
formação de indivíduos capacitados a realizar diversas atividades dentro das empresas, 
empresas essas que, atravésda educação sistemática, desenvolveu seu agir pautado na lógica 
do lucro, do cálculo de custos e benefícios, explica RODRIGUES, (p.65). 
Diante do problema da racionalização através da educação, Weber divide a educação 
em três finalidades: despertar carisma; prepara alunos para uma conduta de vida e transmissão 
de conhecimento especializado. As três com finalidades de suprir as necessidades do 
capitalismo, pois capacitava indivíduos para as mais diversas posições dentro da sociedade, 
seja o trabalhador, o dono da empresa onde esse indivíduo trabalha e até mesmo um líder para 
o Estado que rege os indivíduos, as empresas e toda a sociedade. Em suma, Weber trás em 
definições gerais, a educação como fator de estratificação social, dividindo a sociedade em 
classes, não apenas dominantes e dominados, mas os que mandam, os que obedecem, e os que 
ditam as regras da sociedade como um todo. Weber resume seus pensamentos a respeito da 
educação afirmando que esta, deixando de lado um objetivo que era pra ser o essencial, que é 
desenvolver o talento de cada individuo, tornando-o culto e dotado de valores e cultura, está 
agindo apenas na preparação de habilidades que visam à obtenção de poder e dinheiro. 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 A sociedade capitalista era regida pela relação de classes (dominantes e dominadas), 
relação essa que consistia em duas classes sociais, a classe detentora dos meios de produção e 
 
a classe operária, a sociedade possuía seus progressos e regressos andando de mãos dadas a 
um futuro, segundo Marx, previsível, a eminente revolução. Era uma sociedade marcada por 
opressão e julgo, e a essas questões Durkheim, Marx e Weber dedicaram um pouco mais de 
tempo, para estudá-la enquanto objeto de estudo, de forma cientifica ou não. Ao longo da 
pesquisa observa-se que a Educação em todos os casos se mostra como benéfica à sociedade, 
no entanto, ao longo da história, vem desempenhando papéis diferentes do habitual, estando a 
serviço das classes dominantes que a usam para legalizar a opressão, tornar racional a 
exploração e criar mão de obra qualificada para preencher vagas em suas empresas, visando 
um futuro lucro. 
O sistema capitalista, como defendeu Marx, trouxe uma melhoria significante para a 
população, a revolução industrial movimentou a economia mundial, permitindo que milhares 
de pessoas alcançassem a vida digna, mas, o que a tornou tão criticada é a má distribuição de 
renda, o velho sistema onde poucos ganham muito e muitos ganham pouco, mas o que isso 
tem haver com a educação? Absolutamente tudo; a sociedade sofria por não ter acesso à 
educação, quando a educação chegou como um direito a todos, logo passou a servir os 
interesses do Estado; situação que permite concluir que a Educação de forma histórica, 
sempre, em todos os aspectos, serviu e serve não para libertar o indivíduo, mas 
indiscutivelmente, o deixar ciente de sua situação diante da sociedade, isto é, revela sua 
posição social e lhe obriga de forma consciente o desenvolver de suas atividades, pois a 
escolha já não é mais do indivíduo, quando este está inserido em uma engrenagem, e aqueles 
que não seguirem suas configurações, jamais serão elementos dessa sociedade. 
REFERÊNCIAS 
RODRIGUES, A.T. Sociologia da Educação. 6. Ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2011. 
DURKHEIM, Emile. Educação e sociologia. 7. Ed. São Paulo: Melhoramentos, 1967. 
MARX K. ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. São Paulo: Escriba, 1968.

Outros materiais