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Apostila Hidroterapia

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Prévia do material em texto

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
 
HIDROTERAPIA 
 
 
Apostila elaborada por: 
 
Profª Ms. Patrícia Oliveira Roveda 
 
 
roveda.patricia@gmail.com 
proveda@unisc.br 
(55) 99344109 
 
 
 
 
 
Registro da Turma 2015 II 
 
 
 
 Santa Cruz do Sul, fevereiro de 2016. 
 2 
 
 
 
 
Olá querida (o) aluna (o) da disciplina de Hidroterapia de 2016! 
 
 Você escolheu fazer FISIOTERAPIA, PARABÉNS, NOSSA PROFISSÃO É 
FANTÁSTICA! Seja bem vindo ao mundo aquático, nos próximos meses estaremos 
convivendo intensamente, nos veremos semanalmente, todas as segundas-feiras pela 
manhã ou noite conforme a sua turma. Você precisará de vontade de aprender e muita 
determinação! Você está entrando no mundo maravilhoso da Especialidade da Fisioterapia 
que é a Fisioterapia Aquática ou Hidroterapia, onde o elemento água aquecida é o 
fundamental. 
 Estamos numa era de tecnologia onde muitas de nossas atividades diárias estão 
condicionadas ao uso de mídia eletrônica, e isso na maioria das vezes é muito bom. Na água 
vivenciaremos de fato muitas sensações, reais, palpáveis, talvez excelentes para alguns e 
nem tanto para outros, que por ventura tenham algum fator que não o permita apreciar muito 
o meio aquático. Mas não se preocupe, vamos construir, aprender juntos e eu estarei sempre 
a disposição para auxiliar, para superarmos dificuldades e para dúvidas. Cada um fazendo 
sua parte teremos um semestre produtivo, de amizade, parceira, muito aprendizado e selfies. 
 Conhecer a base teórica da disciplina é importante para que sinta-se seguro para 
elaborar, criar e desenvolver bons planos e propostas para prevenção e tratamento na água. 
Praticar os exercícios e pensar em novas possibilidades também é fundamental. 
Neste semestre a realização de monitorias não vai ser pontuada na avaliação da dis-
ciplina, mas você tem a sua disposição uma excelente infraestrutura no Complexo de 
Hidroterapia, equipado com vários artefatos, você tem uma monitora que pode auxiliar, então 
aproveite, você, sem dúvida se sentirá mais seguro para atender no estágio e na vida 
profissional, caso algum dia atue nesta especialidade. 
 Participe, questione, pesquise, aprofunde os conteúdos abordados em sala e 
na piscina. Vamos buscar sempre! 
 No plano de ensino estão todos os conteúdos trabalhados. E além desta apostila, 
você terá a disposição o polígrafo de exercícios com alguns registros fotográficos e legendas 
e caso quiserem podem fotografar e/ou filmar as aulas práticas. UTILIZEM também os livros 
da biblioteca, tem excelentes materiais neles. 
 Sugestões e críticas serão bem vindas, eu espero que ao final destes 4 meses você 
tenha compreendido a importância da água em nossas vidas, seja para promover saúde ou 
para tratar e reabilitar. Abraço Profe Patrícia Roveda 
 
 
 3 
 
Sumário 
1. Elemento Água .................................................................................................................4 
2. Conceitos ..........................................................................................................................4 
3. Breve Histórico da Hidroterapia........................................................................................7 
4. Propriedades Físicas da Água (PF).................................................................................9 
5. Efeitos / Benefícios e Precauções da Fisioterapia Aquática.........................................17 
6. O Uso de Artefatos Aquáticos.........................................................................................18 
7. Diversidades da Hidroterapia..........................................................................................26 
 7.1 Variáveis a serem consideradas durante o movimento na água...............................26 
 7.2 Indicações da Fisioterapia Aquática...........................................................................27 
 7.3 Classificação dos exercícios na água utilizando alguns artefatos............................30 
 7.4 Contra indicações da fisioterapia Aquática...............................................................31 
8. Efeitos Fisiológicos da Imersão.....................................................................................33 
8.1 Sistema Circulatório.......................................................................................................34 
8.2 Sistema Respiratório.....................................................................................................35 
8.3 Sistema Renal...............................................................................................................36 
8.4 Sistema Musculoesquelético ........................................................................................38 
8.5 Sistema Termorregulador .............................................................................................39 
8.6 Sistema Neurológico ......................................................................................................40 
9. Alguns Métodos ........................................................................................................................42 
9.1 Bad Ragaz......................................................................................................................42 
9.2 Ai Chi ............................................................................................................................51 
9.3 Halliwick .......................................................................................................................54 
9.4 Watsu ...........................................................................................................................55 
10. Fisioterapia Aquática nas Faixas Etárias ......................................................................55 
11. Fisioterapia Aquática nas Áreas Específicas ................................................................57 
11.1 Avaliação Fisioterapêutica..............................................................................................57 
11.2 Fisioterapia Aquática em Pneumologia..........................................................................58 
11.3 Fisioterapia Aquática em Ortopedia e Traumatologia....................................................59 
11.4 Fisioterapia Aquática em Reumatologia........................................................................60 
11.5 Fisioterapia Aquática em Neurologia.............................................................................62 
11.6 Fisioterapia Aquática em Ginecologia e Obstetrícia......................................................63 
12. Outros Artigos para Complementarem o Conteúdo das Áreas Aplicadas.................65 
13. Dicas Gerais Sobre a Atuação em Fisioterapia Aquática...............................................67 
14. O Uso do Turbilhão.........................................................................................................68 
15. Referências Bibliográficas .............................................................................................71 
 
 
 
 4 
Conteúdos Programáticos da Disciplina 
 
1. Elemento Água 
O óxido de diidrogênio (H2O) ou água é um dos principais elementos da natureza 
humana e da própria Terra (70%). Várias teorias tentam explicar que a água é nosso habitat 
ancestral, desde Darwin quando fala da evolução das espécies, até a própria concepção que 
fomos geradosno líquido amniótico, no ventre materno, ou seja, em um ambiente líquido. 
Sendo assim, se fomos gerados na água, a água é nossa constituinte essencial porque não 
prevenir e reabilitar na água? 
A medicina tradicional da Índia, a mais antiga denominada Ayurveda, diz que a água 
possui um tipo de energia vital chamada prana e entre as qualidades do prana está a 
capacidade de energizar o organismo, tornando-o mais saudável (BONTEMPO, 1994 apud 
MARTINEZ, 2007). 
 
Porcentagens de água que o corpo humano contém: 
 
 
2. Alguns Conceitos 
2.1 Hidroterapia 
O termo vem do grego, é bastante abrangente, pois pode caracterizar qualquer forma de 
tratamento que utilize água.  hydor = água, therapia = cura (SKINNER E THOMSON, 1985); 
Exemplos: 
Banhos de contraste: ________________________________________________________ 
Duchas: __________________________________________________________________ 
Crioterapia: _______________________________________________________________ 
Talassoterapia: ____________________________________________________________ 
Fangoterapia: _____________________________________________________________ 
 50% do peso corporal 
 65% do peso corporal 
 5 
Sauna: ___________________________________________________________________ 
Compressas úmidas: ________________________________________________________ 
Crenoterapia: ______________________________________________________________ 
Turbilhão: _________________________________________________________________ 
Ofurô/Furô: _______________________________________________________________ 
Exercícios /atividades na água Fisioterapia Aquática:________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
 
HIDROTERAPIA é um dos recursos mais antigos da fisioterapia, porém desde 3 de 
setembro de 2014, com a Resolução 443/2014, passou a ser a ESPECIALIDADE 
FISIOTERAPIA AQUÁTICA. 
 
Hidroterapia é definida como o uso externo da água com propósitos terapêuticos, que utiliza 
os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos, advindos da imersão do corpo em piscina, 
como recurso auxiliar da reabilitação, ou na prevenção de alterações funcionais (Candeloro e 
Caromano, 2006). 
 
Hidroterapia é um recurso fisioterapêutico que proporciona melhoras osteomioarticulares 
utilizando como princípios os elementos físicos da água – empuxo, viscosidade, pressão 
hidrostática, tensão superficial e temperatura (SALICIO; MATTOS; BRANDALI; SHIMOYA-
BITTENCOURT e SALICIO, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos que diferenciam FISIOTERAPIA AQUÁTICA/HIDROTERAPIA e HIDROGINÁSTICA? 
 6 
 
 HIDROTERAPIA 
 
 
 ASPECTOS 
 
 HIDROGINÁSTICA 
 Profissional 
Responsável 
 
 Local do profissional 
 
Tempo médio 
de sessão; 
 
 
Temperatura da água; 
 
 
 
Objetivos da 
sessão / aula 
 
 
 
Clientela e quantidade; 
 
 
 
Tipo de exercícios 
> tempo nas sessões 
 
 
2. 2. Hidrocinesioterapia 
  hydor = água, cinesio = movimento, therapia = cura ( LAPIERRE, l987). 
 Do grego: "hydor", "hydatos" = água / "therapeia" = tratamento (http://www.moreirajr. 
com.br/revistas.asp?id_materia=3368&f). 
 “É o uso do ambiente aquático e seus efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos 
provenientes da imersão do corpo ou parte dele em meio líquido.” 
(RADL E ALVES, 2007 p.92) 
 
2. 3. Exercícios Aquáticos Terapêuticos – exercícios aquáticos juntamente com terapia física 
(BATES E HANSON, 1996). 
 
2. 4. Reabilitação Aquática ou Fisioterapia Aquática – Teoria científica mais fundamentos 
médicos e procedimentos clínicos (BECKER E COLE, 2000 E RUOTI/MORRIS E COLE, 2000). 
 
 
 7 
2. 5. Fisioterapia Aquática 
 “É a prática de exercícios terapêuticos e/ou preventivos em piscina aquecida 
associados ou não a manuseios, manipulações, massoterapia ou hidromassagem” 
(MARTINEZ, 2000; ROVEDA, 2004). 
 
 “Terapia de reabilitação física que se utiliza de exercícios, manuseios e técnicas 
específicas fundamentalmente associadas às propriedades do meio líquido, com o objetivo 
de promover ganhos específicos que possam ser transferidos para o solo e, portanto, 
traduzidos em ganhos funcionais aplicáveis à vida diária de cada paciente” (SILVA E 
BRANCO, 2011). 
 
 
 
LEMBRE! FISIOTERAPIA AQUÁTICA NÃO É SOMENTE FAZER EXERCÍCIOS IGUAIS AOS 
DE SOLO NA ÁGUA. DEVEMOS PENSAR DE UM MODO DIFERENTE! 
3. Breve Histórico da Hidroterapia – a seguir, um pouco de informações a respeito do 
histórico desta especialidade, pois para chegarem ao atual reconhecimento muitas pessoas 
pesquisaram e testaram o meio aquático. Alguns fatos da Pré-história, até a Idade 
Contemporânea: 
 
3.1. A pré história 
 Inicia com o surgimento dos primeiros homens há cerca de 4 milhões de anos e se estende 
até o aparecimento da escrita, por volta de 4000 a.C. 
 Período Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) – até 10000 a.C.; descoberta do fogo. 
 Período Neolítico (Idade da Pedra Polida) – de 10000 a 4000 a.C.: formas rudimentares 
de escrita. 
 O uso de rituais mágicos estava baseado na crença de que os demônios da natureza eram 
os responsáveis pelos inúmeros males e pelas mortes. 
A história da medicina estava estreitamente ligada à da religião – finalidade comum: a 
defesa do indivíduo contra as forças do mal (demônios, maus espíritos). 
 
3.2. Idade Antiga 
 Inicia aproximadamente em 4000 a.C., com o advento da escrita, e estendendo-se até a 
queda do Império Romano no ano 476 d.C. 
 Antiguidade Oriental: A civilização egípcia; as civilizações da mesopotâmia (sumérios, 
acadianos, Babilônicos e Assírios); hebreus; fenícios e os medo-persa. 
Antiguidade Clássica: Gregos e Romanos 
Não existem evidências precisas sobre quando a água foi usada pela primeira vez para 
finalidades curativas. 
 Civilizações que habitavam os vales dos rios da Mesopotâmia, no Egito, na índia e na 
China: as piscinas de banhos foram amplamente utilizadas para a renovação e cura 
individual, religiosa e social. 
 Nas culturas grega, hebraica, romana e cristã existiam os rituais das águas curativas para 
limpar o corpo espiritual dos pecados. 
 Hebreus usavam a água com fins terapêuticos, higiênico e religioso. 
 8 
Os ginásios gregos eram constituídos por uma pista, uma sala de banho de água fria e 
uma grande sala principal usada para funções educacionais e sociais. 
Heródoto (446 a. C.) médico grego, escreveu um tratado sobre águas quentes e sobre 
saúde 
Hipócrates (O Pai da Medicina - 460 a.C) Escreveu Sobre ares, águas e lugares, um 
tratado sobre saúde pública e geografia médica; Banhos de contraste, medicina natural; 
escreveu sobre quatro tipos de banho: água quente (caldarium), água morna (tepidarium), 
água fria (frigidarium), água muito quente (laconicum). 
Homero (446 a.C): usou banhos quentes para reanimar soldados e curar melancolia 
Galeno (130 d.C.), médico e escritor: Os tratamentos empregados por Galeno derivavam 
do conceito da ação dos opostos: a terapia dos opostos (alopatia): hidrófilos e hidrófobos. 
 Os Etruscos, que precederam os romanos, possuíam conhecimentos de medicina, de 
odontologia, de hidroterapia e sobre instalações sanitárias. 
 A cultura romana elevou os banhos a um nível mais prático, formal, educacional, social e 
tecnicamente refinado. As termas romanas incluindo-se banhos com vapor quente, piscinas 
geladas e áreas de relaxamento, funcionavam como uma importante instituição social e civil. Celso - escritos sobre a hidroterapia. 
 
3.3. Idade Média 
 Inicia-se em 476 e estende-se até 1453, quando terminou a Guerra dos Cem Anos, na 
Europa, e a cidade de Constantinopla caiu em mãos dos turcos otomanos. 
Descoberta da cidade de Bad Ragaz. 
-1032: descoberta da nascente 
-1242: primeiro uso documentado da nascente com propósitos curativos. 
-1420: construída a primeira casa de banho. 
Savanarola de Ferrara (1453) - uso da água na metrorragia, na gota e reumatismos. 
Mengo Biancheli - uso de duchas ascendentes nas afecções do útero. 
 
3.4. Idade Moderna 
 Inicia-se em 1453 e estende-se até 1789, quando iniciou a Revolução Francesa. 
Médicos dos séculos XV e XVI - tratamento de feridas e úlceras (ação tônica, adstringente 
e sudorífera). 
 Paracelso (aprox. 1500): escritos sobre hidroterapia e utilização de inúmeras substâncias 
minerais, como enxofre, mercúrio, chumbo, cobre, ferro e antimônio. 
Gunter d'Andermach (1565) - banhos frios para facilitar o sono. 
John Flayer (1697) - publicação do "Tratado completo de Hidroterapia"; História do Banho 
Frio." 
 Frederico Hoffman (1712) - publicação: "De aqua medicina universali" 
 Moneta - uso da água em moléstias agudas das vias respiratórias. 
Wright (1779): cirurgião naval publicou observações sobre o uso do frio no tratamento da 
varíola e outras condições febris. 
 Currie - publicação dos Relatórios Médicos sobre o Efeito da água Fria e Quente como 
Remédio para Febre; banhos frios, salgados e curtos para a sedação do SN e nas afecções 
de vias digestivas. 
 
3.5. Idade Contemporânea 
 Inicia-se em 1789 e estende-se até os nossos dias. Em nosso século, o capitalismo atingiu 
a sua maturidade e plena dinamização, alcançando progressivamente sua globalização. 
Giannini (1805) e Armstrong (1818) - uso de água fria para febres intermitentes e 
perniciosas. 
Vicent Pressnitz (1830) estabelece centro para uso da água fria e exercícios vigorosos. 
Primeiras investigações científicas sobre as reações dos tecidos à àgua sob diversas 
temperaturas e sua ação nas doenças. 
 9 
Scoutteten (1843) e Schedel (1845) classificam os efeitos múltiplos do método hidrotera-
pêutico (higiênico, antiinflamatório, antiespasmódico, alterante ou resolutivo, auxiliar ou 
coadjuvante). 
Winternitz (1864) - Pai da Hidroterapia Científica: estabeleceu base fisiológica para a 
hidroterapia. 
Leroy Duprés (1875) - publicação do tratado "Indicações e Contra-Indicações da 
Hidroterapia" 
Entre 1851 e 1852: foi inaugurado no Brasil, o Centro Hidroterápico em Botafogo. 
Em 1903: abertura do primeiro centro de Hidroterapia nos EUA em Boston. 
Em 1930: abertura da Clínica para Tratamento de Doenças Reumáticas em Londres com 
Fisioterapeutas diplomados. 
 
Figura1.Termas romanas Figura 2. Duchas Figura 3. Spa moderno em Bad Ragaz 
 
 Figura 5 – Piscina adaptada com duchas de diferentes pressões 
 
 
 
 
4. PROPRIEDADES FÍSICAS (PF) DA ÁGUA 
O conhecimento das propriedades físicas da água é fundamental para o atendimento 
na hidroterapia, cada uma exerce influência sobre o corpo do ser humano, podendo ser 
utilizada direta ou indiretamente no trabalho aquático por meio de efeitos causados pela 
hidrostática ou hidrodinâmica. 
Hidrostática: _____________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 10 
Hidrodinâmica: ___________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
4.1 – Massa – é a quantidade de matéria que a substância compreende (Kg), é inalterada. 
4.2 – Peso – é a força com a qual a substância (o corpo) é atraído no sentido do centro da 
Terra (gravidade), altera-se de acordo com a posição do corpo. A unidade é o Newton P = m .a 
4.3 – Densidade: é a relação entre a sua massa e o seu volume. d = m 
 v 
Materiais/Substâncias Densidade (G/CM3) 
Água Pura 
Água do mar 
Corpo Humano (adulto) 
Corpo Humano (bebê) 
Ferro 
Madeira 
Gelo 
Tecido adiposo 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 4 – Densidade relativa ou Gravidade Específica (GE): relação entre a massa de um 
dado volume de substância e a massa do mesmo volume de água. 
GE = m densidade da substância 
 m densidade da água 
A densidade relativa depende de fatores como: 
a) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
 __________________________________________________________________________ 
b) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
c) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
d) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
e) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
f) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
g) ________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
 11 
 
4.5 – Refração: é o deslocamento, ou alteração do vetor quando ele passa de um meio mais 
denso para um meio menos denso, ou vice-versa. Sofre interferência das propriedades 
específicas do material, particularmente a velocidade da luz no material e o ângulo de 
incidência do feixe luminoso. 
 
 
 
 
 
 
 Figura 6. Refração 
 
4. 6 – Pressão Hidrostática: é definida como força por unidade de área. Está baseada na 
Lei de Pascal. 
 
 
A pressão hidrostática aumenta com a profundidade e com a densidade do líquido. 
Ela aumenta 1 mmHg por 1,36 cm de profundidade. Um corpo imerso 122 cm está sujeito a 
uma pressão de 88,9 mmHg, levemente maior que a pressão sangüínea diastólica, por isso, 
auxilia no retorno venoso. 
Exemplos e cuidado: 
a) Sistema circulatório 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
b) Sistema respiratório 
________________________________________________________________________ 
 _______________________________________________________________________ 
 
 A pressão hidrostática também exerce efeito sobre as articulações, promovendo a 
estabilização das mesmas. “Estabilização articular” 
 
“ “_____________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________
____________________________________________________”. 
 
 12 
4. 7 – Tensão superficial: é a força existente entre as moléculas da superfície de um líquido. 
Oferece pequena resistência a músculos pequenos, se a área a ultrapassar esta pele for 
grande a resistência aumenta tanto do ar para á água como vice-versa. “Pele elástica” 
“Lembrar do mosquito que anda sobre a água!” 
 
4. 8 – Flutuação: é a força que atua em sentido oposto a força de gravidade (Empuxo). O 
centro de gravidade no solo está no nível de S2 e na água no nível de pulmões. A flutuação 
baseia-se no Princípio de Arquimedes:Figura 7. Força do empuxo versus força de gravidade. 
 
 Durante a imersão, o empuxo pode através de sua força que age de baixo para cima: 
 
Figura. 8. Ação do empuxo sobre o movimento. 
 
 
AÇÕES DO EMPUXO 
A.Facilitar _______________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
O empuxo pode realizar movimentos passivos durante a imersão quando paciente relaxa. 
“ “_______________________________________________________________ 
________________________________________________________________ 
________________________________________________________________
_______________________________________________________________”. 
 13 
B. Resistir  _______________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
C.Sustentar  ______________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
 É importantíssimo o controle respiratório, esta propriedade proporciona o alívio do 
peso corporal (gera descompressão articular, ou seja, reduz a pressão sobre a superfície 
articular beneficiando todas as pessoas que apresentam desgastes articulares, por exemplo). 
% de alívio do peso corporal (pela ação do empuxo): AO LADO DA FIGURA COLOQUE AS 
% E REGIÕES CORPORAIS. 
 
Figura 9. Porcentagens de alívio de peso corporal na imersão. 
 
ATENÇÃO A PRÓXIMA PROPRIEDADE É A ÚNICA HIDRODINÂMICA 
 
4. 9 - Viscosidade: é a magnitude do atrito interno do líquido, ou seja, é o atrito en-
tre as células de um líquido. Causa resistência ao fluxo do líquido, isto é observado quando o 
líquido está em movimento. 
Segundo o Teorema de Reynolds, existe o fluxo laminar e o fluxo turbulento, os quais estão 
também relacionados com a velocidade do movimento. 
  Velocidade  Fluxo laminar  movimento regular R = V 
  Velocidade  Fluxo turbulento  movimento irregular (redemoinhos) R= V2 
 
Teorema de Bernoulli – é a relação entre a pressão e a velocidade de um fluído ao longo de 
uma linha aerodinâmica. Após um movimento irregular e rápido formam-se redemoinhos que 
é a turbulência. Facilita ou dificulta os movimentos depende do local que o objeto/corpo se 
encontra. 
 
 14 
 “Efeito esteira” age facilitando o movimento, onde se gera uma diferença de pressão sendo 
na frente positiva (>) e atrás do objeto/corpo em movimento sendo negativa (<). Ex. 
Reeducação precoce da marcha. 
 
 
 
 
 
 
 Figura 10. Efeito Esteira 
A viscosidade pode então: 
Facilitar - ___________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
Sustentar -__________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
Resistir -___________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
 
Exemplo - treino progressivo de marcha ________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
 
Não esqueça: A viscosidade da água aumenta o tempo de reação das respostas de 
equilíbrio e retificação corporal e é a propriedade que mais oferece resistência para 
programas de fortalecimento muscular, além de promover estabilidade articular. 
 
 
 
 
A quantidade de resistência oferecida pela viscosidade é influenciada pela: 
- Posição do paciente ou do membro trabalhado (área corporal) 
- Velocidade do movimento 
- Uso ou não de artefatos (tamanho e formato) 
- Alavancas 
- Presença ou não de turbulência 
 
Força coesiva/coesão: força de atração entre moléculas vizinhas do mesmo tipo de matéria. 
“Não esqueçam dos patinhos atrás da 
mamãe pata na lagoa”. 
 15 
 
Força adesiva/adesão: força de atração entre moléculas vizinhas de diferentes tipos de 
materiais. Estas forças oferecem intenso estímulo tátil. Quando há o turbilhonamento da água 
este estímulo tátil aumenta muito. 
* Exemplos: 
 
Vamos resolver estes casos! 
Caso 1 – M.S. 43 anos de idade, do sexo feminino, com história pregressa de cirurgia há 8 
anos para resolução de trombose venosa, possui artrose no joelho direito. Fez uma longa 
viagem de ônibus (20 horas) e ao chegar ao destino apresentou edema (joelhos, pés e 
tornozelos). Refere também dor muscular na região de toda coluna vertebral e membros 
inferiores (principalmente joelho direito e coluna cervical). Tem diminuição de flexão de 
joelhos. Esta senhora foi encaminhada para realizar fisioterapia aquática. Informa na 
avaliação que tem osteoporose significativa. Quais serão os cuidados a serem tomados 
desde o momento da avaliação fisioterapêutica e quais serão os objetivos fisioterapêu-
ticos neste caso? Faça relação com a ação das propriedades físicas da água. 
 
Caso 2 – A.L. homem com 62 anos de idade com história pregressa de enfisema pulmonar, 
refere dificuldade respiratória (é fumante de longa data). Apresenta hipertensão arterial 
sistêmica (HAS) com controle medicamentoso e sofreu uma queda onde a sequela deste 
episódio foi uma subluxação do tornozelo direito. Foi até a unidade básica de saúde (UBS) 72 
horas pós-trauma e o clínico geral o encaminhou para a fisioterapia, após avaliação 
fisioterapêutica se resolveu iniciar com fisioterapia aquática. Referia dor intensa no tornozelo 
e sensação que estava “solto, que ia cair”, edema moderado e usando muletas axilares. 
Quais serão os cuidados e os objetivos fisioterapêuticos com este senhor consideran-
do as propriedades físicas da água? 
 
 
Resolução dos Casos. 
Caso 1. 
_________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
 16 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
Caso 2____________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 ________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
LEITURAS PARA COMPLEMENTAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. SKINNER, A.;THOMSON, A.M. Duffield: Exercícios na Água. São Paulo: Ed. Manole, 
1985. Leitura do Capítulo 1. 
2. SACCHELLI, T.; ACCACIO, M. P.; RADL, A. L. M. Fisioterapia Aquática. Barueri: Editora 
Manole. 2007. Leitura do Capítulo 1. 
3. Artigos 
- CANDELORO, J.M.; CAROMANO, F. A. Discussão crítica sobre o uso da água como 
facilitação, resistência ou suporte na hidrocinesioterapia.ACTA FISIATR 2006; 13(1): 7-11. 
- COSTA, D.P.M.; LUCENA, L.C. VELOSOS, L.S.G. Aplicabilidade terapêutica dos princípios 
físicos da água. Centro de Ciências da Saúde/Departamento de Fisioterapia/MONITORIA 
UFPB-PRG / XI Encontro de Iniciação à Docência. 2008. 
RESUMÃO PRINCIPAIS “PF” DA ÁGUA 
 
 
3 PROPRIEDADES 
FISICAS DA 
ÁGUA 
Pressão Hidrostática: 
Retorno venoso/linfátic., 
reduz edema, forta-
lece mm inspiratórios e 
promove estabilidade ar-
ticular. 
 
 
 
Empuxo / Flutuação: 
Promove descompressão 
articular e aumenta a ADM 
articular, fortalece nos mo-
vimentos contra o empuxo. 
Viscosidade: 
Oferece resistência aos mo-
vimentos fortalecendo, o 
tempo de resposta das rea-
ções de equilíbrio e retifica-
ção, estabilidade articular, 
reduz mov. involuntários. 
 
 17 
5. Efeitos / Benefícios e Precauções da Fisioterapia Aquática 
5.1 Efeitos 
a. Trabalho mio-articular global; 
b. Redução da dor muscular e articular; 
c. Redução do tônus muscular (neuro); 
d. Redução do espasmo muscular, espasmo de proteção e relaxamento; 
e. Redução de edema com melhora da circulação sangüínea e linfática; 
f. Aumento de ADM e flexibilidade; 
g. Melhora progressiva da força muscular; 
h. Alívio de peso corporal  descompressão articular  menor desgaste articular ; 
  alívio da pressão sobre proeminências ósseas; 
Esta redução de peso pode facilitar a manipulação de obesos e plégicos ou dificultar pela 
falta de fixação; 
i. Melhora das reações de equilíbrio e retificação corporal; 
j. Melhora da coordenação motora e do controle postural; 
k. Aumento do estímulo sensorial (tátil, visual, vestibular e proprioceptivo); 
l. Aumento da capacidade respiratória e cardiovascular; 
m. Relaxamento dos órgãos de sustentação (coluna vertebral) 
n. Melhora das trocas gasosas propiciando condicionamento cardiopulmonar e treinamento 
dos músculos respiratórios; 
o. Melhoria da orientação espaço-temporal. 
p. Melhora das trocas teciduais pelo  de metabolismo auxiliando no retorno venoso; 
q. Melhor condição da pele pela vasodilatação periférica; 
r. Reeducação precoce da marcha; 
s. Melhora da interação social / socialização; 
 
5.2 Precauções 
* Quedas e imersões inesperadas; 
* Não suspender a Fisioterapia de solo; 
* Vestuários adequados e higiene pessoal; 
* Respeito à condição física e psicológica do paciente; 
* Adaptação das instalações às necessidades; 
* Observar a temperatura e cloração da água (PH = 7,2 a 7,6 ); 
* Solicitar hidratação após a sessão, devido a perda hídrica (durante a sessão também pode 
hidratar-se); 
* Uso de diuréticos (soma do efeito diurético da imersão com medicação); 
 18 
* Orientar um tempo na sala de espera após sessão  evitar a troca brusca de temperatura; 
* Cuidado com lesões e queimaduras devido distúrbio sensitivo, especialmente em membros 
inferiores (AVC, TCE, TRM, diabetes, etc...) 
* Cuidado com quadros agudos devido excesso de mobilização; 
 
6. O Uso de Artefatos Aquáticos 
 Existe uma gama de artefatos que podem ser utilizados pelo Fisioterapeuta durante 
a sessão de hidroterapia, porém deve-se ter o cuidado para não usar em demasia. Existem 
os flutuantes, que são a grande maioria e possuem funções como assistência, sustentação, 
resistência, posicionamento do paciente, alongamento, equilíbrio estático ou dinâmico, 
propriocepção, coordenação, sensibilidade tátil, relaxamento, e tração articular; os não 
flutuantes ou de peso que possuem funções como estabilização, tração ou descompressão 
articular. 
O uso de diferentes artefatos oferece ludicidade e desafio no decorrer das sessões 
de fisioterapia aquática. Conforme evolução do paciente vai se mudando o tipo e a 
quantidade de flutuadores utilizados impondo outras dificuldades e/ou facilidades de acordo 
com cada paciente. 
 
ATENÇÃO PESSOAL! 
 
 
 
 
 
6.1 Classificação de Artefatos: 
a) Fuller (2000) classifica em equipamentos de segurança, acesso, flutuação, pesos, 
recreativos e de resistência baseado no arrasto. 
b) Koury (2000); Larsen (2001); Fuller (2000) classificam como móveis ou portáteis e fixos, 
além de mencionarem as órteses. 
c) Bates e Hanson (1998) classificam em equipamentos de segurança, terapêutico e de 
exercício. 
 
A seguir, na Tabela 1 estão as cargas correspondentes de alguns artefatos flutuantes. 
 
 
 
 
 
“NÃO É INDICADO UTILIZAR ARTEFATOS DE PESO PARA FORTALECIMENTO 
MUSCULAR NA ÁGUA, POIS COMO A DENSIDADE DO PESO É MUITO MAIOR QUE 
1, ELE ANULA, NEUTRALIZA A AÇÃO DO EMPUXO, GRANDE DIFERENCIAL DO 
MEIO AQUÁTICO.” 
 19 
Tabela 1 – Peso Hidrostático de alguns Artefatos Aquáticos. 
 
 
Fonte: MARTINEZ, 2007. 
 
 Em 2005 e 2011, foram publicados dois estudos de Martinez et al. intitulados 
“Determinação da carga de flutuantes de implementos flutuantes utilizados em hidroterapia e 
hidroginástica” e “Caracterização das Cargas de Flutuação de Implementos de Hidroginástica 
e Hidroterapia”, os quais apresentam a pesquisa a respeito dos artefatos aquáticos. Estão 
disponível em: <http://www.ufrgs.br/biomec/articles%202/11%20(XI)%20CBB/Ghiorzi%20-
%20Carga%20Flutu%20Implementos.pdf> e 
http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/3628. Na página 23 do 
Capítulo 2 do Livro da Parreira e Baratella também se encontram algumas informações sobre 
artefatos/materiais. Leiam e complementem o conhecimento! 
 
 A seguir encontrarão o registro fotográfico e os nomes dos artefatos (flutuadores e 
de peso) que se encontram no Complexo de Hidroterapia da UNISC, este manual foi 
elaborado pela bolsista Alexandra Naue em 2009 e complementado pela bolsista Taís Borges 
em 2013 acrescentando as novas aquisições para as aulas práticas e atendimentos. Ao 
apresentá-los a vocês, temos por objetivo a padronização da nomenclatura usada e que 
Artefato Peso Hidrostático 
Halter Mini 750 gf 
Halter Médio 1.25 Kgf 
Halter Grande 1,9 Kgf 
Caneleira Pequena 500 gf 
Caneleira Média 1,2 Kgf 
Caneleira Grande 1,55 Kgf 
Sorriso Pequeno 900 gf 
Sorriso Médio 1,2 Kgf 
Sorriso Grande 1,55 Kgf 
Palmar tipo morcego 350 gf 
Aquatubo com furo 4,2 Kgf 
Aquatubo sem furo 4,6 Kgf 
Aquatubo encharcado 3,6 Kgf 
Prancha Pequena 1,5 Kgf 
Prancha Média 2,2 Kgf 
Prancha Grande 3,1 Kgf 
Prancha Peixe 450 gf 
Bóia de Braço inflável 2,75 Kgf 
Cinturão / Cinto Pélvico Grande 3,7 Kgf 
 20 
aprendam como devem ser utilizados. Lembramos que o uso dos artefatos otimiza e 
potencializa as ações da fisioterapia aquática, porém sem eles, também é possível se fazer 
um bom trabalho. 
 Não se teve por objetivo listar as funções de cada artefato, pois cada acadêmico ou 
profissional utilizando sua criatividade pode inovar, criar e estabelecer novas funções. 
 
 
ARTEFATOS DE POSICIONAMENTO 
 
Figura 11. Colete flutuador de E.V.A adulto Figura 12.Colete flutuador de E.V.A infantil 
 
 
 21 
Figura 13. Colete flutuador de isopor Figura 14. Colete flutuador inflável 
 
Figura 15. Cinto pélvico de E.V.A Figura 16. Cinto para fixação de coluna vertebral 
 
 Figura 17 a/b. Colar cervical inflável e de neoprene com isopor 
 
Figura 18. Colete adaptado para posicionamento de tronco em ortostase 
 
 
 22 
 
ARTEFATOS PARA MMSS 
 
Figura 19; 20 e 21. Halteres flutuadores triangular, circular e tipo morcego. 
 
 
Figura 23. Haltere tipo Barrão 
 
 
Figura 24. Aquapalm de PVC Figura 25. Aquapalm de EVA 
 
 23 
Figura 26. Flutuadores infláveis de braçoARTEFATOS PARA MMII 
 
Figuras 27. Prancha de propriocepção Figura 28 a e b. Caneleiras flutuadoras 
 
Figura 29. Caneleiras de peso Figura 30. Caneleira Flutuadora 
ARTEFATOS EM GERAL 
 
Figura 31. Aquatubo ou espaguete Figura 32. Disco de propriocepção 
 
 24 
 Figura 33. Step de alumínio e E.V.A 
 Figura 34. Step de plástico 
 
Figura 35. Sorriso ou Feliz Figuras 36 e 37. Bolas de propriocepção (30 cm e 10 cm). 
 
 
Figura 38. Cânulas de menor e maior calibre 
 
 
Figura 39. Active roll ou ‘’pepino’’ 
 25 
 
Figura 40. Bastão com ou sem peso 
 
 Figura 43. Cama elástica aquática 
 
 
Figura 44, 45 e 45 a. Faixa elástica, tubbing elástico e puxador Mercur 
 
Figura 41. Prancha flutuadora 
 
Figura 42. Bóia circular inflável 
 26 
 
Figura 46. Tapetes flutuadores. Figura 47. Argolas flutuadoras 
 
 
 
Figura 48. Andador de PVC Figura 49. Prancha flutuadora motivos infantis 
 
 
7. DIVERSIDADES DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA 
 Este item abordará diversos temas da hidroterapia, entre eles variáveis a considerar 
num movimento quando imerso, indicações e contraindicações. 
 
7.1 - Variáveis a serem consideradas durante o movimento na água 
7.1.1. Propriedades físicas da água: 
 27 
7.1.2. Força gravitacional (nível de imersão); 
7.1.3. Velocidade e aceleração do movimento; 
7.1.4. Área - superfície do segmento deslocado (corpo e artefatos); 
7.1.5. Princípios das alavancas - ângulos de movimento; 
7.1.6. Artefatos que podem ser utilizados para resistência, facilitações ou posicionamentos; 
7.1.7. Temperatura da água; 
7.1.8. Dinâmica muscular e articular; 
7.1.9. Cinestesia aquática (sensibilidade); 
7.1.10. Atividade via reflexa; 
7.1.11. Relaxamento e tensão muscular (tônus); 
7.1.12. Tipo de atividade proposta na sessão. 
7.1.13 Nível de adaptação ao meio líquido. 
 
Quais os por quês destas variáveis interferirem no movimento na água? 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 
7.2 - Indicações da Fisioterapia Aquática 
 As indicações da hidroterapia são diversas, elas podem ser divididas indicações 
relacionadas a patologias, subdivididas em áreas e por sinais e sintomas, pois muitos 
pacientes chegam até a fisioterapia sem ter um diagnóstico clínico definido e sim, muitas 
vezes, com uma hipótese de diagnóstico. 
 
 
7.2.1 - Quanto às patologias 
Neurológicas: Parkinson, Alzheimer, seqüelas de AVE, TRM, poliomielite, polineuropatias, 
TCE, PC, tumores do SNC, doenças degenerativas do SN, distrofias musculares, lesões 
periféricas de nervos, síndromes neurológicas (Down, Guillan Barré) e pós-operatórios em 
geral. 
Ortopédicas e Traumatológicas: fraturas consolidadas ou em fase de consolidação, 
alterações posturais, pós-lesões traumáticas como entorses, luxações, subluxações, pós-
operatórios ósseos e articulares, discopatias degenerativas, etc.. 
 
 28 
Reumáticas: AR, febre reumática, espondilite anquilosante, osteoartrites ou artroses, 
tendinites, bursites, capsulites, miosites, polimialgias, fibromialgia, etc.. 
Respiratórias: asma brônquica, bronquite crônica, enfisema pulmonar, fibrose cística, 
seqüelas de infecções respiratórias, pós-operatórios, etc.. 
Ginecologia e Obstetrícia: pré e pós parto, dismenorréias, pré e pós cirurgia de mama e, 
outras. 
Cardíacas: hipertensos, alterações valvulares, etc... 
Endócrinas: obesos, alterações da tireóide, etc... 
Psíquicas/Mentais: depressão, neuroses, autismo, deficiências mentais em geral. 
 
7.2. 2 - Quanto a sinais e sintomas 
Dor; 
Edema; 
Desvios da marcha; 
Amplitude de movimento articular diminuída; 
Fraqueza muscular e falta de resistência muscular; 
Incoordenação motora e falta de equilíbrio; 
Resistência cardiovascular diminuída; 
Déficit de sensibilidade (todas); 
Contraturas e encurtamentos; 
Deficiência na propriocepção; 
Atividades de vida diárias comprometidas e 
Falta de interação social. 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
Comentário sobre o ciclo da dor durante a imersão 
 
 
 
 Bates e Hanson, 1998. 
 
Comentário sobre amplitude de movimento 
 
 Passivo Ativo Ativo-assistido 
 
 Força Contração Músculo e força 
 externa muscular externa 
Bates e Hanson, 1998. 
 
 
 
Trauma físico
“Overuse”
Tensão muscular
Imobilização
Doença 
Cirurgia
 
Movimento 
prejudicado 
Disfunção 
muscular 
e/ou arti-
cular 
Reduz o medo 
de movimentar 
a articulação 
Reduz a 
sensação 
de dor 
Reduz o 
espasmo 
Aumenta a 
circulação 
Imersão 
em água 
aquecida 
Mão do fisio; 
Mão do pcte; 
Efeito esteira; 
Turbulência; 
Força da flutu-
ação/empuxo. 
 30 
 
7.3 Classificação dos exercícios na água utilizando ou não alguns artefatos 
(USAR o capítulo 2 “Hidrocinesioterapia – Mecânica dos Fluídos” da Flavia Martinez do 
Livro Fisioterapia Aquática de Patrícia Parreira e Thaís Baratella, 2011). 
 
A) Exercícios Passivos 
Objetivos: ganho de amplitude de movimento articular (ADM), relaxamento, analge-
sia, tração ou decoaptação articular, mobilização articular, oferece estímulos extero e 
proprioceptivos, entre outros. 
A1) Passivos manuais 
A2) Passivos pela pressão anterior da água/arrasto 
A3) Passivos pelo fluxo de esteira 
A4) Passivos pela flutuação 
 
B) Exercícios Ativo-assistidos 
Objetivos: idem passivos. 
 
C) Exercícios de Facilitação – indicados para grupos musculares com força 
menor que 3 na escala de Oxford. Uso de flutuadores. 
 
D) Exercícios Resistidos 
Objetivos – aumentar a força muscular, a resistência muscular localizada e auxiliam 
no ganho de condicionamento aeróbio. 
D1) Exercícios com uso de sobrecarga 
D2) Exercícios com uso de extensores ou materiais elásticos 
D3) Exercícios por resistência manual 
D4) Exercícios resistidos pelo empuxo ou flutuação 
D5) Exercícios resistidos por flutuadores (simples, combinado dinâmico e combinado 
estático-dinâmicos) 
D6) Exercícios resistidos pela turbulência/arrasto 
D7) Exercícios mistos 
D8) Exercícios complexos. 
Exemplos de exercícios (serão realizados na piscina): 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
Pessoal, pesquisem e na 
próxima aula prática a-
presentarão o exemplo 
de cada tipo de exercício 
na piscina! 
 31 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
 
“Anote os porquês das contraindicações abaixo.” 
 
7.4 Contraindicações da Fisioterapia Aquática 
É imprescindível que o fisioterapeuta domine as contraindicações da hidroterapia, 
pois, se não submeter o paciente a uma avaliação fisioterapêutica para investigar possíveis 
contraindicações haverá o risco de prejudicar este paciente. A imersão provoca aumento do 
gasto energético e perda hídrica e de eletrólitos. 
A hidroterapia é uma especialidade fantástica, porém, como qualquer outra especia-
lidade ou recurso da fisioterapia possui situações em que seu uso está contraindicado. 
Existem as contraindicações absolutas e as relativas e é muito importante saber o porquê 
das contraindicações para realmente poder avaliar se o paciente pode ou não fazer uso desta 
terapêutica. 
 
7.3.1 - Contraindicações Absolutas 
 Febre acima de 37,5ºC 
__________________________________________________________________________ 
 Infecções e inflamações agudas 
__________________________________________________________________________ 
 32 
 Úlceras de pressão; 
__________________________________________________________________________ 
 Fase aguda de trombose venosa profunda; 
__________________________________________________________________________ 
 Doenças contagiosas que estejam com lesão aberta; 
__________________________________________________________________________ 
 Insuficiência cardíaca descompensada; 
__________________________________________________________________________ 
 Insuficiência renal severa; embolia pulmonar recente: 
__________________________________________________________________________ 
 Pressão arterial alterada sem controle medicamentoso; 
__________________________________________________________________________ 
 Epilepsia não controlada; 
__________________________________________________________________________ 
 Alergia as substâncias químicas usadas na água; 
 Capacidade vital muito reduzida; 
__________________________________________________________________________ 
 Pânico da água; 
__________________________________________________________________________ 
 Fratura na base do crânio 
__________________________________________________________________________ 
 AVE recente 
__________________________________________________________________________ 
 Tímpano perfurado. 
__________________________________________________________________________ 
 
7.3.2 - Contraindicações Relativas 
 Incontinência fecal e urinária; 
__________________________________________________________________________ 
 Epilepsia bem controlada; 
 Hipertensão ou Hipotensão; 
 Lesão aberta (extensão); 
__________________________________________________________________________ 
 Hemofilia, HIV; 
__________________________________________________________________________ 
 Diabetes; 
 33 
__________________________________________________________________________ 
 Enfarto do miocárdio e angina instável; 
__________________________________________________________________________ 
Tratamento radioterápico ou com esteróides em andamento ou recente; 
__________________________________________________________________________ 
 Ausência do reflexo da tosse, traqueostomia; 
__________________________________________________________________________ 
 Paciente com severa diminuição da habilidade de regular a temperatura corpórea; 
__________________________________________________________________________ 
 Esclerose múltipla (excesso de calor/fadiga); 
__________________________________________________________________________ 
 Soro intravenoso; 
 Colostomia, iliostomia; 
__________________________________________________________________________ 
 Aparelho de Ilisarof; 
__________________________________________________________________________ 
 Medicamentos diuréticos; 
__________________________________________________________________________ 
 Alterações tireoidianas muito importantes; 
__________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
8. EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO 
 
Abreviações 
RVP: resistência vascular periférica 
PA: pressão arterial 
PH: pressão hidrostática 
RV: retorno venoso 
FC: frequência cardíaca 
 
OUTRA AULA FUNDAMENTAL, 
VAMOS EM FRENTE 
TURMINHA! 
 34 
A água é um meio muito diferente do ar. Ao ser inserido neste novo meio o organis-
mo é submetido a diferentes forças físicas e em consequência realiza uma série de 
adaptações fisiológicas. 
8.1 SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 
Na PA: Vários autores endossam a ideia de que nos primeiros instantes da imersão em água 
ocorre uma vasoconstrição periférica devido a pressão hidrostática, densidade e viscosidade, 
aumentando a RVP e ocorrendo por isso, um leve aumento da PA. Porém, logo que corpo 
começa a absorver calor, ocorre vasodilatação das arteríolas e queda da PA. Há aumento da 
pressão intratorácica, na pressão venosa central, na pressão arterial pulmonar. 
 
No RV: Como vários autores demonstraram, imediatamente após a imersão, em consequên-
cia da ação da PH, 700 ml de sangue são deslocados dos membros inferiores para os vasos 
do tronco, tórax e coração, causando aumento no retorno venoso (o sistema venoso é muito 
sensível às alterações externas de pressão. A pressão venosa começa a aumentar com a 
imersão até o processo xifóide e aumenta até que o corpo esteja completamente submerso. 
 
No volume sanguíneo: Ocorre um aumento do volume sanguíneo central em 60% sendo 
que, um terço desse volume é apanhado pelo coração e o restante pelos grandes vasos dos 
pulmões. O volume cardíaco aumenta de 27 a 30% com a imersão até o pescoço, porém o 
coração não é um receptáculo estático. O aumento da força de contração é a resposta 
cardíaca sadia ao aumento do volume (distensão). À medida que o coração distende-se 
produz uma melhor relação entre os filamentos de actina e miosina, favorecendo a eficiência 
do miocárdio, ou seja, segundo a Lei de Starling, o aumento do volume sangüíneo cardíaco 
leva a contrações mais intensas do miocárdio e, consequentemente, ao aumento do volume 
sistólico e não aumento da freqüência cardíaca, com conseqüente aumento do débito 
cardíaco. 
 
Frequência Cardíaca: Uma grande variedade de autores considera que há diminuição da FC 
(bradicardia) quando comparado a mesma atividade em solo. O débito cardíaco (VS X FC), 
aumenta de 30 a 32% associados a uma diminuição de aproximadamente 10 bpm ou de 4 a 
5% na FC em relação a posição bípede no solo. Existem inúmeras teorias que explicam por 
 35 
que a FC é mais baixa no meio líquido: reflexo de mergulho (resultante da interação de 
fatores mecânicos e neurais: bradicardia, vasoconstrição periférica e desvio de sangue para 
os órgãos vitais), dissipação do calor, etc. Contudo, a FC tende a aumentar com a elevação 
da temperatura e como resultado da intensidade do exercício. 
 
 
   
 
 
   
 
 
    
 
 
    
 
 
  
 
 
Fonte: BECKER E COLE, 2000 pg. 35; RAMOS, ACCACIO, AMBRÓSIO, 2007 pg.17 
8. 2 SISTEMA PULMONAR / RESPIRATÓRIO 
 O sistema pulmonar é profundamente afetado pela imersão do corpo no nível do 
tórax, devido principalmente à compressão sofrida pela pressão hidrostática. Esse efeito se 
deve a dois aspectos: 
- à concentração do sangue na cavidade torácica (aumento do volume central); 
- à compressão da parede torácica e abdome pela água. 
 O centro diafragmático desloca-se cranialmente, a pressão intratorácica e a pressão 
transmural nos grandes vasos aumentam. Essas alterações, causadas pela PH na parede 
torácica e pelo deslocamento do sangue para a cavidade torácica aumentam o trabalho 
respiratório em 65%. 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 Devido ao aumento do volume sangüíneo no tórax e às forças hidrostáticas que 
estão agindo em oposição à musculatura respiratória, durante a imersão, a pressão na caixa 
torácica diminui a circunferência da mesma em aproximadamente 10%. 
 
A capacidade vital: quantidade máxima de ar que pode ser inspirada e depois expirada. 
Compõe-se do VRE (volume de reserva expiratório) + VRI (volume de reserva inspiratório) + 
VC (volume corrente). A capacidade vital sofre uma redução de 6,0%. 
 
IMERSÃO COM A CABEÇA PARA FORA DA ÁGUA 
   
 
 
 
   
 
 
 
     
 
 
 
    
 
 
 
    
  
 
  Trabalho Respiratório 
60% - 65 % 
 
  
Fonte: BECKER E COLE, 2000 pg. 38; RAMOS, ACCACIO, AMBRÓSIO, 2007 pg.19 
. 
 
8. 3- SISTEMA RENAL 
 
 A imersão aquática tem muitos efeitos no fluxo sanguíneo renal, sistemas 
reguladores renais e nos sistemas endócrinos. De um modo geral pode-se dizer que a 
expansão volumétrica central (no coração) causa aumento da na eliminação urinária a qual é 
acompanhada por uma significante excreção de sódio e potássio, que começa imediatamente 
após a imersão. 
 
 
 
 
 O papel da diurese na imersão é explicado como um forte mecanismo compensador 
homeostático para contrabalançar a distensão sofrida pelos receptores pressóricos 
cardíacos. 
 A distensão atrial esquerda provoca uma resposta vagal que diminui a atividade 
simpática renal. A redução dessa atividade aumenta o transporte de sódio nos túbulos 
A resposta renal à imersão inclui o débito urinário aumentado (diurese) com perda de 
sódio, potássio e supressão de angiotensina, renina e aldosterona plasmática. 
 
 37 
aumentando sua excreção, a qual é acompanhada por água livre - esse fato é responsável 
pela maior parte do efeito diurético da imersão. A distensão atrial provoca um aumento na 
liberação do fator atrial natriurético o qual facilita a excreção de sódio e a diurese. Ainda em 
decorrência disso a resistência renal vascular diminui em cerca de 1/3. 
 Por outro lado, a função renal é altamente regulada pelos hormônios renina, 
aldosterona e pelo hormônio antidiurético (ADH). Todos esses hormônios são grandemente 
afetados pela imersão: 
- a aldosterona controla a reabsorção de sódio nos túbulos renais distais e justifica a maior 
parte da perda de sódio durante a imersão; 
- a liberação do ADH é suprimida com a imersão de 50% para mais; 
- a renina estimula a angiotensina que por sua vez estimula a liberação de aldosterona; 
 
 
  
 
 
  
 
 
     
 
 
  
    
 
  
 
  
 
Fonte: BECKER E COLE, 2000 pg. 43 
 
 
Algumas informações para relembrar 
________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________ 
IMERSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
OBS: Tendo em mente essas alterações, é importante fisioterapeuta orientar o seu paciente, 
quanto à necessidade de hidratação durante e após a sessão. Isso vale também para o 
profissional. 
 
8.4 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
 
 A imersão na água também causa significantes efeitos no sistema musculoesqueléti-
co, os quais são causados pelos efeitos compressivos da imersão, bem como pela regulação 
reflexa do tônus dos vasos sanguíneos. Vários estudos concluíram que durante a imersão é 
provável que a maior parte do débito cardíaco aumentado seja redistribuída para a pele e 
músculos. Acredita-se que o fluxo sanguíneo muscular de repouso aumente de aproximada-
mente 1,8 ml/min/100g de tecido para 4,1 ml/min/100g de tecido com a imersão até o nível 
do pescoço. 
Como consequência do fluxo sanguíneo elevado, há: 
a) > distribuição de oxigênio; 
b) > eficiência na remoção de produtos tóxicos do metabolismo muscular; 
c) Redução do espasmo muscular; 
 
 A viscosidade da água produz resistência tridimensional durante toda a imersão por 
isso as contrações das unidades motoras são sincrônicas. Vários autores concordam que 
não existe em nenhum momento contração excêntrica no meio aquático, quando se trabalha 
sem artefato flutuador, e, nestes casos, todo trabalho muscular é concêntrico. Já com o uso 
de materiais flutuadores, seria o contrário do exercício em solo, ou seja: movimentos para 
cima, contra a ação da gravidade são excêntricos e movimentos para baixo a favor da ação 
gravitacional seriam concêntricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 50. Contrações Musculares em solo e em imersão. 
 Fonte: Di Masi, 2000 
8. 5 SISTEMA TERMORREGULADOR - EFEITOS DA TEMPERATURA 
 
O hipotálamo é o centro coordenador dos processos de regulação de temperatura 
sendo estimulado por receptores térmicos a nível cutâneo ou pela temperatura do sangue 
que perfunde o próprio hipotálamo. 
A temperatura corporal se mantém em torno de 37° podendo variar 1°C a mais ou a 
menos, e o sistema termorregulador é o responsável em manter esta temperatura 
relativamente constante no corpo, realizando um equilíbrio entre a produção e a perda de 
calor. Quando este equilíbrio é afetado o organismo lança mão de mecanismos termorregu-
ladores para estabilizá-lo. 
É importante lembrar que a temperatura corporal é diferente da temperatura da pele, 
a qual é de aproximadamente 33°C. 
Conformea pele é aquecida os vasos sanguíneos superficiais (periféricos) se dilatam 
aumentando o suprimento sanguíneo periférico e por condução este sangue aquecido eleva 
a temperatura das estruturas subjacentes (músculos ativos). 
A sensação de frio e calor é muito individual, podendo variar em cada indivíduo de 
acordo com fatores como formação corporal, raça e costumes. Lesões neurológicas também 
podem alterar a sensibilidade térmica. 
 40 
Uma elevação geral da temperatura corporal na terapia em piscina aquecida é inevitável, 
varia de paciente para paciente, e ocorre geralmente devido a dois fatores: 
 a temperatura da água geralmente está acima da temperatura da pele, e assim o corpo 
ganha calor através das áreas imersas (absorção do calor da água); 
 o calor produzido à partir da conversão de energia durante o exercício. 
Assim conclui-se que quanto mais elevada a temperatura da água menor deve ser o tempo 
de exposição. 
 
8.6 SISTEMA NEUROLÓGICO 
 
8.6.1 O porquê da Fisioterapia Aquática em Neurologia? Qual a influência/ação das 
propriedades físicas sobre este sistema? 
 Viscosidade 
  tempo de resposta das reações de equilíbrio e retificação corporal - MARCHA; 
 movimentos involuntários; 
 propriocepção; 
 estabilização da postura e do movimento 
 
 Promove consciência sensorial aumentada por estimular os mecanorreceptores. 
 
 Empuxo / flutuação – alívio de peso corporal 
 Redução da sobrecarga corporal  redução da compressão articular  SNC interpreta 
estímulo de pressão reduziu 
 Musculatura relaxa, reduz + a compressão e reduz a dor 
 
 Temperatura aquecida da água 
  Tônus muscular (“hipertonia/espasticidade”) 
 Relaxamento Muscular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em cada cm
2 
de pele temos: 
 
200 sensores para a dor (+ lentos em 
se comunicar com o cérebro) 
25 sensores para o tato 
12 sensores para o calor 
02 sensores para o frio 
nº ignorado para a pressão 
 
 
 41 
 
8.6.2 - A teoria da comporta da dor explica: 
 A dor depende do somatório da estimulação sensorial e não apenas da descarga de 
receptores especializados da dor. 
 A sensação da dor está sujeita a controle central capaz de modular a transmissão 
da informação dolorosa, o que pode influenciar na percepção da dor. 
 Na imersão  a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas pela sobrecarga 
sensorial) “”Mascaramento da dor”” 
 
8.6.3 - Efeitos Fisiológicos da Imersão sobre o Sistema Nervoso 
Os sensores corporais do calor são estimulados pela água aquecida  informação 
de relaxamento chega primeiro no SNC, antes dos sensores da dor. 
 “TEORIA DA COMPORTA DA DOR” 
 (as fibras de tato e pressão – grosso calibre – são bem + estimuladas que as da dor - 
fino calibre – sendo assim o estímulo de tato e pressão chega antes que o de dor ao SNC) 
 
Imersão em água aquecida 
 
Altera liberação de neurotransmissores 
(catecolaminas que regulam a FC e a resistência Vascular) 
Logo após a imersão 
 
 níveis de epinefrina 
 níveis de norepinefrina 
 níveis de dopamina 
///////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////////// 
Empuxo gera instabilidade na água 
 
Sistema vestibular + solicitado 
 
Treino de Equilíbrio Estático e Dinâmico 
 
Resistência da PH e da viscosidade  ajuste tônico 
 
Aumenta o estímulo do fuso neuromuscular aumentando a propriocepção o que favorecerá a 
formação de inputs sensoriais, necessários para a formação do esquema corporal. 
 42 
 
 A seguir tem a indicação de alguns materiais para complementar o conteúdo, MAS, 
PROCURE OUTROS, SEJA CURIOSO! 
 
ARTIGOS PARA COMPLEMENTAÇÃO DO CONTEÚDO 
1. Efeitos fisiológicos da imersão e do exercício na água FÁTIMA A. CAROMANO* 
MÁRIO ROBERTO F. THEMUDO FILHO** JULIANA MONTEIRO CANDELORO - Revista 
Fisioterapia Brasil - ano 4 - nº 1 - jan/2003 poolterapia.com.br 
2. Movimento na água Fátima A. Caromano - Fisiot. Brasil- vol. 4, n. 2- março/abril de 2003. 
poolterapia.com.br. 
3. Capítulo 1 do livro Fisioterapia Aquática de Parreira e Baratella, 2011. 
 
 
 
9. Bad Ragaz, Halliwick, Watsu e Ai Chi e outros. 
 Atualmente existem dezenas de métodos em Fisioterapia Aquática, além do Bad 
Ragaz, Halliwick, Watsu e Ai Chi que são os primeiros a serem desenvolvidos e utilizados até 
os dias de hoje também foram criados: reflexologia aquática, aquadinamic, quiropraxia 
aquática, water dance, healing dance, feldenkrais, jahara, aquatic being, entre outros. 
 No capítulo 14 – Relaxamento Aquático do livro Fisioterapia Aquática de Patrícia 
Parreira e Thaís Verri Baratella, Editora Manole, 2011 você encontra informações sobre 
alguns destes métodos. 
 
9.1 Método dos Anéis de Bad Ragaz 
 É um método originado na Suíça, na cidade de Bad Ragaz, em 1960, foi 
aperfeiçoado por terapeutas alemãs. Anéis referem-se ao uso de artefatos flutuadores na 
cervical, na pelve e nos tornozelos. 
 Posicionamento: paciente permanece na horizontal (geralmente em DD, pode ser 
usado o DV e o DL também, mas com menor frequência). 
 As cadeias de exercícios são geralmente fechadas, sendo assim cuidado com 
pacientes que não podem ter compressão articular. O ponto fixo é predominantemente a 
estabilização realizada pelo fisioterapeuta. 
Tem muitos! 
 43 
 O método trata-se de um programa de resistência progressiva (com exceção dos 
padrões passivos) onde a resistência é representada pelo peso do paciente e varia com a 
intensidade do exercício (> ou < velocidade), além de fixação do fisioterapeuta. 
Objetivos principais: fortalecimento muscular, alongamento (mais de tronco), inibi-
ção de tônus e relaxamento com padrões passivos; 
 Padrões: utilizam-se padrões combinados de movimentos em espiral com padrões 
diagonais no plano horizontal, estes podem ser de tronco, MI e MS. Skinner e Thomson em 
1986b classificaram os padrões em isotônicos e isométricos, mais tarde, em 1998 segundo 
Schoendinger são: passivo, isométrico, isotônico e isocinético. 
 Pegadas: quanto mais proximal ou mais perto do centro de flutuação a fixação pelo 
fisioterapeuta, maior será seu controle sobre o movimento, com pegadas proximais o 
paciente se sente mais seguro. 
 Nível da água: o ideal é a nível entre cintura e linha mamilar para o fisioterapeuta, 
este deve usar a mecânica corporal adequada, tórax para cima, ombros para baixo, suporte 
abdominal, ampla base de apoio e transferência de peso de um MI para o outro em vez de 
rotação de tronco. 
Padrões com desenhos para visualização 
 Em todos os padrões o fisioterapeuta deve orientar o usuário a manter o alinhamento 
da cabeça com esterno, orientar a respiração correta para que não façam apnéia durante os 
exercícios, assim como observar compensações em todo o corpo. 
 É importante a avaliação inicial para determinar o quanto se pode exigir do indivíduo, 
inclusive os ângulos de movimentos solicitados. 
 O comando verbal do fisioterapeuta determina o padrão que se quer realizar (passivo 
/ isométrico / isotônico) e deve ser constante durante a execução. 
 
Atenção com pessoas que tenham labirintite, sensibilidade da água nos ouvidos e outros 
comprometimentos que causem náuseas e tonturas, estes podem estar contraindicados. 
 
1. Padrões Isométricos 
1.1) Membros Inferiores 
Padrão de ABDUÇÂO das pernas (membro inferior direito) 
 Posição inicial – DD (uso de colete flutuador e flutuador na pelve) e com ABD dos MMII, 
uso de flutuador no tornozelo D. 
 44 
 Pegada – mãossobre faces externas do MIE (coxa e perna) 
 Ação – Usuário: manter MMII em Abdução 
 - Fisioterapeuta: empurrar o paciente em torno de um círculo. 
Obs.: Pode se fazer para adutores, porém muda-se a pegada e o sentido do movimento  
mãos sobre as faces internas no MIE e terapeuta “puxa” o paciente em torno de um círculo 
(sentido anti-horário). Também se pode fazer bilateral dependendo o objetivo terapêutico e o 
grupo muscular a ser trabalhado. 
 
 Figura 51. Padrão de abdução do MID. 
 
1.2) Membros Superiores 
Padrão de ABDUÇÂO dos braços (MMSS) 
 Posição inicial – DD (uso de colete flutuador e flutuador na pelve) com ABD dos MMSS em 
90°. 
 Pegada: ABD – pegada nos pés (calcâneo e dorso dos pés) 
 AD – pegada nos ombros e parte da escápula (flutuador nos tornozelos). 
 Ação – Usuário: manter MMSS em Abdução 
- Fisioterapeuta: empurrar o paciente em linha reta caminhando para frente. 
Obs.: Pode-se trabalhar uni ou bilateral e variar o ângulo de abdução dos MMSS. 
 
 
 Figura 52. Padrão de ABDUÇÂO e Padrão de ADUÇÂO dos MMSS 
 
Abdução 
Fisio empurra pés 
Adução 
Fisio empurra escá-
pulas 
Direção do 
movimento 
FLUTUADORES 
 45 
1.3) Tronco 
 Existem padrões de inclinação lateral e rotações de tronco. Em se tratando de 
padrão isométrico os movimentos são realizados pelo fisioterapeuta e o usuário apenas 
“mantém“ a posição. 
 O fisioterapeuta fica entre os MMII da pessoa com pegada nas laterais na 
pelve e realiza os movimentos, uso de colete flutuador e flutuador na pelve. 
 Inclinação lateral para a direita – fisio gira a pessoa para a direita da pessoa e 
não do fisio. O paciente fica na linha média, não há movimento de inclinação lateral na 
isometria. 
 Rotação para a direita – o fisio roda a pelve para a direita e gira a pessoa em 
círculo também para a direita, esta deve sempre manter a posição. 
 
 
 Figura 53. Padrão de inclinação lateral para D (isométrico) 
2. Padrão Passivo 
Os movimentos e posições são os mesmos dos isométricos, porém o paciente “relaxa” 
durante a execução e não mantém nenhuma posição, apenas o alinhamento cabeça-esterno. 
Geralmente são usados para alongamento, inibição de tônus e relaxamento. 
 
3. Padrões Isotônicos 
Isotônicos de MMII 
3.1) Padrão de ABDUÇÃO do MID 
 Posição inicial – DD com 3 flutuadores, fisio ao lado do MI de repouso (E) 
 Pegada: ABD – mãos na lateral (pé E e coxa E –acima do joelho, sem tocar nos flexores. 
 Ação – Usuário: fazer ABD do MID com rotação interna e extensão de quadril, então 
relaxa esperando o fisio aduzir. 
– Fisioterapeuta: aduz passivamente o MIE e empurra até completar um círculo. 
Obs.: Cuidar a flexão lateral de tronco, pois a pessoa não deve fazer, deve-se manter 
alinhado na linha média. 
 
Inclinação lateral direita 
Fisio gira tronco para direita 
Fisio 
 46 
 
Figura 54. Padrão de abdução e adução do MID 
 
3.2) Padrão de ADUÇÃO do MID 
 Realizar o padrão contrário, fisioterapeuta abduz o MIE passivamente e a pessoa aduz 
o MID. 
 
 Figura 55. Padrão de adução do MID. 
 
3.3) Padrão de ABDUÇÃO e ADUÇÃO de MI 
 O fisioterapeuta ao lado do MI do usuário vai mudando as pegadas (idem 3.1 e 3.2) e 
a pessoa vai alternando realizando a adução e abdução ativamente. 
 
 Figura 56. Padrão de abdução e adução sequencial. 
 
 
Pegada – face lateral do MIE 
Usuário – abduz MID 
Pegada – face medial do MIE 
Usuário – aduz MID 
Fisio aduz MIE para 
reposicionar 
Usuário abduz MID 
Fisio com mãos na 
face medial do MIE 
 47 
3.4) Padrão de ABDUÇÃO e ADUÇÃO bilaterais. 
 Posição inicial – DD com 2 flutuadores. 
 Pegada – Fisioterapeuta (oferece resistência) nos pés com as mãos face medial durante 
a adução e fisio caminha para frente. mãos na face lateral durante a abdução e fisio 
caminha para trás. 
 
 Figura 57. Padrão de abdução e adução bilateral. 
 
3.5) Padrão de transferência de peso 
Posição inicial – DD com 2 flutuadores. Planta de um dos pés (D) apoiada no esterno do 
fisioterapeuta com extensão de quadril e joelho. 
Pegada – Fisioterapeuta com uma mão estabiliza o joelho do MID e a outra mão fica no 
dorso do pé E. 
Comando verbal – mantenha o MID em extensão e puxe o MIE em direção ao seu ombro. 
Mantenha e cuide para não rolar o tronco. 
 Assim a pessoa faz descarga de peso no esterno do fisioterapeuta com o MID e fortalece a 
musculatura flexora (quadril, joelho e tornozelo) do MIE. 
 
 Figura 58. Padrão de transferência de peso para MIE 
 
Isotônicos de tronco 
 Existem dois tipos de padrão isotônico de tronco variando tronco inferior em movimento e o 
tronco superior em movimento, a posição do fisioterapeuta também muda. 
Abdução 
passo para 
trás 
Adução 
passo para 
frente 
 48 
 
3.6) Padrão de flexão lateral de tronco inferior em movimento 
Posição inicial – DD com 3 flutuadores e usuário com dedos entrelaçados atrás da coluna 
cervical. 
 Pegada – fisioterapeuta fica posicionado atrás da cabeça da pessoa, mãos sobre os 
cotovelos fixando também laterais do tronco. As mãos vão mudando de posição para 
reposicionar o usuário. 
 Ação – pessoa flete lateralmente o tronco para os lados. 
Pode ser realizado só para a direita ou só para a esquerda ou ainda para ambos os lados ou 
AINDA, combinado com extensão do tronco sendo que se orienta o usuário a dirigir os MMII 
para o fundo da piscina. 
 
 Figura 59. Padrão de flexão lateral para D de tronco inferior em movimento 
 
3.7) Padrão de rotação pélvica com tronco inferior em movimento 
 Posição inicial – idem a anterior 
 Pegada - idem a anterior 
 Ação - pessoa roda a pelve e MMII para a D ou para a E. 
Pode ser realizado só para a direita ou só para a esquerda ou ainda para ambos os lados ou 
AINDA combinado com flexão e extensão de tronco inferior em movimento. Na flexão 
orienta-se o usuário a dirigir os pés na direção do fisioterapeuta sem fletir os joelhos e na 
extensão orienta-se a pessoa a dirigir para a borda oposta da piscina num plano horizontal. 
Cuidado com a hiperlordose neste último exercício. 
 49 
 
Figura 60. Padrão de rotação pélvica para D com tronco inferior em movimento 
 
3.8) Padrão de flexão lateral com tronco superior em movimento 
Posição inicial – DD com 2 flutuadores, fisioterapeuta entre as pernas do indivíduo 
segurando nas laterais das coxas ou laterais da pelve. 
 Ação – o usuário ativamente realiza a inclinação lateral de tronco, o fisioterapeuta então 
reposiciona. 
Atenção: a posição dos MMSS pode variar para aumentar ou reduzir a resistência (ângulos 
diferentes de abdução de ombros) 
 
 Figura 61. Padrão de flexão lateral para a D com tronco superior em movimento 
 
3.9) Padrão de rotação de tronco superior em movimento 
 Idem anterior, porém com comando para rodar e não inclinar o tronco. 
 
Isotônicos de MMSS 
3.10) Padrão de ABDUÇÃO de um só MS 
 Posição inicial – DD, 3 flutuadores, com adução de MMSS e MMII 
 Pegada – fisioterapeuta ao lado do usuário, uma mão no dorso da mão/punho e outra na 
face lateral do braço OU na escápula. (Na escápula o fisio consegue fixar melhor o paciente) 
 50 
 Ação – pedir que a pessoa afaste o corpo do braço sem fletir o cotovelo. O padrão 
completo envolve abdução associado a rotação externa de ombro e extensão de punho e 
dedos. O fisioterapeuta faz a adução do MS passivamente e vai para frente (círculo). 
 
Figura 62. Padrão de ABDUÇÃO

Outros materiais