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Introdução a Administração Estratégica

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1 
APOSTILA DE TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 
 
Para começar, devemos definir o entendemos por estratégia. Podemos definir 
estratégia como a seleção dos meios empregados para realizar objetivos. Por exemplo, 
se eu quero aumentar a participação de mercado da minha empresa, qual o caminho 
(estratégia) que minha empresa deve adotar? Para responder a isso, há inúmeros 
caminhos possíveis, e cada empresa vai decidir o seu próprio caminho. 
A estratégia nasce da necessidade de se realizar objetivos em situação de 
concorrência, como é o caso da guerra, dos jogos e dos negócios. Se na guerra temos o 
inimigo e o campo de batalhas a serem considerados para conseguirmos tomar o espaço 
dos inimigos, fica fácil perceber o que ocorrerá nos negócios: devemos também mapear o 
terreno e conhecer as forças dos “inimigos” e do ambiente, além de nossas próprias 
forças, para podermos prosperar. 
Podemos então, usar a seguinte definição de estratégia: é um plano que relaciona 
as vantagens da empresa com os desafios do ambiente. O desafio da estratégia é 
adaptar a organização com sucesso no ambiente. 
Como os gerentes adotam de fato uma estratégia específica para a sua 
organização? Existem várias estruturas passíveis de serem adotadas pelos gerentes. O 
referencial mais amplamente aceito e comprovado foi desenvolvido por Michael Porter, da 
Universidade de Harvard. 
Porter propõe que nenhuma empresa pode ter um desempenho num nível acima 
da média, tentando ser tudo para as pessoas. A administração, portanto, precisa 
selecionar uma estratégia que confiar à sua organização uma vantagem competitiva. A 
vantagem competitiva é uma capacidade ou circunstância que propicia à organização 
uma vantagem relativa sobre seus concorrentes. 
O sucesso de longo prazo de qualquer estratégia requer que sua vantagem 
competitiva seja sustentável, ou seja, ela deve resistir à erosão provocada pelas ações 
dos concorrentes ou por mudanças evolutivas no setor. Manter uma vantagem 
competitiva não é uma tarefa simples. 
A tecnologia muda e com ela preferências dos clientes. É importante lembrar que 
algumas vantagens podem ser imitadas. É necessário criar barreiras que dificultem a 
imitação ou que reduzam as oportunidades de concorrência. Há diversas técnicas tendem 
a criar barreiras para os concorrentes: uso de patentes e direitos autorais, economias de 
escala, reduzir preços para obter volume, negociação com fornecedores por meio de 
contratos de exclusividade, incentivo à políticas governamentais protecionistas, etc. 
O caminho para desenvolvermos a estratégia é o planejamento estratégico 
Diversos autores têm diversas idéias a respeito do processo de planejamento, o que faz 
com que nós escolhamos um para seguir. Uma proposta valiosa pode ser encontrada no 
livro de Stooner e Freeman, com pequenas alterações: 
1) Identificação das metas e estratégias atuais: o que estamos fazendo agora para 
conseguir nosso espaço no mercado? 
2) Análise ambiental: estudar os concorrentes, os clientes, os fornecedores, entre 
outros fatores. 
 2 
3) Análise de recursos: forças fraquezas da empresa. Depois de olhar par o 
ambiente, a empresa também se coloca neste ambiente, vendo quais os espaços que ela 
ocupa em relação às outras empresas. 
4) Identificação de Oportunidades e Ameaças: Após isto, o mercado está todo 
mapeado, e a empresa analisa quem ocupa cada espaço, bem como a força de cada um 
dos concorrentes e a sua própria força. Com estes dados, a empresa vê quais são os 
espaços que não estão sendo ocupados, quais os espaços que ela quer tomar dos outros, 
e quais as ameaças que as outras empresas oferecem. Ou seja, depois de definir os 
espaços de cada, qual a força de cada uma das empresas e da nossa para se defender e 
tomar o espaço dos outros? 
OBS.: Estas 4 etapas iniciais são chamadas também de análise PFOA – Análise 
dos Pontos Fortes e Fracos, Oportunidades e Ameaças. 
 
5) Análise da extensão das mudanças necessárias: definido quais os lugares que 
queremos ocupar,qual a distância do que temos hoje para o que queremos ter? Por 
exemplo, se decidirmos lutar no mercado de preços baixos do mercado. Será que 
estamos perto disto ou vamos ter que reformular tudo? Qual a distância que estamos da 
posição desejada? 
6) Formulação dos objetivos: com base nesta distância, vamos definir objetivos a 
serem alcançados, que sejam possíveis. Se a distância detectada no item anterior for 
muito grande, vamos definir objetivos mais simples a curto prazo para, aos poucos, 
chegarmos onde desejamos. 
7) Tomada de decisão estratégica: com base em onde queremos chegar, vamos 
desenvolver estratégias, avaliar alternativas, seleciona-las. Em outras palavras, qual o 
caminho que a nossa empresa vai escolher para atingir os objetivos propostos? Claro que 
vai depender das forças e fraquezas da empresa para decidir o melhor caminho. 
Tomando novamente o exemplo para diminuir custos podemos fazer: a) uma 
reestruturação interna acompanhada de demissões; b) comprar de fornecedores mais 
baratos; c) aumentar a produção o que traz economias de escala. Qual das três 
possibilidades vamos escolher? Depende da empresa. Se ela já estiver enxuta, sem 
possibilidades de reestruturação, fica difícil demitir. Se não houver outros fornecedores, 
não dá para comprar mais barato, e assim por diante. O caminho escolhido vai depender 
da empresa e do mercado em que ela está inserida. 
8) Implementação da estratégia: colocá-la para funcionar, depois que definir um 
caminho. 
9) Medida e controle do progresso: acompanhar os resultados desta 
implementação, vendo se os resultados acompanham as previsões, o que pode levar a 
novos desenvolvimentos do processo inteiro. 
Destas etapas, vamos estudar mais a fundo apenas duas delas: a análise 
ambiental (item 2), as forças e fraquezas internas da empresa (item 3) e a tomada de 
decisão estratégica (item 7), que são decisivas para o programa como um todo. 
 
2) ANÁLISE DO AMBIENTE 
Podemos entender este ambiente como todas as forças que estão fora da empresa 
e que se relacionam com ela. Primeiramente vamows dividir este estudo em três partes, 
chamadas de Análise da Concorrência, Análise do Mercado Consumidor e Outros 
Segmentos Ambientais. 
 3 
 
2.1) Análise da Concorrência 
Para estudar os concorrentes, devemos estudar as características do ramo de 
negócios, analisar o nível e a variação na lucratividade dos concorrentes, qual a 
participação de cada empresa nas vendas do setor, qual o faturamento, qual no número 
de funcionários. De um modo geral, devemos analisar quem são nossos concorrentes, 
detalhadamente. 
Mas não podemos nos limitar aos aspectos estruturais, devemos também estudar 
quais as vantagens competitivas que os concorrentes estão utilizando. Vantagem 
competitiva, em linhas gerais, é o que a empresa faz para diferenciar seu produto dos 
demais de um mercado, o que vai fazer com que as pessoas comprem o meu produto em 
vez de outra marca. Pode ser uma excelente qualidade, um bom atendimento, preço 
baixo, confiança na marca, o status que uma marca traz, a imagem de inovadora que uma 
empresa tem, entre muitas possibilidades. 
Para conseguir respostas a estas perguntas, a empresa vai olhar os dados 
setoriais (que falam das empresas, suas participações no mercado, etc.) vai fazer 
pesquisas de mercado (para perguntar às pessoas o que elas acham dos produtos dela e 
dos concorrentes), vai usar consultores externos, entre outros meios. 
2.2) Análise do Mercado Consumidor 
Para conhecer melhor seus consumidores uma empresa deve analisar: 
 
2.2.1) Demográfico: Isto vai influir muito nas atividades da empresa, se ela 
vende para jovens, a linguagem é uma, e para idosos é outra; pessoas com superior 
completo de um jeito, analfabetos de outro, por exemplo. 
- Crescimento da população mundial:qual a taxa de crescimento em 
diferentes regiões países, cidade, etc. 
- Composição da população: sexo, idade, distribuição geográfica, 
níveis de instrução 
- Mercados étnicos 
- Padrões de moradia 
- Movimentações geográficas da população 
- Mudança de mercado de massa para micromercados 
 
2.2.2) Psicossocial: qual a classe social das empresas, qual o seu estilo de vida, 
qual a sua personalidade. Neste item, já estamos em questões mais atuais. Como o grupo 
influencia o consumo das pessoas, como a personalidade de cada um afeta o seu modo 
de consumir. 
2.2.3) Comportamental: tendências de comportamento ou hábito, ocasião de 
compra, benefícios preferidos, entre outros itens. Estuda-se, por exemplo, como as 
pessoas compram. Supérfluos – como doces – compra-se por impulso, ou seja a pessoa 
olha e compra. Já produtos necessários, como sabão em pó, não são comprados por 
impulso. Por isso, perto da caixa no supermercado não se vê sabão em pó, mas muitos 
chocolates entre outros doces. Benefícios preferidos são outro bom exemplo: pode-se dar 
um desconto, ou dar um brinde, ou dar uma rifa para se ganhar um carro. Estuda-se quais 
os benefícios que as pessoas desejam. 
 
 4 
2.3) Outros segmentos Ambientais: este grupo contém vários itens do ambiente 
que influenciam o dia-a-dia e as decisões da empresa, e que não podem ser esquecidos. 
Entre eles, temos que considerar as mudanças tecnológicas, as ações e controle do 
governo, as mudanças nas condições da economia e as mudanças nas normas sociais. 
Vamos ver cada um deles separadamente. 
1. Ambiente Econômico: uma recessão no país pode fazer com que as 
empresas demitam pessoas, ou um aumento na taxa de juros pode levar a empresa a ver 
suas dívidas aumentarem, pois os custos dos empréstimos aumentam. Com a economia 
globalizada a situação fica ainda mais difícil: se os investidores deixam o país, com medo 
da instabilidade política e econômica do país, pode haver uma crise econômica que 
afetaria todas as empresas. Acompanhar estas mudanças na situação econômica – que 
inclui acompanhar jornais, informativos econômicos, além da movimentação mundial – é 
decisivo para as empresas, o que faz deste fator ambiental algo muito importante. Alguns 
aspectos deste ambiente 
- Distribuição de renda 
- Poupança, endividamento e disponibilidade de crédito 
 
2. Ambiente Natural 
- Escassez de matérias-primas 
- Custo mais elevado de energia 
- Níveis altos de poluição 
- Mudança no papel dos governos 
 
3. Ambiente Tecnológico:é muito fácil perceber, que no mundo de hoje, as 
empresas precisam se atualizar tecnologicamente para manter suas possibilidades de 
mercado. Trabalhar com computadores é cada vez mais exigido das pessoas e das 
empresas. O CD por exemplo, praticamente acabou com o mercado de vinil. As empresas 
devem estar atentas as possibilidades tecnológicas que surgem a cada dia. 
- aceleração no ritmo das mudanças tecnológicas 
- Oportunidades ilimitadas para a inovação 
- Variações dos orçamentos de P&D 
- Regulamentação mais rigorosa 
 
4. Ambiente Político-Legal: Esse ambiente é formado por leis, órgãos 
governamentais e grupos de pressão. Há um aumento no número destes grupos de 
interesse. O governo influencia na empresa, pois define as regras da legislação 
trabalhista, por exemplo, definindo qual a tributação que a empresa deve pagar. Além 
disso, o governo pode fazer valer uma lei sobre proteção ambiental o que vai influenciar 
diretamente a empresa, que vai ter que se adaptar a esta nova exigência. 
 
5. Ambiente Sóciocultural: a sociedade muda,mudando o comportamento das 
pessoas, que influencia a empresa, por exemplo, vemos nos últimos anos, uma 
valorização da saúde, do diet,e do ambientalismo saudável inferferindo no dia-a-dia das 
empresas, pois as pessoas exigem isto.. Deste modo, produtos diet e academias de 
ginástica ganharam espaço, enquanto produtos que engordam ou fazem mal à saúde – 
como o cigarro – sofrem duros golpes. Outro exemplo: as empresas sabem que a família 
patriarcal, com o pai mandando e o resto obedecendo, está perdendo força para famílias 
nas quais a mulher – e até os filhos - participam das decisões, o que faz com que as 
 5 
empresas revejam suas estratégias de marketing, atingindo também estes grupos que 
eram deixados de lado. 
- Diferentes visões sobre o mundo, pessoas, de si mesmas, das 
organizações, da sociedade, da natureza. 
- Persistência de valores culturais centrais 
- Existência de subculturas 
- Mudanças dos valores culturais ao longo do tempo 
 
Com isto, terminamos uma primeira maneira de fazer uma análise do ambiente, ou 
seja, de entender o que ocorre fora da empresa e que interfere nas atividades dela. Mas 
gostaria também de trazer um outro método de entender este ambiente que complementa 
esta primeira perspectiva. Estamos falando do modelo das cinco forças de Michael Porter, 
que apresentamos a seguir. Devemos lembrar que alguns itens já apresentados fazem 
parte também deste modelo, mas outros não. 
 
O Modelo das Cinco Forças Competitivas de Michael Porter 
 
Para Porter há cinco forças concorrendo num determinado mercado, que seriam: 
1) Concorrentes Potenciais (ameaça de entrada de novos concorrentes): são 
as empresas que ainda não entraram num mercado, mas que tem todas as chances de 
entrar quando desejar. Exemplo: a Globo, antes de competir com a Editora Abril, era um 
concorrente potencial. Para explicar isto, basta lembrar que a Globo já trabalhava com 
informações, já tem jornalistas, tem um jornal que é distribuído em quase todas as bancas 
do país (O Globo), sabe como funciona o mercado consumidor, tem capital e confiança do 
mercado. Para disputar com a Editora Abril (VEJA) era só querer. Quis e surgiu a Época. 
2) Poder de barganha dos Compradores: este é um dos aspectos mais 
importantes. A empresa precisa saber quais os desejos dos compradores, quais as 
vantagens competitivas que eles estão valorizando, para tentar satisfaze-las. Se a 
empresa não se preocupar com isso, os consumidores exercerão sua força e comprarão 
dos concorrentes. Esta é a principal força dos consumidores 
3) Poder de barganha dos Fornecedores: tenho que tentar conseguir negociar 
bem com meus fornecedores. Quando há poucos fornecedores para a empresa, a 
tendência é que eles tenham bastante força, pois a empresa depende do fornecedor. É o 
caso das fornecedoras de energia, especialmente antes das privatizações do setor. Já na 
situação contrária, se a empresa for maior e o fornecedor depender dela, a empresa 
poderá negociar com maiores forças, como é o caso das automobilísticas. Procurar 
sempre novos fornecedores, saber qual é o preço e a qualidade e os atrativos de cada 
um, é uma boa forma da empresa lidar com este decisivo fator ambiental. A busca da 
parceria também é muito valiosa 
4) Ameaça de produtos substitutos: são aqueles que, embora diferentes do 
produto, tiram mercado dele. As pessoas podem passar a comprar o substituto no lugar 
no produto. Exemplo fácil de ser identificados são os mercados de chá e café. Embora 
sejam mercados diferentes, o crescimento de um pode acontecer em cima da queda do 
outro, pois as pessoas podem vir a tomar café em lugar de chá, e vice-versa. 
5) Rivalidade entre os concorrentes de um Mercado: neste item Porter está se 
referindo aos concorrentes diretos de minha empresa, ou seja, está falando sobre as 
empresas que disputam o mercado diretamente, já estão no mercado e tem um produto 
similar. 
 6 
 
3) FORÇAS E FRAQUEZAS INTERNAS DA EMPRESA 
3.1) Análise do desempenho da organização: vamos fazer agora o que já fizemos 
para os concorrentes, desta vez olhando para a própria empresa. Vamos estudar a 
participação dos clientes no faturamento, qual a participação no mercador, lucro, número 
de funcionários, etc. Principalmente vamos tentardescobrir quais são os fatores que 
contribuem para que nosso produto tenha sucesso em relação aos concorrentes. 
3.2) Análise de pontos fortes e fracos: após a etapa anterior, teremos um mapa de 
todo o mercado, com a posição de cada concorrente e mesmo a nossa. Agora vamos 
tentar descobrir quais as nossas possibilidades, ou seja: para onde queremos ir (em 
termos de mercado),com quem lutar de quem se defender. Isto vai ser feito com base na 
experiência dos nossos executivos, com consultas aos clientes, e comparando com a 
concorrência. 
Passemos então à fase 7. 
 
7) TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA 
Nesse item, a empresa deve definir qual o caminho que ela vai escolher para 
atingir os objetivos traçados, ou seja, como ela vai disputar os mercados com seus 
concorrentes, sem se esquecer dos outros fatores ambientais. Há várias maneiras 
diferentes, por exemplo: 
 
Seleção de estratégia genérica 
Pode ser subdivida em estratégia de diferenciação, custos ou nicho: 
- Estratégias de diferenciação: procurar uma identidade próxima para o produto. 
Em outras palavras, procurar uma vantagem competitiva para este produto. Qualidade, 
rapidez no atendimento, status do produto, serviço pós-venda, prestígio, entre muitas 
outras possibilidades. 
- Estratégia de liderança de custo: a empresa vai procurar ter o menor custo 
entre os concorrentes, para poder ter preços menores que a concorrência. Sempre vai 
haver algumas empresas procurando este tipo de liderança. 
- Nicho ou foco: a empresa procura ser a melhor em um pedaço de mercado. 
Ela vai focar em apenas uma pequena parte, especializando-se nesta parte. Pode ser 
focar um grupo específico de consumidores ou uma determinada região, etc. 
 
 7 
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Costuma se condensa-las em quatro: 
- Planejamento: abrange a definição das metas da organização, o estabelecimento de 
uma estratégia global para alcançar essas metas e o desenvolvimento de uma hierarquia 
completa de planos para integrar e coordenar as atividades 
- Organização: abrange a determinação das tarefas que serão realizadas, quem irá 
executa-las, como agrupa-las, quem se reportará a quem e quem tomará as decisões. 
- Liderança: abrange a motivação dos funcionários, direção das atividades dos 
outros, seleção do canal de comunicação mais eficaz e solução de conflitos entre os 
membros. 
- Controle: envolve o processo de monitoração das atividades para garantir que 
sejam realizadas conforme o planejado e de correção de quaisquer desvios significativos. 
 
Habilidades gerenciais: aptidões ou comportamentos que são fundamentais ao 
cargo gerencial. 
1. Habilidades Gerais: 
- conceituais: dizem respeito à aptidão mental para analisar e diagnosticar 
situações complexas, ajudando os gerentes a perceber como as coisas se relacionam e a 
tomar decisões acertadas. 
- Interpessoais: incluem a capacidade de trabalhar em equipe, entender e motivar as 
outras pessoas. 
- Técnicas 
- Políticas 
 
2. Habilidades Específicas: 
 
- CONTROLE REMOTO DA ORGANIZAÇÃO E DE SEUS RECUROS: Isso implica 
demonstrar habilidade – tanto nas reuniões de planejamento e distribuição de recursos como na 
tomada de decisão – na prevenção e na antecipação de mudanças ambientais. 
- ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO: Nestas habilidades, os gerentes se organizam 
em torno de tarefas. Em seguida, eles coordenam relações de interdependência entre as tarefas. 
- TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES: Utilização de canais de informação e 
comunicação para identificar problemas, compreender um ambiente em transformação e tomar 
decisões eficazes. 
- PREVISÃO DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: os gerentes garantem 
seu próprio crescimento e desenvolvimento pessoal, bem como o de seus funcionários, mediante a 
aprendizagem contínua no trabalho. 
- MOTIVAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS E ADMINITRAÇÃO DO CONFLITO: os 
gerentes reforçam os aspectos positivos da motivação de forma que os funcionários se sintam 
impelidos a executar o trabalho, eliminando, ao mesmo tempo, os conflitos que possam desmotivá-
los. 
 8 
- SOLUÇÃO DE PROBLEMAS ESTRATÉGICOS: Os gerentes assumem a 
responsabilidade por suas próprias decisões e certificam-se de que os subordinados utilizem 
efetivamente suas habilidades de tomada de decisão. 
O gerente como tomador de decisão 
O gerente como Agente de Mudança 
 
O gerente em transformação: 
O VELHO GERENTE O NOVO GERENTE 
Opera em clima de previsibilidade e estabilidade Prospera no Caos 
O chefe O treinador 
Deseja autoridade Dá poder aos funcionários 
Acumula informação Compartilha informação 
Tratas todas as pessoas como iguais É sensível às diferenças 
 
Públicos: grupos internos ou externos à organização que possuem interesse na organização 
(gerentes, funcionários, clientes, acionistas, autoridades locais da comunidade, agências 
reguladoras e governo, fornecedores) 
 
Critérios de eficácia 
- Parâmetros financeiros 
- Produtividade 
- Crescimento 
- Satisfação do cliente 
- Qualidade 
- Flexibilidade 
- Crescimento e satisfação do funcionário 
- Aceitação social 
 
Podem priorizar critérios relativamente ao poder de cada um e enfatizar diferentes 
realizações para diferentes públicos. 
 
COMPETÊNCIAS PARA A MÉDIA ADMINISTRAÇÃO 
- Iniciar e implementar mudanças e aprimoramento em serviços, produtos e sistemas 
- Monitorar, manter e melhorar a entrega de serviços e produtos 
- Monitorar e controlar o uso dos recursos 
- Garantir a alocação eficaz dos recursos para as atividades e projetos 
- Recrutar e selecionar pessoal 
- Desenvolver equipes, indivíduos e a si mesmo para melhorar o desempenho 
- Planejar, distribuir e avaliar o trabalho realizado por equipes, indivíduos e a si mesmo 
- Criar, manter e ampliar as relações eficazes de trabalho 
- Procurar, avaliar e organizar informações para a ação 
- Trocar informações para resolver problemas e tomar decisões 
 9 
A NOVA ECONOMIA 
 
A VELHA ECONOMIA A NOVA ECONOMIA 
Fronteiras nacionais limitam a 
competição 
As fronteiras nacionais são quase insignificantes 
na definição dos limites de uma organização 
A tecnologia reforçar hierarquia rígidas 
e limita o acesso às informações 
As mudanças tecnológicas no modo como as 
informações são geradas, armazenadas, utilizadas 
e compartilhadas as tornam mais acessíveis 
As oportunidades de emprego se 
destinam aos trabalhadores industriais 
As oportunidades de trabalho se destinam a 
trabalhadores do conhecimento 
A população é relativamente 
homogênea 
A população é caracterizada pela diversidade 
cultural 
A empresa é alienada ao seu ambiente A empresa aceita suas responsabilidades sociais 
A economia é conduzida por grandes 
corporações 
A economia é conduzida por empresas pequenas, 
empreendedoras 
Os consumidores adquirem aquilo que 
as empresas decidem fornecer-lhes 
As necessidades do cliente conduzem os 
negócios 
 
GLOBALIZAÇÃO 
Há 30 anos, as fronteiras nacionais podiam isolar as empresas das pressões competitivas 
estrangeiras, fato que não ocorre nos dias de hoje.Elas perderam quase totalmente o sentido de 
definição dos limites de uma organização. 
A globalização não significa apenas fazer negócios além das fronteiras nacionais, significa 
também aumento da competição para quase todo tipo de organização. 
As duas principais forças motrizes da globalização foram a procura de novos mercados e os 
esforços para redução de custos. Se uma empresa planeja crescer, a ampliação das operações para 
além de suas fronteiras nacionais é uma estratégia lógica. 
CARACTERÍSTICAS 
 Trata-se de um processo social que promove uma mudança na estrutura política e 
econômica das sociedades. Economicamente significa uma integração dos mercados em nível 
mundial. 
Do ponto de vista do consumidor, em uma primeira análise, a globalizaçãopode significar 
conforto e interesse econômico, na medida que permite acesso a produtos de qualidade e preços 
diferenciados. Do ponto de vista social, ela apresenta sinais de ser socialmente cada vez menos 
inclusiva, ou seja, aumenta a polarização entre países e classes quanto à distribuição de riqueza, 
renda e emprego. 
O processo de globalização tornou-se mais rápido e abrangente, envolvendo não só o 
comércio e capitais, mas também áreas como telecomunicações, finanças e outras, graças à 
revolução das comunicações, que permitiu uma troca de informações mais eficiente entre os locais 
mais distantes. A rápida evolução e o crescente uso das tecnologias da informação têm um papel 
fundamental neste processo de melhoria do comércio e das transações financeiras entre os países. 
Podemos ver a globalização como um avanço do processo de internacionalização 
econômica, social, cultural e política que está ocorrendo no mundo, principalmente no capitalista, 
ao longo dos anos 80. 
Algumas situações são típicas da globalização como: 
 10 
• a adoção de novas tecnologias e novas formas de se organizar a produção e a gestão nas 
empresas; 
• formação de blocos regionais, visando fortalecer o comércio regional, como o Mercosul, 
NAFTA e União Européia; 
• aprofundamento do processo de formação de oligopólios, como o da indústria 
automobilística; 
• fatores de produção mais baratos 
- produção em escala 
- mão-de-obra barateada motivada pela migração das empresas 
- quebra de barreiras e fronteiras nacionais 
- comércio em escala mundial 
• preço mais aceitável; 
• mais benefícios para o consumidor; 
• maior oferta de produtos; 
• expõe a empresa não competitiva; 
• cria situações de desemprego; e 
• trabalha com princípios e valores. 
 
Há a intensificação dos investimentos no exterior pelos bancos e empresas multinacionais 
dos países centrais. Existindo uma integração entre as economias dos países, mudanças em um país 
têm influência em todos os outros, pois há uma reação em cadeia sentida por todos. Quando um 
país tem problemas, os investidores têm a tendência de retirar seus investimentos de países 
economicamente instáveis e colocá-los em países que apresentam um retorno mais seguro como os 
EUA. Portanto, em uma economia globalizada a quebra de um país pode levar outros a quebrarem 
também. 
 
TEMPOS MODERNOS 
A globalização não é, como se pensa, um fenômeno novo. Ela principia com o Tratado 
Geral de Tarifas e Comércio (GATT) estabelecido em 1947. Ampara-se na maior velocidade dos 
transportes e das comunicações. Nos anos 80, com o emprego de satélites e fibras óticas pelos 
meios de comunicação, o setor produtivo e de negócios teve seus resultados subitamente abreviados 
e a menor custo, verificando-se o fenômeno do aumento de fluxos de capitais e de atividades 
comerciais, bem como o incremento de serviços possibilitado pelas infovias. 
Hoje em dia, as relações comerciais são reguladas pela Organização Mundial do Comércio 
(OMC) que substituiu o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt). 
 
EMPRESA GLOBAL 
 No cenário já globalizado, podemos identificar, por exemplo, uma empresa francesa com 
características globalizadas: capital suíço; maquinário coreano; fabricação chinesa; marketing 
italiano; sócios capitalistas na Polônia, Marrocos e México e vendas realizadas nos EUA. Fica 
caracterizada a dissolução da nacionalidade da empresa e sua própria personalidade. A empresa vê-
se articulada segundo a necessidade e a racionalidade econômica: é a empresa global. 
Outro ponto importante a se destacar são que as mudanças no modo de produção das 
mercadorias foram significativas. Auxiliadas pelas facilidades na comunicação e nos transportes, as 
empresas globais instalam suas fábricas em algum país que lhes ofereça as melhores vantagens 
fiscais, mão-de-obra e matérias-primas baratas. Essa situação ocasionou a transferência de 
empregos dos países ricos - que possuem altos salários e inúmeros benefícios - para as nações 
industriais emergentes, como os Tigres Asiáticos. 
 11 
Antes quem tomava as grandes decisões econômicas eram os governos. Agora são as 
empresas que estão tomando as decisões, são elas que decidem o que, como, quando e onde 
produzir os bens e serviços que serão consumidos pelo mundo. 
Nos anos 70 havia algumas centenas de multinacionais; hoje, elas são em torno de 40.000. 
As 200 maiores empresas mundiais empregam 18,8 milhões de trabalhadores (0,75% da mão-de-
obra) e abrangem 25% da atividade econômica mundial! 
A empresa global fundamenta-se na automação e na robótica. A sua organização é flexível, 
com grande mobilidade dos seus quadros. 
 
ASSALARIADOS 
A classe assalariada vê-se submetida a modalidades empregatícias e padrões salariais nem 
sempre aceitáveis. Os salários mais baixos e menos protegidos podem obter trabalho se o lema é 
“produzir onde a mão-de-obra é barata e vender onde ela é cara”. Os sindicatos demonstram 
despreparo ao negociar os interesses de seus filiados pois não se adaptaram aos novos desafios 
impostos pela globalização, não acompanharam o ritmo vertiginoso imposto às empresas pela 
competitividade e liderança de mercado. Os sindicatos perderam grande parte de seu poder de 
influência política e econômica, e não conseguem garantir os interesses dos trabalhadores. 
Os trabalhadores encontram-se em situação desfavorável dentro desta nova ordem mundial; 
eles não encontram uma maneira de brigar por melhorias nas condições de trabalho, pois neste 
momento precisam se preocupar mais em se manter empregados. O imenso desemprego existente 
inibe greves ou protestos, pois poderia resultar, não em vantagens para os trabalhadores, mas em 
demissões em massa e a contratação de outros empregados por salários menores. 
Além disso os assalariados enfrentam o chamado desemprego estrutural, quando postos de 
trabalhos são eliminados. É causado pela crescente concorrência internacional que obriga as 
empresas a cortar custos, com o objetivo de obter preços sempre menores para os seus produtos, 
além da automação de vários setores, em substituição à mão de obra humana. 
 
SISTEMA FINANCEIRO GLOBAL 
Este sistema baseia-se na produtividade e lucro máximo. O mercado financeiro é 
representado pelos gestores dos fundos de pensão e de investimentos que movimentam um capital 
de 6.000 bilhões (US$), somente nos EUA. O deslocamento deste capital pode causar pânico no 
mercado financeiro refletindo seriamente na saúde da economia dos demais continentes. 
 
FATOS DA GLOBALIZAÇÃO 
 A mobilidade confere à economia financeira lastro maior do que a que cabe à economia 
produtiva e não há instituições internacionais capazes de regular a ação das empresas globais. O 
Estado fica desconfortável pois não controla a produção, o câmbio e nem o fluxo de capitais, 
embora ainda permaneça responsável pela segurança, educação e ordem pública. A globalização é 
naturalmente invasiva e poderosa e seu poder, abrangente, escapa ao controle das Nações, 
provocando conflitos entre valores que regem a cada uma, respectivamente. Alguns economistas 
colocam que o futuro da economia globalizada deste início de século só tem duas alternativas: ou se 
regulamenta imediatamente, ou sofrerá um crash, pois da maneira que está os governos não 
conseguem mais deter os movimento do capital internacional. E, conseqüentemente, seu controle 
sobre a política econômica interna está diminuindo. Tomemos o exemplo mexicano no final de 
1994: assim que o governo desvalorizou o peso frente ao dólar, os investidores sacaram vários 
bilhões aplicados no país, que precisou ser socorrido pelo FMI e pelo governo dos EUA. Os 
governos também estão perdendo a capacidade de proteger o emprego e a renda das pessoas. Se um 
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país estabelece uma legislação que protege e encarece o trabalho, é provavelmente excluído da listade muitos projetos de investimento. 
 
Conseqüências da globalização 
A transformação do mundo numa grande aldeia global, sem fronteiras, em que todos possam 
compartilhar interesses pessoais, inovações tecnológicas e científicas, num desenvolvimento 
equilibrado de todas as nações, são algumas das conseqüências prometidas pela globalização. 
Porém, algumas das conseqüências que se tem visto são o desemprego, a perda do poder do Estado 
frente ao mercado, o fortalecimento da dominação de alguns países sobre outros, entre outros 
aspectos. 
A globalização tem um custo alto para o Estado e também para a própria sociedade, que arca 
com um ônus muito alto: o desemprego, que atinge não só os países em desenvolvimento, como 
também os países desenvolvidos Alguns estudiosos consideram que devido à revolução tecnológica 
deste fim de século e as novas filosofias políticas e econômicas, é inevitável que a sociedade 
assalariada seja enormemente prejudicada com a globalização. 
Outra conseqüência perversa da globalização é a perda do poder do Estado frente aos grupos 
econômicos. Para ilustrar as conseqüências desse processo, vejamos a recente fusão entre os bancos 
Citicorp e Travellers que, juntos, somam capital de U$ 700 bilhões, valor que supera em três vezes 
o total de reservas internacionais do Japão (US$ 200 bilhões), segunda maior potência mundial. 
Segundo pesquisa do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de São Paulo, em 1994 as 
maiores empresas do mundo (Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo, General Motors, Marubeni, Ford, 
Exxon, Nissho e Shell) obtêm um faturamento de 1,4 trilhão de dólares. Esse valor eqüivale à soma 
dos PIBs do Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela e Nova 
Zelândia. 
As conseqüências deste processo são alarmantes, pois nunca houve tamanha concentração 
de renda e exclusão social. Ao contrário do que acontecia no início do século XX, a classe 
trabalhadora não encontra mais no Estado a garantia de seus direitos individuais e trabalhistas, que 
se encontram condicionados ao capital. 
Algumas das possíveis soluções para resolver estes problemas passam por propostas como a 
regulamentação da economia nacional, criação de novas leis trabalhistas e incentivo a programas de 
valorização da cidadania.

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