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04-Distribuição

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Distribuição Área 
 
As usinas de energia elétrica são, geralmente, construídas longe dos centros consumidores (cidades e 
indústrias) e é por isso que a eletricidade produzida pelos geradores tem de viajar por longas distâncias, em um 
complexo sistema de transmissão. 
Ao sair dos geradores, a eletricidade começa a ser transportada através de cabos aéreos, revestidos por 
camadas isolantes e fixados em grandes torres de metal. Chamamos esse conjunto de cabos e torres de rede de 
transmissão. Outros elementos importantes das redes de transmissão são os isolantes de vidro ou porcelana, que 
sustentam os cabos e impedem descargas elétricas durante o trajeto. 
No caminho, a eletricidade passa por diversas subestações, onde aparelhos transformadores aumentam ou 
diminuem sua voltagem, alterando o que chamamos de tensão elétrica. No início do percurso, os transformadores 
elevam a tensão, evitando a perda excessiva de energia. Quando a eletricidade chega perto dos centros de 
consumo, as subestações diminuem a tensão elétrica, para que ela possa chegar às residências, empresas e 
indústrias. A partir daí, os cabos prosseguem por via aérea ou subterrânea, formando as redes de distribuição. 
Depois de percorrer o longo caminho entre as usinas e os centros consumidores nas redes de transmissão, a 
energia elétrica chega em subestações que abaixam a sua tensão, para que possa ser iniciado o processo de 
distribuição. Entretanto, apesar de mais baixa, a tensão ainda não é adequada para o consumo imediato e, por 
isso, transformadores menores são instalados nos postes de rua. Eles reduzem ainda mais a voltagem da energia 
que vai diretamente para as residências, o comércio, as empresas e indústrias. 
As empresas responsáveis pela distribuição também instalam em cada local de consumo um pequeno 
aparelho que consegue medir a quantidade de energia por eles utilizada. A medição é feita por hora e chamamos de 
horário de pico o momento em que uma localidade utiliza maior quantidade de energia elétrica. Nos centros urbanos, 
o horário de pico se dá por volta das 18 horas, quando escurece e, normalmente, as pessoas chegam do trabalho 
acendendo as luzes, ligando os condicionadores de ar e a televisão e tomando banho com a água aquecida por 
chuveiros elétricos. 
Podemos observar que o consumo de eletricidade varia de acordo com a estação do ano e com a região do 
país, dependendo do nível de luminosidade e do clima, entre outros fatores. 
Sistema Interligado Nacional (SIN) 
O sistema de transmissão brasileiro, considerado o maior do mundo, é controlado pelo Operador Nacional do 
Sistema Elétrico (ONS), que conta com a participação de empresas de todo o país, trabalhando de forma 
interligada. 
A Eletrobras possui mais da metade das linhas de transmissão do Brasil e tem participado ativamente da 
expansão do Sistema Interligado Nacional (SIN). O SIN, formado basicamente por empresas de geração, 
transmissão e distribuição do país, permite o intercâmbio de energia elétrica entre as diversas regiões brasileiras. 
Isso significa que a eletricidade que chega até a sua casa pode ter viajado centenas ou milhares de 
quilômetros em linhas de transmissão. Além disso, pode ter sido gerada por diferentes usinas ao longo do ano. 
Apesar de o SIN abastecer a maior parte do país, alguns sistemas menores e isolados também são utilizados, 
principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Os sistemas isolados geram a energia que vai ser consumida 
apenas em uma determinada localidade ou até mesmo por uma só indústria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição subterrânea 
 
 
A implantação de redes subterrâneas apresenta benefícios associados tanto para a concessionária de 
energia quanto para a população, como a rede está protegida do meio, ela não sofre danos com tempestades e 
fenômenos naturais, acidentes em geral, isso resulta em menores custos de operação e manutenção corretiva. 
Uma rede de distribuição de energia subterrânea traz muitas vantagens, pois não está sujeita às condições 
climáticas que provocam a interrupção inoportuna do fornecimento de energia por queda de raios, não causa 
pequenos curtos-circuitos provocados pelo balançar das árvores em contato com a rede aérea, está livre dos 
transtornos causados por colisões de carros nos postes, além de diminuir consideravelmente a poluição visual, 
apontada por estudos como grande causadora de estresse nas grandes cidades. Entretanto possui um alto custo 
em relação a distribuição aérea e se tem uma maior dificuldade quando se é necessário fazer manutenção. 
As redes de distribuição podem ser divididas em dois grandes grupos: radial com recurso (anel) ou reticulado. 
O primeiro possui uma linha principal instalada desde a fonte até as cargas possuindo interligações com outros 
circuitos de mesma tensão. O reticulado é também conhecido como Network. Ele tem vários circuitos de média 
tensão, alimentando os transformadores de distribuição. O sistema é composto por câmaras de transformação, 
caixas de inspeção e de passagem e dutos para cabeamento no subsolo. As câmaras transformadoras são 
construídas em concreto armado, situadas em vias públicas e possuem tampas para inspeção e acesso. São nelas 
que ficam abrigados os equipamentos de transformação, chaves de seccionamento e protetores de network. As 
caixas de inspeção ficam no subsolo e facilitam a passagem de cabos e, quando preciso, confecção de emendas. 
Estas caixas são menores que CTs e, como o próprio nome diz, auxiliam na inspeção e manutenção. As caixas de 
passagem permitem a derivação dos ramais que atendem aos clientes. 
Para tentar diminuir a dificuldade em se localizar certo problema na linha de transmissão, foi criado um 
equipamento de localização de defeito o qual manda um sinal e ao chegar no problema o sinal volta, através desse 
tempo de ida e volta se pode localizar onde o defeito está precisamente. o sistema Network, muito usado no Brasil, 
permite que haja falha em um circuito sem que seja necessário interromper todos os outros. 
A Light (Rio Light – uma das primeiras companhias de eletricidade a chegar ao País), por exemplo, admite a 
falha em até dois circuitos, por projeto, sem interrupção de fornecimento. Isso aumenta a confiabilidade no 
fornecimento de energia. Muitas prefeituras, dispostas a revitalizar algumas áreas da cidade têm pedido a 
implantação da rede subterrânea. Com esse intuito, foram criados projetos de leis, obrigando concessionárias a 
retirar postes, transformadores e fios elétricos de áreas tombadas e determinando o uso redes de infraestrutura 
exclusivamente subterrâneas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Distribuição subaquática 
 
 
 
 As redes de distribuição subaquáticas são largamente utilizadas em regiões com muitos rios, onde ilhas são 
predominantes ou por terra o acesso é complico. Vale salientar a região amazônica como exemplo disto, onde 
diversas comunidades ribeirinhas se encontram as margens de rios a longa distância dos centros urbanos. 
Este tipo de distribuição é mais um exemplo de como pode-se prover energia elétrica para comunidades 
isoladas. 
A energia após sair das unidades geradoras, necessita ser transportada até os consumidores via cabos. Na 
maioria das vezes é utilizado sistema de cabos aéreos, revestidos por camadas isolantes e fixados em grandes 
torres de metal. A esse conjunto é dado o nome de rede de transmissão. No caminho, teremos diversas 
subestações para onde transformadores farão a redução ou aumento de tensão para evitar a perda de diferencial ao 
longo do caminho. Ao chegar aos consumidores, vemos os postes ou então cabos enterrados. 
Este caminho é o mais comum e fácil de ser visto, porém quando temosas unidades geradoras separadas 
por porções de água dos consumidores, algumas soluções como transmissão por torres ou postes fica restrita a 
termos econômicos, de ambiente, como florestas densas, e até mesmo pela dificuldade de construção de torres em 
alto mar. 
Visto essa dificuldade, os cabos subaquáticos de transmissão são uma opção e tanto. São instalados em 
leitos de rios, baias e outras faixas de água, ligando a rede de distribuição convencional, entenda-se aérea, até 
lugares afastados e ligando a outra rede de distribuição. 
A vantagem da utilização deste tipo de cabo é a economia pela não necessidade de construções auxiliares 
como tores e postes, alcance de lugares de difícil acesso de outros tipos de distribuição e segurança na travessia de 
barcos e navios. Existe ainda o benefício de ter fontes geradoras distantes dos consumidores. Todavia, para 
instalação é necessário o conhecimento de leitos de rios ou baias, correntes, outros aspectos exclusivos desse tipo 
de distribuição. 
Com o programa "luz para todos" do Governo Federal, no ano de 2013, foram instalados mais de 54,6 
quilômetros de cabos subaquáticos na região amazônica, ligando 30 mil pessoal que até então não tinham acesso a 
energia elétrica em suas casas. 
Com a utilização desse sistema de distribuição, é possível chegar a regiões isoladas com a mesma qualidade 
de distribuição energética. Essa realidade não é só aplicada no Brasil, mas em diversos lugares isolados do mundo. 
A energia elétrica hoje é sinônimo de melhor qualidade de vida. Sem ela muito das atividades que realizamos 
hoje não seria possível. 
Conseguir entregar energia em comunidades isoladas sempre foi um desafio econômico e estrutural, mas 
que com essa tecnologia é possível cobrir uma maior área do país e mais pessoas sendo atendidas. 
É sempre necessário incluir novas tecnologias ao sistema de distribuição, assim tem-se domínio tecnológico 
juntamente com um sistema mais completo e funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição de Distribuição 
 
 
 
 
 
 
O sistema de distribuição de energia é aquele que se confunde com a própria topografia das cidades, 
ramificado ao longo de ruas e avenidas para conectar fisicamente o sistema de transmissão, ou mesmo unidades 
geradoras de médio e pequeno porte, aos consumidores finais da energia elétrica. 
A conexão, o atendimento e a entrega efetiva de energia elétrica ao consumidor do ambiente regulado 
ocorrem por parte das distribuidoras de energia. A energia distribuída, portanto, é a energia efetivamente entregue 
aos consumidores conectados à rede elétrica de uma determinada empresa de distribuição, podendo ser rede de 
tipo aérea (suportada por postes) ou de tipo subterrânea (com cabos ou fios localizados sob o solo, dentro de dutos 
subterrâneos). 
Assim como ocorre com o sistema de transmissão, a distribuição é também composta por fios condutores, 
transformadores e equipamentos diversos de medição, controle e proteção das redes elétricas. Todavia, de forma 
bastante distinta do sistema de transmissão, o sistema de distribuição é muito mais extenso e ramificado, pois deve 
chegar aos domicílios e endereços de todos os seus consumidores. 
As redes de distribuição são compostas por linhas de alta, média e baixa tensão. Apesar de algumas 
transmissoras também possuírem linhas com tensão abaixo de 230 kV, as chamadas Demais Instalações da 
Transmissão (DIT), grande parte das linhas de transmissão com tensão entre 69 kV e 138 kV são de 
responsabilidade das empresas distribuidoras. Essas linhas são também conhecidas no setor como linhas de 
subtransmissão. 
Além das redes de subtransmissão, as distribuidoras operam linhas de média e baixa tensão, também 
chamadas de redes primária e secundária, respectivamente. As linhas de média tensão são aquelas com tensão 
elétrica entre 2,3 kV e 44 kV, e são muito fáceis de serem vistas em ruas e avenidas das grandes cidades, 
freqüentemente compostas por três fios condutores aéreos sustentados por cruzetas de madeira em postes de 
concreto. 
As redes de baixa tensão, com tensão elétrica que pode variar entre 110 e 440 V, são aquelas que, também 
afixadas nos mesmos postes de concreto que sustentam as redes de média tensão, localizam-se a uma altura 
inferior. As redes de baixa tensão levam energia elétrica até as residências e pequenos comércios/indústrias por 
meio dos chamados ramais de ligação. Os supermercados, comércios e indústrias de médio porte adquirem energia 
elétrica diretamente das redes de média tensão, devendo transformá-la internamente para níveis de tensão 
menores, sob sua responsabilidade. 
Pode-se dizer, por fim, que o setor de distribuição é um dos mais regulados e fiscalizados do setor elétrico; 
além de prestar serviço público sob contrato com o órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica 
(ANEEL), a própria Agência edita Resoluções, Portarias e outras normas para o funcionamento adequado do setor 
de Distribuição, sendo muito rigorosa com sua fiscalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFISSIONAL 
 
 
O curso tem como objetivos formar engenheiros com perfil profissional orientado para atender desafios que a 
sociedade transfere à profissão; oferecer oportunidade aos que se encontram inseridos no mercado de trabalho, 
exercendo atividades de nível técnico e que almejam progredir em direção funções de maior abrangência, inerentes 
às atribuições profissionais do engenheiro; viabilizar esse caminho aos mais jovens, não necessariamente 
empregados na época em que iniciam o curso, mais que buscam no trabalho os meios para alcançar a formação 
profissional em engenharia. 
 
O curso capacitará o formando a elaborar, supervisionar, contratar, organizar, executar e fiscalizar projetos e 
obras civis relacionados aos seguintes tipos de empreendimentos: edificações industriais e residenciais; estradas; 
aeroportos; sistemas de transportes; de abastecimento de água e saneamento; portos, rios e canais, barragens e 
diques; drenagem e irrigação, pontes, grandes estruturas e recuperação industrial. 
 
Além disso, o engenheiro, por ter uma formação com forte base matemática e física, reforçada por 
conhecimentos administrativos e econômicos, é um dos profissionais mais requisitados pelo mercado de trabalho. 
Sua profissão, de formação generalista, é de fácil adaptação a diversas áreas. 
 
O engenheiro possui forte e solida formação abrangente em com focos em certas áreas, porém é apto a se 
adaptar e evoluir e outras que possuía determinado pré-conhecimento, é um profissional com formação de certa 
forma tida como versátil, é o profissional que o mercado procura. 
 
O curso não é só a formação de um profissional como a de um ser para vida, de uma pessoa para o futuro 
que a ela vira a buscar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualmente os dispositivos utilizados na automação e controle dos sistemas de energia elétrica tendem a 
assumir um caráter multifuncional, utilizando tecnologia microprocessada. O aumento em tamanho e complexidade 
dos sistemas de energia cria um ambiente para o desenvolvimento de aplicações distribuídas baseadas na troca de 
informação e sinais de controle entre os dispositivos eletrônicos inteligentes localizados em diferentes pontos ao 
longo de todo o sistema elétrico. Possibilita aplicações em diferentes níveis da hierarquia deste sistema. Essas 
aplicações desempenham um papel muito importante para a disponibilidade e manutenção da estabilidade do sistema 
elétrico, possibilitando a redução de perdas, a melhora da qualidade da energia para os consumidores, o aumento do 
nível de confiabilidade eo restabelecimento do sistema no caso de ocorrência de uma falha ou perturbação. 
Uma das principais mudanças com a transição para uma rede inteligente é que dispositivos eletrônicos 
inteligentes multifuncionais agora serão instalados não só dentro de uma empresa de energia elétrica, mas também 
nas instalações de diferentes clientes, tais como fontes de energia distribuída, instalações industriais e comerciais, 
residências e veículos elétricos. 
A aplicação de redes inteligentes no futuro dos sistemas de energia elétrica, principalmente na área de 
distribuição de energia elétrica, significa definição de novos parâmetros de qualidade, a redução de perdas e aumento 
da confiabilidade dos sistemas, a conscientização do usuário, o melhor aproveitamento da infraestrutura, e também a 
aplicação de uma tecnologia estratégica 
Com o intuito de uma melhor compreensão do conceito de rede inteligente pode-se levar em consideração 
os itens a seguir: 
 Aumento da utilização da tecnologia de informações e controles digital para melhorar a confiabilidade, 
segurança e eficiência da rede elétrica; 
 Otimização dinâmica de operações e recursos de rede, com segurança cibernética total; 
 Implantação e integração de fontes e geração distribuídas, incluindo fontes renováveis; 
 Desenvolvimento e incorporação de demanda responsável, controle de demanda no lado do cliente e 
recursos de eficiência energética; 
 
 
Redes Inteligentes 
 
 
 
Atualmente os dispositivos utilizados na automação e controle dos sistemas de energia elétrica tendem a 
assumir um caráter multifuncional, utilizando tecnologia microprocessada. O aumento em tamanho e complexidade 
dos sistemas de energia cria um ambiente para o desenvolvimento de aplicações distribuídas baseadas na troca de 
informação e sinais de controle entre os dispositivos eletrônicos inteligentes localizados em diferentes pontos ao 
longo de todo o sistema elétrico. Possibilita aplicações em diferentes níveis da hierarquia deste sistema. Essas 
aplicações desempenham um papel muito importante para a disponibilidade e manutenção da estabilidade do 
sistema elétrico, possibilitando a redução de perdas, a melhora da qualidade da energia para os consumidores, o 
aumento do nível de confiabilidade e o restabelecimento do sistema no caso de ocorrência de uma falha ou 
perturbação. 
Uma das principais mudanças com a transição para uma rede inteligente é que dispositivos eletrônicos 
inteligentes multifuncionais agora serão instalados não só dentro de uma empresa de energia elétrica, mas também 
nas instalações de diferentes clientes, tais como fontes de energia distribuída, instalações industriais e comerciais, 
residências e veículos elétricos. 
A aplicação de redes inteligentes no futuro dos sistemas de energia elétrica, principalmente na área de 
distribuição de energia elétrica, significa definição de novos parâmetros de qualidade, a redução de perdas e 
aumento da confiabilidade dos sistemas, a conscientização do usuário, o melhor aproveitamento da infraestrutura, e 
também a aplicação de uma tecnologia estratégica. 
Com o intuito de uma melhor compreensão do conceito de rede inteligente pode-se levar em consideração os 
itens a seguir: 
Aumento da utilização da tecnologia de informações e controles digital para melhorar a confiabilidade, 
segurança e eficiência da rede elétrica; 
Otimização dinâmica de operações e recursos de rede, com segurança cibernética total; 
Implantação e integração de fontes e geração distribuídas, incluindo fontes renováveis; 
Desenvolvimento e incorporação de demanda responsável, controle de demanda no lado do cliente e 
recursos de eficiência energética; 
 
 Implantação de tecnologias ”inteligentes” (tecnologias em tempo real, automatizadas, 
adaptáveis e interativas que aperfeiçoam a operação física de aparelhos, dispositivos de 
consumidores e processos e equipamentos industriais) para medição, proteção, 
monitoramento, controle e comunicações relacionadas com operações da rede e automação 
de distribuição; 
 Integração de dispositivos “inteligentes” no sistema de potência (transformadores, 
disjuntores, etc.); 
 Integração de aparelhos e dispositivos de consumidores “inteligentes”; 
 
 
 
 
 
 
 
 Implantação e integração de avançadas tecnologias de armazenamento de eletricidade, 
incluindo pontos de alimentação de veículos híbridos e elétricos, e condicionamento de ar 
condicionado com armazenamento térmico; 
 Prover aos consumidores opções de informações e controle; 
 Desenvolvimento de padrões para a comunicação e a interoperabilidade dos aparelhos e 
equipamentos conectados à rede elétrica, incluindo a infraestrutura que serve a rede; 
 Identificação e redução das barreiras não razoáveis ou desnecessárias para adoção de 
tecnologias, práticas e serviços para rede inteligente. 
Nesse contexto, o consumidor poderá inclusive fornecer energia a concessionária. A inteligência 
aplicada a esses sistemas também será aplicada ao combate à ineficiência energética, 
diminuindo a perda de energia ao longo dos sistemas de transmissão e distribuição. 
Para que os componentes que compõem o sistema sejam capazes de exportar informação e 
usar a informação de outros componentes para aplicar sua funcionalidade é necessário o 
uso de um padrão global de comunicação, que reúna diversas filosofias a fim de atender às 
diferentes aplicações existentes. A padronização dos protocolos de comunicação buscando 
um padrão global resulta na coordenação de esforços de diversas organizações nacionais e 
internacionais, por meio de diversos comitês técnicos e grupos de trabalho. 
Muitas definições para redes inteligentes têm sido apresentadas. Diferentes entidades têm 
definido diversos padrões para sua implementação. Entretanto, a definição dos roteiros, 
escopo e requisitos pode ser diferente para diferentes regiões e países, segundo as 
especificidades de cada sistema. 
 
 
 
 
 
 
Redes Inteligentes. Por Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino. Disponível em: 
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/71-smart-grids-redes-inteligentes/663-capitulo-i-red
es-inteligentes.html. Acesso em 21/09/2013 às 11:00h. 
 
 
Smart Grid 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Smart grid é uma rede elétrica amplamente digitalizada que coleta, distribui e atua em informações sobre o 
comportamento de todos os seus participantes (geradoras, transmissoras, distribuidoras e consumidores) para 
melhorar a eficiência, a confiabilidade, a economia e a sustentabilidade dos serviços de eletricidade. A implantação 
dessa tecnologia implica na reformulação da indústria de serviços de eletricidade, embora o uso típico do termo seja 
centrado na infraestrutura técnica. 
Sob esse aspecto, as concessionárias de energia elétrica focam atualmente em três classes de operação na 
rede: melhoria da infraestrutura; adição de camada digital, que é a essência da rede inteligente; e transformação do 
processo do negócio, necessário para se capitalizarem sobre os investimentos em tecnologia inteligente. Grande 
parte do trabalho de modernização que vem acontecendo na rede elétrica, especialmente em automação de 
subestações e distribuição, agora está incluído no conceito geral de smart grid, mas recursos adicionais são 
requeridos e estão evoluindo também. 
No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou – no dia 17 de abril de 2012 – regras 
específicas com o intuito de promover a instalação de geração distribuída de pequeno porte, incluindo dois segmentos 
de potência: a microgeração (até 100 KW de potência), e a minigeração (de 100 KW a 1 MW). A regulamentação cria 
o Sistemade Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade 
consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes 
incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólica e cogeração qualificada). 
A unidade geradora instalada em uma residência, comércio ou indústria, por exemplo, poderá produzir energia 
e o que não for consumido será injetado no sistema da concessionária, que utilizará o crédito para abater o consumo 
dos meses subsequentes. 
 Quanto a recursos vinculados ao sistema smart grid temos os seguintes: 
Eficiência no uso da infraestrutura de distribuição da rede elétrica deve ser prevista, incluindo, por exemplo, 
situações de gestão de picos de consumo; 
Confiabilidade no abastecimento de eletricidade e redução da vulnerabilidade a falhas; 
Flexibilidade na topologia da rede elétrica, por exemplo, no caso de lidar com fluxos energia bidirecionais; 
Ajuste de carga, de maneira que a rede inteligente possa controlar toda a rede de distribuição com relação à 
redução de carga dependendo da característica da carga ou sua situação naquele momento; 
Corte/nivelamento de pico e tempo de utilizar preços, uma vez que, para reduzir a demanda durante o pico nos 
períodos de maior custo da energia, existe a possibilidade dos sistemas de medição analisarem as características de 
operação de dispositivos inteligentes, nas residências ou nas empresas, quando a demanda de energia é elevada e 
também sua característica de consumo; 
Sustentabilidade garantida através da flexibilidade que permite um maior uso de fontes de energia renováveis; 
Fluxo de dados e comunicação entre fornecedores e consumidores, conduz o mercado a estratégias mais 
flexíveis e sofisticadas do que os atuais contratos de longa duração; 
Uso de plataformas de comunicação bidirecional robustas, avançados sensores e tecnologia computacional 
distribuída melhora a eficiência, a confiabilidade e a segurança de entrega de energia. 
 Nesse cenário os benefícios de uma rede elétrica inteligente resultam em: capacidade de reduzir o consumo 
de energia no lado do consumidor durante horários de pico; habilitação da conexão na rede elétrica da geração 
distribuída (com matrizes fotovoltaicas, turbinas eólicas de pequeno porte, micro hidrogeradores ou geradores de 
energia de calor); armazenamento de energia da rede incorporando à geração distribuída o balanceamento da carga; 
e isolamento das situações de falhas. Com o aumento da eficiência e da confiabilidade da rede elétrica inteligente, são 
esperadas economia de gastos dos consumidores e redução de emissões de CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nesse cenário os benefícios de uma rede elétrica inteligente resultam em: capacidade de reduzir o consumo de 
energia no lado do consumidor durante horários de pico; habilitação da conexão na rede elétrica da geração 
distribuída (com matrizes fotovoltaicas, turbinas eólicas de pequeno porte, micro hidrogeradores ou geradores de 
energia de calor); armazenamento de energia da rede incorporando à geração distribuída o balanceamento da 
carga; e isolamento das situações de falhas. Com o aumento da eficiência e da confiabilidade da rede elétrica 
inteligente, são esperadas economia de gastos dos consumidores e redução de emissões de CO2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos de evolução do smart grid nas redes de distribuição. Douglas A. A. Garcia e Francisco Elio Duzzi Jr. 
Disponível em: 
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/80-distribuicao-de-energia/836-capitulo-iii-aspectos
-de-evolucao-do-smart-grid-nas-redes-de-distribuicao.html. Acesso em 22/09/2013 às 13:00

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