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12-Agir dentro da Lei

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O que é Lei? Para que serve a Lei? 
 
 
 
A Lei, ou o Direito, existem desde os primórdios da humanidade, é impossível datar um início para esse 
fenômeno. Ele é inerente ao convívio em sociedade humano, surgindo independente de local, época, cultura e se 
manifestando das mais variadas formas: simples, complexa, escrita, oral. Normalmente ela surge em acordo com a 
ética, moral e costumes de determinada sociedade. 
 A palavra “Lei” vem do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que significa "aquilo 
que se lê", apesar de definição, numa acepção amplíssima pode ser toda norma jurídica escrita ou não. Já numa 
acepção ampla, lei é apenas a norma jurídica escrita. Um dos primeiros registros escritos de leis que se tem 
conhecimento, foi o Código de Hamurabi, escrito pelo rei Hamurábi, aproximadamente em 1700 a.C. Atualmente 
devido a complexidade que as sociedades humanas foram ganhando com o passar do tempo, podemos observar 
registros de leis muito mais complexos, detalhados e específicos sobre os mais diversos temas da vida social. 
 Atualmente no Brasil temos um sistema jurídico bastante complexo, que prima principalmente no registro 
da lei e na interpreção da mesma, sistema que é conhecido como Civil Law, e que confere grande poder à pessoa 
que cria as normas, no caso o legislador. Já em países como os Estados Unidos que usa como sistema jurídico o 
Common Law, usa como base principalmente a jurisprudências e os costumes, dando bastante poder ao juíz do 
sistema. 
 Devido ao nosso sístema legal, encontramos uma infinidade de registros de lei, como a Constituição e o 
Código Civil, que abordam temas como os princípios da ética, forma de organizaçao do estado, competências, 
proibições, permissões dos mais diversos assuntos, crimes e suas punições, regras sobre vários aspectos e temas 
da vida civil. 
 Em suma, as leis são preceitos que regulam a sociedade, definem nossos direitos e deveres, e como 
devemos nos portar como cidadãos, a fim de harmonizar o convivio entre os indivíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motivos pelo qual o engenheiro deixa de agir na lei 
 
 
 Agindo fora da Lei o engenheiro pode ter desde consequências mais simples, como sua imagem 
prejudicada, até consequências mais graves, como perda do emprego, prisão e consequentes problemas pessoais. 
Um engenheiro judicialmente condenado e preso, deixa de estar com sua família, não vê seus filhos crescerem e 
não dialoga com sua esposa. 
Muitos engenheiros são especialistas em baixar custos de produção, até aí tudo bem, mas alguns chegam 
até mesmo a ignorar normas de segurança, expondo a riscos obras de engenharia e pessoas. Num mundo 
competitivo empresas que não baixam custos podem ficar fora do mercado, por isso elas estão preocupadas em 
contratar profissionais especializados em baratear produtos. Como o mercado é muito dinâmico e muda 
rapidamente, muitas vezes não dá tempo de se fazer os testes necessários em seus produtos pra que eles tenham 
bons padrões de qualidade e segurança, chegando ao mercado de forma precária. Um exemplo disso são os 
veículos que são chamados para recall com certa frequência. 
Há também obras de engenharia monumentais, como a recente reforma do estádio de futebol Maracanã. 
Estas obras necessitam de muito planejamento, muitos cálculos e simulações. Tudo deve ocorrer bem, desde a 
construção até o objetivo final. A segurança das pessoas envolvidas na execução da obra e das pessoas que 
futuramente a usarão deve ser o principal foco. Aliado a isso são realizados diversos estudos financeiros, ecológicos 
e sociais. E todo esse planejamento tem prazos exigidos pelos empreendedores ou governo. 
O profissional tem que agir dentro da lei, seguir normas técnicas, qualquer descuido pode por em risco muitas 
pessoas. Dependendo da ação do engenheiro, ou da omissão, há diversas consequências pessoais e profissionais. 
No caso de uma ação judicial, ele pode ter seu registro no CREA cassado, tendo de deixar de atuar na profissão. E 
caso ele não tenha uma sólida estrutura financeira e psicológica, pode ter sérios problemas pessoais, como 
problemas com credores, baixa autoestima e depressão. 
Os motivos que levam o engenheiro a agir fora da Lei não são apenas baratear custos, embora talvez esse 
seja o principal, mas podem ser também: má formação, relaxo, pressa e influências externas, como o pedido de um 
amigo ou de um político, ou a ordem de um chefe. Alguns não agem dentro da Lei porque não a conhecem ou 
apenas não se importam com o estar ou não dentro da Lei. 
O prazo muito curto também pode ser um motivo, podemos pensar na Copa do Mundo de 2014 no Brasil, são 
muitas obras gigantescas que são atrasadas, os engenheiros e operários tem que trabalhar exaustivamente, o 
prazo é curto e as obras tem que estar prontas na hora certa. Há pouco tempo para testes, simulações e mudanças 
no projeto. Muitas coisas mal planejadas tem que ser executadas assim mesmo. E os engenheiros podem sofrer 
consequências se algo der errado. 
É importante que os engenheiros conheçam a Lei e ajam dentro da dela, evitando más consequências 
pessoais e profissionais. Custos podem ser baixados observando normas técnicas e mantendo a segurança de 
produtos. Um engenheiro tem de agir com postura, não cedendo a pressão de quem não quer se comprometer com 
a responsabilidade de produzir produtos ou obras que, além de economicamente viáveis, sejam seguros. Ser 
engenheiro tem que ser sinônimo de ser responsável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consequências Urbanas e Socias 
 
 
A legislação para obras de engenharia existe para que um padrão de qualidade seja seguido, garantindo um 
aumento do bem-estar, da qualidade de vida e da segurança das pessoas que vão usufruir daquela obra. Quando a 
legislação é desrespeitada temos graves consequências. 
A nova lei do isolamento acústico em apartamentos veio para garantir a tranquilidade na convivência entre os 
vizinhos em um prédio. A partir do dia 19/07/2013 todas as construtoras serão obrigadas a implantar um projeto de 
isolamento acústico nos apartamentos que forem aprovados pelo poder público para serem edificados. Uma lei 
simples mas que resolve o problema de muita gente, sendo que um dos principais motivos de discussões entre 
vizinhos é o barulho. Essa lei é só um exemplos das tantas que existem para trazer conforto e tranquilidade a vida 
da população. 
Uma notícia que é recorrente nos noticiários é a de prédios irregulares desabando. Esse é um grande 
problema no Brasil. Alem das leis não serem seguidas há também a falta de fiscalização, e como consequência a 
segurança de varias pessoas é comprometida, não só na obra irregular como nos arredores também, podendo até 
mesmo o impacto da queda de um grande prédio causar o desmoronamento de outros que estavam em situação 
regular. 
Outro ponto importante a ser mencionado é sobre a legislação de patrimônio histórico, que visa proteger 
obras de importância histórica e que atraem turistas por seu grande valor cultural e beleza. Quando essa legislação 
é desrespeitada perdemos parte de nossas raízes. 
As leis passam por um rigoroso processo de avaliação antes de serem aprovadas e entrarem em vigor, onde 
todas consequências ao desrespeito delas são consideradas. Por isso elas devem sempre ser obedecidas para 
evitar por em risco a segurança e o bem-estar da população e também os patrimônios históricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização Pessoal 
 
 
 
 
 
 
Para o engenheiro agir dentro da lei ele precisa levar em conta os princípios éticos, econômicos,tecnológicos e ambientais compatíveis com as necessidades da sociedade. É importante salientar que o engenheiro 
precisa, também, seguir a legislação que regulamenta o exercício da engenharia pelo sistema Confea/CREA e os 
direitos da sociedade. 
O trabalho é um dos principais fatores que influenciam diretamente a nossa felicidade, pois oferece não só a 
renda indispensável para nossa sobrevivência e autonomia, como também um sentido extra para a vida. Trabalhar é 
vital, mas é igualmente importante ser satisfatório, uma vez que a maior parte do dia passamos no trabalho e 
convivendo com pessoas relacionadas a ele. O trabalho deve ser visto como instrumento de realização e 
desenvolvimento não apenas para si, mas também como forma de contribuir para a sociedade como um todo. 
Para o engenheiro, é imprescindível estar sempre bem informado, acompanhando não apenas as 
mudanças nos conhecimentos técnicos da engenharia, mas também nos aspectos legais e normativos. Muitos 
processos ético-disciplinares nos conselhos profissionais acontecem por desconhecimento, negligência. 
Agindo dentro da lei, o engenheiro passa a agir com uma missão ou um propósito, que é o de servir ou 
contribuir para a sociedade e ser reconhecido por esta, acarretando assim à sua realização pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Código de Ética Profissional. Disponível em: 
<http://www.creasp.org.br/arquivos/publicacoes/codigo_de_etica.pdf>. Acessado em: 22 de Setembro de 2013. 
GLOCK, RS, e GOLDIM, JR. Ética profissional é compromisso social. Disponível em: 
<http://www.ufrgs.br/bioetica/eticprof.htm>. Acessado em 22 de Setembro de 2013. 
 
 
 
 
Reconhecimento Profissional 
 
 
Agir dentro da lei é em primeiro lugar uma responsabilidade social. E hoje, a responsabilidade social é uma 
necessidade para as empresas, pois tornou-se uma exigência dos consumidores mais conscientizados. 
Ao invés de usar a palavra "desvantagem" creio que o correto seria listar as dificuldades de uma empresa 
assumir "responsabilidade social". 
O comportamento ético é componente fundamental para o comportamento socialmente responsável. Portanto, 
se considerarmos que existem desvantagens para uma empresa atuar com responsabilidade social, seria 
analogicamente, o mesmo que apontar as desvantagens de um cidadão ser honesto. 
 Uma das explicações para o desvio que alguns engenheiros tomam, em relação à trabalhar fora dos limites 
legais, são as dificuldades naturais do mercado encontradas ao longo da sua carreira. No entanto, ela pode ser 
combatida com informação, treinamento e preparo empresarial. Se o profissional não sabe como enfrentar essas 
dificuldades e passa a agir fora da lei, muito se deve a falta ética pessoal, mas também a formação incompleta do 
indivíduo em seu período de aprendizado na ensino superior. Cursos de gestão empresarial, marketing, 
administração de custos, relacionamentos interpessoais, infelizmente, quase sempre não temos nas escolas de 
engenharia. 
É preciso aprender uma coisa simples: ganha-se mais trabalhando direito, com a vantagem de que isto nos 
dá realização profissional, assim como a valorização profissional. 
A Impunidade Legal, bem como a Impunidade Moral são responsabilidades do sistema e também nossa, de 
cada profissional individualmente. O sistema precisa criar mecanismos para punir com maior rapidez e rigor os 
casos de acobertamento. A comunidade de profissionais também precisa ser menos tolerantes com esse desvio 
moral. 
As entidades de classe precisam ter uma comissão permanente de "patrulha" e esclarecimento para fazer 
um "policiamento ostensivo" e impedir que um desvio eventual se torne uma prática profissional permanente. É 
preciso eliminar a possibilidade de um profissional “acobertador” sentir-se confortável ou seguro. É preciso dar a ele 
apenas uma saída. O retorno à prática profissional digna e correta. Essa luta é de todos da classe, e não apenas 
pontual. 
O Reconhecimento é talvez o único dos fundamentos da valorização profissional que depende muito menos 
de nós e muito mais dos outros. É, com certeza, uma das coisas mais difíceis de ser obtida. O Reconhecimento 
Profissional é aquela impagável manifestação do mercado (não apenas do cliente) de que o seu trabalho é 
diferenciado e valioso. Uma das chaves para o reconhecimento profissional é a paciência, pois geralmente demora 
um tempo para ter sua carreira profissional reconhecida no mercado. 
 
 
 
Desvantagens/Vantagens de adotar a Responsabilidade Social e Sustentabilidade. Semelhanças e Diferença entre 
Responsabilidade Sustentabilidade. Disponível em: <http://eticamauro.blogspot.com.br/> em: 22 setembro 
2013.PADILHA, Ênio. VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL. Artigo publicado na newsletter “Três Minutos”. Disponível 
em: <http://www.eniopadilha.com.br/artigo/29/valorizacao-profissional> em: 22 setembro 2013.

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