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Origem do Tributo: Origem � o tributo se confunde com o nascimento embrionário do Estado e do próprio Direito. Concentração das populações em clãs, aldeias, vilas e etc. Antes os tributos constituíam-se em prestações “in labora”, “in natura” ou “in pecúnia”, exigidos pela força bruta ou arbitrariedade. Nota: Em 1.912 (período das Cruzadas), é considerado o marco na história do tributo. Com a assinatura da Magna Carta (Grande Carta da Liberdade ou Concórdia entre Rei João e os Barões para a outorga das liberdades da Igreja e do reino inglês), de João sem Terra. Trouxe a autorização parlamentar para cria tributo, ou seja, é instituído por meio de lei (Pr. Da Legalidade da Lei Tributária). Direito Tributário: Normas (Regras + Princípios) � Que rege a; • Criação � competência tributária • Arrecadação � capacidade tributária • Fiscalização � Administração Tributária (art. 37, XXII, CF/88) Qual o status do CTN? R: status de L.C. – Normas Gerais de Direito Tributário I – Publicada como L.O. (5.172/66) II – com o advento da CF/88, obriga que normas gerais de Direito Tributário devem ser tratadas por L.C. (art. 146, III, CF/88) III – CTN vs CF/88 � prevalece a CF/88 � A aplicabilidade do CTN sob a égide da CF/88, decorre do fenômeno/teoria da recepção (art. 34, § 5º, ADCT) Nota: Teoria da Recepção é o instituto pelo qual a nota CF, independentemente de previsão expressa, recebe norma infraconstitucional pertencente ao antigo ordenamento, desde que, com ela seja compatível, dando-lhe nova eficácia. O incapaz é obrigado a pagar tributo? (art. 126, CTN) R: para o Direito Tributário a capacidade para ser contribuinte independe da capacidade civil. Para o FISCO o que importa é a interpretação objetiva do fato gerador. Conceito de Tributo – art. 3º, CTN Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. “os tributos (..) são as receitas derivadas que o Estado recolhe do patrimônio dos indivíduos, baseando no seu poder fiscal, mas disciplinado por normas de direito público que constituem o Direito Tributário”. (Ruy Barbosa Nogueira) Nota: o tributo é uma prestação que deve ser exigida nos termos previamente definidos em lei, contribuindo dessa forma os indivíduos para o custeio das despesas coletivas. 1 – Tributo é toda prestação pecuniária compulsória... � Prestação pecuniária: prestar dinheiro ao Estado � Prestação compulsória: se e compulsória, obrigatória, logo, não contratual, não voluntária ou não facultativa. É a imposição unilateral de obrigações, independentemente de anuência do obrigado. Ela é dotada de coercibilidade, não dando azo à autonomia de vontade. Nota: “Prestação pecuniária compulsória quer dizer o comportamento obrigatório de uma prestação em dinheiro, afastando-se, de plano, qualquer cogitação inerente às prestações voluntárias”. (Paulo de Barros Carvalho) 2 – (...) em moeda, ou cujo o valor mela posso se exprimir... � Não obstante da redundância no dispositivo, é possível asseverar que o objetivo é evitar o tributo in natura ou in labora. Administração Tributária: Essencial para funcionamento do Estado / Fiscalização, Arrecadação, Orientação / Recursos Prioritários / Integrados / Compartilhamento de informações do contribuinte (U, E, M e DF) � A pecúnia é o mesmo que prestação em dinheiro, em moeda corrente (Real, no Brasil) � Formas de pagar o tributo: art. 162, CTN a) Moeda Corrente; b) Cheque: O pagamento do tributo por meio de cheque, se considera extinto com o resgate deste pelo sacado, em razão do caráter pro solvendo do título; c) TODA (Títulos de Dívida Agrária) prazo de 20 anos – forma de pagamento de até 50% do ITR (Convênio/2001: SRF + Tesouro); d) Estampilha: por meio de selo (antigo imposto sobre consumo – IPI) está em DESUSO; e) Dação em Pagamento: L.C. 104/01, que delineia a Dação em Pagamento, como a mais recente causa de extinção do crédito tributário. Apenas bens IMÓVEIS. Ou seja, é a entrega que o contribuinte faz ao Fisco de um bem imóvel, como forma de quitação de dívida tributária. 3 – (...) que não constitua sanção por ato ilícito... � O tributo não é multa, e multa NÃO é tributo. � “são inconfundíveis o tributo e a penalidade. Aquela deriva de incidência do poder de tributar sobre a propriedade privada. A penalidade pecuniária resulta no poder penal do Estado e tem por objetivo resguardar a validade da ordem jurídica”. (Ricardo Lobo Torres) � Art. 157, CTN: A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. Tal comando vem corroborar a distinção conceitual e estrutural entre tributo e multa, indicando que a multa não suprime a obrigação de pagar integralmente o crédito tributário. Nota: “o tributo se distingue da penalidade exatamente porque esta tem coo hipótese de incidência um ato ilícito, enquanto a hipótese de incidência do tributo é sempre algo lícito. Por fim “é legitima a incidência de juros de mora sobre multa fiscal punitiva, a qual integra o crédito tributário”. STJ Atenção: Não se conclui que um rendimento auferido em atividade ilícita não está sujeita ao tributo. � Princípio da Pecúnia Non Olet. Origem: tal instituto está ligado a criação de um tributo, instituído pelo Imperador Vespasiano, onde visava taxar a utilização de banheiros públicos. O tributo foi contestada por Tito (seu filho), ao ser contestado o Imperador respondeu ao pegar uma moeda de outro - Non Olet (não tem cheiro) � O Princípio visa a tributação objetiva pelo FISCO, não importando natureza da atividade exercida pelo contribuinte. (Fundamento na CF/88: arts. 145, §§ e 150, II / no CTN arts. 118 e 126) “Se o cidadão pratica atividade ilícita com consistência econômica, deve pagar tributo sobre o lucro obtido, para não ser agraciado com tratamento desigual frente às pessoas que sofrem a incidência tributária sobre os ganhos provenientes do trabalho honesto ou da propriedade legítima”. 4 – (...) instituído por meio de lei... � Obrigação ex lege; seu nascimento se dá pela simples realização do fato descrito na hipótese de incidência prevista em lei. Nota: “diz que a prestação tributária é instituída por lei, já expressa que o nascimento da obrigação tributária não tem por base a vontade dos sujeitos da relação jurídica, mas sim o comando legal”. � RESSALVAS: a alíquotas de alguns tributos poderão ser alteradas por ato do Poder Executivo (art. 153, § 1º, CF/88) – II (Imposto de Importação, IE (Imposto de Exportação), IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), CIDE-Combustíveis (Contribuição Interventiva no Domínio Econômico – Combustível) e ICMS-Combustível (Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços-Combustível) Nota: São impostos extrafiscais, tem a atribuição de regular o mercado. � E.C. 32/2001: É possível criar/majorar tributo traves de Medida Provisória: R: Não, somente é possível criar/majorar IMPOSTO, conforme art. 62, § 2º, CF/88, ressalvando os tributos que dependem de L.C. (IGF – Impostos sobre Grandes Fortunas, Empréstimo Compulsório, Impostos Residuais e Contribuições Sociais Residuais); Elaborada pelo Chefe do Poder Executivo; Governador e Prefeito somente se houver previsão na Constituição Estaduais ou na Lei Orgânica e obedecer o rito da CF; caso de relevância e urgência; Deve ser revertido em lei em até 180 dias; � Teoria Pentapartite: art. 145, CF/88 a) Impostos; b) Taxas; c) Contribuições de Melhoria; d) Empréstimo Compulsório; e) Contribuições Especiais (PIS, Cofins, Cont. Previdenciária..) 4 –(...) cobrada mediante atividade plenamente vinculada � Art. 142, CTN – conceitua atividade administrativa plenamente vinculada, o lançamento mostra-se como procedimento de exigibilidade do tributo. � O ato é vinculado, logo não discricionário. � o lançamento é balizado ou regrado na lei HI – Hipótese de Incidência: Fato Gerador In Abstrato � Descrição abstrata de um fato tributário � Lei tributária FG – Fato Gerador � concretização da HI � fato que ocorre no mundo fenomênico que se adapta ao fato descrito na lei. Nota: Fenômeno da Sunsunção: Adequação FG x HI (FG in concreto ou imponível) OT – Obrigação Tributária �dever atribuído ao contribuinte a pagar o tributo. LT – Lançamento Tributário � é um ato, ou, procedimento (art. 142, CTN); • Autoridade Administrativa faz o lançamento • Obrigatório + vinculado • Cria o Crédito Tributário Nota: o Lançamento tem caráter constitutivo CT – Crédito Tributário � direito conferido ao FISCO de cobrar o valor do tributo � Direito da Execução Fiscal Art. 4, CTN � Natureza jurídica específica do tributo • Sendo irrelevante; a) Denominação legal (nome da lei) b) Destinação do produto da sua arrecadação (não finalísticos – impostos, taxas, contribuição melhoria) “tributo é categoria genérica que se reparte em espécies: impostos, taxas e contribuições de melhoria”. (Sacha Calmon Navarro Coêlho) Impostos: art. 16 CTN A Obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica. • “Podemos definir impostos como o tributo que tem por hipótese de incidência um fato alheio a qualquer atuação do Poder Público”. (Paulo de Barros Carvalho) a) Não Vinculado � paga o imposto conforme a situação ou comportamento; b) Não é finalístico � o produto da arrecadação não tem destino próprio/específico; c) Não restituíveis � não há uma recomposição integral do patrimônio do contribuinte Taxas: art. 77 CTN + art. 145, II, CF a) É vinculado à ação estatal � “as taxas são tributos vinculados a uma contraprestação direta”, “o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, mas um fato do Estado. O Estado exerce determinada atividade e, por isso, cobra a taxa da pessoa a quem aproveita aquela atividade”. b) Em regra NÃO são finalísticos; • Exceção: Taxas judiciais � emolumentos/custas judiciais� o produto da arrecadação tem destino de custear o judiciário c) Não restituíveis Espécies de Taxas a) Taxa de polícia (fiscalização) art. 78, CTN � “A taxa de polícia é cobrada em razão da atividade do Estado, que verifica o cumprimento das exigências legais pertinentes e concede licença, a autorização, o alvará e etc.”. (Luciano Amaro) � É uma prerrogativa conferida a Administração Pública � Limita ou frena atividade/direitos individuais � Em nome do interesse da coletividade b) Taxa de Serviço (art. 145, II, CF + art. 79, II, III, CTN) � também conhecida como taxa de utilização É cobrada mediante prestação de serviço público específico e divisível. � Serviço Inespecífico/geral/utiuniverso � o usuário é indeterminado, ou seja, é a coletividade e os serviços são custeados pelos impostos. � Serviço específico/unisinguli + divisível � usuário é determinado e o serviço consegue ser mensurado e alocado ao seu usuário. Nota: Coleta de lixo (Sumula 19) a) Efetivo: existe usufruído, o serviço é concretamente prestado à coletividade com fruição fática e materialmente detectável; b) Potencial/Posto à Disposição: o serviço é fruível, o serviço está disponível para se tornar efetivo. TAXA TARIFA • Tributo • Compulsório • Criado por LEI • Por ente (U, E, M e DF) • Paga-se sendo Efetivo ou Disponível • Regime jurídico Público • Rescisão Inadmissível • Obrigação ex lege • Obedece Pr do D. Tributário • Não é tributo • É facultativa • Instituída por meio de Contrato • Por particular • Uso efetivo • Regime jurídico Privado • Rescisão admissível • Obrigação ex voluntate • Obedece Pr do D. Adm Contribuição de Melhoria: (art. 145, III, CF/88 + arts. 81 e 82, CTN) Nota: surgiu no mundo no séc. XVII, na França, quando em 1.672, resolveu-se cobrar um tributo relativo à abertura de uma rua da cidade de Paris. • No Brasil, séc. XX, surgiu na Carta Magna de 1.934 (art. 124) Segundo Rubens Gomes de Sousa, a Contribuição de Melhoria seria um “Tributo Especial”, pois não se confunde com impostos nem com as taxas. Ela pressupõe uma obra pública, e não um serviço público, dependendo de um fato intermediário, que é a valorização do bem imóvel. � Fato Gerador: é a valorização imobiliária decorrente de uma obra pública. Essa é parte integralmente da hipótese se incidência do tributo, sem a qual o fato gerador não completa. “Não apenas é necessário a valorização imobiliária + a necessidade que está ocorra sobre o bem imóvel”. (Hugo de Brito Machado) a) Tributo é vinculado: indiretamente referida ao contribuinte b) Não é finalístico c) Não há restituição integral Empréstimo Compulsório (art. 148, CF/88 + art. 15 CTN) Origem: CF/46 Atenção: o inciso III, do art. 15, CTN, não foi recepcionado pela CF/88 � O Empréstimo Compulsório é tributo Federal, ou seja, competência tributária da União; � Instituído apenas por Lei Complementar que indicará se o tributo é vinculado ou não vinculado; � Será instituído nos casos de DE (Despesas extraordinárias) ou IP (Investimento Público); � É restituído em sua integralidade ao contribuinte; Nota: art. 15, CTN I – Despesas extraordinárias: decorrente de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência � Situações limítrofes, ou seja, muito próximas de uma calamidade pública. Quanto ao que tange “guerra externa”, essa deve estar atrelado a um pressuposto fático. II – Investimento Público: de caráter urgente e de relevante interesse nacional � Quando se tratar de Investimento Público, tal tributo terá caráter FINALÍSTICO, esta é uma receita antecipada/provisionada/programada, devendo respeitar o Princípio da Anterioridade Tributária (entra em vigou no próximo exercício financeiro), ou, Princípio Nonagesimal/Noventena (deverá vigorar com uma vacância de 90 dias), art 150, § 1º CF/88. Impostos Taxas Empréstimo Compulsório Vinculado? Não Sim Depende da LC Finalístico? Não Em regra não, salvo taxas judiciárias Se for DE não, se for IP sim Restituível? Não Não Sim, e sempre em dinheiro Contribuições Especiais: art. 149, CF/88 IN (Interventiva) COR (Corporativa) S (Social) � INCORS � CIP (Contribuição de Iluminação Pública) Não é especial / é Sui generis / única � STF 1 – O $ custeia a intervenção/investimento da União no domínio econômico. � CIDE-Combustíveis � Interventiva � São tributos destinados ao financiamento de gastos específicos, sobrevindo no contexto de intervenção do Estado no campo social e econômico. 2 – O $ custeia interesse de classe Corporativa � Categoria de Profissionais (CRM/CRO/CREA/CRC) Nota: OAB � com base no entendimento do STF na ADIN n. 3026/DF, compreende-se que a anuidade não coaduna coma feição tributária de contribuição parafiscal. 3 – o $ custeia classe social � ex.: Contribuição Previdenciária, COFINS, PIS, CSLL e etc. � Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) • Competência exclusiva da União; • Atenção � o Brasil é um país intervencionista, propenso a adotar medidas voltadas ao coando da vida econômica por meio de sua atuação estatal. As atividades econômicas devem sofrer intervenção do Estado Federal, a fim de que sobre elas promova ora um controle fiscalizatório, regulando seu fluxo produtivo, ora uma atividade de fomento/investimento, tendente à melhoria do setor beneficiado Ex.: Cide-Combustíveis� criada pela Lei 10.336/01 + E.C. 42/03, incide sobre a importação e comercialização de petróleo, gás natural e seus derivados (etanol, gasolina, diesel) � A arrecadação destina-se à uma “popança”, fundo de investimento, que posteriormente voltará como financiamento ao setor de econômico, como fomento de projetos ambientais, programas de infraestrutura de transportes e pagamentos de subsídios a preços ou transporte de combustíveis. � É uma exceção à regra do Pr. da Anterioridade Tributária, Pr. Nonagesimal/Noventena, Pr. Da Legalidade, pois podem as alíquotas podem ser majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo.
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