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resumo de direito previdenciario

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1 
 
 1 
 Belo Horizonte 
2013 
 
 
 
 
 
DIREITO 
PREVIDENCIÁRIO 
 Roteiro de Estudos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROF. ANDRÉ LUIZ LOPES 
ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA 
 
 
2 
 
 2 
I - SEGURIDADE SOCIAL 
 
CONCEITO – “conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social.” – art. 194 da CF. 
 
 A definição constitucional da Seguridade Social a subdivide em três áreas: 
 
• Saúde; 
• Assistência social; 
• Previdência social. 
 
 
1. SAUDE: “é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação.” - art. 196 a 200 da CF. 
 
 O acesso à saúde independe de pagamento e é irrestrito, inclusive para os 
estrangeiros que não residam no país, não sendo necessário efetuar quaisquer 
contribuições para ter acesso ao atendimento, sendo administrada pelo SUS – Sistema 
Único de Saúde, vinculado ao Ministério da Saúde, que é financiado através de 
recursos do orçamento da seguridade social elaborados pela União, Estados, Distrito 
Federal, Municípios, além de outras fontes. 
 
2. PREVIDÊNCIA SOCIAL – Art. 201. A previdência social será organizada sob a 
forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, 
a: 
 
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
Vide Lei 7.998/1990 (Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT). 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
Vide arts. 167, XI e 195, II CF. 
Vide Lei 8.213/1991 (Planos de Benefícios da Previdência Social). 
Vide Dec. 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social). 
 
 Para atender estes princípios, a Lei 8.213/91 instituiu os seguintes benefícios – 
Art. 18: 
 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes prestações, 
devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente do trabalho expressas 
em benefícios e serviços: 
I - quanto ao segurado: 
a) aposentadoria por invalidez; 
3 
 
 3 
b) aposentadoria por idade; 
c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
Alínea "c" com redação dada pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, DOU de 
15.12.2006, em vigor na data de sua publicação. 
d) aposentadoria especial; 
e) auxílio-doença; 
f) salário-família; 
g) salário-maternidade; 
h) auxílio-acidente; 
i) (Revogada pela Lei nº 8.870, de 15.04.1994, DOU de 16.04.1994, em vigor desde 
sua publicação); 
 
II - quanto ao dependente: 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão. 
 
III - quanto ao segurado e dependente: 
a) (Revogada pela Lei nº 9.032, de 28.04.1995, DOU de 29.04.1995, em vigor desde a 
publicação); 
b) serviço social; 
c) reabilitação profissional. 
 
3. ASSISTÊNCIA SOCIAL – Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por 
objetivos: 
 
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; 
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de 
sua integração à vida comunitária; 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
Vide Lei 8.213/1991 (Planos de Benefícios da Previdência Social). 
Vide Lei 8.742/1993 (Organização da Assistência Social). 
Vide Lei 8.909/1994 (Prestação de serviços por entidades de assistência social, 
entidades beneficentes de assistência social e entidades de fins filantrópicos - 
Conselho Nacional de Assistência Social). 
Vide Lei 9.429/1996 (Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos). 
 
 A assistência social garante o benefício de 01 salário mínimo ao idoso e/ou 
deficiente que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família – Art. 20 da Lei 8.742/93 - Lei Orgânica da Assistência Social, 
conhecida como LOAS. O parágrafo terceiro deste artigo prescreve que considera-se 
incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família 
cuja renda mensal "per capita" seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo. 
 
O art. 34 da Lei 10.741/03 – Estatuto do Idoso, dita que aos idosos, a partir de 
65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem 
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 01 (um) salário-
4 
 
 4 
mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS. O benefício já 
concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado 
para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a LOAS. 
 
 
II - COMPETÊNCIA LEGISLATIVA – A competência legislativa sobre a 
seguridade social é privativa da União, conforme dispõe o art. 22, XXIII da C.F., sendo 
ela responsável pela normatização dos aspectos básicos e gerais da seguridade social, 
incluindo saúde, previdência social e assistência social, podendo os Estados e Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre a previdência social – art. 24, XII da C.F. 
 
III - PRINCIPAIS LEGISLAÇÕES: 
 
• Constituição Federal; 
• Lei 8.212/1991 (Organização da seguridade social e Plano de Custeio); 
• Lei 8.213/1991 (Planos de Benefícios da Previdência Social); 
• Lei 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social); 
• Dec. 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social); 
• Lei 11.457 DE 16.03.2007 (Criação da Secretaria da Receita Federal do Brasil); 
 
 
IV - INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS - aplicação da 
norma mais favorável ao segurado. 
 
 
V - COMPETÊNCIAS DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 
- INSS, DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - SRFB 
E DO AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - AFRFB – 
Art. 33 da Lei 8.212/91, art. 229 a 237 do Decreto 3.048/99, Lei 10.593/02 e art. 5º da 
Lei 11.457/07. 
 
 Até outubro/04 competia ao INSS – Instituto Nacional do Seguro Social – 
arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento das contribuições sociais dos 
segurados e das empresas, incidentes sobre a remuneração dos trabalhadores, bem 
como as contribuições incidentes a título de substituição. 
 
 A Medida Provisória 222 de 04/10/04, convertida na Lei 11.098/05, atribuiu ao 
Ministério da Previdência Social as competências tributárias do INSS, com a criação da 
Secretaria da Receita Previdenciária – SRP, criada para preparar o órgão para a fusão 
do Fisco Previdenciário com a Receita Federal com a finalidade de dar mais efetividade 
à fiscalização dos tributos federais, fato levado a tento com a aprovação da Lei 
11.457/07, criando a SRFB e os cargos de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e 
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil. 
 
 Com essa Lei o INSS passou a ser responsável, unicamente, pela administração 
dos benefícios previdenciários, enquanto à SRFB compete as atividades 
correlacionadas a arrecadação, fiscalização, normatização e cobrança de tributos 
previdenciários,sendo sua prerrogativa o exame da contabilidade da empresa. 
 
5 
 
 5 
 Os Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil têm livre acesso a todas as 
dependências ou estabelecimentos da empresa, podendo efetuar a verificação física 
dos segurados em serviço, para confronto com os registros e documentos da empresa, 
podendo requisitar livros, notas técnicas e demais documentos necessários ao perfeito 
desempenho de suas funções, cabendo a estes, ainda: 
 
“I - no exercício da competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil e em 
caráter privativo: 
a) constituir, mediante lançamento, o crédito tributário e de contribuições; 
b) elaborar e proferir decisões ou delas participar em processo administrativo-fiscal, 
bem como em processos de consulta, restituição ou compensação de tributos e 
contribuições e de reconhecimento de benefícios fiscais; 
c) executar procedimentos de fiscalização, praticando os atos definidos na legislação 
específica, inclusive os relacionados com o controle aduaneiro, apreensão de 
mercadorias, livros, documentos, materiais, equipamentos e assemelhados; 
d) examinar a contabilidade de sociedades empresariais, empresários, órgãos, 
entidades, fundos e demais contribuintes, não se lhes aplicando as restrições previstas 
nos arts. 1.190 a 1.192 do Código Civil e observado o disposto no art. 1.193 do mesmo 
diploma legal; 
e) proceder à orientação do sujeito passivo no tocante à interpretação da legislação 
tributária; 
f) supervisionar as demais atividades de orientação ao contribuinte; 
II - em caráter geral, exercer as demais atividades inerentes à competência da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil.” 
 
Incumbe ao Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil: 
 
“I - exercer atividades de natureza técnica, acessórias ou preparatórias ao exercício 
das atribuições privativas dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil; 
II - atuar no exame de matérias e processos administrativos, ressalvado o disposto na 
alínea "b" do inciso I do caput deste artigo; 
III - exercer, em caráter geral e concorrente, as demais atividades inerentes às 
competências da Secretaria da Receita Federal do Brasil.” 
 
 
VI - NATUREZA JURÍDICA DAS CONTRIBUIÇÕES – Em regra, as 
contribuições sociais estão submetidas ao lançamento por homologação, previsto no 
art. 150 do C.T.N., que reza que o pagamento antecipado do tributo por sujeito passivo 
extingue o crédito tributário sob condição resolutória da ulterior homologação do 
lançamento, sendo estas classificadas como tributo – art. 149 e 149-A da C.F. 
 
“Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio 
exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, 
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a 
homologa. 
(...) 
§ 4º Se a lei não fixar prazo à homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o 
crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.” 
6 
 
 6 
VII - PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL – art. 194, § único CF. 
 
1. PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE 
• implícito para RGPS, mas EC 41 explicitou para RPPS. 
• solidariedade entre gerações. 
 
2. UNIVERSALIDADE DA COBERTURA E DO ATENDIMENTO 
a) universalidade da cobertura – objetiva – A seguridade deve abranger todas as 
contingências sociais que geram necessidade de proteção social das pessoas. 
b) universalidade do atendimento – subjetiva – Todas as pessoas serão indistintamente 
acolhidas pela seguridade social. 
 
3. UNIFORMIDADE E EQUIVALÊNCIA DOS BENEFÍCIOS E SERVIÇOS ÀS 
POPULAÇÕES URBANAS E RURAIS 
• artigo 7º CF - não há diferenças entre os direitos sociais dos trabalhadores urbanos e 
rurais. 
 
4. SELETIVIDADE E DISTRIBUTIVIDADE NA PRESTAÇÃO DOS BENEFÍCIOS E 
SERVIÇOS 
A seguridade tem caráter social cujo objetivo é distribuir rendas, principalmente para as 
pessoas de baixa renda. 
Ex.: salário família, auxílio-reclusão – devidos exclusivamente a segurados de baixa 
renda. 
 
5. IRREDUTIBILIDADE DO VALOR DOS BENEFÍCIOS – art. 201, § 4º CF. 
• garante ao segurado a irredutibilidade do valor nominal do seu benefício. 
 
6. EQÜIDADE NA FORMA DE PARTICIPAÇÃO NO CUSTEIO 
• todos contribuem - princípios da isonomia e da capacidade contributiva. 
 
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS P/ FINS RECOLHIMENTO (%) 
Até R$ 1.247,11 8,00% 
De R$ 1.274,12 até R$ 2.078,52 9,00% 
De R$ 2.078,53 até R$ 4.157,05 11,00% 
*Valores conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 11, de 09 de janeiro de 2013. 
 
 
7. DIVERSIDADE DA BASE DE FINANCIAMENTO – art. 195 CF 
• diversas fontes = segurança do sistema. 
 
8. CARÁTER DEMOCRÁTICO E DESCENTRALIZADO DA ADMINISTRAÇÃO 
• gestão quadripartite – participação dos trabalhadores, empregadores, aposentados e 
Governo nos órgãos colegiados – CNPS – Conselho Nacional de Previdência Social, 
órgão superior de deliberação colegiada. 
 
 
VIII - PRESCRIÇÃO - A perda do direito pela SRFB – Secretaria da Receita Federal 
do Brasil – de executar judicialmente o crédito previdenciário já constituído, em virtude 
de não tê-lo exercido dentro do prazo legal definido em lei, contra o sujeito passivo é de 
7 
 
 7 
10 (dez) anos contados da sua constituição definitiva - art. 45 e art. 46 da Lei nº 
8.212/91. 
 
 Prescreve em 05 (cinco) anos, a contar da data em que deveriam ter sido pagas, 
toda e qualquer ação para haver prestações vencidas, restituições ou diferenças 
devidas pela previdência social, ações relativas a acidente de trabalho, salvo direito de 
menores, incapazes e ausentes. 
 
IX - FONTES DE CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL – Art. 195 da C.F. “A 
seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
Vide art. 12, Emenda Constitucional nº 20/1998. 
Vide Lei 7.689/1988 (Contribuição Social sobre o lucro das pessoas jurídicas). 
Vide Lei 7.894/1989 (Contribuição para FINSOCIAL e PIS/PASEP). 
Vide LC 70/1991 (Contribuição para financiamento da Seguridade Social). 
Vide Lei 9.316/1996 (Altera a legislação do Imposto de Renda e da Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido). 
Vide Lei 9.363/1996 (Crédito presumido do IPI para ressarcimento do valor do 
PIS/PASEP e COFINS). 
Vide Lei 9.477/1997 (Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI). 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
Vide arts. 114, § 3º, e 167, XI, CF. 
b) a receita ou o faturamento; 
c) o lucro; 
Inciso I com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998, DOU 
16.12.1998, em vigor na data de sua publicação. 
A Lei Complementar nº 70, de 30.12.1993, institui contribuições para financiamento da 
Seguridade Social e eleva alíquota da contribuição social sobre o lucro das instituições 
financeiras. 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201; 
Inciso II com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998, DOU 
16.12.1998, em vigor na data de sua publicação. 
Vide arts. 114, § 3º, e 167, XI, CF. 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos; 
Vide art. 4º, Lei 7.856/1989 (Destinação da renda de concursosde prognósticos). 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.” 
Inciso IV acrescido pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003, DOU de 
31.12.2003. 
 
 
 
 
 
8 
 
 8 
X - REGIMES DE PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL 
 
• Regime Geral da Previdência Social – RGPS; 
• Regimes Próprios de Previdência Social – RPPS; 
• Regime de Previdência Complementar (servidores públicos e previdência 
complementar). 
 
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL – RGPS - É o regime de previdência 
social de organização estatal, contributivo e compulsório, administrado pelo INSS – 
Instituto Nacional do Seguro Social, sendo as contribuições arrecadadas, fiscalizadas, 
cobradas e normatizadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, criada pela Lei 
11.457/07, chamada de Super-Receita 
 
 
XI - SEGURADOS DO RGPS – REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
 
 Os beneficiários do RGPS são classificados em segurados e dependentes, 
sendo segurados as pessoas físicas vinculadas à Previdência Social, com idade 
mínima de 16 (dezesseis) anos de idade, salvo os aprendizes a partir de 14 (quatorze) 
anos. 
 
 Já os dependentes são todas as pessoas que dependam do segurado 
economicamente. 
 
 Os segurados do RGPS dividem-se em dois grupos: Segurados obrigatórios e 
Segurados facultativos. 
 
 
1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS: 
 
• EMPREGADO – pessoa física que presta serviço de natureza urbana ou rural, 
em caráter não eventual, subordinada às ordens de um empregador mediante 
remuneração. Art. 12, I da Lei 8.212/91, art. 9º, I do Decreto 3.048/99 e art. 6º, 
IN SRP 003/2005. 
• EMPREGADO DOMÉSTICO – É o trabalhador que presta serviços de natureza 
contínua, mediante remuneração, à pessoa, à família ou a entidade familiar, no 
âmbito da residência desta, em atividade sem fins lucrativos. Art. 12, II da Lei 
8.212/91, art. 9º, II do Decreto 3.048/99 e art. 8º, IN SRP 003/2005. 
• CONTRIBUINTE INDIVIDUAL – É em regra a pessoa física que recolhe 
individualmente, por conta própria, suas contribuições. Art. 12, V da Lei 
8.212/91, art. 9º, V do Decreto 3.048/99 e art. 9º, IN SRP/2005. 
• TRABALHADOR AVULSO – É aquele que, sindicalizado ou não, presta 
serviços de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas 
empresas. Art. 12, VI da Lei 8.212/91, art. 9º, VI do Decreto 3.048/99 e art. 7º, IN 
SRP/2005. 
• SEGURADO ESPECIAL – É o produtor, o parceiro, o meeiro e os arrendatários 
rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exerçam suas 
atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem 
auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou 
9 
 
 9 
companheiros e filhos maiores de dezesseis anos de idade ou a eles 
equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar 
respectivo. Art. 195, §8º da C.F, art. 12, VII da Lei 8.212/91, art. 9º, VII do 
Decreto 3.048/99 e art. 10, IN SRP/2005. 
 
 
 
2. SEGURADOS FACULTATIVOS: 
 
 É qualquer pessoa, maior de 16 (dezesseis) anos de idade, que se filia 
facultativamente ao RGPS, mediante contribuição, que exerce atividade que não se 
enquadra como segurado obrigatório nem esteja participante do regime próprio de 
previdência social. Art. 14 da Lei 8.212/91, art. 11 do Decreto 3.048/99 e art. 5º, IN 
SRP/2005. 
 
 
XII - FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO – A inscrição é o ato formal que identifica o 
segurado na Previdência Social, representando o mero cadastro no RGPS, mediante 
comprovação de dados pessoais. Já a filiação ao regime previdenciário é o marco da 
relação jurídica entre os segurados e a Previdência Social do qual decorrem direitos e 
obrigações. O simples exercício de atividade remunerada implica automaticamente na 
filiação do segurado obrigatório, significando a inscrição a formalização desse vínculo 
no cadastramento no banco de dados da Previdência Social. Art. 11 §§ 2º a 4º do 
Decreto 3.048/99 e art. 18 a 20 do Decreto 3.048/99. 
 
Inscrição do dependente: art. 22, RPS. “A inscrição do dependente do segurado 
será promovida quando do requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a 
apresentação dos seguintes documentos:” 
 
O Cadastro Nacional de Informação Social – CNIS é destinado a registrar 
informações de interesse da Administração Pública Federal e dos beneficiários da 
Previdência Social. 
 
Todos os segurados são identificados pelo Número de Identificação do 
Trabalhador – NIT, que é único, pessoal e intransferível, independentemente de 
alterações de categoria profissional, e formalizado pelo Documento de Cadastramento 
do Trabalhador – DCT. 
 
 
XIII - SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO – Art. 28 da Lei 8.212/91 e art. 214 do 
Decreto 3.048/99 
 
 As contribuições dos trabalhadores e tomadores de serviços para o regime Geral 
da Previdência Social sobre uma base denominada salário-de-contribuição, que é 
utilizada no cálculo do valor da maioria dos benefícios. 
 
CONCEITO - Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição: 
 
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais 
empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados 
10 
 
 10 
a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a 
sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os 
adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente 
prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos 
termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou 
sentença normativa; 
Inciso I com redação dada pela Lei nº 9.528 de 10.12.1997, DOU de 11.12.1997, em 
vigor desde a publicação. 
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para 
a comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração; 
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas 
ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite 
máximo a que se refere o § 5º; 
Inciso III com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.1999, DOU de 27.11.1999, em 
vigor desde sua publicação. 
IV - Para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a 
que se refere o § 5º. 
Inciso IV com redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.1999, DOU de 27.11.1999, em 
vigor desde sua publicação. 
 
LIMITES PARA O SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO - Art. 28, §§3º E 5º da Lei 8.212/91, 
art. 214, §§3º e 5º do Decreto 3.048/99. 
 
 O salário-de-contribuição tem limites máximo e mínimo para a incidência das 
contribuições mensais dos trabalhadores. Somente os segurados e um tipo de tomador 
de serviços, o empregador doméstico, utilizam tais limites para calcular seus 
recolhimentos mensais para a Previdência. As empresas e entidades a elas 
equiparadas não sofrem qualquer limitação para o cálculo da base de contribuição, 
utilizando, então, o salário-de-contribuição integral. 
 
• O limite mínimo corresponde ao piso salarial, legal ou normativo da categoria, 
ou, inexistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou 
horário, conforme o ajustado, e o tempo efetivo durante o mês. 
 
• O valor do limite máximo do salário-de-contribuição é publicado mediante 
portaria do Ministério da Previdência Social, sempre que ocorrer alteração do 
valor dos benefícios. Atualmente, esse valor é de R$ 4.157,05. 
 
 
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS P/ FINS RECOLHIMENTO (%) 
Até R$ 1.247,11 8,00% 
De R$ 1.274,12 até R$ 2.078,52 9,00% 
De R$ 2.078,53 até R$ 4.157,05 11,00% 
*Valores conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 11, de 09 de janeiro de 2013.11 
 
 11 
FATO GERADOR – O fato gerador da obrigação previdenciária é a remuneração paga 
ou creditada pelos serviços prestados pelo segurado, nascendo nesse momento, o fato 
gerador correspondente à obrigação tributária do empregador e do empregado de 
contribuírem para a seguridade social. 
 
a) SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADO, TRABALHADOR AVULSO E 
EMPREGADO DOMÉSTICO – Art. 33, §5º da Lei 8.212/91, art. 198 do Decreto 
3.048/99 e art. 216, §5º do Decreto 3.048/99. 
 
 As alíquotas de contribuição destes trabalhadores são progressivas. Quanto 
maior a remuneração, mais elevado será o percentual incidente, respeitando os limites 
mínimos e máximos, que não é cumulativo. 
 
 
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS P/ FINS RECOLHIMENTO (%) 
Até R$ 1.247,11 8,00% 
De R$ 1.274,12 até R$ 2.078,52 9,00% 
De R$ 2.078,53 até R$ 4.157,05 11,00% 
*Valores conforme Portaria Interministerial MPS/MF nº 11, de 09 de janeiro de 2013. 
 
 
 
EXEMPLOS DE CONTRIBUIÇÕES DAS CLASSES ACIMA 
NOME CATEGORIA REMUNERAÇÃO ALÍQUOTA CONTRIBUIÇÃO 
MARIA EMP. 
DOMÉSTICA 
R$678,00 8,00% R$54,24 
FLÁVIA EMPREGADA R$1.250,00 9,00% R$112,50 
JOÃO TRAB. AVULSO R$4.000,00 11,00% R$440,00 
ANDRÉ EMPREGADO R$6.000,00 11,00% R$457,27 
 
 
Importante registrar que nem sempre o contribuinte é o responsável pelo 
recolhimento de suas contribuições. Neste contexto, o art. 30 da Lei 8.212/91 prescreve 
que a empresa é obrigada a arrecadar a contribuição do segurado empregado e do 
trabalhador avulso a seu serviço, descontando-a da respectiva remuneração até o dia 
10 do mês subseqüente à prestação do serviço. Já o empregador doméstico deve 
recolher a contribuição até o dia 15 do mês seguinte. 
 
 O segurado que possui mais de um vínculo deverá comunicar a todos os seus 
empregadores, mensalmente, a remuneração recebida em cada trabalho, a fim de que 
o empregador possa apurar corretamente o salário-de-contribuição sobre o qual deverá 
incidir a contribuição social previdenciária do segurado, bem como a alíquota a ser 
aplicada (art. 78, IN 003/SRP). Esta regra também é aplicada ao trabalhador avulso 
que prestar serviço, concomitantemente, como empregado (art. 78, §4º, IN 003/SRP). 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 12 
EMPRESA REMUNERAÇÃO 
1º DESCONTO 
VALOR 
DESCONTADO 
VALOR RESIDUAL A 
SER DESCONTADO 
PELA 2ª EMPRESA 
MAGNESITA S/A R$4.000,00 R$440,00 R$17,27 
ÚTIL S/A R$1.000,00 R$80,00 R$377,27 
Dom Helder R$3.000,00 R$330,00 R$127,27 
BANCO ITAÚ R$6.000,00 R$457,27 - 
 
Descontar as contribuições dos trabalhadores e não repassar à Previdência 
constitui crime de apropriação indébita – art. 168-A do Código Penal. 
 
b) SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO DO CONTRIBUINTE INDIVIDUAL E 
FACULTATIVO – Art. 21 da Lei 8.212/91, art. 4º e 5º da Lei 10.666/03, art. 199 e 199-A 
do Decreto 3.048/99, art. 216, II e XII do Decreto 3.048/99, 216, §§15, 20 a 31I do 
Decreto 3.048/99 e 216-A do Decreto 3.048/99. 
 
O contribuinte individual, via de regra, tem sua contribuição descontada da sua 
remuneração, com retenção da alíquota de 11% desta, quando prestar serviço à 
empresa ou entidade a ela equiparada, até o limite do teto do salário-de-contribuição 
(R$4.157,05). 
 
 A empresa fica obrigada a efetuar o recolhimento desta retenção, juntamente 
com a sua contribuição mensal, até o dia 10 do mês subseqüente à prestação do 
serviço. 
 
Tratando-se de entidade beneficente de assistência social “isenta” das 
contribuições sociais patronais, a alíquota de retenção a ser aplicada é de 20%. 
 
A cooperativa de trabalho é obrigada a descontar 11% do valor da quota 
distribuída ao cooperado, referentes ao serviço por ele prestado a pessoas jurídicas e 
20% em relação aos serviços prestados a pessoas físicas, devendo recolher o produto 
desta arrecadação até o dia 15 do mês seguinte. Caso a cooperativa contratar 
contribuintes individuais a ela não filiados, deve efetuar a retenção, como qualquer 
empresa, da alíquota de 11%. 
 
Caso o contribuinte individual preste serviços à pessoa física, deve efetuar 
pessoalmente o recolhimento da alíquota de 20% até o dia 15 do mês subseqüente. 
 
Já quanto ao contribuinte facultativo, a alíquota de contribuição será de 20% 
sobre o respectivo salário-de-contribuição. 
 
 
c) SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO ESPECIAL – Art. 195, §8º da C.F, 
art. 25 da Lei 8.212/91 e art. 200 do Decreto 3.048/99. 
 
 Como a atividade agrícola deste segurado somente gera renda no período da 
colheita, motivo pelo qual a Constituição Federal o autorizou a recolher sua 
contribuição com base em um percentual incidente sobre a venda da produção rural. 
 
 A alíquota de contribuição é de 2% sobre o bruto arrecadado com a 
comercialização da produção rural, acrescida de 0,1% para o custeio do GILRAT - 
13 
 
 13 
Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente dos Riscos Ambientais do 
Trabalho, que permitirá receber o benefício do auxílio-acidente. Também deve 
adicionalmente contribuir com a alíquota de 0,2% para o SENAR – Serviço Nacional de 
Aprendizagem Rural, totalizando, portanto, a alíquota de 2,3% sobre a produção e não 
sobre o salário-de-contribuição. 
 
 Por força desta forma diferenciada de contribuir, o segurado especial terá como 
forma de cálculo de seu benefício equivalente ao salário mínimo, podendo, 
facultativamente, da mesma forma do contribuinte individual, pagando mensalmente a 
alíquota de 20% sobre o salário-de-contribuição que escolher, podendo, assim, 
Receber benefícios superiores a um salário mínimo. Importante registrar que esta 
faculdade não retira o segurado especial da condição de segurado obrigatório. 
 
 No caso do segurado especial vender sua produção à pessoa jurídica, esta fica 
obrigada a reter a alíquota de 2,3% do valor bruto da produção e repassá-la à 
Previdência até o dia 10 do mês subseqüente, não gerando a exportação da produção 
rural obrigações tributárias – art. 149, §2º da C.F (imunidade às exportações). 
 
XIV - CONTRIBUIÇÕES DOS TOMADORES DE SERVIÇOS 
 
 São as contribuições dos empregadores, das empresas e entidades a elas 
equiparadas, sendo as contribuições sociais destes incidentes na: 
 
a) folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício; 
b) receita ou faturamento; 
c) lucro. 
 
Somente as contribuições sobre a folha de pagamento e demais rendimentos 
são classificados como contribuições previdenciárias, já que são destinadas 
unicamente ao custeio dos benefícios da previdência social – art. 167, XI da C.F. As 
contribuições sobre a receita ou faturamento (PIS e COFINS) e as incidentes sobre o 
lucro (CSLL – Contribuição Sobre o Lucro Líquido) destinam-se ao financiamento de 
toda a seguridade social, incluindo as áreas da saúde, previdência social e assistência 
social. 
 
1. CONTRIBUIÇÕES DOS EMPREGADORES DOMÉSTICOS – Art. 15, II da Lei 
8.212/91, art. 211 do Decreto 3.048/99, art. 216, VIII do Decreto 3.048/99 e art. 216, 
§§5º, 16 e 18 do Decreto 3.048/99. 
 
 A alíquota de contribuição é de 12% do salário registrado na carteira de trabalho 
e previdência social – CTPS, observados os limites mínimo (R$678,00) e máximo 
(R$4.157,05). 
 
 O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado 
empregado doméstico e recolhê-la, juntamente com a parcela a seu cargo, até o dia 15 
do mês subseqüente à prestação do serviço. 
 
 No período da licença maternidade da empregada doméstica, cabe ao 
empregador doméstico apenas o recolhimento da contribuição a seu cargo – 12% - 
14 
 
 14 
visto que o salário maternidade é pago diretamente pelo INSS, que já desconta a 
contribuição do segurado empregado doméstico. 
 
ATIVIDADE REMUNERA
ÇÃO 
ALÍQUOTA 
EMPREGADODESCONTO 
EMPREGADO 
ALÍQUOTA 
EMPREGA 
DOR 
CONTRIBUI
ÇÃO 
EMPREGA 
DOR 
VALOR TOTAL 
DEVIDO PELO 
EMPREGADOR 
AO INSS 
Cozinheira R$678,00 8,00% R$54,24 12,00% R$81,36 R$135,60 
Motorista R$1.250,00 9,00% R$112,50 12,00% R$150,00 R$262,50 
Governanta R$6.000,00 11,00% R$457,27 12,00% R$457,27 R$914,54 
 
 
 
2. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA E EQUPARADOS 
 
a) SOBRE A REMUNERAÇÃO DE EMPREGADOS E AVULSOS 
 
• Contribuição básica para o custeio do RGPS – Art. 22, I, §6º da Lei 8.212/91 
e art. 201, I e §6º do Decreto 3.048/99. 
 
 As empresas e seus equiparados devem contribuir com a alíquota de 20% sobre 
a remuneração paga, devida ou creditada aos segurados empregados e avulsos que 
lhes prestem serviço durante o mês, sendo o fator gerador a prestação de serviços. 
 
 No caso das instituições financeiras, é devido, complementarmente, uma 
contribuição adicional de 2,5% sobre a remuneração dos empregados e avulsos, 
totalizando a alíquota de 22,5%. 
 
• Contribuição para o custeio do SAT/GILRAT – parcela básica – Art. 22, II, 
§1º da Lei 8.212/91 e art. 202 do Decreto 3.048/99. 
 
 O termo SAT – Seguro de Acidente de Trabalho era utilizado pela redação 
original dôo art. 22, II da Lei 8.212/91. Com a alteração do texto, a momenclatura foi 
modificada para GILRAT – Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa Decorrente 
dos Riscos Ambientais do Trabalho. 
 
 Para o financiamento dos benefícios ocasionados por acidente de trabalho e das 
aposentadorias especiais, foi criada a contribuição para o SAT/GILRAT, incidente sobre 
a remuneração paga ou creditada pelas empresas, no decorrer do mês, aos segurados 
empregados e avulsos que lhes prestem serviço, com as seguintes alíquotas: 
 
a) 1% para as empresas cuja atividade tem risco de acidente de trabalho leve; 
b) 2% para as empresas cuja atividade tem risco de acidente de trabalho médio; 
c) 3% para as empresas cuja atividade tem risco de acidente de trabalho alto. 
 
 
A relação das atividades e o grau de risco de acidente de trabalho está 
discriminada no Anexo V do Decreto 3.048/99. 
 
• Contribuição adicional ao SAT/GILRAT para o custeio das aposentadorias 
especiais – Art. 57, §§6º e 7º da Lei 8.213/91 e art. 202, §1º do Decreto 
3.048/99. 
15 
 
 15 
 
 A aposentadoria especial é devida aos segurados empregados, avulsos e 
contribuintes individuais filiados à cooperativa de trabalho que tenham trabalhado 
durante 15, 20 e 25 anos, conforme o caso, em condições especiais que prejudiquem a 
saúde e a integridade física. 
 
 As alíquotas do GILRAT serão acrescidas de 6%, 9% ou 12%, respectivamente, 
se a atividade exercida pelo segurado, a serviço da empresa, ensejar a concessão de 
aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, incidindo 
exclusivamente sobre a remuneração dos segurados expostos aos agentes nocivos, 
que são: 
 
• Físicos – Ruídos, vibrações, calor, umidade, eletricidade, dentre outros; 
• Químicos – Poeiras, fumos, gases, vapores nocivos, dentre outros; 
• Biológicos – Microorganismos como bactérias, parasitas, vírus, dentre outros. 
 
 
Exemplo: A padaria P&C possui 09 empregados, sendo que apenas 02 destes 
exercem a atividade expostos ao agente nocivo calor, totalizando a folha de pagamento 
em R$8.000,00 – sendo R$2.500,00 pagos a estes 02 empregados. Sabendo que a 
alíquota de SAT/GILRAT é de 3% e que os padeiros têm direito à aposentadoria 
especial de 25 anos de contribuição, o valor da contribuição patronal deve ser de 
R$1.990,00. 
 
DESCRIÇÃO VALOR 
PAGAMENTO PARCELA BÁSICA 20% x 8.000,00 = R$1.600,00 
PAGAMENTO PARCELA DO GILRAT 03% x 8.000,00 = R$240,00 
PAGAMENTO ADICIONAL DO GILRAT 06% x 2.500,00 = R$150,00 
TOTAL CONTRIBUIÇÃO PATRONAL R$1.990,00 
 
 
• Contribuição para outras entidades e fundos (“terceiros”) – Art. 240 da C.F 
e art. 274 do Decreto 3.048/99. 
 
 O art. 240 da Constituição Federal dispõe que é possível instituir a cobrança de 
contribuições compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinada às 
entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculada ao sistema 
sindical (“terceiros”). 
 
 A contribuição para “terceiros” é incidente sobre as remunerações pagas ou 
creditadas aos empregados e segurados avulsos que prestem serviços à empresa. 
 
 Estas entidades são: FNDE (salário-educação), INCRA, SESI, SENAC, SESC, 
SEBRAE, SENAT, SEST, SESCOOP, SENAR, DPC e Fundo Aeroviário. 
 
 Estas receitas não são da seguridade social ou previdência social, mas, utilizada 
a mesma base de cálculo das contribuições destinadas à Previdência Social, a SRFB 
recebeu a missão de arrecadar, fiscalizar e cobrar estas contribuições, repassando-as 
para cada entidade – art. 3º, §4º da Lei 11.457/07, sendo a Previdência Social 
16 
 
 16 
remunerada com o percentual de 3,5% do montante arrecadado, exceto sobre o 
salário-educação, cujo percentual é de 1%. 
 
 A empresa somente vai recolher para “terceiros” relacionados com sua 
atividade, conforme relação do Anexo XIX da IN SRP 003/05, e respectivas alíquotas – 
Anexo II da IN SRP 003/05. 
 
 
• Contribuição sobre o 13º salário dos empregados – Art. 214, §§6º e 7º e art. 
214, §§1º a 3ª todos do Decreto 3.048/99. 
 
 A gratificação natalina – 13º salário – integra o salário-de-contribuição, exceto 
para o cálculo do salário de benefício, devendo as contribuições da empresa e 
segurado ser calculadas separadamente das contribuições incidentais sobre a 
remuneração de dezembro. 
 
b) CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA E EQUIPARADOS SOBRE AS 
REMUNERAÇÕES DOS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS – Art. 22, III da Lei 
8.212/91, art. 1º, §2º da Lei 10.666/03 e art. 201, II e §6º do Decreto 3.048/99. 
 
As empresas e equiparados devem contribuir com a alíquota de 20% sobre a 
remuneração paga ou creditada aos segurados contribuintes individuais que lhes 
prestem serviço durante o mês. 
 
No caso das instituições financeiras é devido, complementarmente, uma 
contribuição adicional de 2,5%, totalizando uma alíquota de 22,5%. 
 
c) CONTRIBUIÇÃO DA COOPERATIVA DE PRODUÇÃO 
 
Cooperativas de produção são aquelas em que os associados contribuem com 
serviços laborativos ou profissionais para a produção em comum de bens, quando a 
cooperativa detenha os meios de produção, sendo estas equiparadas à empresa para 
fins de pagamento das contribuições previdenciárias, e, os cooperados, contribuintes 
individuais. 
 
Assim, quando a cooperativa de produção remunerar os cooperados a ela 
filiados, deve contribuir com a alíquota de 20%, e, quando remunerar os empregados 
que trabalham na administração da cooperativa, deve pagar todas as contribuições 
patronais pertinentes (20% + SAT/GILRAT + terceiros), podendo ter acréscimo de 6%, 
9% ou 12% de adicional no caso de cooperados exercerem atividade que autorize a 
concessão de aposentadoria especial após, 15, 20 ou 25 anos de contribuição – art. 1º, 
§2º da Lei 10.666/03. 
 
d) CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA SOBRE OS SERVIÇOS PRESTADOS POR 
COOPERATIVAS DE TRABALHO E CONTRIBUIÇÃO DA COOPERATIVA DE 
TRABALHO – Art. 22, IV da Lei 8.212/91, art. 1, §1º da Lei 10.666/03 e art. 201, 
III e §6º do Decreto 3.048/99. 
 
 
A empresa deve pagar contribuição previdenciária de 15% sobre o valor bruto da 
nota fiscal ou fatura de prestação de serviços de cooperados por intermédio de 
17 
 
 17 
cooperativas de trabalho, e, no caso de contratação de profissionais filiados a estas 
cooperativas para exercerem atividades sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde e a integridade física, contribuem adicionalmente com a alíquotas de 5%, 7% ou 
9%, nos casos em que os agente nocivo enseje direito à aposentadoria especial de 15, 
20 ou 25 anos – art. 1º, §1º da Lei 10.666/03. 
 
3. CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA DA PARTE PATRONALAs empresas contribuem para a Previdência Social, utilizando como base de 
cálculo, a folha de remuneração dos trabalhadores que lhes prestam serviços, podendo 
esta base ser alterada em razão da atividade econômica do contribuinte (art. 195, §9º 
da C.F), passando a empresa a contribuir para o RGPS sobre uma base diferenciada, 
sendo estas atividade as: 
 
a) ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS QUE MAMTÊM EQUIPE DE FUTEBOL 
PROFISSIONAL – Art. 22, §§6º a 10 da Lei 8.212/91 e art. 205 do Decreto 
3.048/99 
 
A contribuição empresarial das associações desportivas que mantêm equipe de 
futebol profissional corresponde a 5% da receita bruta decorrente dos espetáculos 
desportivos de que participem em todo o território nacional, em qualquer modalidade 
desportiva, inclusive jogos internacionais, além de 5% da receita de patrocínio, de 
licenciamento de uso de marcas e símbolos, de publicidade, propaganda e de 
transmissão de espetáculos desportivos (art. 22, §6º da Lei 8.212/91). 
 
Caso a associação desportiva contrate contribuinte individual, deverá pagar 20% 
sobre sua remuneração, da mesma forma que contratando cooperativa de trabalho 
deverá recolher 15% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura. 
 
b) PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA – Art. 22-B e 25 da Lei 8.212/91 e art. 
205 do Decreto 3.048/99. 
 
A contribuição do produtor rural pessoa física, em substituição à parte patronal 
relativa à prestação de serviços de empregados e avulsos, é de: 
 
• 2% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural; 
• 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural 
para fins de financiamento das prestações por acidente de trabalho 
(SAT/GILRAT). 
 
O produtor rural deve ainda recolher 0,2% para o SENAR – Serviço Nacional de 
Aprendizagem Rural, 2,5% para o FDNE (salário-educação) e 0,2% para o INCRA, 
todas incidentes sobre a folha de pagamento de empregados e avulsos. 
 
c) PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA – Art. 25 da Lei 8.870/94 e art. 201, 
IV do Decreto 3.048/99. 
 
A contribuição do produtor rural pessoa jurídica, em substituição à parte patronal 
relativa à prestação de serviços de empregados e avulsos, é de: 
• 2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural; 
18 
 
 18 
• 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural 
para fins de financiamento das prestações por acidente de trabalho 
(SAT/GILRAT). 
 
 O produtor rural pessoa jurídica deve ainda recolher 0,25% para o SENAR – 
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, 2,5% para o FDNE (salário-educação) e 
0,2% para o INCRA, todas incidentes sobre a folha de pagamento de empregados e 
avulsos. 
 
d) AGROINDÚSTRIA – Art. 22-A da Lei 8.212/91 e art. 201-A do Decreto 3.048/99. 
 
A agroindústria é o produtor rural pessoa jurídica cuja atividade econômica é a 
industrialização da própria produção, podendo, adicionalmente, industrializar produção 
adquirida de terceiros. 
 
A contribuição da agroindústria, em substituição à parte patronal, incidente sobre 
a prestação de serviços de empregados e avulsos, é de: 
 
• 2,5% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural; 
• 0,1% da receita bruta proveniente da comercialização da produção rural 
para fins de financiamento das prestações por acidente de trabalho 
(SAT/GILRAT). 
 
 A agroindústria deve ainda recolher 0,25% para o SENAR – Serviço Nacional de 
Aprendizagem Rural, 2,5% para o FDNE (salário-educação) e 0,2% para o INCRA, 
todas incidentes sobre a folha de pagamento de empregados e avulsos. 
 
 
4. OUTRAS RECEITAS DA SEGURIDADE SOCIAL – Art. 27 da lei 8.8212/91 e art. 
213 do Decreto 3.048/99. 
 
 O art. 27 da Lei 8.212/91 elenca outras fontes de recursos que alimentam a 
seguridade social: 
 
I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; 
II - a remuneração recebida por serviços de arrecadação, fiscalização e cobrança 
prestados a terceiros; 
III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou 
arrendamento de bens; 
IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e financeiras; 
V - as doações, legados subvenções e outras receitas eventuais; 
VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo 
único do art. 243 da Constituição Federal; 
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos leilões dos bens apreendidos pelo 
Departamento da Receita Federal; 
VIII - outras receitas previstas em legislação específica. 
 
 
XV - PARCELAS INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO-
DE-CONTRIBUIÇÃO - Art. 214, §§ 2º, 6º a 9º do Decreto 3.048/99. 
19 
 
 19 
 
 
 
XVI- SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO – Art. 31 do Decreto 3.048/99 
 
CONCEITO: é o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios de 
prestação continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salário-
família, a pensão por morte, o salário-maternidade e os demais benefícios de 
legislação especial. 
 
 O cálculo do salário-de-benefício pode levar em conta ou não uma variável 
denominada Fator Previdenciário, dependendo do benefício a ser requerido pelo 
segurado, que leva em conta a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de 
contribuição do segurado ao se aposentar. 
 
 
BENEFÍCIO FILIADOS ATÉ 28/11/99 A PARTIR DE 29/11/99 
Aposentadoria por idade e 
por tempo de serviço 
Média aritmética de 80% 
dos maiores salários-de-
contribuição de todo o 
período contributivo desde 
julho/94, corrigidos mês a 
mês, multiplicado pelo fator 
previdenciário. 
Média aritmética de 80% 
dos maiores salários-de-
contribuição de todo 
período contributivo, 
corrigidos mês a mês, 
multiplicado pelo fator 
previdenciário. 
Aposentadoria especial, 
por invalidez, auxílio-
doença e auxílio-acidente 
Média aritmética de 80% 
dos maiores salários-de-
contribuição de todo o 
período contributivo desde 
julho/94, corrigidos mês a 
mês 
Média aritmética de 80% 
dos maiores salários-de-
contribuição de todo 
período contributivo, 
corrigidos mês a mês 
Auxílio-doença e após 
invalidez 
Contando o segurado com 
menos de 60% do número 
de meses desde julho/94, 
até a data de início do 
benefício, corresponderá à 
média aritmética simples. 
Contando o segurado com 
menos de 144 
contribuições até a data de 
início do benefício, 
corresponderá à média 
aritmética simples. 
Aposentadoria por idade, 
por tempo de contribuição 
e aposentadoria especial 
1 - Contando o segurado 
com menos de 60% de 
contribuição no período de 
julho/94 até a data de início 
do benefício, o divisor a ser 
considerado no cálculo da 
média aritmética não 
poderá ser inferior a 60% 
desse mesmo período. 
2 – Contando com 60% a 
80% de contribuições no 
período de julho/94 até a 
data de início do benefício, 
aplica-se a média 
 
 
 
 
- 
20 
 
 20 
aritmética simples. 
 
 
XVII - BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 Os benefícios previdenciários são prestações pagas, em dinheiro, aos 
trabalhadores ou a seus dependentes. Alguns deles substituem a remuneração do 
trabalhador que ficou, por algum motivo, impedido de exercer a sua atividade. Outros 
são oferecidos como complementação de rendimentos do trabalho ou, até mesmo, 
independentemente do exercício da atividade. São eles: 
 
 
 
1. PAGOS AOS SEUS SEGURADOS 
a) APOSENTADORIAS 
 
• APOSENTADORIA POR INVALIDEZ – Art. 42 a 47 da Lei 8.213/91, art. 43 a 
50 do Decreto 3.048/99 e art. 201 a 212 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 
INSS/PRES Nº 45 de 06/08/10. 
 
Conceito – A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado que, estando 
ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e 
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência, sendo-lhepaga enquanto permanecer nessa condição, fato que 
dependerá da verificação da condição de incapacidade, mediante exame médico-
pericial a cargo da Previdência Social. 
 
Beneficiários – Todos os segurados (empregado, empregado doméstico, 
contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado especial e o facultativo). 
 
Requisito – Incapacidade permanente para o trabalho ou para a atividade habitual, 
mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. 
 
Carência – 12 contribuições mensais se for o caso de aposentadoria comum e 
nenhuma carência no caso de aposentadoria por invalidez acidentária e algumas 
doenças. 
 
Renda mensal – 100% do salário de benefício, tendo o acréscimo de 25% se o 
segurado necessitar de assistência permanente de outra pessoa, podendo, 
portanto, ultrapassar o limite do salário-de-contribuição. 
 
Início do pagamento – Concluindo a perícia médica pela existência de 
incapacidade total e definitiva para o trabalho, a aposentadoria será devida ao 
empregado a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da 
entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento 
decorrerem mais de 30 dias. 
 
Ao segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, 
especial ou facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da 
entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. 
21 
 
 21 
 
No caso do segurado encontrar-se em gozo de auxílio-doença, o benefício de 
aposentadoria por invalidez será devido a contar do dia imediato ao ato da 
cessação do auxílio-doença. 
 
Suspensão do pagamento – Se o segurado não comparecer à perícia médica 
periódica ou a convocação do INSS. 
 
Cessação do pagamento – Quando ocorrer a recuperação da capacidade para o 
trabalho, a transformação em aposentadoria por idade ou a morte do segurado. 
Também quando o segurado voltar voluntariamente à atividade. 
 
 
 
• APOSENTADORIA POR IDADE – Art. 201, §7º, II da C.F., art. 48 a 51 da Lei 
8.213/91, art. 51 a 55 do Decreto 3.048/99 e art. 213 a 221 da INSTRUÇÃO 
NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 06/08/10. 
 
Conceito – A aposentadoria por idade é uma prestação previdenciária paga 
mensalmente ao segurado que complementar 65 anos de idade, se homem, e 60 
anos de idade, se mulher, reduzindo a idade para 60 anos, se homem, e para 55 se 
mulher, no caso de trabalhadores rurais. A redução de 05 anos também se aplica 
ao segurado garimpeiro que trabalhe em regime de economia familiar. 
 
Beneficiários – Todos os segurados (empregado, empregado doméstico, 
contribuinte individual, trabalhador avulso, segurado especial e o facultativo). 
 
Requisito – Idade de 65 anos para o homem e 60 para a mulher, com redução de 
05 anos para os trabalhadores rurais, homens e mulheres. 
 
Carência – 180 contribuições mensais. 
 
Renda mensal – 70% do salário de benefício + 1% a cada grupo de 12 
contribuições mensais, até o máximo de 30%. 
 
Início do pagamento – Para o empregado e empregado doméstico, a partir da 
data de desligamento do emprego, quando requerido até 90 dias deste fato; ou a 
partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou 
quando for requerida após o prazo de 90 dias. 
Para os demais segurados, a partir da data de entrada do requerimento. 
 
Suspensão do pagamento – Cumpridos os requisitos não há situação que gere a 
sua suspensão. 
 
Cessação do pagamento – Quando ocorrer a morte do segurado. 
 
 
 
• APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – Art. 201, §7º, I da 
C.F., art. 52 a 56 da Lei 8.213/91, art. 56 a 63 do Decreto 3.048/99 e art. 222 a 
233 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 06/08/10. 
22 
 
 22 
 
Conceito – É o benefício pago aos segurados que completarem 35 anos de 
contribuição, se homens, e 30 anos, se mulher, para o RGPS. 
 
Beneficiários – Todos os segurados, exceto o especial, quando não contribui 
como individual. 
 
Requisito – 35 anos de contribuição para homens, e 30 para a mulher, com 
redução de 05 anos para os professores de ensino fundamental e médio. 
 
Carência – 180 contribuições mensais. 
 
Renda mensal – Integral:100% do salário de benefício aos 35 anos de contribuição 
para homens, e 30 para a mulher, sem limite de idade. 
 
Proporcional (para os segurados ao RGPS antes de 16/12/98): 70% do salário de 
benefício aos 30 anos de contribuição para os homens, e 25 para a mulher, 
acrescendo 5% por cada grupo de 12 contribuições, até o limite de 100% do salário 
de benefício. 
 
Início do pagamento – Para o empregado e empregado doméstico, a partir da 
data de desligamento do emprego, quando requerido até 90 dias deste fato; ou a 
partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou 
quando for requerida após o prazo de 90 dias. 
 
Para os demais segurados, a partir da data de entrada do requerimento. 
 
Suspensão do pagamento – Cumpridos os requisitos não há situação que gere a 
sua suspensão. 
 
Cessação do pagamento – Quando ocorrer a morte do segurado. 
 
 
 
• APOSENTADORIA ESPECIAL – Art. 57 e 58 da Lei 8.213/91, art. 64 a 70 do 
Decreto 3.048/99 e art. 234 a 273 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES 
Nº 45 de 06/08/10. 
 
Conceito – É o benefício pago ao segurado que tenha trabalhado durante 15, 20 e 
25 anos, conforme o caso, sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua 
saúde ou sua integridade física. 
 
Beneficiários – Segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes 
individuais filiados à cooperativa de trabalho e produção. 
 
Requisito – Exercício do trabalho sujeito à exposição contínua e habitual a 
agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos, durante 15, 20 ou 25 anos. 
 
Carência – 180 contribuições mensais. 
 
Renda mensal – 100% do salário de benefício. 
23 
 
 23 
 
Início do pagamento – Para o empregado: a partir da data do desligamento do 
emprego, quando requerido até 90 dias deste fato; ou a partir da data do 
requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for 
requerida após o prazo de 90 dias do desligamento. 
 
Para os demais segurados (avulso e cooperados), a partir da data de entrada do 
requerimento. 
 
Suspensão do pagamento – Retorno ao trabalho que exponha o segurado a 
agentes nocivos (embora a lei trate como cessação). 
 
Cessação do pagamento – Quando ocorrer a morte do segurado. 
 
 
b) SALÁRIOS 
 
• SALÁRIO-FAMÍLIA – Art. 65 a 70 da Lei 8.213/91, art. 81 a 92 do Decreto 
3.048/99 e art. 288 a 292 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 
06/08/10. 
 
Conceito – É o benefício pago aos trabalhadores e aposentados de baixa renda, 
para ajudar na manutenção dos dependentes. O salário-família é devido, 
mensalmente, na proporção do respectivo número de dependentes, menores de 14 
anos ou inválidos de qualquer idade. 
Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde 
que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência 
econômica de ambos ser comprovada. 
 
Beneficiários – Somente segurados empregados (exceto o doméstico) e 
trabalhadores avulsos; Aposentados por invalidez e idade e os aposentados de 
outras modalidades, a partir de 65 anos, se homem, e 60, se mulher; o trabalhador 
rural aposentado por idade. 
 
Requisito – Ter filho menor de 14 anos ou inválido de qualquer idade; Ser 
segurado de baixa renda – até R$971,33. 
 
Carência – Nenhuma. 
 
Renda mensal – De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº 11, de 09 
de janeiro de 2013, o valor do salário-família será de R$33,14 por filho de até 14 
anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$646,24. Para o trabalhador 
que receber de R$646,24 até R$971,33 o valor do salário-família por filho deaté 14 
anos de idade ou inválido de qualquer idade será de R$23,35. 
 
Início do pagamento – No ato da apresentação da documentação pertinente 
(certidão de nascimento, carteira de vacinação anual, até 06 anos, atestado de 
freqüência escolar semestral, dos 07 aos 13 anos, e termo de compromisso). A 
invalidez de filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deve ser verificada 
através de exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. 
 
24 
 
 24 
Suspensão do pagamento – Na falta da entrega da renovação da documentação 
mencionada. 
 
Cessação do pagamento – a) Com a morte do filho ou equiparado; b) quando o 
filho ou equiparado completar 14 anos, salvo o inválido; c) pelo desemprego do 
segurado ou término do trabalho avulso; d) pela recuperação da capacidade do 
filho inválido. 
 
 
• SALÁRIO-MATERNIDADE – Art. 71 a 73 da Lei 8.213/91, art. 93 a 103 do 
Decreto 3.048/99 e art. 293 a 310 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 
45 de 06/08/10. 
 
Conceito – É o período remunerado ao descanso da mulher trabalhadora, em 
virtude de nascimento de seu filho ou adoção. Este período é 120 dias, podendo 
ser prorrogado em casos excepcionais. 
 
Beneficiários – Todas as seguradas. 
 
Requisito – Ser segurada; Parto, aborto e adoção. 
 
Carência – Sem carência para a segurada empregada, avulsa e empregada 
doméstica. Com carência de 10 contribuições mensais para as seguradas 
contribuintes individuais e facultativas; A segurada especial deverá comprovar o 
exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatos anteriores ao 
requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua. 
 
Renda mensal – Segurada empregada: renda mensal igual a sua remuneração 
integral (não está sujeita a teto); Trabalhadora avulsa: renda mensal igual a sua 
remuneração integral (não está sujeita a teto); Segurada empregada doméstica: 
valor correspondente ao seu último salário-de-contribuição; Segurado especial: 
consiste em 01 salário mínimo; Seguradas contribuinte individual e facultativa: 1/12 
da soma dos 12 últimos salários-de-contribuição, apurados em período não 
superior a 15 meses, limitado ao limite máximo do salário-de-contribuição. 
 
Início do pagamento – 28 dias antes do parto ou a partir do dia do parto. Em caso 
de abortamento e adoção, a partir da data do requerimento. 
 
Suspensão do pagamento – Cumpridos os requisitos, não há. 
 
Cessação do pagamento – a) Em caso de parto: 120 dias depois do dia do início; 
b) Em caso de abortamento não criminoso; depois de 02 semanas; c) Em caso de 
adoção: Até 01 ano: 120 dias após o dia de início; de 01 a 04 anos: 60 dias após o 
dia de início; de 04 a 08 anos: 30 dias após o dia de início. 
 
 
c) AUXÍLIOS 
 
• AUXÍLIO-DOENÇA –Art. 19 a 23 da Lei 8.213/91, art. 59 a 64 da Lei 8.213/91, 
art. 71 a 80 e 337 do Decreto 3.048/91 e art. 274 a 287 da INSTRUÇÃO 
NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 06/08/10. 
25 
 
 25 
 
Conceito – É o benefício recebido pelo segurado que ficar incapacitado para o seu 
trabalho ou para a sua atividade habitual, por mais de 15 dias consecutivos. 
 
Beneficiários – Todos os segurados. 
 
Requisito – Ser segurada; Parto, aborto e adoção. 
 
Carência – 12 contribuições mensais ou nenhuma para acidentes e algumas 
doenças específicas em lista elaborada pelo Ministério da Saúde e da Previdência 
Social. 
 
Renda mensal – 91% do salário-de-benefício. 
 
Início do pagamento – Empregados: A contar do 16º dia de afastamento da 
atividade, quando requerida até o 30º dia ou a partir da data de entrada do 
requerimento, se entre o afastamento e o requerimento decorrerem mais de 30 
dias. Demais segurados: A contar da data de início da incapacidade ou da data de 
entrada do requerimento, se entre estas datas passarem mais de 30 dias. 
 
Suspensão do pagamento – Quando o segurado não comparecer à perícia 
médica periódica, ou à convocação do INSS. 
 
Cessação do pagamento – Quando cessar a incapacidade ou pela transformação 
em aposentadoria por invalidez ou em auxílio-acidente. 
 
 
 
• AUXÍLIO-ACIDENTE – Art. 86 da lei 8.213/91, art. 104 do Decreto 3.048/99 e 
art. 311 a 317 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 06/08/10. 
 
Conceito – É a indenização a que o segurado tem direito quando, após a 
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar 
seqüela definitiva que implique redução da capacidade para o trabalho que 
habitualmente exercia. 
 
Beneficiários – Somente segurados empregados, trabalhadores avulsos e 
segurados especiais. 
 
Requisito – Acidente de qualquer natureza que cause redução da capacidade para 
o trabalho. 
 
Carência – Sem carência. 
 
Renda mensal – 50% do salário-de-benefício, podendo ser inferior a um salário 
mínimo. 
Início do pagamento – A partir do primeiro dia da cessação do auxílio-doença 
originário. 
 
Suspensão do pagamento – Em caso de retorno da mesma doença que o 
originou. 
26 
 
 26 
 
Cessação do pagamento – No momento da aposentadoria ou pela morte do 
segurado. 
 
 
 
 
2. PAGOS AOS DEPENDENTES 
 
• PENSÃO POR MORTE – Art. 74 a 79 da Lei 8.213/91, art. 105 a 115 do Decreto 
3.048/99 e art. 318 a 330 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 
06/08/10. 
 
Conceito – É o benefício devido aos dependentes do segurado que falecer, 
aposentado ou não. 
 
Beneficiários – Dependentes de todas as categorias de segurados. 
 
Requisito – Morte do segurado e qualidade de segurado deste. 
 
Carência – Sem carência. 
 
Renda mensal – 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou 
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data do 
falecimento, rateada em partes iguais entre os dependentes. 
 
Início do pagamento – A contar da data do óbito, quando requerida até 30 dias 
depois deste; da data da ocorrência, em caso de catástrofe, acidente ou desastre, 
se requerida até 30 dias desta; do requerimento do benefício protocolizado após o 
prazo previsto nas alíneas “a” e “b”; da decisão judicial, no caso de morte 
presumida. 
 
Suspensão do pagamento – Quando o dependente inválido não comparecer ao 
exame médico-pericial. 
 
Cessação do pagamento – a) Pela morte do pensionista; b) ao completar 21 
anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste 
caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de 
ensino superior; c) para pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada 
em exame médico-pericial a cargo da Previdência Social. 
 
 
 
 
• AUXÍLIO RECLUSÃO – Art. 80 da Lei 8.213/91, art. 116 a 119 do Decreto 
3.048/99 e art. 331 a 344 da INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 45 de 
06/08/10. 
 
Conceito – É o benefício devido aos dependentes do segurado de baixa renda, 
recolhido à prisão. 
 
27 
 
 27 
Beneficiários – Dependentes de todas as categorias de segurados. 
 
Requisito – Recolhimento do segurado à prisão sob o regime fechado ou semi-
aberto, que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio-
doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que seu 
último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$971,33. 
 
Carência – Sem carência. 
 
Renda mensal – 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou 
daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu 
recolhimento à prisão, rateada em partes iguais entre os dependentes. Na situação 
acima, o salário-de-benefício corresponderá à média dos 80% maiores salários-de-
contribuição do período contributivo, a contar de julho de 1994. 
 
Para o segurado especial (trabalhador rural), o valor do auxílio-reclusão será de um 
salário-mínimo, se o mesmo não contribuiu facultativamente.Início do pagamento – Será fixado, na data do efetivo recolhimento do segurado à 
prisão, se requerido até 30 dias depois desta, ou na data do requerimento, se 
posterior, salvo se o dependente for menor de 16 anos, quando será pago a partir 
da data do recolhimento, até 30 dias após completar esta idade. 
 
Suspensão do pagamento – a) No caso de fuga; b) recebimento de auxílio-
doença; c) Se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela 
autoridade competente; d) quando o segurado deixar a prisão por livramento 
condicional, por cumprimento da pena em regime aberto ou por prisão albergue. 
 
Cessação do pagamento – a) Pela perda da qualidade de dependente, com a 
extinção da última cota individual; b) Se o segurado passar a receber 
aposentadoria; c) Pelo óbito do segurado; d) na data da soltura. 
 
 
 
XVIII - SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 Os serviços da previdência social buscam apoiar os segurados no exercício da 
sua atividade ou na relação com a Previdência Social e com a própria sociedade, 
sendo eles: 
 
• Serviço social; 
• Habilitação e reabilitação profissional; 
• Perícia médica. 
 
 
BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL- LOAS 
 
 A Constituição Federal dispõe em seu art. 203, V a “a garantia de um salário 
mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que 
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por 
28 
 
 28 
sua família,”, considerando como idoso a pessoa que tenha 65 anos de idade – 
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03. 
 
A Lei 8.742/1993 - Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS instituiu o 
benefício de prestação continuada, tendo como requisitos: 
 
• Ser deficiente ou idoso (65 anos de idade) – art. 34 da Lei 10.741/03; 
• comprovação de não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de 
tê-la provida por sua família; 
• renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário mínimo – art. 20, § 3º da 
Lei 8.742/93. 
 
 
IX - DESAPOSENTAÇAO – É o ato de desfazimento da aposentadoria por 
vontade do titular, para fins de aproveitamento do tempo de filiação em contagem para 
nova aposentadoria, no mesmo ou em outro regime previdenciário. 
 
O INSS não admite a desaposentação, mas o judiciário vem permitindo. 
 
 
XX - MANUTENÇÃO, PERDA E RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE 
DE SEGURADO 
 
REGRA GERAL: pessoa mantém a condição de segurado enquanto contribui. 
 
EXCEÇÕES: legislação prevê, em alguns casos, a manutenção do vínculo sem a 
necessidade de contribuições. É o período de graça (art. 13, RPS). 
 
 
SITUAÇÃO DO SEGURADO MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE 
SEGURADO 
1. Em gozo de benefício Sem limite de prazo. 
2. Segurado que deixar de exercer 
atividade remunerada ou estiver 
suspenso ou licenciado sem 
remuneração.* 
Até 12 meses após a cessação de benefício 
por incapacidade ou após a cessação das 
contribuições 
3. Segurado acometido de doença de 
segregação compulsória. 
Até 12 meses após cessar a segregação. 
4. Segurado detido ou recluso. Até 12 meses após o livramento. 
5. Segurado incorporado às Forças 
Armadas para prestar serviço militar. 
Até 3 meses após o licenciamento. 
6. Segurado facultativo. Até 6 meses após a cessação das 
contribuições. 
*No caso da situação 2 (segurado deixou de exercer atividade remunerada), temos 
uma ampliação do período de graça da seguinte forma: 
 
< ou = 120 contribuições: 12 meses. Se desempregado: + 12 meses = 24 meses 
+ de 120 contribuições: 24 meses. Se desempregado: + 12 meses = 36 meses 
 
29 
 
 29 
A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria para 
cuja concessão tenham sido preenchidos todos os requisitos, segundo a legislação em 
vigor à época em que estes requisitos foram atendidos. 
 
 
XXI - CARÊNCIA - Período de carência é o tempo correspondente ao número 
mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas 
competências. Art. 26 do Decreto 3.048/99 
 
Observação: período de graça não se confunde com carência. 
 
• As contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão 
computadas para efeitos de carência depois que o segurado contar, a partir da nova 
filiação ao RGPS, com no, mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para 
o cumprimento da carência. 
 
Os períodos de carência dos benefícios previdenciários são: 
 
BENEFÍCIO CARÊNCIA 
 
Auxílio-doença comum ou previdenciário 
 
12 contribuições 
Auxílio-doença acidentário (acidente; doença 
profissional ou do trabalho) 
Não tem carência 
 
Auxílio-doença – doenças graves (artigo 
151, Lei 8213/91 + hepatopatia grave – 
Portaria Interministerial 2998 de 
23.08.2001). 
 
Não tem carência 
 
Aposentadoria por invalidez comum ou 
previdenciário 
12 contribuições 
 
Aposentadoria por invalidez acidentária 
(acidente; doença profissional ou do 
trabalho) 
 
Não tem carência 
Aposentadoria por invalidez – doenças 
graves (artigo 151, Lei 8213/91 + 
hepatopatia grave - Portaria Interministerial 
2998 de 23.08.2001). 
 
Não tem carência 
Aposentadoria por idade 180 contribuições ou artigo 142 da 
Lei 8.213/1991 
 
Aposentadoria tempo de contribuição 180 contribuições ou artigo 142 da 
Lei 8.213/1991 
 
Aposentadoria especial 180 contribuições ou artigo 142 da Lei 
8.213/1991 
Salário maternidade - contribuinte individual e facultativa: 
30 
 
 30 
 10 contribuições. 
- empregada, empregada doméstica 
e trabalhadora avulsa: dispensadas 
do período de carência. 
- segurada especial: comprovação 
do exercício de atividade rural nos 
últimos 12 meses imediatamente 
anteriores ao requerimento do 
benefício. 
 
 
 
 
XXII - CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL: 
 
• Apropriação indébita previdenciária – art. 168-A do C.P; 
• Sonegação fiscal previdenciária – art. 337-A do C.P; 
• Falsificação de documento público – art. 297 do C.P; 
• Inserção de dados falsos em sistemas de informações – art. 313-A do C.P; 
• Modificação ou alteração não autorizada em sistemas de informações – art. 313-
B do C.P; 
• Divulgação de informações sigilosas ou reservadas – art. 153 do C.P; 
• Estelionato – art. 171 do C.P. 
 
 
XXIII - COMPETÊNCIA PARA PROCESSAMENTO DAS AÇÕES 
PREVIDENCIÁRIAS – Art. 109, I, §3º da C.F. 
 
 As ações previdenciárias, como regra geral, devem ser julgadas na Justiça 
Federal, tanto as ações relacionadas ao custeio das contribuições previdenciárias, 
quanto as relativas a benefícios. 
 
 Para facilitar o acesso à Justiça, a Constituição Federal possibilitou que, sempre 
que a comarca não for sede de vara da Justiça Federal, as causas previdenciárias 
podem ser julgadas pela Justiça Estadual, no foro de domicílio dos segurados ou 
beneficiários. 
 
 Já as ações de acidente de trabalho, após a Emenda Constitucional nº 45/04, 
passaram a ser processadas e julgadas pela Justiça do Trabalho. Também foram 
criados os Juizados Especiais Federais – Lei 10.259/01 – com intuito de agilizar o 
processo judiciário, com competência para julgar litígios até 60 salários mínimos. 
 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de 
falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho; 
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos 
segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência 
social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se 
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verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também 
processadas e julgadas pela justiça estadual. 
 
OBS: A competência do Juizado Especial Federal é absoluta, ou seja, a ação deve ser 
distribuída no Juizado Especial Federal no caso de sua competência elencada no art. 
03º da Lei 10.259/01, ou, cujo valor seja até 60 salários mínimos. 
 
Art. 3º - Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar 
causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, 
bem como executar as suas sentenças. 
§ 1º Não se incluem na competência do Juizado Especial Cível as causas: 
I - referidas no art. 109, incisos II, III e XI, da Constituição Federal, as ações de 
mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, 
execuções fiscais e por improbidade administrativa e as demandas sobre direitos ou 
interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos; 
II - sobre bens imóveis da União, autarquias e fundações públicas federais; 
III - para a anulação ou cancelamento de ato administrativo federal, salvo o de natureza 
previdenciária e o de lançamento fiscal; 
IV - que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores 
públicos civis ou de sanções disciplinares aplicadas a militares. 
§ 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência 
do Juizado Especial, a soma de doze parcelas não poderá exceder o valor referido no 
art. 3º, caput. 
§ 3º No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência 
é absoluta. 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
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BIBLIOGRAFIA: 
(1) SANCHEZ, Adilson. Advocacia Previdenciária, São Paulo: Atlas, 2008. 
(2) KERTZMAN, Ivan. Curso Prático de Direito Previdenciário. 05ª ed. Salvador: 
Podivm, 2008 
(3) EDUARDO, Ítalo Romano. Curso de Direito Previdenciário. 05ª ed. Rio de 
Janeiro: Campus, 2008. 
(4) GODOY, Fabiana Fernandes de. Manual Prático da Advocacia Previdenciária, 
São Paulo: JH Mizumo Editora, 2008. 
(5) CARLOS, Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário. 10ª ed. 
Florianópolis: Conceito editorial, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRÁTICA FORENSE 
 
I – AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO ASSISTENCIAL – LOAS 
 
• CONCEITO: É o benefício assistencial devido ao portador de deficiência física 
ou mental ou ao idoso, com 65 anos de idade ou mais, sem condições de prover 
a sua própria subsistência ou de tê-la provida pela família, no valor de 01 salário 
mínimo. 
 
• REQUISITOS: Ser deficiente ou idoso (65 anos de idade); comprovação de não 
possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua 
família; renda familiar mensal per capita inferior a 1/4 do salário mínimo - Art. 
203, V da C.F., artigo 20 e §§ da Lei nº. 8.742/93 e art. 34 da Lei 10.741/03. 
 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal da ª Vara do Juizado Especial Federal 
- Seção Judiciária de Minas Gerais - Belo Horizonte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO DE BARROS, brasileiro, casado, ____________, C.P.F nº 
____________, CTPS nº _________, PIS nº _______, residente e domiciliado na Rua 
____________, n° ___, Bairro ____________ /Belo Horizonte - MG., vem 
respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado abaixo assinado, conforme 
procuração em anexo, propor AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO 
ASSISTENCIAL – LOAS, COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA contra o INSS - 
INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL, autarquia federal, com agência nessa 
cidade localizada na Avenida Tal, nº - Bairro Centro/Belo Horizonte/MG., com base no 
art. 203, V da C.F., c/c artigo 20 da Lei nº 8.742/93 e art. 34 da Lei 10.741/03 e art. 273 
do C.P.C., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
 I - DOS FATOS 
 
O Autor sofreu derrame em 00/00/00, ficando paralisado, não podendo exercer 
qualquer atividade para seu sustento, conforme faz prova o atestado médico em anexo. 
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O Autor não possui fonte de renda que permita a sua subsistência, residindo 
com sua esposa, que possui renda de 01 salário mínimo em virtude de serviço 
prestado como empregada doméstica, razão pela qual foi até o INSS requerer o 
Benefício Assistencial – LOAS, no dia __/__./___, recebendo o número ____, que foi 
indeferido, conforme demonstra cópia da decisão em anexo, sob o fundamento do art. 
20, § 3º da Lei 8.742/93, informando que a renda per capita da família do Autor é 
superior a ¼ do salário mínimo. 
 
II - DO DIREITO 
 
 A percepção de renda familiar per capita inferior a ¼ do salário mínimo não pode 
ser o único critério para a concessão do benefício ora reclamado, visto que o legislador 
apenas estipulou uma condição/requisito mínimo, não prevendo particularidades, 
apenas regras gerais, deixando desacobertados os cidadãos que se encontram em 
situação como a vivida pelo Autor. Ademais, sendo a família do Autor composta por ele 
e sua esposa, a renda per capita nunca alcançaria ¼ da renda familiar, sendo este 
parâmetro meramente objetivo, podendo o julgador, mediante a aferição de outros 
meios de prova, avaliar a condição de miserabilidade do necessitado requerente 
 
Conforme é de conhecimento de todos, o INSS, após a promulgação da 
Constituição Federal, se incumbiu de cumprir com o pagamento de um salário mínimo 
a todas as pessoas idosas ou portadoras de deficiência que estiverem em situação de 
miserabilidade, conforme determina o artigo 203, da Constituição Federal, in verbis: 
 
Art. 203 - A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade 
social, e tem por objetivos: 
(_.) 
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à 
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem 
não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei" 
 
Igualmente, o art. 20, §3º da Lei 8.742/93 preceitua o seguinte: 
 
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de 
um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao 
idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que 
comprovem não possuir meios de prover a própria 
manutenção nem de tê-la provida por sua família. 
(...) 
§ 3º Considera-se incapaz de prover a manutenção da 
pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal 
per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. 
 
 Também a Lei 10.741/03, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras 
providências, prescreve em seu art. 34 o seguinte: 
 
Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, 
que não possuam meios para prover sua subsistência, nem 
de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício 
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mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei 
Orgânica da Assistência Social - LOAS. 
 
O Autor fez seu pedido em sede administrativa, não sendo aceito, sob a 
alegação de que a renda per capita de sua família é superior a ¼ do salário mínimo, 
sendo indeferido o pedido do benefício. 
 
Consoante a legislação acima citada, mormente o art. 203, V da C.F., que prevê 
que a pessoa necessitada que comprove não possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua família terá direito a um salário mínimo de 
benefício mensal, fica evidenciada a intenção do legislador em proteger o cidadão em 
tais situações, conforme é caso do Autor. 
 
Este é o entendimento jurisprudencial: 
 
RF1-121844) CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. 
BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA CONTINUADA. INC. V DO ART. 
203 DA CF/88. LEI 8.742/93. DECRETO 1.744/95. 
ANTECIPAÇÃO DA TUTELA DEFERIDA

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