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sistema articular

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UNIDADE 3: 
SISTEMA ARTICULAR
Professor Ms. Sandro Marlos Moreira
Graduação: Enfermagem (ESTÁCIO) e Educação Física (UEG).
Mestrado: Ciências do Esporte.(UNICAMP)
Especialização: Esporte e Recuperação. (UEG)
Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia – SBA.
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3.1. Conceito e função
Uma estrutura da articulação determina a direção e a amplitude do movimento. (Van de Graaff, 2003)
As articulações permitem os movimentos graciosos do balé, assim como ações simples como o caminhar, comer, escrever e falar.
Artrologia é a ciência que se dedica ao estudo das articulações. (estrutura)
Cinesiologia: É a ciência que estuda a dinâmica do movimento.
Uma junta (articulação) é uma união entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do esqueleto. (Moore, 2007)
O sistema articular integra os sistemas esquelético e muscular, sob comando do sistema nervoso.
O critério mais usado para classificar as junturas, se baseia no tecido interposto entre os ossos, ao nível da articulação (fibroso, cartilagíneo ou sinovial).
Algumas articulações não tem movimento; outras permitem apenas pequenos movimentos, e algumas são livremente móveis.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
Segundo Di Dio (1998), o critério de classificação articular mais utilizado é quanto ao tecido que interpõe e o menor ou maior grau de liberdade de movimento.
ARTICULAÇÃO FIBROSA: A mobilidade devido ao tamanho do tecido fibroso que une os ossos, inviabiliza o movimento.
SINARTROSE: Articulações imóveis.
ARTICULAÇÃO CARTILAGINOSA: A mobilidade é reduzida, a flexibilidade e a pequenos movimentos.
ANFIARTROSES: Articulações ligeiramente móveis.
ARTICULAÇÃO SINOVIAL: Apresenta grande mobilidade devido a liberdade oferecida pelo espaço articular, cápsula e ligamentos.
DIARTROSES: Articulações livremente móveis. (Van de Graaff, 2003)
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ARTICULAÇÕES FIBROSAS
Os ossos são unidos por tecido conjuntivo fibroso.
O grau de movimento depende do tamanho do tecido de união, sendo a maioria sem movimento.
São exemplo de articulações fibrosas as suturas, a sindesmose e a gonfose (alvéolo).
Sinartroses: Articulações imóveis.
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SUTURAS
Ocorrem entre os ossos do crânio. Sendo que as mesmas surgem, na verdade, da origem da ossificação intramembranosa.
As suturas se formam em torno dos 18 meses de idade e substituem os flexíveis fontículos do crânio de uma criança.
Sutura plana: Apresenta uma linha de junção reta.
Sutura Serrátil: Caracteriza-se pelos dentículos engrenados em ambas superfícies articulares ósseas.
Sutura Escamosa: Apresenta superfícies em forma de bisel.
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Crânio 
(ossificação intramembranosa)
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FONTANELA ANTERIOR
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Fontanela
Anterior
Fontanela
Posterior
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SUTURA PLANA
SUTURA INTERNASAL
SUTURA PALATINA
MEDIANA
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Sutura 
Sagital
Sutura
Coronal
Sutura
Lambdóide
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SUTURA SERRÁTIL
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Sutura
Lambdóide
Do grego, letra “L” = Lambda
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Sutura
Escamosa
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Sutura
Serrátil
Sutura
Escamosa
Sutura
Plana
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SINDESMOSE
Une os ossos com uma lâmina de tecido fibroso, que pode ser um ligamento ou uma membrana fibrosa.
MEMBRANA 
INTERÓSSEA
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GONFOSE
A gonfose (alvéolo), ou sindesmose dentoalveolar, é uma articulação fibrosa que se assemelha ao encaixe de um pino.
Ocorre entre a raiz do dente é a maxila. 
A mobilidade dessa articulação (um dente solto), indica uma condição patológica dos tecidos de sustentação do dente.
Microscopicamente podemos perceber (propriocepção), a existência de partículas entre os dentes.
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ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS
As estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
No início da vida os ossos são unidos por cartilagem hialina, o que lhes permite um certo encurvamento (flexibilidade).
As articulações por fibrocartilagem são mais fortes e ligeiramente móveis.
São exemplo de articulações cartilaginosas a sincondrose e a sínfise.
Anfiartroses: Articulações ligeiramente móveis.
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SINCONDROSE
São articulações interpostas por cartilagem hialina, o que as confere certa flexibilidade.
São por este motivo classificadas como primárias. Sendo em alguns casos, oriundas da formação dos ossos longos (ossificação endocondral). 
São uniões temporárias entre as extremidades dos ossos longos, epífises e diáfise, em seu período de desenvolvimento e que lhes permite um crescimento longitudinal.
Quando é atingido o crescimento completo, a cartilagem epifisial converte-se em osso, unindo a epífise a diáfise (sinostose normal).
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sincondrose
Sincondrose
esnternocostal
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SÍNFISE
As superfícies ósseas são revestidas por cartilagem hialina que é infiltrada com fibras colágenas para formar um bloco interposto de fibrocartilagem. (Van de Graaff, 2003)
Juntura formada por fibrocartilagem, que a deixa mais forte e com ligeiros movimentos. Tal qualidade tecidual não a possibilita ossificar, de forma normal, o que a classifica como secundária.
Essas articulações oferecem resistência e absorção ao choque além de considerável flexibilidade para a coluna vertebral.
São exemplo de sínfise o disco intervertebral e a sínfise púbica.
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Sínfise
Sincondrose
Sinostose
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ARTICULAÇÕES SINOVIAIS
Os ossos são unidos por uma cápsula articular (formada por uma camada externa fibrosa revestida internamente por uma membrana sinovial serosa), que se estende e reveste uma cavidade articular.
A cavidade articular é uma cavidade virtual que contém uma pequena quantidade de líquido sinovial lubrificante secretado pela membrana sinovial.
No interior da cápsula a cartilagem articular reveste as extremidades ósseas (superfície de sustentação dos ossos). Todas as outras superfícies são recobertas pela membrana sinovial.
Diartroses: Articulações livremente móveis.
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As articulações sinoviais permitem livre movimento entre os ossos.
São articulações de locomoção dos membros, reforçadas por ligamentos acessórios separados (extrínsecos) ou como um espessamento da cápsula articular (intrínsecos).
Em algumas articulações sinoviais devido a diferença de superfícies articulares, vamos encontrar discos articulares ou meniscos.
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Cápsula
articular
Cartilagem Hialina
Cartilagem
Hialina
Membrana
Sinovial
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Ligamento Cruzado
Posterior
Ligamento Cruzado
Anterior
Ligamento Colateral
Lateral
Ligamento Colateral
Medial
Menisco
Lateral
Menisco
Medial
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Disco 
articular
ATM
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3.5. Características das articulações sinoviais
Os seis principais tipos de articulações sinoviais são classificados quanto a forma em planas, gínglimo, selares, elipsóideas, esferoídeas e trocoídeas.
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ARTICULAÇÕES PLANAS
Permite movimento de deslizamento no plano das superfícies articulares.
São superfícies planas limitadas pela cápsula articular. A exemplo disso temos a articulação acromioclavicular.
Uma articulação não axial. (Di Dio, 1998)
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GÍNGLIMOS
A articulação gínglimo ou dobradiça permite movimentos de flexão e extensão.
Movimentos que ocorrem em um plano sagital. Ao redor de um eixo latero-lateral (transversal).
São articulações Uniaxiais.
Do grego ginglymos, dobradiça (Di Dio, 1998)
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SELARES
Permitem movimentos em dois planos de movimentos (biaxial), entorno de dois eixos uma anteroposterior (sagital) e outro laterolateral (transversal).
Os movimentos ocorrem no plano frontal e sagital.
As superfícies articulares opostas são côncavas e convexas. O exemplo claro
disso é a articulação carpometacarpal , na base do polegar.
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ARTICULAÇÕES ELIPSÓIDEAS
São também articulações biaxiais, permitem flexão e extensão, além de abdução e adução.
Geralmente o movimento maior ocorre no plano sagital. Também em alguns casos é possível uma cincundução mais restrita. Exemplo: articulações metacarpofalângicas.
Casos especiais: Articulação do joelho se assemelha a um gínglimo angular (articulação condilar). (Di Dio, 1998)
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ARTICULAÇÕES ESFERÓIDEAS
Permitem movimentos em vários eixos (sagital, transversal e longitudinal) e planos (frontal, sagital e transversal). O que lhes confere o título de articulações multiaxiais.
São articulações altamente móveis, cuja superfície esferoide de um osso articula com o receptáculo de outro. Exemplo articulação glenoumeral e coxofemoral.
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ARTICULAÇÕES TROCÓIDEAS
Permitem rotação entorno de um eixo central; assim, são uniaxiais. 
Nessas articulações um processo arredondado de um osso gira dentro de uma bainha ou anel.
São exemplos destas, a articulação atlantoaxial e a articulação radioulnar proximal.
Do grego Trochos, roda, roldana, pivô. (Di Dio, 1998)
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3.6. Movimentos das articulações sinoviais
O corpo humano é uma máquina bastante sofisticada capaz de produzir uma infinidade de posturas e movimentos.
Cinemática: Descrição de Movimento.
Tipos de Movimento
Movimento Rotatório (angular): É o movimento de um objeto ao redor de um eixo fixo num caminho curvo. O objeto move-se todo ao mesmo tempo e a distância é constante. 
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Movimento de Translação (linear): É o movimento de um objeto em uma linha reta. Ocorre em articulações planas, com o nome de deslizamento.
 Movimento Curvilíneo: Produzido pela associação dos movimentos de rotação e translação. Exemplo: ombro (rotação) + antebraço e mão (translação).
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LOCALIZAÇÃO DO MOVIMENTO
A descrição cinemática do movimento deve incluir os segmentos e articulações que estão em movimento.
O movimento numa articulação pode ser descrito como ocorrendo nos planos frontal, sagital e transversal.
O movimento num destes três planos significa que o segmento corporal esta se movendo paralelo aos três planos citados anteriormente.
A posição de referência para os movimentos é a posição anatômica.
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O movimento rotacional é realizado paralelo ao chão, entorno de um eixo longitudinal.
O termo longitudinal é usado quando o eixo do movimento passa através do comprimento de um osso longo.
O eixo de um movimento é encontrado sempre perpendicular ao seu plano correspondente.
Plano frontal (coronal): Os movimentos são feitos de lado a lado, como o movimento da cabeça em direção ao ombro.
Plano Sagital: O movimento são para frente e para trás, assim como o aceno de cabeça.
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MOVIMENTOS ESPECIAIS
PRONAÇÃO E SUPINAÇÃO
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TORNOZELO: INVERSÃO E EVERSÃO
INVERSÃO = ADUÇÃO + SUPINAÇÃO.
EVERSÃO = ABDUÇÃO + EVERSÃO.
ADUÇÃO
ABDUÇÃO
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VASCULARIZAÇAO E INERVAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES
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As articulações são irrigadas pelas artérias articulares, que se anastomosam, formando redes. A drenagem fica a encargo das veias articulares.
A inervação articular fica localizada na cápsula articular.
A inervação da articulação é realizada por ramos dos nervos que inervam os músculos que a movimentam ou a pele das inserções distais. (Lei de Hilton)
As articulações transmitem uma sensação denominada propriocepção.
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DOENÇAS DEGENERATIVAS
As articulações são projetadas para suportar o uso, no entanto, durante vários anos de uso intenso podem surgir doenças degenerativas.
Atividades como a corrida desgastam as cartilagens articulares, causando as vezes erosões.
O envelhecimento articular ocorre de forma gradativa acima da idade adulta, acometendo principalmente as articulações do quadril, joelho e coluna vertebral. (Salter, 1998 apud Moore, 2007)
Em algumas pessoas a osteoartrite vem acompanhada de desconforto e dor. A infecção traumática de uma articulação pode ser seguida por artrite (inflamação da articulação), e septicemia, intoxicação do sangue.
Artroscopia
Sinostose: Fusão definitiva entre dois ossos.
Artroplastia: Reparo cirúrgico ou substituição de articulações.
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AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS
Quanto ao tecido que interpõe, quais os tipos de articulação? Qual destas seria mais vulnerável a lesões, explique segundo a literatura.
Quais as diferenças entre a sincondrose e uma sínfise?
Onde ocorrem as sínfises e a sincondrose?
Descreva a estrutura se uma articulação sinovial .
Quais os tipos de articulações sinoviais? E quais os movimentos que nestas ocorrem?
Quais as estruturas que estabilizam uma articulação sinovial?
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BIBLIOGRAFIA
BASMAJIAN, J. V. Anatomia de Grant. 10ed. São Paulo: Manole, 1993.
DANGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 2ed. São Paulo Atheneu, 2003.
Di Dio, Liberato J. A. Tratado de Anatomia Aplicada. São Paulo: Poluss, 1998.
MOORE, Keith L; DALLEY, Arthur F. Anatomia: orientada para a clínica. 5ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007.
VAN DE GRAAFF, Kent M. Anatomia humana. 06 ed. São Paulo: Manole, 2003.
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NORKIN, Cynthia C.; LEVANGIE, Pamela K. Articulações: estrutura e função. 2ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.
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