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FILOSOFIA DO DIREITO CADERNO DE EXERCÍCIOS Primeira Parte Prof. Dr. Pablo Jiménez Serrano. www.jurismestre.com.br / contato@jurismestre.com.br Tema 1. Introdução à Filosofia do Direito Pontos em discussão: 1 Explique a relação possível entre Filosofia e Filosofia do Direito. 2 Caracterize a conexão existente entre a Jusfilosofia e as ciências humanas ou sociais? 3 A Filosofia do Direito é uma Filosofia aplicada? 4 Qual a utilidade teórica e prática da Filosofia do Direito? Questão 1 A Filosofia do Direito é a própria Filosofia enquanto voltada para o estudo dos fenômenos jurídicos que são constitutivos da “realidade jurídica”. Assim sendo, a dimensão fatual ou fenomenológica do Direito é suscetível de indagação filosófica. O trecho trata da definição da Filosofia do Direito e contem duas afirmações. Assinale, a seguir a resposta correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (B) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas são falsas. GABARITO 1.C Questão 2. A Filosofia cuida daquilo que tem sentido de não universalidade. A Filosofia, ora aplicada ao Direito responde à necessidade de investigação dos problemas jurídicos em suas raízes, problemas que têm representações imediatas de ordem prática. O trecho caracteriza o objeto e a finalidade da Filosofia do Direito e contem duas afirmações. Assinale, a seguir a resposta correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (B) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas são falsas. GABARITO 2.D Assinale a afirmativa correta Questão 3. De acordo com uma concepção ocidental a Filosofia do Direito: (A) procura atingir respostas de valor universal, próprios de todas as ciências não redutíveis a contingências de espaço e de tempo. (B) não fica adstrita a um campo determinado da realidade jurídica, mas procura abranger os problemas que se albergam na totalidade da experiência jurídica. (C) estuda os problemas próprios das ciências naturais, sociais, históricas e morais. (D) se preocupa com questões teológicas e jurídicas. (E) não se preocupa com os problemas normativos do Direito. GABARITO 3.B Questão 4 “A Filosofia do Direito traz aos estudantes uma visão panorâmica do fenômeno jurídico no contexto social. Eis que o Direito é uma mera técnica e dessa forma ele fica caracterizado”. A conclusão anterior trata da importância e da utilidade da Filosofia do Direito e contem duas afirmações. Assinale, a seguir a resposta correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (B) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas são falsas. GABARITO 4.B Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas ou confirmação: “O desafio da Filosofia do Direito é a compreensão de que o fenômeno jurídico é muito mais amplo do que o Direito posto pelo Estado, praticado nos tribunais e ensinado nas faculdades de Direito” GRAU, Eros Roberto. O Direito posto, o Direito pressuposto e a doutrina efetiva do Direto. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 38. Tema 2. O Direito como Ciência Pontos em discussão: 1 Qual a relação entre a Filosofia e a chamada Ciência do Direito? 2 O Direito pode ser considerado uma ciência? 3 Destaque as diferenças possíveis entre ciências naturais e sociais. 4 É o Direito uma ciência natural? Explique. 5 Pode ser definido o Direito como uma ciência? 6 Quais são os pressupostos que permitem afirmar que o Direito é uma ciência? 7 Há diferenças entre o Direito e as demais ciências humanas ou sociais? Assinale a afirmativa correta Questão 1. O Direito deve ser assim considerado: (A) um sistema de conhecimentos metodologicamente adquiridos e de validade universal, pela verificação objetiva, inclusive experimental, da certeza de seus dados e resultados. (B) um sistema de conhecimentos metodologicamente adquiridos e integrados em uma unidade coerente segundo princípios e métodos próprios. (C) um conjunto de conhecimentos dotados de certeza por se fundar em relações objetivas confirmadas por métodos de verificação definida, suscetível de levar quantos o cultivam a conclusões ou resultados concordantes. (D) um conjunto de concepções econômicas, sociológicas, políticas e morais. (E) uma arte do bem interpretar, argumentar e julgar. GABARITO 1.B Assinale a afirmativa correta Questão 2. Filosofia (a Ética) e a Sociologia do Direito têm se ocupado de um aspecto comum e específico da realidade jurídica: (A) da Lei e seus efeitos secundários. (B) do Discurso normativo em sua expressão linguística. (C) do costume e do valor, fontes secundária do Direito. (D) da conduta humana como um dos problemas/objetos principais do Direito. (E) da experiência jurídica apreendida pelas normas jurídicas. GABARITO 2.D Questão 3. Assinale a afirmativa correta. “A preocupação do jurista é diversa, no entanto, não se confunde, por exemplo, com a do historiador do Direito, nem tampouco com a do sociólogo. O jurista estuda a mesma realidade sob aspecto normativo ou regulativo (finalidade). O sociólogo descreve e compreende o fato social, mas o jurista tem a função de ver o fenômeno associativo sob o prisma de um dever jurídico, na busca de seu sentido como conduta”. Na passagem transcrita, o autor procura: (A) defender a noção de norma como proposição prescritiva. (B) mostrar que existem normas jurídicas que não podem ser pensadas como juízos hipotéticos. (C) distinguir o Direito de outras ciências. (D) atribuir ao Direito um caráter fenomenológico. (E) demonstrar a origem jusnaturalista de todas as normas. GABARITO 3.C Assinale a afirmativa correta Questão 4. Conforme ensinamentos de Norberto Bobbio, contidos na sua obra Teoria da norma jurídica. (2001, p. 45 – 52), existem três critérios independentes de valoração da norma. Assim, o citado autor afirma que: (A) o problema da inconstitucionalidade é o problema da coerência normativa acidental, quanto a regra é congruente com um princípio jurídico. (B) o problema da justiça é o problema da existência da regra enquanto tal, independentemente do juízo de valor sobre ela ser justa ou não. (C) o problema da funcionalidade da norma é o problema da completude normativa e lógico-formal da ordem jurídica. (D) o problema da eficácia de uma norma é o problema de ser ou não seguida pelas pessoas a quem é dirigida e, no caso de violação, ser invocado um valor. (E) o problema da justiça é o problema da correspondência ou não da norma aos valores últimos ou finais que inspiram um determinado ordenamento jurídico. GABARITO 4.E Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas ou confirmação: “Parece claro que todas as normas jurídicas procuram buscar um interesse de tipo geral, sem prejuízo de que também possam contemplar assuntos de interesses particular, pelos quais tenta-se achar um ponto de equilíbrio”. DIEZ-PICAZO, Luis y Antonio Gullón. Instituciones de Derecho Civil. Madrid: Tecnos, v.1, 1995, p. 40. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas ou confirmação: As definições são convencionais, o que significa que ninguém tem o monopólio da palavra “direito”, e que pode ser usada tanto no sentido mais amplo quanto no mais restrito. Portanto, não há uma definição verdadeirae uma falsa, mas somente, se tanto, uma definição mais oportuna e uma menos oportuna. BOBBIO Norberto. Teoria da Norma Jurídica. Trad. Fernando Pavan Baptista e Ariani Bueno Sudatti. Bauru, São Paulo: EDIPRO, 2001. p. 34. Tema 3 Fundamentos do Conhecimento Jurídico. Pontos em discussão: 1 O que é conhecimento? 2 O que é conhecimento científico? 3 É o conhecimento jurídico um conhecimento científico? 4 Quais são os fundamentos (ou fontes) do conhecimento? 5 Destaque as correntes que orientam o conhecimento. 6 Qual é a definição de empirismo? Tema 3. Fundamentos do Conhecimento Jurídico (Cont...) Pontos em discussão: 7 Explique o significado da orientação racionalista. 8 Caracterize a orientação criticista. 9 Conforme a sua tipologia, classifique o conhecimento. 10 Destaque as diferenças entre conhecimento científico e a mera crença. 11 Qual é a relação entre conhecimento e linguagem? “A epistemologia é a área do conhecimento que nos diz do estudo das condições do conhecimento nos domínios de cada ciência particular. Diz-se da doutrina, ou ciência da ciência: é a teoria de cada ciência”. Questão 1: Este trecho, extraído da obra de Miguel Reale, Filosofia do Direito (1969, p. 28) coloca em discussão: (A) o caráter e os fundamentos nas normas sociais: jurídicas e morais. (B) o valor no seu tridimensionalismo. (C) a teoria que cuida da origem, orientação e condicionamentos do conhecimento jurídico. (D) a teoria que cuida da origem, orientação e condicionamentos do conhecimento científico. (E) a experiência factual das ciências sociais. GABARITO 1.D Questão 2. Conforme vemos em LEIBNIZ Gottfried, Wilhelm. Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultura. 1996, p. 267. “Sendo as palavras empregadas pelos homens para serem sinais das suas idéias, podemos perguntar primeiro como é que estas palavras receberam um sentido determinado. Ora, temos que convir em que tal acontece, não por algum nexo natural que existiria entre certos sons articulados, e certas idéias (pois neste caso só haveria uma língua entre os homens), mas em virtude de uma convenção arbitrária, em razão da qual certa palavra se tornou o sinal de certa idéia”. Este trecho coloca em discussão: (A) o nexo existente entre as palavras e suas definições. (B) o nexo existente entre as normas e suas definições. (C) o nexo existente entre as palavras e o mundo empírico. (D) o nexo existente entre normas e fatos. (E) o nexo existente entre norma, fato e valor. GABARITO 2.A Questão 3. Conforme os autores GOODE, William J. & Paul K. Hatt (Métodos de investigación social, p. 57). Assinale a afirmativa correta. “O caráter sistemático do conhecimento científico, se manifesta na medida em que o fato não é simplesmente uma observação ao acaso, porém uma afirmação empiricamente comprovada acerca de fenômenos. Dessa forma, implica tanto observações científicas como um marco teórico conhecido dentro do qual estão ajustadas as observações”. Na passagem transcrita, os autores procuram (A) defender o idealismo normativo. (B) aderir à concepção empirista. (C) demonstrar que existe uma relação entre o conhecimento e os fatos. (D) deixar claro que os fatos são predominantes na construção da ciência. (E) justificar o papel das pesquisas empíricas. GABARITO 3.C Questão 4. Para Hans Kelsen (Teoria Geral do Direito e do Estado. Op. cit., p. 63.) “A tarefa da ciência do direito é descrever o direito de uma comunidade (...) na forma de enunciados. Esses enunciados, por meio dos quais a ciência jurídica descreve o direito, não devem ser confundidos com as normas criadas pelas autoridades legislativas (...)”. Nesse trecho o autor distingue, (A) o enunciado do valor. (B) o enunciado dos fatos. (C) o enunciado das normas. (D) O enunciado da ciência. (E) O enunciado da história. GABARITO 4.C Assinale a afirmativa correta Questão 5. Conforme a orientação empirista, (A) o conhecimento deriva das “valorações” que tem como base as afirmações (enunciados ou proposições) científicas ou não científicas. (B) o conhecimento deriva da “percepção” e tem como base uma dada realidade objetiva: fenômenos (fatos) ou acontecimentos. (C) o conhecimento deriva de duas fontes, a saber, da experiência e da razão. (D) o conhecimento deriva do intelecto humanos: das idéias e conclusões científicas. (E) o conhecimento é inato no ser humano, pois nascemos com ele. GABARITO 5.B Assinale a afirmativa correta Questão 6. Conforme a orientação racionalista, (A) o conhecimento deriva das “valorações” que tem como base as afirmações (enunciados ou proposições) científicas ou não científicas. (B) o conhecimento deriva da “percepção” e tem como base uma dada realidade objetiva: fenômenos (fatos) ou acontecimentos. (C) o conhecimento deriva de duas fontes, a saber, da experiência e da razão. (D) o conhecimento deriva do intelecto humanos: das idéias e conclusões científicas. (E) o conhecimento é inato no ser humano, pois nascemos com ele. GABARITO 6.A Assinale a afirmativa correta Questão 7. Conforme a orientação criticista, (A) o conhecimento deriva das “valorações” que tem como base as afirmações (enunciados ou proposições) científicas ou não científicas. (B) o conhecimento deriva da “percepção” e tem como base uma dada realidade objetiva: fenômenos (fatos) ou acontecimentos. (C) o conhecimento deriva de duas fontes, a saber, da experiência e da razão. (D) o conhecimento deriva do intelecto humanos: das idéias e conclusões científicas. (E) o conhecimento é inato no ser humano, pois nascemos com ele. GABARITO 7.C Questão 8. Assinale a afirmativa correta. Designa-se com o termo empirismo todas aquelas correntes de pensamento que sustentam ser a origem única ou fundamental do conhecimento dada pela experiência, que alguns simplificam como sendo, em última análise, a experiência sensorial. O empirismo é uma corrente do pensamento que assume várias manifestações, a saber, idealista e intelectualista. Instruções: O texto anterior contem duas afirmações. Assinale a correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda complementa a primeira. (B) as duas são falsas e contraditórias. (C) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (D) as duas são verdadeiras e coerentes. (E) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. GABARITO 8.C Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: “Nada há em nossa inteligência que não haja entrado nela por meio dos sentidos”. POPPER, Karl Raimund. Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionária. Tradução de Milton Amado. Belo Horizonte: Itatiaia, 1999, p. 14. Tema 4. Empirismo jurídico: o Direito como Experiência. Pontos em discussão: 1 Explique a relação existente entre o empirismo e o Direito. 2 Qual o significado atribuído ao Direito com base na experiência? 3 Defina o unidimensionalismo factual do Direito. 4 Caracterize o vínculo que une a experiência e os conflitos jurídicos. 5 O que é fenômeno jurídico? Tema 4. Empirismo jurídico: o Direito como Experiência (Cont...) Pontos em discussão: 6 Destaque as diferenças possíveis entre o fato simples e fato jurídico. 7 Explique a perspectiva metodológica da fenomenologia. 8 Defina a causalidade como princípio orientador da prática jurídica. 9 Com base no modelo empírico especifique e explique os critérios que orientam a crítica jurídica. Questão 1. Assinale a afirmativa correta. “O direito é um fato que se liga a outros fatos através de nexos de causalidade. Do fato, passar-se-ia à regra jurídica, através de um laço necessário de causalidade”. O trecho extraído da obra deMiguel Reale (Filosofia do Direito. 5. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 1969, p. 84), caracteriza a tese (A) do empirismo jurídico. (B) do racionalismo jurídico. (C) do comparativismo jurídico. (D) do jusnaturalismo jurídico. (E) do criticismo jurídico. GABARITO 1.A Questão 2. Assinale a afirmativa correta. Empirismo jurídico é uma orientação jusfilosófica, por meio da qual se considera o Direito sustentado (A) na teologia. (B) na ordem normativa. (C) na sua cientificidade. (D) na experiência. (E) na moralidade. GABARITO 2.D Assinale a afirmativa correta. Questão 3. A noção do fenômeno jurídico se apóia na idéia de que (A) o Direito nasce da realidade factual, isto é, da experiência que a contemplação nos proporciona. (B) o Direito nasce das ciências naturais, isto é, dos fenômenos da natureza constatados pelo homem. (C) o Direito nasce da experiência ideal das sociedades, da historia e das tradições. (D) o Direito nasce da política, isto é, das decisões governamentais. (E) o Direito nasce da realidade da moral, isto é, da Ética em suas diversa expressão. GABARITO 3.A Assinale a afirmativa correta. Questão 4. A fenomenologia reduz o conhecimento (A) ao mundo dos conceitos, excluindo qualquer caráter prescritivo. (B) ao mundo normativo, excluindo qualquer caráter valorativo. (C) ao mundo das teorias, excluindo os conflitos sociais. (D) ao mundo das proposições, excluindo os discursos. (E) ao mundo dos fenômenos, excluindo qualquer possibilidade de determinação do absoluto, ou da “coisa em si”. GABARITO 4.E Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas ou confirmação: “A primeira forma de fenomenalismo é o transcendental, de Kant, que se deve distinguir cuidadosamente do fenomenalismo naturalístico ou empírico do positivismo, de ontem e de hoje. Básica na doutrina kantista é, a afirmação de que só conhecemos na medida de nossa capacidade apreensora, pois preexistem no espírito humano, de maneira geral, certas condições que não provêm do ‘objeto’, mas que se impõem a algo, tornando- o ‘objeto’. O fenomenalismo de Kant admite a existência de algo meta-racional, como limite à cognoscibilidade do sujeito, reputando que nós só conhecemos ‘fenômenos’, relações entre coisas, mas não a ‘coisa em si’ mesma”. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 5. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 1969, p. 111. Tema 5. O Racionalismo Jurídico: pressuposto valorativo do Direito. Pontos em discussão: 1 Explique a relação existente entre racionalismo e Direito. 2 Defina o unidimensionalismo valorativo do Direito. 3 Caracterize o vínculo que une o valor e o Direito. 4 Destaque a relação entre os princípios jurídicos e os valores morais. 5 Quais são as correntes derivadas do racionalismo jurídico? Questão 1 “O direito empírico, aquele que a humanidade vive em casos particulares e concretos e se exprime em Leis ou em regras costumeiras, é por natureza mutável, variando de lugar para lugar, de época para época. Acima desse direito existiria um tipo ideal de valores jurídicos, como expressão daquilo que é constante, universal na razão humana, sendo correspondente à natureza do homem em sua universalidade”. O trecho, extraído da obra de Miguel REALE (Filosofia do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 98) justifica, (A) o empirismo jurídico. (B) o positivismo jurídico. (C) o materialismo jurídico. (D) o racionalismo jurídico. (E) o realismo jurídico. GABARITO 1.D Questão 2. A primeira vista, parece acertado dizer-se que o racionalismo jurídico apresenta o Direito como uma área do conhecimento inerente à razão. Logo, o racionalismo jurídico se assenta num conjunto de fatos e princípios inatos que não se encontram na realidade fenomenológica e sim ideal. O trecho caracteriza o racionalismo jurídico e contem duas afirmações. Assinale, a seguir a resposta correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (B) as duas são falsas. (C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. (E) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. GABARITO 2.E Assinale a afirmativa incorreta Questão 3. De acordo com uma concepção ocidental (REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 191-192, 195-196, 208): (A) os valores não constituem uma realidade ideal que o homem contempla como se fosse um modelo definido. (B) os valores se reduzem a fatos, atos e obras, a formas de comportamento e se opõem à realização da civilização e da cultura. (C) os valores representam o mundo do dever ser, das normas ideais segundo as quais se realiza a existência humana. (D) os valores não possuem uma existência em si, ontológica, mas se manifestam nas coisas valiosas. (E) os valores são algo que o homem realiza em sua própria experiência e que vão assumindo expressões diversas através do tempo. GABARITO 3.B Questão 4 O Direito tutela determinados valores, que reputa positivos, e impede determinados atos, considerados negativos. Logo, até certo ponto, poder-se-ia dizer que o Direito existe porque há possibilidade de serem violados os valores que a sociedade reconhece como essenciais à convivência. A conclusão anterior tirada da obra de Miguel REALE (Filosofia do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 189-190), contem duas afirmações. Conforme à orientação racionalista, assinale, a seguir a resposta correta, (A) as duas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. (B) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (C) as duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. (D) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. (E) as duas são falsas. GABARITO 4.C Assinale a afirmativa incorreta Questão 5. Conforme o idealismo, (A) as coisas materiais têm maior importância no processo de conhecimento onde o mundo real é representado e substituído pelo mundo ideal. (B) as coisas não existem por si mesmas, mais na medida e enquanto são representadas ou pensadas, de maneira que só se conhece aquilo que se insere no domínio de nosso espírito e não as coisas como tais. (C) o que se conhece não são coisas, mais imagem de coisas. (D) devemos compreender o real como idealidade, ou que equivale a dizer como realidade do espírito. (E) ao lado ou acima do direito historicamente revelado existe um Direito ideal, ao qual o Direito positivo conhecido se subordina. GABARITO 5.A Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: “Os valores não podem ser vistos, não podem ser apalpados, porém pensados. Eis que os valores, considerados objetos ideais, não existem fisicamente, não podem ser concebidos no espaço e tempo.” JIMÉNEZ SERRANO, Pablo. Curso de Filosofia do Direito. (Apostila Tema VI(a). Rio de Janeiro: UniFOA, 2010, p. 3. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: Mui facilmente podemos concordar com a idéia de que os valores possuem realidade a-espacial e atemporal, ou seja, apresentam um modo de “ser” que não se subordina ao espaço e ao tempo. Mas, independentemente dessa característica, os valores só se concebem em função de algo existente, ou seja, das coisas valiosas. Assim, diferentemente das coisas materiais os valores não são quantificáveis; os valores não admitem qualquer possibilidade de quantificação. Daí que os valores sejam imensuráveis, insuscetíveis de serem comparados segundo uma unidade ou denominador comum. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 187. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinteopinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: Os valores são construções ideais universais e permanentes por nascerem da espiritualidade humana. Por conseguinte, Vida, pessoa humana, amor, verdade etc. são valores históricos, universais e permanentes. Logo, o ser humano e a própria sociedade não teriam sentido sem tais valores. “Não há valores que possam ser apreciados plenamente sem se levar em conta todos os demais, a experiência pessoal e a coletiva”. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 5. ed. Revista e aumentada. São Paulo: Saraiva 1969, p. 209. Tema 6. Jusnaturalismo: o Direito Natural. Pontos em discussão: 1 Signifique o Jusnaturalismo: Direito Natural. 2 Destaque as características do Jusnaturalismo Antigo. 3 Destaque as características da Escola Medieval ou Teológica. 4 Destaque as características da Escola do Direito Natural Racional. 5 Com base no modelo jusnaturalista especifique e explique os critérios que orientam a crítica jurídica? Assinale a afirmativa correta Questão 1. O Direito Natural ou Jusnaturalismo concebe o Direito como: (A) inerente à razão, como conjunto de “princípios humanos inatos”. (B) direito posto, como conjunto de normas que vigorante conforme o tempo e o lugar. (C) um conjunto de condutas humanas. (D) um conjunto de normas logicamente ordenadas. (E) experiências jurídicas apreendidas pelas normas jurídicas. GABARITO 1.A Questão 2. Assinale a afirmativa correta. “O Direito Natural é um ditame da justa razão destinado a mostrar que um ato é moralmente torpe ou moralmente necessário segundo seja ou não conforme à própria natureza racional do homem, e a mostrar que tal ato é, em conseqüência disto vetado ou comandado por Deus, enquanto autor da natureza”. (BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do direito. Compiladas por Nello Morra; tradução e notas Márcio Pugliesi, Edso Bini, Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995, p. 20). Na passagem transcrita, o autor procura: (A) defender a noção jusnaturalista como corrente filosófica. (B) confrontar o Direito com a Moral. (C) distinguir o Direito da religião. (D) atribuir ao jusnaturalismo um caráter científico. (E) significar e caracterizar os fundamentos do jusnaturalismo. GABARITO 2.E Assinale a afirmativa correta Questão 3. O princípio “pacta sunt servanda”, segundo Norberto Bobbio, alude (Veja-se BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do direito. Compiladas por Nello Morra; tradução e notas Márcio Pugliesi, Edso Bini, Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995, p. 22). (A) ao problema da eficácia dada pela correspondência ou não da norma aos valores últimos ou finais que inspiram um determinado ordenamento jurídico. (B) ao caráter da norma como instrumento de poder. (C) ao predomínio dos fatos concretos na fenomenologia jurídica. (D) ao fundamento do Direito Natural, do qual obtemos conhecimento por meio da razão, de vez que esta deriva da natureza das coisas. (E) a um ordenamento jurídico que sanciona a conduta social. GABARITO 3.D Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte afirmação e destaque o tipo de concepção e período ao qual o autor faz alusão, a saber: Jusnaturalismo Clássico (antigo ou grego), a Jusnaturalismo Medieval (ou teológico) e a Jusnaturalismo Moderno (ou racional). Poder-se-ia notar que, no período em questão, o Direito era tido como um conjunto de leis naturais que regem o cosmos. Diz-se de um Direito fundado numa “cosmologia, na criação e a constituição do universo e não na justiça positiva, isto é, nas leis reguladoras da vida social”. BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de filosofia do direito. Compiladas por Nello Morra; tradução e notas Márcio Pugliesi, Edso Bini, Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995, p. 16. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte afirmação e destaque o tipo de concepção e período ao qual o autor faz alusão, a saber: Jusnaturalismo Clássico (antigo ou grego), a Jusnaturalismo Medieval (ou teológico) e a Jusnaturalismo Moderno (ou racional). O domínio da cosmologia cristã fez por considerar o Direito também como um direito imutável, estável e permanente. Trata-se de um Direito imutável no tempo, universal, um Direito criado por alguma Entidade que existe além dos homens e da natureza: Deus. JIMÉNEZ SERRANO, Pablo. Curso de Filosofia do Direito. (Apostila Tema VIb. Rio de Janeiro: UniFOA, 2010, p. 5. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte afirmação e destaque o tipo de concepção e período ao qual o autor faz alusão, a saber: Jusnaturalismo Clássico (antigo ou grego), a Jusnaturalismo Medieval (ou teológico) e a Jusnaturalismo Moderno (ou racional). A crítica ao Direito Divino foi sustentada com base na “razão humana” como única via para o estabelecimento de uma ordem jurídica natural. Assim, junto à razão, continuaria predominando a religiosidade, considerando-se que toda razão, todo poder e livre arbítrio do homem são outorgados por DEUS. Logo, o poder de raciocinar também é um Dom divino. JIMÉNEZ SERRANO, Pablo. Curso de Filosofia do Direito. (Apostila Tema VIb. Rio de Janeiro: UniFOA, 2010, p. 6. Tema 7. Positivismo Jurídico: pressuposto normativo do Direito. Pontos em discussão: 1 Qual o significado atribuído ao unidimensionalismo normativo do Direito (ou o positivismo jurídico)? 2 Quais são as correntes derivadas do positivismo jurídico? 3 Signifique o positivismo centrado na legislação. 4 Signifique o positivismo centrado na aplicação. 5 Destaque as características da Jurisprudência dos interesses. 6 Signifique o Realismo Jurídico: americano e escandinavo. 7 Destaque as características das concepções positivistas de caráter sociológico e da Escola histórica do direito. 8 Destaque as características da Escola Marxista. 9 Com base no modelo positivista especifique e explique os critérios que orientam a crítica jurídica? Assinale a afirmativa correta Questão 1. Conforme ensinamento de Bobbio, estudar uma civilização do ponto de vista normativo significa, afinal, (Veja-se BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. Trad. Fernando Pavan Baptista e Ariani Bueno Sadatti. Bauru, SP: EDIPRO, 2001, p, 25). (A) indicar o sentido atribuído a um sistema de valores. (B) interpretar o valor como elemento mediador entre fato e norma. (C) perguntar-se, quais ações foram, naquela determinada sociedade, proibidas, quais ordenadas, quais permitidas. (D) descobrir a direção filosófica e moral fundamental em que se conduz a vida de cada indivíduo. (E) investigar o desenvolvimento histórico e sociológico de cada sistema e país. GABARITO 1.C Assinale a afirmativa correta Questão 2. Lex potest plus quam pactum [A lei pode mais que o fato]. Eis um aforismo que orienta (A) o realismo jurídico (positivismo centrado na aplicação da norma). (B) o jusnaturalismo (Direito Natural com base na razão). (C) o jurisprudência dos interesses. (D) o positivismo legalista (centrado na legislação). (E) o sociologismo (Direito como um capítulo da Sociologia). GABARITO 2.D Assinale a afirmativa correta Questão 3. Conforme o modelo positivista (positivismo jurídico), (A) o Direito teria o fato como centro de irradiação, por meio da qual se constroem juízos de valor. (B) o Direito teria o valor como centro de irradiação, por meio da qual se justificam as normas. (C) o Direito teria a conduta como centro de irradiação, por meio da qual se criam as normas. (D) o Direito teria a norma como centro de irradiação, por meio da qual se autorizam ou proíbem determinada conduta social. (E) o Direito teria a justiça como centro de irradiação, por meio da qual se justificam as normas. GABARITO 3.D Questão 4. “Quando identificamos o direitocom as normas postas pelo Estado, não damos uma definição geral do direito, mas uma definição obtida de uma determinada situação histórica, aquela em que vivemos”. (BOBBIO, Op. Cit., p. 29). Dizemos então que da perspectiva positivista deriva a idéia de um Direito concreto, não-universal e não-científico, concluindo-se forçosamente que o Direito só pode vir a ser uma arte, uma técnica: nunca uma ciência. (JIMÉNEZ, Op. Cit., p. 5) Instruções: O texto anterior contem duas afirmações. Assinale a opção correta, (A) as duas são falsas e contraditórias. (B) as duas são verdadeiras e a segunda complementa a primeira. (C) a primeira é verdadeira e a segunda é falsa. (D) as duas são verdadeiras, mas não coerentes. (E) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. GABARITO 4.B “O DIREITO é a liberdade de agir ou de omitir, a lei obriga a agir ou omitir”. (HOBBES, Thomas. Leviatã: ou a matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Ícone, 2000, p. 99). Questão 5: Este trecho, coloca em discussão: (A) a significação do Direito como conjunto de normas. (B) o caráter do jusnaturalismo jurídico. (C) as razões de um Direito Ideal (idealismo jurídico). (D) os fundamentos fenomenológicos do Direito. (E) a relação causal entre normas. GABARITO 5.A Assinale a afirmativa correta Questão 6. O positivismo centrado na aplicação da norma se importa, (A) com a justiça normativa. (B) com a validade normativa. (C) com a coerência normativa. (D) com a unidade do ordenamento jurídico. (E) com a efetividade do Direito. GABARITO 6.E Questão 7. Assinale a afirmativa correta. “O conhecimento jurídico dirige-se a estas normas que possuem o caráter de normas jurídicas e conferem a determinados fatos o caráter de atos jurídicos (ou antijurídicos). Na verdade, o Direito, que constitui o objeto deste conhecimento, é uma ordem normativa da conduta humana, ou seja, um sistema de normas que regulam o comportamento humano. Com o termo ‘norma’ se quer significar que algo deve ser ou acontecer, especialmente que um homem se deve conduzir de determinada maneira”. (KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. Op. cit., p. 5). Na passagem transcrita, o autor procura (A) defender um idealismo normativo. (B) definir a conduta como objeto da Ciência Jurídica. (C) demonstrar que existe uma relação entre o conhecimento jurídico e a ordem normativa. (D) deixar claro que a conduta humana é predominantes na construção do Direito. (E) justificar o papel das normas como proposição descritiva. GABARITO 7.C Questão 8. “O direito é considerado como um conjunto de fatos, de fenômenos ou de dados sociais em tudo análogo àqueles do mundo natural; o jurista, portanto, deve estudar o direito do mesmo modo que o cientista estuda a realidade natural, isto é, abstendo-se absolutamente de formular juízos de valor. Na linguagem juspositivista o termo ‘direito’ é então absolutamente avalorativo, isto é, privado de qualquer conotação valorativa ou ressonância emotiva: o direito é tal que prescinde do fato de ser bom ou mau, de ser um valor ou um desvalor”. (BOBBIO, Op. Cit., p. 29) Instruções: O texto anterior contem duas afirmações. Assinale a opção correta, (A) elas não têm sentido. (B) a segunda complementa a primeira. (C) a segunda não complementa a primeira. (D) as duas são coerentes. (E) a primeira é falsa e a segunda é verdadeira. GABARITO 8.C Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: Positivismo centrado na aplicação “somente se interessará pelo mundo dos fatos (além das normas jurídicas) na medida em que tais fatos sejam integrantes das normas e que a norma a eles remeta de alguma forma”. HERREN Aguillar, Fernando. Metodologia da Ciência do Direito. 3. ed. São Paulo: Max Limonad, 2003, p. 122. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: Lembrar-se-á que a concepção derivada do termo positivus (positivo) referia-se ao que é convencionado e posto pelo homem, diferentemente do que é dado pela natureza (natural). A distinção entre Positivo e Natural passou, de fato para o direito indicando-se deste modo a oposição entre Direito Positivo e Direito Natural. Na sua concepção primitiva o Direito Positivo era o Direito posto pelo povo, por meio de uma instituição criada pelo homem e para o homem que, derivado de um poder civil, se funda na idéia de utilidade (necessidade) e não de justiça. Nasceu, assim, o positivismo jurídico (fins do século XVIII), como Direito derivado de um conjunto de leis que se fundam na vontade do legislador. JIMÉNEZ SERRANO, Pablo. Curso de Filosofia do Direito. Apostila Tema VI(b). Rio de Janeiro: UniFOA, 2010, p. 5. Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: “A jurisprudência dos interesses não é mais do que uma escola jurídica de corte sociológico, que se preocupa com as condições de aplicação do direito na realidade social, ou seja, com o contexto de conflitos de necessidade humana no qual o direito está inserido”. SABADELL, Ana Lucia. Manual de Sociologia Jurídica: Introdução a uma leitura externa do Direito. São Paulo: Rt. 2000. pp. 32 - 33. Tema 9. Tridimensionalismo Jurídico: as três partes integrantes do Direito. Pontos em discussão: 1 Signifique o tridimensionalismo jurídico. 2 Qual é o pressuposto tridimensional do Direito? 3 Quais são as concepções tridimensionalistas? 4 Destaque o significado do Tridimensionalismo Genérico. 5 Destaque o significado do Tridimensionalismo Específico. 6 Explique a orientação metodológica do modelo tridimensionalista. 7 Com base no modelo tridimensionalista especifique os critérios que orientam a crítica jurídica? Questão 1. Assinale a afirmativa correta. “Cumpre ponderar que os elementos que compõem o Direito se relacionam entre si através de uma dialética de complementaridade, exigindo uma direção diversa da pesquisa, para captar o sentido dominante de cada momento da juridicidade”. O trecho extraído da obra de Miguel Reale (Variações sobre a estrutura do Direito), caracteriza (A) o tridimensionalismo genérico. (B) o empirismo jurídico. (C) o racionalismo jurídico. (D) o tridimensionalismo específico. (E) o criticismo jurídico. GABARITO 1.D Assinale a afirmativa correta. Questão 2. Tridimensionalismo jurídico é uma teoria jusfilosófica, por meio da qual (A) o Direito tem como pressuposto o predomínio da norma sobre o fato e valor. (B) o Direito tem como pressuposto a correlação necessária entre justiça, valor e fato. C) o Direito tem como pressuposto a correlação necessária entre fato, valor e norma. (D) o Direito tem como pressuposto o predomínio da valor sobre o fato e a norma. (E) o Direito tem como pressuposto a política e a economia sobre o fato e valor. GABARITO 2.C Assinale a afirmativa correta. Questão 3. O tridimensionalismo jurídico específico é (A) um tipo de tridimensionalismo enciclopédico, isto é, que abrange todo o saber jurídico. (B) uma teoria pura que elimina todo indício sociológico, político e moralista do Direito. (C) a concepção, segundo a qual, fatos e valores se integram dialeticamente em um processo normativo. (D) uma orientação funcionalista que define o Direito com base na Justiça Social. (E) a teoria que considera que o Direito nasce da moral, isto é, da Ética profissional ou aplicada. GABARITO 3.C Questão 4. Assinale a afirmativa correta. A interdependência existente entre o fato, o valor, e a norma permite lidar com o Direito como um sistema independente, estudando as normas e sua inserção no ordenamento (ângulo interno), sem descurar que é um sistema dependentedos fatos sociais e dos valores (ângulo externo). O tridimensionalismo, como uma Filosofia do Direito, baseada na experiência jurídica, contribui para dar um status epistemológico aos procedimentos intelectuais de que se vale o jurista para comprovar, aplicar e conciliar normas de Direito Positivo. (LAFER, Celso. Filosofia do Direito e Princípios Gerais: considerações sobre a pergunta “O que é a Filosofia do Direito”. In, O que é a filosofia do direito? Barueri, SP: Manole, 2004, p. 56). Na passagem transcrita, o autor procura: (A) defender a noção jusnaturalista. (B) destacar o valor do juspositivismo. (C) justificar a prática jurídica. (D) atribuir ao tridimensionalismo um caráter empírico. (E) caracterizar o valor do tridimensionalismo. GABARITO 4.E Integração de Conhecimentos Interprete a seguinte opinião fazendo críticas, rejeição, negação ou confirmação: “Quando, ao contrário, não se realiza uma simples harmonização de resultados de ciências distintas, mas se faz um exame prévio da correlação essencial dos elementos primordiais do Direito, mostrando que eles sempre se implicam e se estruturam, numa conexão necessária, temos a tridimensionalidade específica que pode ser estática, ou dinâmica e de integração”. REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, p. 514. 1- Estudo de Casos Controle de Constitucionalidade O mecanismo de controle de constitucionalidade teve origem nos Estados Unidos da América, onde um juiz fez alusão à impossibilidade de se aplicar uma lei que fira diretamente a constituição. Segundo o magistrado americano, a ato normativo que vai de encontro à Constituição não precisa ser respeitado pelos particulares, por não ser direito. O magistrado também se posicionou no sentido de ser o Poder Judiciário responsável por este controle de constitucionalidade. Disse ele que é o juiz, na aplicação contenciosa do direito, quem deve analisar qual das leis deve ser aplicada, se em conflito entre si. Ainda, no caso de lei ferir a constituição, é lógica a idéia de que não poderá ser aquela vencedora sobre a Lei Maior. Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito no argumento do magistrado. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Exercícios Práticos Uma das formas de se declarar a inconstitucionalidade de ato normativo ou lei é por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), presente em nosso ordenamento jurídico desde 1946. Diz-se de uma das formas de controle concentrado exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Tal medida objetiva: (A) declarar a injustiça de uma norma. (B) declarar a falta de validade da lei ou ato normativo. (C) declarar a ineficácia normativa. (D) declarar a antinomia normativa. GABARITO (B) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nr. 3510 EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: O Procurador Geral da República, presente o disposto no artigo 102, I, a, da Constituição Federal, ajuíza. Ação Direta de Inconstitucionalidade, pelo que expõe: I. Do preceito normativo impugnado: 1. É o que se faz presente no artigo 5º e parágrafos da Lei nº 11.105, de 24 de março de 2005, verbis: “Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados nos respectivos procedimentos, atendidas as seguintes condições: (I, II, §, 1º, § 2º, § 3º) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nr. 3510 (Cont.) II. Dos textos constitucionais inobservados pelo preceito retro transcrito: 1. Dispõe o artigo 5º, caput, verbis: Artigo 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distorção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (grifei) 2. Dispõe o artigo 1º, inciso III, verbis: Artigo 1º - A República Federativa Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui- se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: (...) III – a dignidade da pessoa humana. III. Da fundamentação por Inconstitucionalidade material: 1. A tese central desta petição afirma que (...) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nr. 3510 (Cont.) III – Do Pedido: 1. Advindas informações do Congresso Nacional, da Presidência da República, colhido o pronunciamento da Advocacia Geral da União, e tornando-me os autos a parecer, peço, presentemente, a declaração de inconstitucionalidade do artigo 5º e § § da Lei 11.105, de 24 de março de 2005. 2. À luz do disposto na parte final, do § 1º, do artigo 9, da Lei nº 9868/99, solicito a realização de audiência pública a que deponham, sobre o tema (...): Brasília, 16 de maio de 2005. CLAUDIO FONTELES PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Questão única: Conforme as escolas e concepções jusfilosóficas conhecidas fundamente a petição em questão. 2- Estudo de Casos Controle de Constitucionalidade A Lei Maria da Penha não fere o princípio da igualdade estampado no caput do art. 5º da CF, pois visa a proteção das mulheres que sofrem com a violência dentre de seus lares, delitos que costumam cair na impunidade. Por este mesmo fundamento a Lei não fratura o disposto no inciso I, do mesmo dispositivo constitucional, porque o tratamento favorável à mulher está legitimado e justificado por um critério de valoração, para conferir equilíbrio existencial, social etc. ao gênero feminino. É a igualdade substancia e não só a formal em abstrato perante o texto da Constituição (art. 5º, I). Portanto, a referida Lei é constitucional. (DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. São Paulo: Rt, 2007, p. 56) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito no argumento da autora. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Exercícios Práticos APELAÇÃO CRIMINAL – ESTUPRO TENTADO – PADRASTO – PALAVRA DA VÍTIMA – VALOR PROBATÓRIO – LEI MARIA DA PENHA – CONSTITUCIONALIDADE. As medidas protetivas dispostas na Lei n. 11.340 de 2006 buscam equilibrar a relação entre homem e mulheres, concretizando o princípio da (...) e, portanto, no ferem a Constituição da República (...). Apelação Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Relator: Desembargador Ediwal José de Morais. Julgamento em: 24/08/2010. Publicado em 01/10/2010. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 28/06/2011) .Tal decisão se funda: (A) no princípio da validade. (B) no princípio da autonomia da vontade. (C) no princípio da isonomia. (D) no princípio da boa-fé objetiva. GABARITO (C) Jurisprudência em Conflito Caso 1. PROCESSO PENAL – CONFLITO DE JURISDIÇÃO – AMEAÇA – MAUS TRATOS – INSTIGAÇÃO AO SUICÍDIO – PRÁTICA CONTRA MULHER – ÂMBITO DOMÉSTICO – LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – JUSTIÇA COMUM. De acordo com o disposto nos arts. 33 e 41, da Lei n. 11.340/06, é competente a Justiça (...) O fato de o sujeito ativo das agressões ser mulher, não afasta incidência da Lei Maria da Penha, exigindo-se, apenas, que a vítima seja mulher, para sua aplicação. (Relator: Desembargador Herbet Carneiro. Julgamento em: 10/03/2010, publicado em 14/04/2010. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 23/05/2010) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Jurisprudência em Conflito Caso 2. PENA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER – LESÃO CORPORAL QUALIFICADA – SUJEITO PASSIVO – SOGRA – AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS – LEGÍTIMA DEFESA (...). A Lei 11.340/06 exige uma qualidade especial do sujeito passivo do crime de violência doméstica: ser mulher. Porém, não só a esposa,a companheira ou a amante encontram-se sob o manto da norma protetiva, estendendo-se à filha, à neta, à sogra, à avó ou qualquer outra parente, mesmo que por afinidade, que mantenha vinculo familiar com o agressor (...) Apelação Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Relator: Desembargador Júlio Cezar Guttierrez. Julgamento em: 25/03/2009. Publicado em 13/04/2009. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 16/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Jurisprudência em Conflito Caso 3. APELAÇÃO CRIMINAL – LEI MARIA DA PENHA – OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA – COMPETÊNCIA – ART, 5º DA RESOLUÇÃO N. 529/2007 – PROVIMENTO PARCIAL. A política de repressão à violência contra a mulher, efetivada pela Lei Maria da Penha, está intimamente ligada à necessidade de concretização do princípio constitucional de isonomia, procurando diminuir a desigualdade de condições entre homens e mulheres na busca da dignidade da pessoa humana, diante do fato público e notório da quantidade de agressões sofrida pelas mulheres na intimidade doméstica. (...). (Apelação Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Relator: Desembargador Walter Pinto da Rocha. Julgamento em: 12/09/2007, publicado em 23/10/2007. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 28/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. 3- Estudo de Casos Relações Homoafetivas “Como já se sabia em Roma ubi societas, ibi jus (onde está a sociedade está o direito) – o direito segue a evolução social, estabelecendo normas para a disciplina dos fenômenos já postos. Não é diferente neste caso: o ato de constituição da união homoafetiva existe, ocorre e gera efeitos juridicamente relevantes, que portanto, merecem tratamento pelo direito” . (Voto Ministro Luiz Fux, julgamento da ADI 4.277) (Disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 15/07/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Exercícios Práticos (...) homens e mulheres, qualquer que seja a escola do seu modo de vida, têm seus direitos fundamentais á ___________, a ser tratado com __________ em sua humanidade, ao respeito, à ___________ devidamente garantido. (ADI 4.277, STF, Voto Ministra Cármen Lúcia) . Leia e complete a decisão usando os seguintes valores e princípios: (A) moralidade. (B) bondade. (C) igualdade. (D) reciprocidade. (E) liberdade. (F) amor. (G) intimidade. GABARITO (liberdade, igualdade, intimidade) Jurisprudência em Conflito Caso 1. Agravo de instrumento. Ação declaratória. União estável entre pessoas do mesmo sexo. Manifesta impossibilidade jurídica do pedido (...). 1. A impossibilidade jurídica do pedido ocorre quando a ordem jurídica não permite a tutela jurisdicional pretendida. 2. Diante da norma expressa, contida no art. 226, § 3º , da CF, somente entidade familiar por constituir união estável o relacionamento afetivo entre homem e mulher (...). (Tribunal de Justiça de MG, Relator: Rui Caetano Levi Lopes, Julgado em 22/03/2005. Publicado em 01/04/2005. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 30/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Jurisprudência em Conflito Caso 2. APELAÇÃO. UNIÃO HOMOSSEXUAL. RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. APELO DA SUCESSÃO. A união homossexual merece proteção jurídica, porquanto traz em sua essência o afeto entre dois seres humanos com o intuito relacional (...), em face dos princípios constitucionais vigentes, centrados na valorização do ser humano. (Tribunal de Justiça do RS. Relator: Rui Portanova, Julgado em 10/06/2010. Publicado em 18/06/2010. (Decisão disponível em: <http://www.tjrs.jus.br>. Acesso em: 30/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Jurisprudência em Conflito Caso 3. APELAÇÃO CRIMINAL – LEI MARIA DA PENHA – OFENSA AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA – COMPETÊNCIA – ART, 5º DA RESOLUÇÃO N. 529/2007 – PROVIMENTO PARCIAL. A política de repressão à violência contra a mulher, efetivada pela Lei Maria da Penha, está intimamente ligada à necessidade de concretização do princípio constitucional de isonomia, procurando diminuir a desigualdade de condições entre homens e mulheres na busca da dignidade da pessoa humana, diante do fato público e notório da quantidade de agressões sofrida pelas mulheres na intimidade doméstica. (...). (Apelação Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Relator: Desembargador Walter Pinto da Rocha. Julgamento em: 12/09/2007, publicado em 23/10/2007. (Decisão disponível em: <http://www.tjmg.jus.br>. Acesso em: 28/06/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Jurisprudência em Conflito Caso 4. RELACIONAMENTO HOMOAFETIVO ENTRE MULHERES. LESÕES CORPORAIS. LEI MARIA DA PENHA. APLICABILIDADE. Enquanto em relação ao SUJEITO passivo a Lei elegeu apenas a mulher, no pólo ATIVO das condutas por ela compreendidas encontram-se homens ou mulheres que pratiquem atos de violência doméstica e familiar contra mulheres. Dessa forma, se mulher com relacionamento homoafetivo sofre lesões corporais praticadas por sua companheira, no âmbito doméstico e familiar, aplica-se a Lei Maria da Penha em todos os seus termos. (MG. Relator: Desembargador Duarte de Paulo, Julgado em 02/06/2011. Publicado em 17/01/2011. (Decisão disponível em: <http://www.tjjmg.jus.br>. Acesso em: 15/07/2011) Questões: 1- Destaque o fundamento jusfilosófico implícito na decisão. 2- Caracterize a postura juspositivista em destaque. Fim da apresentação
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