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Resumo prova de 3 TGE. Os motivos para estudarmos o Estado e de uma disciplina chamada Teoria Geral do Estado. Vivemos em uma sociedade organizada que estabelece regras, as regras, quando são institucionalizadas e viram leis formam a tal teoria geral do funcionamento do Estado. Estado e Direito são ideias que andam juntas, sendo a lei a formalização da vontade estatal. Teoria Geral do Estado é especulativa, mas também prática, estudamos a origem dos Estados e sua evolução, organização e ideologias políticas. Não se pode conceituar o Estado sem o Direito, o Estado não e só um sistema normativo, nem um fenômeno puramente sociológico, há uma corrente eclética, de equilíbrio, que tem sua maior expressão na concepção culturista do Estado e do Direito. Na antiga Grécia o Estado sufocava por inteiro a liberdade natural do individuo. Em Esparta, as crianças eram afastadas dos pais na tenra idade e passavam a fazer treinamento militar. Os elementos constitutivos do Estado são três: Povo (que é diferente de população, pois este usado pelo IBGE é um conceito humano também, mas mais amplo, pois alcança os estrangeiros). Território (envolve também as 12 milhas náuticas, embaixadas e navios de guerra). Poder Soberano (que é o poder maior do Estado se organizar a partir das suas constituições e leis). Em principio o termo surge do latim “status”, condição pessoal do individuo perante os direitos civis e políticos. Etimologicamente (quanto à origem), a palavra de origem latina se prende ao verbo “stare”, que significa estar firme, estão em pé, estável: stand up e standish. Espécie de metonímia – traduz a idéia na sua origem de estabilidade. Metonímia é a ideia pela origem. No direito romano a personalidade não era atributo de todo ser humano, era considerada privilégio que exigia certas condições decorrentes do status do individuo. Eram três status dentro da sociedade romana. Status libertatis: Pertencia a este estado o homem livre, o estado de liberdade podia ser adquirido com o nascimento ou por ato posterior. A criança que nascia de pais livres, casados legitimamente, passava a ser livre desde o momento do nascimento. Após o nascimento, a liberdade poderia ser alcançada pela alforria ou por outras formas estabelecidas em lei. Entre os homens livres havia ainda uma distinção entre os ingenui e os liberti, sendo os primeiros àqueles que nasceram livres e nunca deixaram de sê-lo, e os segundos aqueles que haviam sido escravos e conquistaram a liberdade. As pessoas dotadas de status libertatis, eram aptas a ter e exercer direitos. Em Roma existiam estrangeiros, peregrinos e escravos poderiam até ser livres mas não gozavam de outro importante status, o civitatis. Status civitatis: era estabelecida a cidadania romana, essencial para a capacidade jurídica. Tanto os cidadãos (cives) quanto os estrangeiros (peregrini) podiam ser cidadãos, mas as normas do ius civile eram reservadas somente aos cidadãos romanos; os estrangeiros só podiam praticar atos do ius gentium (Direito das Gentes). A condição de cidadão, assim como a status libertatis, podia ser adquirida de duas formas, pelo nascimento ou por fato posterior. Criança nascida de cidadãos romanos também era cidadã, e, no caso de só a mãe se cidadã, a criança seguia a condição materna, qualquer que fosse a situação paterna. Era pressuposto para se alcançar o status civitatis, que a pessoa tivesse primeiramente o status libertatis. Status familiae: As pessoas se dividiam em independentes e dependentes, a importância do estados familiar da pessoa para determinar sua capacidade jurídica, uma vez que a pessoa livre do pátrio poder, que não possuía nenhum ascendente masculino era o pater famílias, e sob seu poder de pater estavam todas as demais pessoas da família; estas não tinham direitos nem podiam adquiri-los para si. O Estado é uma organização destinada a manter, a ordem pela aplicação do direito, as condições universais da ordem social. Poder Soberano organiza o Estado se manifesta atrás da Constituição que trás o ordenamento político que coloca em ordem todas as normas, distribui todos os tipos de leis que temos. A Hierarquia de Kelsen – A norma encontra seu fundamento de validade na norma anterior até chegar a Constituição, que ocupa o ápice da pirâmide. Leis infraconstitucionais – Estão abaixo da Constituição. Constituição Federal Leis Infraconstitucionais Constituição Estadual Leis Estaduais LOM (lei orgânica do município) Leis Municipais *Todas as normas tem que estar de acordo com a Constituição. Nação ≠ Estado Gregos moravam nas polis, os gregos em suas polis faziam uma diferença entre dois tipos de norma: Nomoi: Normas do dia-a-dia, inferiores. Topoi (oráculos): Normas superiores, quase imutáveis e que não se contestavam. Oráculo: Lugar onde os deuses davam seus pareceres. *Se reuniam nas ágoras para se fazer as leis do dia-a-dia, as leis cotidianas. Os Gregos já reconheciam leis maiores e menores. Romanos. Os romanos já dividiam as normas em direito público e direito privado, normas inferiores e normas populares, o direito romano trás vários dispositivos importantes ações populares, plebiscitos e etc. Topus: Lei que estipulava, por exemplo, uma legião de soldados romanos poderia entrar em Roma (só parte desta, mais ou menos 20 soldado). Ditadura: Durante as crises do Estado Romano (uma guerra, por exemplo) era decretada a ditadura, o Senado parava e um só legislava na emergência. A republica é o período mais prospero, um período exemplar. Roma dominou por 12 séculos. Hobbes: Homem primitivo vivendo em um estado selvagem, era ruim. Rousseau: Convivência individualista, mas cordial, vivendo os homens pacificamente, sem atrito com seus semelhantes. Defende que uma constituição deve ser escrita para maior garantia dos direitos dos governados. Locke: Pai do liberalismo e do empirismo, responsável pelo “Bill of Rights”, que mudou a história do constitucionalismo britânico. Defensor do Parlamentarismo e um dos grandes teóricos sobre o assunto, defendia inclusive o direito de revolução. 13 colônias: Tinham leis diferentes como se fossem estados independentes, comandados por leis e sistemas diferentes. No primeiro congresso continental na Filadélfia os representantes das 13 colônias vão se reunir para elaborar uma constituição. Os idealistas americanos marcaram a Convenção da Filadélfia para expulsar os ingleses na chamada Revolução da Burguesia ou Revolução Americana, queriam também a unificação das colônias com Separação das funções do Estado, cada Estado (colônia) era diferente, por isso tudo de organização deveria constar na Federação (quem entra e quem sai, quem vai governar – Presidente, período de governo – 4 anos), no Legislativo (Camará depende da população e Senado, 1 para cada Estado). Suprema Corte – Judiciário, criado para fiscalizar as leis. Bill of Rights: Foi a emenda á Constituição que já estava pronta mediante a pressão do povo. A primeira Constituição Americana cria: Federação, Presidente, organização dos Estados, Camará dos Deputados – povo, Senado – senil, um representante para cada Estado e a Suprema Corte – Judiciário. *O primeiro a usar a palavra “Estado” foi Maquiavel na obra “O Principe”. Constituição 1824: Brasil rompe os laços com Portugal e temos a primeira constituição própria. Constituição da Republica: Deixa de ter um rei hereditário para ter um presidente. 1934: Nasce decorrente da revolução de 1932, é uma constituição democrata e bem estruturada. 1937: É uma constituição totalmente ditatorial, extremamente fascista, mistura duas constituições, da Itália e Polônia, é chamada de Polaca, pois a maioria é copiada da Polonesa. 1946: Era uma constituição necessária, temos uma democratização. 1967: Uma constituição que vai solidar oGolpe Militar de 64. 1969: Acontece o golpe dentro do golpe, o congresso fechado, a constituição que já era ruim fica pior, que é uma mudança da de 67. 1988: A constituição atual. Poder Constituinte Originário: Cria uma nova constituição, quando se cria uma nova Constituição se cria um novo Estado, pois, se cria uma nova Estrutura, ele é um poder: Inicial: Pois através dele se cria um novo Estado, uma nova estrutura, revoga a Constituição anterior. Autônomo: Pode determinar quais os termos em que a nova constituição será estruturada, pois ele não está vinculado a nenhum dispositivo normativo. Incondicionado: Não está condicionado a nenhum tipo de assunto, nenhum assunto a limita. Ilimitado: Não se reporta a ordem jurídica anterior, compõe o arcabouço jurídico, sem limites para a criação de sua obra, interno, não encontra fundamento internacional – OEA. O titular desse poder é o povo, pois para que esse poder exista é necessário que o povo delegue, ou seja, conceda pelo VOTO. Sempre Revolução: precisa-se de um bom motivo para uma nova constituição, de ruptura brusca e radical. Poder Constituinte Derivado: É o poder que pode alterar uma Constituição, nasce para durar um tempo, mas requer atualização, é um poder: Limitado: Fica vinculado as regras impostas pelo Poder Constituinte Originário. As limitações são de varias ordens, exemplo, limitações temporais. Condicionado: A modificação da Constituição tem que obedecer ao processo determinado para sua alteração. Dessa maneira, algumas formalidades precisam ser cumpridas, condicionando o procedimento. O Brasil tem duas formas de alterar o texto constitucional: Revisão: ADCT – revisão constitucional será realizada após 5 anos, art. 3º, é unicameral e de maioria absoluta, tudo que se mudar necessita do voto da maioria absoluta. Emenda – art. 60, CF – Não há limitação temporal para emenda nova, mas trazer para a discussão ma emenda já rejeitada, há limitação temporal, art. 60, parágrafo 5º. Só poderá ser apresentada novamente no próximo ano. *Prejudicada = faltou voto *Rejeitada = muitos contra Limitações formais: São os procedimentos que devem ser observados para a alteração do texto constitucional. Limitações formais subjetivas: Descrevem quem são as pessoas que podem propor a alteração do texto constitucional. O procedimento da revisão é diferente do da Emenda. A emenda só é aprovada com uma maioria de 3/5 dos membros. A revisão é aprovada desde que tenha maioria absoluta (50% + 1º numero inteiro) Ex: Câmara tem 513 - maioria 257 Senado tem 81 senadores – maioria 41 Votação – pra a aprovação da emenda se tem 4 votações – 2 na camará e 2 no senado (bicameral). Para a aprovação da revisão, é uma única votação no Congresso Nacional (unicameral). Limitações circunstanciais: quando se elabora uma alteração no texto constitucional está se mudando uma regra de estruturação do Estado. Assim, não se fala em emenda constitucional quando o País estiver vigente, a Intervenção Federal, Estado de Sítio ou Estado de Defesa – art. 60, parágrafo 1º, CF. Poder Constituinte Decorrente: Estado-membro faz sua constituição Estadual, como São Paulo ou Minas Gerais tem de criar sua Constituição. A “Lei Maior” autoriza que cada Estado-membro crie suas leis, sua constituição interna, obedecendo ao que estabelece a CF/88 para a criação da Constituição Estadual. Esse é um Poder Constituinte Originário do Estado-Membro, mas é um poder limitado, pois tem que obedecer ao que se estabelece na CF/8 para a sua criação. O Poder Decorrente é: Limitado: Tem que obedecer ao que se estabelece na CF Autônomo: O estado não é soberano. Condicionado: A constituição estadual está condicionada ao texto da CF. Represtinação: Represtinar é tornar algo velho em novo é trazer para o ordenamento uma lei que já foi revogada, no Brasil, não existe interesse em ter a repretinação, porque coloca em risco o Principio da Segurança Jurídica. Medida Provisória: Não é permanente, definitiva, não sendo definitiva ela não pode revogar lei, ela tem sua eficácia suspensa, se for aprovada pode revogar lei. Teoria da Recepção: há uma checagem das normas infraconstitucionais quando vem uma nova constituição, aquilo que não estiver de acordo é revogado. É a única que o Brasil aceita. O Poder Constituinte Derivado: atualiza a Constituição, pois a sociedade muda, evolui, e a constituição acompanha essa evolução. Condições para a mudança: Regras: Iniciativa (art. 60, I, II e III), em relação á lei ordinária. Votação: 2º do art. 60, em dois turnos de votação 3/5. Vedação de representação de projeto da mesma sessão legislativa (parágrafo 5º, art.60) quando a lei ordinária pode ser representada por maioria absoluta de qualquer casa (art. 67) Nossa constituição é uma constituição escrita Quanto a Forma: Escrita ou dogmática – codifica e sistematiza num único texto, elaborado por órgão constituinte. Costumeira, Histórica ou não escrita: É baseada nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos, como é a inglesa. Quanto ao modo de elaboração: Pode ser dogmática que se apresenta como escrita. Histórica: Sinônimo de costumeira é como uma constituição não escrita. Quanto a Origem: *Outorgada ou impostas = Cartas só podem ser usadas se for uma constituição outorgada. 1824 (imposta por D. Pedro, como o fechamento da Assembleia), 1937 (Estado Novo, de Getulio Vagas, feita por Francisco Campos – modelo que mistura Carta da Polônia e a Carta Del Lavoro, da Itália de Benito Mussolini), 1967 (1º fase do Golpe Militar de 1964) e EC nº 01/1969 (2º fase e Atos Institucionais, inclusive o nº 5). Promulgadas ou Democráticas Elaboradas pela Assembleia Nacional Constituinte composta por representantes do povo, eleitos com a finalidade foram: 1891(primeira Republica), 1934 (pós Revolução Constitucionalista de 1932), 1946 (fim das ditaduras e da Segunda Guerra) e 1988 (fim da Ditadura Militar). Quanto a Estabilidade: São imutáveis as que vedam qualquer alteração, constituindo-se em relíquias históricas. Regida, flexível e semiflexível. Constituição de 1824 semiflexível art. 178 Rígida: pode ser alterável mediante a um processo solene e dificultoso, com exigências formas mais difíceis em relação as leis ordinárias. Flexível: Não existe mais. Quanto a Ideologia: Ortodoxa: aquela que é formada por uma só ideologia. Eclética: quando informada por diversas ideologias conciliatórias. Modelo liberal clássico como constituição garantia Visa garantir a liberdade, limitando o poder por meio de uma declaração de direitos escrita e uma organização de Estado.tal referencia se desenvolveu pela necessidade de contrapô-la a constituição – balanço Constituição de balanço Doutrina Soviética que se inspira em Ferdinand Laselle, que descreve e registra a organização política estabelecida a cada movimento socialista em busca do comunismo.
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