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VIABILIDADE ECONÔMICA DO USO DE ENERGIA SOLAR NAS EMPRESA MADEFERRO E MAIS NEGÓCIOS.
Francisco Jhonata de Sousa; Suane do Nascimento Veras 
Resumo 
Este trabalho apresenta um estudo realizado em duas empresas de diferente ramos, a Madeferro do ramo industrial e a Mais negócios do ramo de serviços, obtendo-se uma análise econômica a respeito da possível substituição da energia usada da rede elétrica pela energia solar gerada na própria empresa através de módulos solares. A viabilidade desta substituição é destacada ao longo da apresentação dos dados aqui expostos e que foram obtidos através de pesquisas bibliográficas e através de consulta nas empresas fornecedoras de equipamentos usados na geração de energia solar.
Palavras chave: Energia sola, consumo de energia, sustentabilidade.
1 INTRODUÇÃO
O estudo teve como objetivo o desenvolvimento de tecnologias para fontes de energia solar, levando em consideração o foco no aumento da sustentabilidade, reduzindo a poluição, os custos, entre outros benefícios a longo prazo. Hoje é fundamental que as organizações tenham um programa de sustentabilidade afim de obter um diferencial entre os concorrentes e a preservação do meio ambiente.
Na pesquisa realizada nas empresas madeferro e mais negócios o foco foi obter dados que comprovasse a viabilidade econômica relativa ao investimento que deve ser feito na implementação de sistemas de geração de energia solar (módulos solares).
2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 - ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
O sol é basicamente uma enorme esfera de gás incandescente, em cujo núcleo acontece a geração de energia através de reações termonucleares, onde quatro prótons são difundidos em um núcleo de hélio. Sua estrutura é composta pelas principais regiões: núcleo, zona radiativa, zona convectiva, fotosfera, cromosfera e coroa.
O sol é a principal fonte de energia para a terra. Além de ser responsável pela manutenção da vida no planeta, a radiação solar constitui-se numa inesgotável fonte energética, havendo um enorme potencial de sua utilização por meio de sistemas de captação e conversão em outra forma de energia, e essa conversão é feita através de equipamentos tecnológicos chamados de células fotovoltaicas.
O efeito fotovoltaico foi descoberto por Becquerel em 1839, quando observou que ao iluminar uma solução ácida surgia uma diferença de potencial entre os eletrodos imersos nessa solução. Em 1876, W. G. Adams e R. E. Day observaram efeito similar em um dispositivo de estado sólido fabricado com selênio. Os primeiros dispositivos que podem ser denominados de células solares ou células fotovoltaicas foram fabricados em selênio e desenvolvidos por C. E. Frits em 1883. Nos anos 1950, ou seja, mais de 110 anos após a descoberta de Becquerel, foram fabricadas nos laboratórios Bell, nos Estados Unidos, as primeiras células fotovoltaicas baseadas nos avanços tecnológicos na área de dispositivos semicondutores. Estas células fotovoltaicas foram fabricadas a partir de lâminas de silício cristalino e atingiram uma eficiência de conversão de energia solar em elétrica, relativamente alta para a época, de 6%, com potência de 5 mW e área de 2 cm².
2.1.1 Placas e Inversor Solares
	Diversas tecnologias de fabricação de células fotovoltaicas foram desenvolvidas nos últimos 60 anos, segundo publicações no Portal Solar as células fotovoltaicas “fabricadas a partir de lâminas de cilício cristalino (monocristalino ou policristalino) dominam o mercado mundial atualmente” (PORTAL SOLAR, 2015).
 As outras tecnologias comercializadas são baseadas em filmes finos de telureto de cádmio (CdTe), disseleneto de cobre índio e gálio (CIGS), silício amorfo hidrogenado (a-Si:H), silício microcristalino (µc-Si) e silício crescido em fitas (Si-fitas). Células fotovoltaicas multijunção de alta eficiência, células baseadas em corantes ou polímeros também estão sendo desenvolvidas.
2.1.2 Painel solar fotovoltaico de silício monocristalino
A tecnologia monocristalna é uma das mais antigas e também uma das mais caras, porem eles possuem a eficiência mais alta. 
Os painéis solares de silício monocristalino (mono-Si) são facilmente reconhecíveis apenas olhando de perto. Possuem uma cor uniforme, indicando silício de alta pureza e cantos tipicamente arredondados (fig. 01).
Figura 1: Placa solar monocristalina
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico. 
Eles são feitos a partir de um único cristal de silício ultrapuro (lingotes de silício de forma cilíndrica), este é fatiado como um “salame” fazendo assim lâminas de silício individuais, que são então tratadas e transformadas em células fotovoltaicas. Cada célula fotovoltaica circular tem seus “4 lados” cortados fora para otimizar o espaço disponível no painel solar monocristalino e aproveitar melhor a área do painel. O painel solar é composto por uma matriz de células fotovoltaicas em formação de série e paralelo.
	Os painéis solares monocristalinos apresentam grandes vantagens tais como:
- A quantidade de silício residual gerado durante o processo de corte das células fotovoltaicas é menor em comparação com monocristalino.
- Painéis policristalinos tendem a ser um pouco mais barato que os painéis solares monocristalinos.
- A vida útil dos painéis é maior que 30 anos e eles vem com garantia de 25 anos.
2.1.3 Painel solar fotovoltaico de silício policristalino
	Ambos, mono e poli cristalino são feitos de silício, a principal diferença entre as tecnologias é o método utilizado na fundição dos cristais. No policristalino, os cristais de silício são fundidos em um bloco, desta forma preservando a formação de múltiplos cristais (dai o nome poli cristalino). Quando este bloco é cortado e fatiado, é possível observar esta formação múltipla de cristais. (Fig. 2).
Uma vez fundido, eles são serrados em blocos quadrados e, em seguida, fatiados em células assim como no monocristalino, mas é um pouco mais fácil de produzir. Eles são semelhantes aos de um único cristal (monocristalino) tanto no desempenho como na degradação, exceto que as células são ligeiramente menos eficientes. 
Figura 2: Placa solar policristalina
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico. 
Assim como os painéis monocristalinos, os policristalinos tem suas vantagens:
- A quantidade de silício residual gerado durante o processo de corte das células fotovoltaicas é menor em comparação com monocristalino.
- Painéis policristalinos tendem a ser um pouco mais baratos que os painéis solares monocristalinos.
- A vida útil dos painéis policristalinos é maior que 30 anos e eles vem com garantia de 25 anos.
Suas desvantagens:
- A eficiência de painéis solares policristalinos é tipicamente entre 13 e 16.5%. Isso é devido, principalmente, a menor pureza do polisilício. Painéis solares monocristalinos são normalmente mais eficientes.
- Menos Watts por hora por m². Você normalmente precisa de uma área maior de painéis policristalinos para gerar a mesma quantidade de Watts/m² que o painel monocristalino. Isto não necessariamente significa que o Mono é melhor que o Poli.
2.1.4 Painéis solares de filme fino
	Depositar uma ou várias camadas finas de material fotovoltaico sobre um substrato é a essência básica de como os painéis fotovoltaicos de filme fino são fabricados. Eles também são conhecidos como células fotovoltaicas de película fina (TFPV). Os diferentes tipos painéis solares de filme fino podem ser categorizados por material fotovoltaico que é depositado sobre o substrato:
Silício amorfo (a-Si)
Telureto de cádmio (CdTe)
Cobre, índio e gálio seleneto (CIS / CIGS)
Células solares fotovoltaicas orgânicas (OPV)
Figura 3: Placa solar filme fino
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.
Dependendo da tecnologia de célula fotovoltaica de filme fino utilizada, os painéis de filme fino possuem eficiências médias entre 7-13%. Algumas tecnologias de painel de filme fino já estão chegando nos 16% sendo similares a eficiência dos painéis Policristalinos.Atualmente (2015) os painéis fotovoltaicos que utilizam a tecnologia de filme fino representam aproximadamente 20% do mercado mundial de painéis solares fotovoltaicos. Sendo a maioria de silício cristalino.
2.1.5 Painel solar de silício amorfo
Como a produção de energia elétrica é baixa nesta tecnologia, as células solares baseadas em silício amorfo, tradicionalmente, só tinham sido usadas para aplicações de pequena escala. Ex: calculadoras de bolso. No entanto, as inovações recentes permitiram que esta tecnologia seja utilizada também em aplicações de larga escala.
Figura 4: Placa solar silício amorfo
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico. 
	Com uma técnica de fabricação chamada de "empilhamento", várias camadas de células solares de silício amorfo podem ser combinadas, o que resultam em taxas mais elevadas de eficiência (tipicamente cerca de 6-9%). Apenas 1% do silício utilizado em células solares de silício cristalino é necessário nas células solares de silício amorfo. Por outro lado, o empilhamento é caro.
2.1.6 Painel solar de telureto de cádmio (CdTe)
	Telureto de cádmio é a única tecnologia de painéis solares de película fina que superou o custo/eficiência de painéis solares de silício cristalino em uma parcela significativa do mercado mundial de painéis solares.
A eficiência de painéis solares com base na tecnologia de telureto de cádmio opera normalmente na faixa de 9-11%. A First Solar instalou mais de 5 gigawatts (GW) de painéis fotovoltaicos de filme fino com base na tecnologia de telureto de cádmio em todo o mundo. A mesma empresa detém o recorde mundial de CdTe PV com uma eficiência de 14,4%. As instalações com os painéis de CdTe PV são tipicamente grandes campos solares (grandes usinas de energia solar).
Figura 5: Placa solar de telureto de cádmio
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.
2.1.6 Painéis solares de seleneto de cobre, índio e gálio (CIS/CIGS)
Em comparação com as outras tecnologias de filme-fino acima, as células solares CIGS mostraram o maior potencial em termos de eficiência. Estas células solares contêm menos quantidades do cádmio (material tóxico que é encontrado em células solares de CdTe). A produção comercial de painéis solares CIGS flexível foi iniciado na Alemanha em 2011.
Os índices de eficiência para painéis solares CIGS normalmente operam na faixa de 10-12% e já existem alguns sendo vendidos no Brasil passando dos 13%. Muitos tipos de células solares de película fina estão ainda em fase de pesquisa e desenvolvimento e no futuro poderemos ver algumas soluções interessantes vindas desta tecnologia. (PORTAL SOLAR 2015).
Figura 6:Placa solar de seleneto de cobre, índio e gálio (CIS/CIGS)
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.
2.1.7 Células fotovoltaicas orgânicas (OPV)
Uma célula solar orgânica é um tipo de célula solar de polímero que usa a eletrônica orgânica, um ramo da eletrônica que lida com polímeros orgânicos condutores ou pequenas moléculas orgânicas, para absorção de luz e transporte de carga para a produção de eletricidade a partir da luz solar pelo efeito fotovoltaico.
Figura 7: Célula solar orgânica
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico. 
	A célula solar de polímero orgânico foi idealizada há muitos anos como uma tecnologia fotovoltaica flexível, de baixo custo, feita utilizando processos de impressão, máquinas simples e materiais abundantes. Hoje são poucas as empresas que conseguiram levar a produção de células fotovoltaicas (OPV) para uma escala industrial. No Brasil existe a CSEM Brasil, em Belo Horizonte, que está desenvolvendo esta produção com tecnologia principalmente suíça.
Eles utilizam um processo industrial (roll to roll) de impressão de células fotovoltaicas orgânicas em substrato leve, flexível e transparente. As eficiências das células orgânicas variam.
	As vantagens do painel solar de filme fino:
- A produção em massa é simples em comparação com a tecnologia cristalina. Isto os torna potencialmente mais baratos de fabricar do que as células solares de base cristalinas.
- Sua aparência homogênea é esteticamente bonita.
- Pode ser feito flexível, o que abre um leque de aplicações muito grande.
- Altas temperaturas e sombreamento de árvores e outras obstruções tem menos impacto sobre o desempenho do painel solar de filme fino.
	As desvantagens são:
- Painéis solares de filme fino não são, em geral, utilizados na maioria das instalações de sistemas fotovoltaicos residenciais. Eles são baratos, mas eles também exigem uma grande quantidade de espaço.
- Menos eficiência por m² significa que o seu custo com estrutura de instalação, mão-de-obra e cabeamento tende a aumentar.
- Painéis solares de filme fino tendem a degradar mais rapidamente do que os painéis solares monos e policristalinos, e é por isso que eles geralmente vêm com uma garantia mais curta.
2.1.8 Painel solar híbrido-HJT
Existe uma "nova" tecnologia no mercado conhecida por Heterojunção. Comercialmente falando, a eficiência dos painéis que utilizam esta tecnologia é de 20%.
O processo de fabricação, com algumas diferenças, é similar ao dos painéis fotovoltaicos monocristalinos, porém, possuem uma passivação com camada de Silício Amorfo (a-Si), dentre ouras diferenças.
Colocando de uma forma simples, este painel produz mais energia por metro quadrado e também funciona muito bem com temperaturas mais altas, desta forma, esta tecnologia é ideal para o Brasil mas infelizmente ainda não está disponível no mercado.
Figura 8: Painel solar híbrido-HJT
Fonte: PORTAL SOLAR: tipos-de-painel-solar-fotovoltaico. 
2.1.9 Inversor Solar
São dispositivos eletrônicos que convertem a energia elétrica em corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA), de forma a permitir a utilização de eletrodomésticos convencionais.
Em residências, o inversor solar é tipicamente instalado perto do quadro de luz, em um local abrigado do sol, do calor e da água. Em mini-usinas (mini-geração distribuida) Comerciais e Industriais pode-se construir uma sala somente para eles, pois estes inversores são maiores e ocupam mais espaços físico.
O tipo de inversor solar mais utilizado é conhecido como "inversor grid-tie", esses são os inversores utilizados para conectar o seu sistema fotovoltaico de energia solar na rede elétrica.
2.2 Energia solar no Brasil
O Brasil possui um grande potencial na geração de energias renováveis como como a hidrelétrica, eólica e a energia solar, no entanto o pais ainda precisa de grandes investimentos e buscar priorizar a geração de energia solar que é uma fonte inesgotável e de grande incidência na superfície do território brasileiro. Apesar de não ser tão efetiva essa geração de energia, o pais vem aos poucos se desenvolvendo em resposta aos problemas enfrentados pela população como autos preços da conta de luz.
A energia solar fotovoltaica no Brasil ainda é embrionária, porém tem apresentado crescimento exponencial nos últimos meses devido a inflação da conta de luz. Até 2012 99,99% dos painéis fotovoltaicos no Brasil eram usados em regiões isoladas onde não se tem acesso a rede elétrica. Apenas em 2012, com a regulamentação da ANEEL, que permite fazer a troca de energia com a rede elétrica, que esta fonte começou a crescer. Os últimos dados da ANEEL informam que a instalação destes sistemas fototovoltaicos conectados à rede cresceu 5 vezes no final de 2014 (PORTAL SOLAR 2015).
O grande potencial brasileiro na produção de energia elétrica a partir da luz do sol está explicado pela sua localização geográfica que contribui para que o pais passe praticamente todas as horas do dia exposto a luz solar. Isso pode ser observado no mapa a seguir que traz a média anual de isolação diária no Brasil.
Figura 9: Média anual de insolação diária no Brasil (horas)
Fonte: ATLAS Solarímétrico do Brasil. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.
Como podemos observar na figura acima o tempo de exposição apesar de ser praticamente o diatodo no pais varia muito de região para região tendo umas regiões que apresentam poucas horas diárias de sol e outras que apresentam até 8 horas como é o caso de Teresina – PI.
2.2.1 Índice de radiação solar em Teresina – PI
O índice de radiação solar está diretamente ligado a quantidade de tempo de isolação e a intensidade dessa insolação em um determinado território, e esta é decorrente da localização em relação ao sol.
Com isso é possível observarmos a intensidade desta radiação na cidade de Teresina que apresenta um elevado grau, um dos maiores do brasil, como a que se estende por boa parte do território nordestino.
Observe no mapa a localização do estado do Piauí e veja a homogeneização de concentrações de radiação mais baixas para boa parte do pais. 
Figura 10: Radiação solar global diária – Média anual típica (Wh/m².dia)
Fonte: ATLAS Solarímétrico do Brasil. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000.
2.2.3 Placa solar e equipamentos que melhor satisfazem as condições das empresas na geração de energia solar.
O tipo de placa solar que melhor se adequa as condições das empresas de Teresina são as placas policristalinas, logo são as de melhor preço no mercado e de melhor disponibilidade nacional. Elas apresentam as seguintes vantagens e desvantagens:
- Preço baixo, em relação aos outros modelos de placas solares, custando em média R$ 1000,00 por placa com capacidade de 250 watts pagando-se R$ 4,00/watts;
- Eficiência de 13% a 16%;
-Tempo de vida útil é mais de 30 anos, mas com garantia de 25 anos;
	Já o inversor que melhor se adapta as condições de consumo são os de grande potência sendo essa maior que a da placa, portanto o mais adequado é grid-tie.
2.3 Características e dados do consumo de energia elétrica das empresas
	Aqui será apresentado algumas características registradas na conta de energia elétrica das duas empresas foco da pesquisa.
	
Tabela 1: Dados da fatura mensal de energia.
	CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO
	MADEFERRO
	MAIS NEGÓCIO
	Data de Leitura
	27/10/2015
	31/10/2015
	Consumo médio (kWh)
	7.898
	2.338
	Valor decorrente (R$)
	4.428,73
	1.666,93
Mediante os dados apresentados na tabela 1 podemos determinar o custo da energia usada em kwh, dividindo-se o custo total pela energia consumida, assim obtemos um custo de R$ 0.56/kwh para a empresa Madeferro e de R$ 0.713/kwh para a empresa Mais Negócios.
2.4 Análise econômica da implementação de energia elétrica para cada tipo de empresa
2.4.1 Madeferro
Para produzir 100% da sua demanda de eletricidade, o sistema gerador de energia solar fotovoltaica precisa ter uma potência de 52,30 KWp. O preço médio de um gerador fotovoltaico deste tamanho varia de R$ 339.918,90 até R$ 444.509,33 utilizando 209 placas com capacidade de 250 watts cada levando a uma produção anual de energia de 94.776 KWh/ano usando uma área mínima que será ocupada pelo sistema fotovoltaico de 335 m² aproximadamente, e com peso de 15 kg/m². O custo de manutenção durante o tempo de utilização do sistema fotovoltaico será de R$ 91.850,00 aproximadamente.
Com isso podemos fazer os cálculos para determinar o custo médio do kwh produzido, além do tempo e a dimensão do retorno ao fazer o investimento em um sistema de geração de energia renovável (sistema de geração fotovoltaica). Tabela 2 e 3.
Base de cálculo para custo do kwh: 
- Custo total médio de investimento em reais = investimento médio + manutenção durante 27,5 anos;
- Produção total em kwh = produção anual * 27,5 anos;
- Custo do kwh (C) = Custo total médio de investimento / Produção total em kwh;
Tabela 2: dados obtidos a parti dos cálculos
	Dados
	Valores
	Custo total médio de investimento
	R$ 484.064,11
	Produção total em kwh
	2.606.340 kwh
	Custo do kwh (C)
	R$ 0,19/kwh
Base de cálculo para tempo e dimensão do retorno:
- Custo total médio de investimento em reais = investimento médio + manutenção durante 27,5 anos;
- Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica;
- Tempo de retorno em anos= (Custo total médio de investimento / Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica) / 12;
- Custo total de energia usada da rede elétrica = Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica*12*27,5;
- Dimensão do retorno = Custo total de energia usada da rede elétrica – Custo total médio de investimento em reais;
Tabela 3: Dados obtidos a partir dos cáculos
	Dados
	Valores
	Custo total médio de investimento em reais
	R$ 484.064,11
	Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica em reais
	R$ 4.428,73
	Tempo de retorno em anos
	9,1 anos
	Custo total de energia usada da rede elétrica em reais
	R$ 1.461.480,9
	Dimensão do retorno em reais 
	R$ 977.416,79
2.4.2 Empresa Mais Negócios
Para produzir 100% da sua demanda de eletricidade, o sistema gerador de energia solar fotovoltaica precisa ter uma potência de 15,48 KWp. O preço médio de um gerador fotovoltaico deste tamanho varia de R$ 100.624,26 até R$ 131.585,57 utilizando 62 placas com capacidade de 250 watts cada, levando a uma produção anual de energia de 28.056 KWh/ano usando uma área mínima que será ocupada pelo sistema fotovoltaico de 99 m² aproximadamente, e com peso de 15 kg/m². O custo de manutenção durante o tempo de utilização do sistema fotovoltaico será de R$ 27.244,8 aproximadamente.
Assim como para a empresa anterior, a Madeferro, nesta podemos fazer os cálculos similares para determinar o custo médio do kwh produzido, além do tempo e a dimensão do retorno ao fazer o investimento em um sistema de geração de energia renovável (sistema de geração fotovoltaica). Tabela 4 e 5.
Base de cálculo para custo do kwh: 
- Custo total médio de investimento em reais = investimento médio + manutenção durante 27,5 anos;
- Produção total em kwh = produção anual * 27,5 anos;
- Custo do kwh (C) = Custo total médio de investimento / Produção total em kwh;
Tabela 4: dados obtidos a partir dos cálculos
	Dados
	Valores
	Custo total médio de investimento
	R$ 143.349,71
	Produção total em kwh
	771.540 kwh
	Custo do kwh (C)
	R$ 0,20/kwh
Base de cálculo para tempo e dimensão do retorno:
- Custo total médio de investimento em reais = investimento médio + manutenção durante 27,5 anos;
- Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica;
- Tempo de retorno em anos= (Custo total médio de investimento / Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica) / 12;
- Custo total de energia usada da rede elétrica = Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica*12*27,5;
- Dimensão do retorno = Custo total de energia usada da rede elétrica – Custo total médio de investimento em reais;
Tabela 5: Dados obtidos a partir dos cálculos
	Dados
	Valores
	Custo total médio de investimento em reais
	R$ 143.349,71
	Consumo médio mensal da energia consumida da rede elétrica em reais
	R$ 1.666,93
	Tempo de retorno em anos
	7,16 anos
	Custo total de energia usada da rede elétrica em reais
	R$ 550.086,90
	Dimensão do retorno em reais 
	R$ 406.737,19
3 CONCLUSÃO
Mediante os dados obtidos através da pesquisa de campo e utilização de programas para calcular a demanda de materiais para produzir determinada quantidade de energia, fica evidente que a energia solar é uma solução viável para ser aplicado por empresas que desejam substituir o sistema de rede elétrica por módulos solares. Além de ser um investimento econômico que trará grandes retornos financeiros também trará vários benefícios ao meio ambiente, tais como redução do CO2 e de outros poluentes resultantes da produção de energias que não sejam provenientes do sol.
REFERÊNCIAS
CALVETE, Mário J. F.; CARVALHO, Eliana F. A. Energia Solar: Um passado, um presente… um futuro auspicioso. Revista Virtual de Química, Santiago, v. 2, n. 3, p.192-203, 05 dez. 2010. Disponível em: <http://www.uff.br/rvq>. Acesso em: 10 set. 2015.
CENTRO DE REFERÉNCIA PARA ENERGIA SOLAR E EÓLICA SÉRGIO DE SALVO BRITO EO CEPEL (Brasil). Manual de Engenharia Para Sistemas Fotovoltaicos. Rio De Janeiro: CEPEL - CRESESB, 2014. p. 500. Disponível em: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=publicacoes&task=&cid=481. Acesso em: 05/09/2015
GABRIEL. Quais empresas já usam energia? Solar Volt. Janeiro 9, 2015. Disponível em: <http://www.solarvoltenergia.com.br/quais-empresas-ja-usam-energia-solar/>. Acesso em 25/11/2015.
SS SOLAR (Org.). Inversor Solar. Disponível em: <http://www.sssolar.com.br/Produtos/detail/9-inversores>. Acesso em: 25 nov. 2015.
SOLAR (Org.). Tipos de placas solares fotovoltaicas. 2015. Disponível em: <http://www.portalsolar.com.br/tipos-de-painel-solar-fotovoltaico.html>. Acesso em: 20 nov. 2015.
BRASIL. ATLAS SOLARIMÉTRICO DO BRASIL. Banco de Dados Terrestres: Mapas de Isolinhas de Radiação Solar. 2000. Disponível em: <www.cresesb.cepel.br/.../Atlas_Solarimetrico_do_Brasil_2000.pdf>. Acesso em: 20 nov. 2015.

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