Buscar

Morfologia do solo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 54 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Federal de Pelotas 
Centro de Desenvolvimento Tecnológico 
Engenharia Hídrica 
 
Ciência do Solo I 
 
MORFOLOGIA DO SOLO 
Prof. Luis Eduardo A.S. Suzuki 
 Estudo das formas de um objeto ou corpo natural 
 Características morfológicas (perfil) 
 Características ambientais 
 Descrição da aparência do solo no campo (perfil), através 
de metodologia padronizada (Santos et al., 2005), das 
características visíveis a olho nú ou perceptíveis por 
manipulação 
Introdução 
Material de origem Solo 
Fatores Pedogenéticos 
Processos Pedogenéticos 
Tempo 
S = f (material de origem, clima, relevo, organismos, tempo, ...) 
Fatores de Formação 
 Clima, Relevo, Organismos e Tempo 
ROCHAS 
Processos Internos 
Físicos, químicos e biológicos 
A 
R 
A 
Bw 
A 
E 
Bt 
Feições morfológicas (características) 
 Cor, espessura de horizontes, textura, estrutura, etc. 
Reconstituição da história do solo – como se formou (gênese) 
Usado no SiBCS para definição de Classes de Solos 
Características morfológicas do solo 
São utilizadas: 
Identificação de solos (gênese, levantamento e classificação); 
Avaliação: 
da capacidade de uso da terra 
da habilidade do solo em suportar o desenvolvimento de plantas 
de suportar obras de engenharia civil 
do movimento de água e solutos no perfil 
na resposta ao manejo 
na resistência à degradação pelos processos erosivos 
projetos ambientais 
Importância 
Características morfológicas + químicas e físicas 
 Predizer a vocação do uso do solo 
Seqüência para exame morfológico do perfil 
a) Expor o perfil do solo 
b) Separação dos horizontes 
 Cor, textura, estrutura, consistência, etc 
 
Uso de faca e/ou martelo pedológico 
 
 
 
Observação visual (transição entre 
horizontes, tamanho e forma da estrutura, 
material concrecionário). 
Manuseio: consistência, textura, grau de 
desenvolvimento da estrutura 
Dados analíticos: usados para ajustes 
Após separados os horizontes 
 Medir a espessura 
 Caracterizar a cor, textura, consistência 
seca, úmida e molhada e transição entre 
os horizontes etc. 
 Incluir: distribuição de raízes, atividade 
biológica, linhas de pedras, de 
concreções, compactação, altura do 
lençol freático, etc 
 Coletas de amostras 
A 
E 
Bt 
Características Morfológicas do Perfil do Solo 
 
A caracterização morfológica é realizada no perfil do solo com 
metodologia padronizada 
 
Manual de descrição e coleta de solo no campo 
Santos et al. (2005) 
 
1a Etapa: Características morfológicas internas (anatômicas) 
2a Etapa: Características morfológicas externas (ambientais) 
Descrição Morfológica do Perfil do Solo 
 
• Seleção do local para descrição do perfil do solo 
• Levantamento de Solos (unidade de mapeamento) 
• Locais representativos 
• Sempre que possível, sob vegetação natural 
 
 Pedon: corpo tridimensional representando o solo. 
 Perfil: face do pedon que vai da superfície ao material de 
origem. Unidade básica de estudo do solo. 
 Horizontes e/ou camadas: seções mais ou menos paralelas à 
superfície. 
 Solum: conjunto de horizontes do solo relacionados entre si 
pela ação dos fatores e processos pedogenéticos. 
Polipedon 1 
Polipedon 2 
Solum 
exclui 
C 
Perfil 
inclui C Bt 
E 
A 
C 
Pedon 
(UnidadeTridimensional) 
x 
y 
z 
Duas 
dimensões 
Pedon 
Perfil 
Três 
dimensões 
AA
EE
BtBt
1a Etapa 
Características morfológicas internas (anatômicas) 
 
1. Espessura e transição entre horizontes 
2. Cor 
3. Textura 
4. Estrutura 
5. Porosidade 
6. Cerosidade 
7. Slickensides 
8. Consistência 
9. Nódulos e concreções de minerais 
10. Coesão 
2a Etapa 
Características morfológicas externas (ambientais) 
1. Localização 
2. Situação e declive 
3. Altitude 
4. Litologia 
5. Vegetação 
6. Relevo local e regional 
7. Drenagem 
8. Erosão 
9. Pedregosidade e rochosidade 
10. Uso atual 
11. Clima 
12. Raízes 
13. Fatores biológicos 
1. Espessura e transição entre horizontes 
Transição 
Contraste entre horizontes 
Abrupta: < 2,5cm 
Clara: 2,5 a 7,5cm 
Gradual: 7,5 a 12,5 cm 
Difusa: >12,5 cm 
Forma ou topografia 
Plana, ondulada, 
irregular e descontínua 
Seqüência de horizontes 
0 - 16cm 
16 - 49cm 
49 - 70cm 
70 - 93cm 
93 - 126cm 
Profundidade (cm) 
16cm 
33cm 
21cm 
23cm 
33cm 
Espessura (cm) 
2. Cor do Solo 
 
 Característica morfológica de fácil visualização e identificação 
 Os sistemas de classificação do solo considera a cor para 
distinção de classes 
 
Importância 
Infere sobre a ocorrência de processos pedogenéticos ou 
avaliação de características importantes no solo 
 
Principais agentes responsáveis pela cor 
Matéria orgânica e óxidos de ferro 
Cores escuras: indicam 
presença de matéria 
orgânica e estão 
relacionadas com o 
horizonte A 
Cores vermelhas: 
indicam condições de boa 
drenagem e aeração do 
solo. Estão relacionadas 
com a presença de 
hematita 
Cores amarelas: podem 
indicar condições de boa 
drenagem, mas com regime 
mais úmido. Estão 
relacionadas com a presença 
de goethita 
Cores claras: presença 
de minerais claros 
(caulinita e quartzo). Pode 
significar a perda de 
materiais corantes. 
Horizontes mosqueados: 
manchas amarelas, 
vermelhas, pretas, em uma 
matriz ou fundo normalmente 
acinzentado 
Significados das cores 
Cores acinzentadas: 
indicam condições de 
saturação do solo com 
água (redução do ferro) 
Algumas inferências sobre as cores do solo 
 
Ex: Solos vermelhos 
 Drenagem 
 Estágio de intemperização 
 CTC 
 Acidez 
 Reserva de nutrientes 
 Disponibilidade de P 
 Agregação 
Caracterização da cor do solo 
 
Segue uma padronização mundial 
“Sistema Munsell de Cores” 
Carta de Cores Munsell para Solos 
 
A notação se faz de acordo com o grau de 
intensidade de 3 componentes do solo: 
Matiz (hue) 
Valor (value) 
Croma (chroma) 
Matiz: cor do espectro de cores (vermelho, amarelo, azul, 
verde e púrpura). Varia em função de uma escala radial. Esta 
relacionado com o comprimento de onda de luz. 
Vermelho (R) 
Vermelho Amarelo (YR) 
Amarelo (Y) 
Azul (B) 
Verde (G) 
Púrpura (P) 
Classes de solos: Vermelhos, vermelho-amarelos e amarelos 
Matiz no solo 
As letras maiúsculas referentes às iniciais das cores são precedidas 
de números que variam em intervalos de 0 a 10 (2,5; 5; 7,5; 10; não 
se especifica o zero). 
Valor ou tonalidade: refere-se a 
luminosidade relativa da cor. 
Escala vertical. 
Varia de zero (preto absoluto) a 10 
(branco absoluto). 
Na Carta de Munsell normalmente inicia-
se com valor 2 e aumenta até 8. 
 8 
2 
Croma: é a pureza do espectro de cores, em relação ao 
cinza (valor). 
Identificação na escala horizontal. 
Varia de zero (cores neutras e acinzentadas) e aumenta até 
10. 
Na Carta de Munsell normalmente inicia-se com valor 0, 
chegando a 8. 
10 0 
Cores neutras, 
acinzentadas 
Aumenta a pureza 
Croma 
Valor 
 
Escala de Munsell de Cores para Solos (1954) 
Matiz: 10R 
Valor: 3 
Croma: 4 
 
Notação da Cor 
Vermelho (10R 3/4 úmido) 
 
 úmida, úmida amassada, seca e seca triturada. 
Cor: geralmente dada pela quantidade e estado em que 
se encontra o ferro e/ou a matéria orgânica. 
 
• matiz – nomeda cor (R=Red, Y=Yellow) 
• valor – brilho ou tonalidade 
• croma – intensidade ou pureza da cor em relação ao 
cinza 
 5YR 3/4 
matiz 
valor croma 
Cor dos horizontes 
Cor do fundo 
Cor das manchas 
Arranjamento do mosqueado 
Quantidade, tamanho e contrastes das 
manchas 
Caracterização da cor dos horizontes do perfil do solo 
3. Textura do Solo 
Minerais 
46% 
Ar 
+/- 25% 
Água 
+/- 25% 
MO 
4% 
P
o
ro
s
 Só
lid
o
s
 
Partículas que 
apresentam 
diferentes tamanhos 
Frações 
granulométricas ou 
frações texturais 
Fração Diâmetro 
matacão > 200 mm 
calhau 20 – 200 mm 
cascalho 2 – 20 mm 
Areia grossa 2 – 0,2 mm 
areia fina 0,2 – 0,05 mm 
silte 0,05 – 0,002 mm 
argila < 0,002 mm 
 
Determinação da textura do solo 
 
No campo (caracterização morfológica) 
 
A textura é feita por estimativa, esfregando uma massa de 
solo úmida e homogeneizada entre os dedos 
 
 Areia: Sensação aspereza, não plástico, não pegajoso 
 
 Silte: Sensação sedosidade, plástico, não pegajoso 
 
 Argila: Sensação pegajosidade (capacidade de aderir), 
plástico (moldabilidade) 
Alguns cuidados !!!! 
Solos muito oxídicos: a manifestação de pegajosidade e de 
plasticidade não é tão intensa, mesmo quando muito argiloso 
(estrutura pó-de-café). 
Solos com predomínio de argilominerais 2:1 expansivos: 
grande área superficial. Superestima o teor de argila (plasticidade e 
pegajosidade). 
Solos com elevado teor de material orgânico: Organossolos e 
outros com horizonte hístico, pode não ser possível identificar a 
classe de textura. 
Solos com elevados teores de concreções (> que 2mm): 
recomenda peneirar o solo. 
35% argila 
35% silte 
30% areia 
Triângulo textural 
As classes de textura procuram definir as diferentes 
combinações da areia, silte e argila. 
•Arranjo das partículas areia, silte e argila em agregados ou torrões, 
separados entre si pelas superfícies de fraqueza. 
•As partículas arei, silte e argila são ligadas entre si por substâncias 
orgânicas, óxidos de ferro e alumínio, carbonatos, sílica e a própria 
argila. 
Macroporos 
 Unidade Estrutural 
Agregado 
Areia 
Silte 
Microporos 
Argila 
4. Estrutura do Solo 
Avaliação da estrutura a campo 
Tipo 
Tamanho (mm) 
M. Pequena Pequena Média Grande M. grande 
 < 1 1 a 2 2 a 5 5 a 10 >10 
Regiões secas e frias onde há congelamento; frequente nos 
horizontes A, E e C; camadas compactadas. 
 < 10 10 a 20 20 a 50 50 a 100 >100 
Horizonte B com características solódicas ou sódicas; B plânico 
nos Planossolos e B textural nos Luvissolos; horizontes B e/ou C 
com características vérticas. 
 < 5 5 a 10 10 a 20 20 a 50 >50 
 Horizontes subsuperficiais com predimínio de argila 2:1 
expansiva (Vertissolos, Luvissolos, Chernossolos Argilúvicos). 
 
 
 < 1 1 a 2 2 a 5 5 a 10 >10 
Comum no horizonte A. 
Laminar
Colunar
Prismática
Blocos 
angulares
Blocos 
subangulares
Granular
Laminar
Colunar
Prismática
Blocos 
angulares
Blocos 
subangulares
GranularPrismática 
Colunar 
Grau de desenvolvimento da estrutura 
 
É a manifestação da coesão dentro e fora dos agregados 
*Sem estrutura: maciça-coerente; grãos simples-não coerente 
*Com estrutura 
 Fraca: unidades estruturais, na maioria, destruídas no ato 
da sua remoção do perfil 
 Moderada: resistente a manipulação leve 
 Forte: resistente a desagregação. Separa-se os 
agregados sem a ocorrência de material desagregado 
5. Porosidade do Solo 
 
• Volume do solo ocupado por água e ar. 
• Espaço existente entre as partículas sólidas e entre os 
agregados do solo 
• Campo: Descrição morfológica  Lupa (aumento de 10x) 
 Tamanho: 
• Muito pequenos: poros < que 1 mm de diâmetro; 
• Pequenos: 1 a 2 mm de diâmetro; 
• Médios: 2 a 5 mm de diâmetro; 
• Grandes: 5 a 10 mm de diâmetro; 
• Muito grandes: superiores a 10 mm de diâmetro. 
5. Porosidade do Solo 
 
Quantidade: 
• Poucos poros: horizonte Bg ou Cg em Gleissolos e Bf ou 
Cf em Plintossolos. 
• Poros comuns: Bt de textura argilosa em Argissolo 
Vermelho-Amarelo, com estrutura em blocos moderada a 
bem desenvolvida. 
• Muitos poros: horizonte B em Latossolos (estrutura tipo pó 
de café) e Neossolos Quartzarênicos. 
6. Cerosidade 
• Consiste numa fina película de argila depositada na superfície dos 
agregados, conferindo-lhes aspecto brilhante e ceroso. 
• Observada nas faces dos agregados, ao partir as unidades estruturais. 
• É resultante da migração de argila iluvial. 
• Serve para identificar horizonte B textural e B nítico 
Quanto ao grau de desenvolvimento: Fraca, moderada, forte (de 
acordo com a maior ou menor nitidez e contraste mais ou menos evidente 
com as partes sem cerosidade). 
Quanto a quantidade: pouco, comum, abundante (em função do 
revestimento da superfície dos agregados). 
Nitossolo 
7. Superfícies de fricção ou Slickensides 
Superfícies lisas e lustrosas. 
Superfícies inclinadas. 
Causado pelo deslizamento e atrito da massa de solo. 
Características de solos com argilominerais 2:1 expansivos 
(montmorilonita). Ex: Vertissolos. 
45o 
8. Consistência do Solo 
 
 Resistência do solo a sua desagregação. 
 Capacidade do solo de se moldar. 
 Condicionada pelas forças de adesão e coesão 
 Depende da umidade, textura, matéria orgânica, natureza do 
material coloidal e tipo de cátion adsorvido. 
Estado de 
umidade 
Seco Úmido Molhado 
Teores de 
água 
Equilíbrio 
com o ar 
Umidade 
equivalente 
Capacidade 
de campo 
Acima da 
capacidade 
de campo 
Predomínio 
da fase 
líquida 
Formas de 
consistência 
Tenaz Friável Plástica Aderente 
ou pegajosa 
Fluída 
Formas e graus de consistência 
Consistência quando solo seco: caracterizado pela dureza ou 
tenacidade. 
•Solta: não coerente entre o polegar e o indicador; 
•Macia: fracamente coerente e frágil; quebra-se em material pulverizado ou 
grãos individuais sob pressão leve; 
•Ligeiramente dura: fracamente resistente à pressão; facilmente quebrável 
entre o polegar e o indicador; 
•Dura: moderadamente resistente à pressão; pode ser quebrado nas mãos, 
sem dificuldade, mas é dificilmente quebrável entre o indicador e o polegar; 
•Muito dura: muito resistente à pressão; somente com dificuldade pode ser 
quebrado nas mãos; não quebrável entre o polegar e o indicador; 
•Extremamente dura: extremamente resistente à pressão; não pode ser 
quebrado com as mãos. 
Formas e graus de consistência 
Consistência quando solo úmido: caracterizado pela friabilidade e 
determinada em uma umidade intermediária entre seco ao ar e a 
capacidade de campo. 
•Solta: não coerente; 
•Muito friável: o solo esboroa-se sob pressão leve, mas agrega-se sob 
pressão posterior; 
•Friável: o solo esboroa-se facilmente sob pressão fraca e moderada entre o 
polegar e o indicador e agrega-se por compressão posterior; 
•Firme: o solo esboroa-se sob pressão moderada entre o polegar e o indicador, 
mas apresenta resistência perceptível; 
•Muito firme: o solo esboroa-se sob forte pressão; dificilmente esmagável 
entre o polegar e o indicador; 
•Extremamente firme: o solo esboroa-se somente sob pressão muito forte, 
não podendo ser esmagado entre o polegar e o indicador. 
Formas e graus de consistência 
Consistência quando solo molhado:caracterizado pela plasticidade e 
pegajosidade; determinada com umidade ligeiramente acima ou na 
capacidade de campo. 
 
Plasticidade: propriedade do solo mudar continuamente de forma, pela 
ação da força aplicada, e de manter a forma imprimida, quando cessa a 
ação da força. 
 
•Não-plástica: quando muito, forma-se um fio (cerca de 3 a 4 mm de 
diâmetro e 6 cm de comprimento), que é facilmente deformado; 
•Ligeiramente plástica: forma-se um fio, que é facilmente deformado; 
•Plástica: forma-se um fio, sendo necessária pressão moderada para sua 
deformação; 
•Muito plástica: forma-se um fio, sendo necessária muita pressão para 
deformá-lo. 
Formas e graus de consistência 
 
Consistência quando solo molhado: 
Pegajosidade: propriedade do solo aderir a objetos. 
 
•Não pegajosa: após cessar a pressão, não se verifica, praticamente, 
nenhuma aderência do solo ao polegar e indicador; 
•Ligeiramente pegajosa: após cessar a pressão, o material adere a ambos os 
dedos, mas desprende-se de um deles perfeitamente; não há esticamente ou 
alongamento quando os dedos são afastados; 
•Pegajosa : após cessar a compressão, o material adere a ambos os dedos 
e, quando estes são afastados, tende a alongar-se um pouco e romper-se, 
em vez de desprender-se de qualquer um dos dedos; 
•Muito pegajosa: após a compressão, o material adere fortemente a ambos 
os dedos e alonga-se quando eles são afastados. 
9. Nódulos e concreções de minerais 
 
São corpos cimentados que podem ser removidos intactos do solo 
 - Presença de carbonatos 
 - Presença de manganês 
 - Presença de sulfetos 
 - Sais cristalinos (cloreto de sódio, sulfatos de cálcio, 
magnésio, sódio e carbonato de cálcio) 
 
Na descrição deve incluir: 
Quantidade, Tamanho, Dureza, Cor e Natureza 
10. Coesão 
 
Característica expressiva em alguns Argissolos e Latossolos 
Amarelos desenvolvidos de sedimentos da Formação 
Barreiras. 
Geralmente ocorrem nos horizontes de transição AB e/ou 
BA. 
O solo, quando seco, resiste à penetração do martelo 
pedológico ou trado. 
A consistência quando seca é geralmente dura, e quando 
úmida varia de friável a firme. 
2a Etapa: Características morfológicas externas (ambientais) 
 
Perfil 
Data 
Classificação 
Localização, município, estado e coordenadas 
Situação, declive e cobertura vegetal sobre o perfil 
Altitude 
Litologia: formação geológica 
Relevo local e regional: plano, suave ondulado, ondulado, forte ondulado, 
montanhosos, escarpado 
Drenagem 
Erosão 
Pedregosidade e rochosidade 
Uso atual 
Clima: de acordo com as classificações de Koppen ou Gassen 
Fatores biológicos: minhocas, cupins, formigas etc. 
Descrito e coletado por 
3ª etapa: Coleta de amostras de solo 
 
 Caracterização analítica do perfil 
 Químicas, físicas e mineralógicas 
 Determinação da densidade 
 Amostras com estrutura indeformada 
 Amostras indeformadas para análise micromorfológicas 
 Amostras de rochas: estudos complementares 
 Caracterização de fertilidade (0 – 20 cm): levantamento e uso 
da área 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O – ocorre sobre horizonte mineral e em condições de boa drenagem. 
Constituído de restos orgânicos. 
H – ocorre em condições de má drenagem. Constituído de restos orgânicos. 
A – horizonte mineral enriquecido por matéria orgânica (cor escura) 
E – horizonte de perda (argila, óxidos de ferro e alumínio ou matéria 
orgânica), com textura mais arenosa e cor mais clara. 
B – horizonte subsuperficial comumente encontrado abaixo de um 
horizonte A ou E. Apresenta pouca influência da matéria orgânica. 
C – horizonte pouco afetado pelos processos pedogenéticos 
R – camada de material consolidado, constituído de material rochoso 
contínuo. 
Principais horizontes e camadas do solo 
Principais horizontes e camadas do solo 
 
O - Essencialmente orgânico 
A – Horizonte mineral superficial ou logo abaixo O ou H. 
 
E – Horizonte logo abaixo do horizonte A. Apresenta 
cores claras e textura mais arenosa. 
B – É um horizonte abaixo de um horizonte A ou E e 
que sofreu intensa transformação pedogenética. 
C – É um horizonte abaixo do horizonte B ou abaixo do 
A. Pouco influenciado pelos processos 
pedogenéticos. 
 
 
 R – Camada  corresponde ao substrato rochoso 
 Perfil de solo com seqüência de horizontes pedogenéticos. 
A 
B 
C 
R 
A 
E 
Btg 
A 
E 
Bt 
A 
AB 
BA 
B 
A 
R 
O 
H 
Horizonte de transição: AB ou A/B 
Características especiais: sufixos que identificam determinados 
processos. 
 c – concreções ou nódulos endurecidos (Ac, Ec, Bc, Cc). 
 f – presença de plintita (Af, Bf, Cf); material rico em óxido de ferro. 
 g – glei (Ag, Eg, Bg, Cg). 
 h – acumulo iluvial de matéria orgânica (Bh). 
 i – desenvolvimento incipiente do horizonte B (Bi), 
 k – presença de carbonatos (Ak, Bk, Ck). 
 n – acumulação de sódio (Hn, Na, Bn, Cn). 
 p – horizonte lavrado ou revolvido (Hp, Op, Ap). 
 r – rocha branda ou saprólito; pode ser cortado com pá (Cr). 
 s – acumulo iluvial de organosesquióxidos (Bs). 
 t – acumulação iluvial de argila (Bt). 
 v – características vérticas (Bv), 
 w – intenso intemperismo do horizonte B (Bw). 
Exemplo de descrição de um perfil do solo 
 
Descrição Geral 
 
 Perfil: Sanga – Ponto 8 Data: 04-06-2002 
 Classificação: PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico plíntico (ver pg 9) 
 Unidade de Mapeamento: SGe 
 Localização: Santa Maria, Camobi, RS. Longitude 241.210 e Latitude 6.714.665 
 Situação e declive: Descrito e coletado em barranco de uma sanga. 
 Altitude: 98 m Litologia: Areia, silte e argila fluvial 
 Formação Geológica: Sedimentos recentes 
 Cronologia: Quaternário 
 Pedregosidade e rochosidade: ausente 
 Relevo local: Plano 
 Relevo Regional: Plano 
 Erosão: laminar e sulcos 
 Drenagem: imperfeitamente a mal drenado 
 Vegetação: gramíneas, capim rabo de burro e maria-mole 
 Clima: Cfa 2 de Koeppen. 
 Uso atual: pastagem 
 Descrito e coletado por: Clovis Orlando Da Ros e Gilberto Loguercioo Collares 
Descrição Morfológica 
 A1 0-35cm, bruno-escuro (7,5YR 3/2, úmido) e cinzento-avermelhado (7,5YR 5/2, seco); 
franco; moderada média granular; poros pequenos e poucos; dura, friável, ligeiramente 
plástica e pegajosa; transição difusa e muitas raízes. 
 A2 35-58cm, bruno (10YR 5/3, úmida) e bruno-acinzentado (10YR 5/2,5, seco); franca; 
moderada pequena granular; poros pequenos e poucos; dura, friável e ligeiramente 
plástica e ligeiramente pegajosa; transição abrupta e raízes comuns. 
 E1 58-81cm, bruno-acinzentado-muito-escuro (10YR 3/2, úmida) e cinzento-brunado-claro 
(10YR 6/3, seco); franco arenosa; moderada média blocos angulares; poros muito 
pequenos e poucos; dura, friável e plástica e pegajosa; transição gradual e raízes comuns. 
 E2 81-92cm, bruno-acinzentado-escuro (10YR 4/2, úmida), mosqueados (10YR 5/6, úmida), 
bruno (10YR 5/3, seco) e mosqueados bruno-escuro (7,5YR 4/4, seco); franco arenosa; 
moderada média blocos subangulares; poros muito pequenos e poucos; dura, friável e 
plástica e ligeiramente pegajosa; transição abrupta e poucas raízes. 
 Btg 92-127cm, bruno-escura (7,5YR 3/2, úmida) e bruno-acinzentado-escuro (10YR, 4/2, seco); 
franco argilosa; forte grande prismática que se quebra em média blocos subangulares; 
poros muito pequenos e poucos; duro, firme, plástica e pegajosa; transição gradual e 
poucas raízes. 
 C 127 – 142cm+, preto (5YR2,5/1, úmida) e cinzento-muito-escuro (5YR 3/1, seco); argilosa; 
forte média e grande prismática que se quebra em média blocos subangulares; poros 
muito pequenos e poucos; duro, firme, plástica e pegajosa; transição gradual e raízes 
raras.

Outros materiais