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DIREITO PENAL V TERRORISMO AULA 4 Professor Eduardo Galante BRASÍLIA 2015 1 TERRORISMO Leitura obrigatória: LEI Nº 7.170/83; Doutrina: livros de qualidade. Rogério S. Cunha por exemplo. Jurisprudência: - Súmulas STF - Súmulas STJ - Informativos STF - Informativos STJ 2 INTRODUÇÃO 3 A palavra “terror”, de onde deriva o termo “terrorismo”, tem historicamente sua primeira aparição no transcorrer da Revolução Francesa, especificamente no período político repressivo sob o comando de Robespierre, compreendido entre o dia 37 de maio de 1793 e 27 de julho de 1794. O terrorismo é tipificado como crime no Brasil? NÃO. Para a maioria da doutrina, contudo, a legislação brasileira ainda não definiu o crime de terrorismo. “O elemento normativo atos de terrorismoconstante do art. 20 da Lei n.° 7.170/83 é tão vago e elástico que não permite ao julgador, por ausência de uma adequada descrição do conteúdo fático desse ato, enquadrar qualquer modalidade da conduta humana. Logo, o crime do art. 20 da Lei n.° 7.170/83 não pode ser tratado como terrorismo, sob pena de evidente violação ao princípio da taxatividade (nullum crimen nulla poena sine lege certa).” (LIMA, Renato Brasileiro de., p. 59). INTRODUÇÃO 4 Em termos doutrinários, terrorismo pode ser definido como a prática do terror como ação política, procurando alcançar, pelo uso da violência, objetivos que poderiam ou não ser estabelecidos em função do exercício legal da vontade política. Suas características mais destacadas são: - a indeterminação do número de vítimas; - a generalização da violência contra pessoas e coisas; - a liquidação, desativação ou retração da vontade de combater o inimigo predeterminado; - a paralisação da vontade de reação da população; - e o sentimento de insegurança transmitido principalmente pelos meios de comunicação. INTRODUÇÃO 5 Discute-se, no entanto, se o crime de terrorismo está (ou não) previsto no ordenamento jurídico. Há quem entenda que delito de "terrorismo" está previsto no art. 20 da Lei n° 7. 170/83, que define os crimes contra a segurança nacional, a ordem política e social. Eis o teor do referido dispositivo legal: ''Art 20. Devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em cárcere privado, incendiar, de redar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas". Para vários doutrinadores o crime do art. 20 da Lei n° 7. 170/83 não pode ser tratado como terrorismo, sob pena de evidente violação ao princípio da taxatividade (nullum crimen nulla poena sine lege certa). INTRODUÇÃO 6 Art. 31 - Para apuração de fato que configure crime previsto nesta Lei, instaurar-se-á inquérito policial, pela Polícia Federal: I - de ofício; II - mediante requisição do Ministério Público; III - mediante requisição de autoridade militar responsável pela segurança interna; IV - mediante requisição do Ministro da Justiça. Parágrafo único - Poderá a União delegar, mediante convênio, a Estado, ao Distrito Federal ou a Território, atribuições para a realização do inquérito referido neste artigo. INTRODUÇÃO 7 Art. 32 - Será instaurado inquérito Policial Militar se o agente for militar ou assemelhado, ou quando o crime: I - lesar patrimônio sob administração militar; II - for praticado em lugar diretamente sujeito à administração militar ou contra militar ou assemelhado em serviço; III - for praticado nas regiões alcançadas pela decretação do estado de emergência ou do estado de sítio. 8
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