Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO SERVIÇO SOCIAL BENEDITO PEDROZA DE CARVALHO JUNIOR O SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO NEOLIBERALISMO Arapiraca 2015 BENEDITO PEDORZA DE CARVALHO JUNIOR O SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO NEOLIBERALISMO Trabalho interdisciplinar apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de sociologia, filosofia, ciências políticas, FHTM do Serviço Social I Orientador: Prof. José Adir, Mariana de Oliveira Lopes Vieira, Sergio de Goes Barboza e Rosane Ap. Belieiro Malvezzi. Arapiraca 2015 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 4 2. O SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO NEOLIBERALISMO .................... 6 2.1 IMPLEMENTAÇÃO DO NEOLIBERALISMO NO BRASIL ...................... 6 2.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO NEOLIBERALISMO .................. 9 2.3 O ENFRENTAMENTO DA QUESTÃO SOCIAL NO CONTEXTO NEOLIBREAL ............................................................................................. 10 3. CONCLUSÃO .................................................................................... 13 4. REFERÊNCIAS ...................................................................................... 14 4 1. INTRODUÇÃO O neoliberalismo é a cara assumida pelo capitalismo na sua fase de hegemonia econômica do capital financeiro. A passagem para o mercado internacional representa desregulamentação, pois elimina as travas para a entrada e saída de capitais e de mercadorias, acelerando o livre comércio. As políticas neoliberais significam, na verdade, políticas de promoção da precarização das relações de trabalho, tirando direitos essenciais aos trabalhadores e submetendo-os ao jugo do capital. Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento como por exemplo o Brasil sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas doneoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. O neoliberalismo é uma maneira de desapossar direitos. Dessa maneira, é de fundamental importância estudar a celeridade e retrocessos dos movimentos sociais de campo nessa luta de resistência, por serem eles os representantes dos setores sociais mais atingidos por essas políticas. Já os defensores desse sistema político acreditam que o mesmo, é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. As políticas sociais no Brasil, orientadas pela ideologia neoliberal, vêm sofrendo grande retrocesso, se considerarmos os avanços sociais conquistados pela Constituição Federal de 1988. O Estado tem menimizado 5 cada vez mais seu papel como responsável pela provisão dos direitos sociais, transferindo esta tarefa para o mercado e para a solidariedade do terceiro setor. Dessa forma, o mercado fica reservado para aqueles que possuem meios para adquirir os serviços privados, enquanto os precários serviços públicos são destinados aos comprovadamente desprovidos de recursos financeiros. Esclarecer estas questões é tocar em um ponto medular da profissão, na medida em que estão relacionadas ao objeto e aos instrumentosde trabalho dos assistentes sociais e torna-se uma exigência que se coloca a todo profissional interessado no entendimento de sua área de atuação para além dos aspectos imediatamente técnicos de sua profissão, além de ser uma tarefa preliminar na busca por uma intervenção afinada aos princípios do projeto ético político dos assistentes sociais. 6 2. O SERVIÇO SOCIAL FRENTE AO NEOLIBERALISMO O neoliberalismo é um sistema econômico que visa a interposição mínima do estado na economia, dando total autonomia para o mercado se autorregular. Defende a instauração de um sistema de governo, onde o indivíduo tem a deferência para o comércio, sob argumentação de que quanto menor a interferência do estado na economia, mais rápido a sociedade pode se desenvolver e garantir o bem-estar social. As políticas públicas voltadas para o âmbito social é essencial para o bem estar do cidadão e é o maior mecanismo interventivo do serviço social. Um de seus objetivos é o de dar primazia a garantia e a participação de todos no desenvolvimento social, a denominada política do emprego. A política social emerge da classe proletária durante o processo de industrialização quando os trabalhadores protestaram a aquisição de seus direitos de proteção social como forma de auxílio. Tal protesto se caracteriza como interesse da classe proletária e é usada no sentido de propiciar favorecimento ao capital. Tendo em vista que a política social vislumbra construir a garantia da proteção social, política pública se instaura no cumprimento da política social, que deveria ser usada como um instrumento para erradicar as desigualdades sociais. 2.1 Implementação do neoliberalismo no brasil Até chegar a década de 30, a classe trabalhadora ainda não havia se organizado, consequentemente não existia política social, e a assistência social tinha cunho assistencialista. Surge em 1921 a Lei Eloy Chaves, um marco do financiamento da política social, criado na defesa da classe proletária. Seguida de outros marcos importantes como a CLT (consolidação das leis do trabalho) – 1943 voltada para a classe trabalhadora assalariada, LBA (Legião Brasileira de Assistência) – 1942, voltada para os trabalhadores não inseridos no mercado de trabalho. 7 A Lei Orgânica da Previdência Social – 1960, sistema contributivo de proteção social que atende a trabalhadores de carteira assinada e em 1963 criado o FUNRURAL (fundo de assistência ao trabalhador rural) criado em resposta aos movimentos dos trabalhadores rurais. Durante o período da Ditadura Militar o Brasil estancou seu crescimento. Tudo era cassado, contido, censurado. Desde então uma das formas de calar a classe trabalhadora era reduzir a política social dirigida aos trabalhadores. Entre os anos 1964 – 1988 período marcado pelo direito a greve e a estabilidade no emprego dois grandes instrumentos de luta da classe trabalhadora, que em 1966 foi substituída pelo FGTS (fundo de garantia por tempo de serviço) possibilitando assim a mobilidade do trabalhador. Em 1975, ocorreu a união de dois programas o PIS (programa de integração social) e o PASEP (programa de formação do patrimônio do servidor público), que foram dirigidos a classe proletária como participação dos mesmos nos resultados do desenvolvimento nacional e que não passava de uma poupança forçada. Até esse período, os direitos sociais eram de cunho contributivo, e a constituição de 1988 representou um grande avanço na garantia dos direitos sociais. No artigo 6º da Constituição Federal, estabelece que “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção a maternidade e a infância, a assistência aos desempregados[...]”(Brasil CF,1988). De acordo com esta lei o direito a assistência social passou a se lei e não está sujeita a inclinações eleitorais. Houve um entendimento por parte do Estado, de que a política desenvolvida pelo mesmo não concebia emprego suficiente para os cidadãos, nesse sentido observa-se então a necessidade de criar uma política de assistência social que preconizasse o atendimento “[...] a quem dela necessitar, independentemente de contribuição a seguridade social.” (Brasil CF, 1988, Art. 203). 8 Cinco anos após a promulgação da Constituição Federal surge a LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social, Lei 8.742 de 7 de dezembro de 1993), no seu art. 1º diz que “A Assistência social, direito de todo cidadão e dever do Estado, é política de seguridade social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”. (Brasil,1993). O paradigma de governo neoliberal no Brasil foi evidenciado nos mandatos dos presidentes Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, nos mandatos do presidente Lula o sistema de governo não foi alterado, mas ocorreu um processo de desmistificação, na tentativa de desfazer a doutrina neoliberal em alguns pontos, mas em outras partes ocorreu uma continuação dos mandatos anteriores ao seu. No decurso dos mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso foram formalizadas várias privatizações de empresas e rodovias federais, e, grande parte do dinheiro angariado com a venda das empresas estatais foram aproveitados para manter a cotação do real frente ao dólar. Já no mandato do presidente Fernando Collor de Melo, foi disponibilizado a entrada de capital estrangeiro no país, e, logo no início pareceu ter um reflexo positivo para a nação brasileira, mas, com o passar dos dias foram aparecendo os desempregos porque as empresas estrangeiras só visavam o lucro. Com as privatizações o governo passou estimular a entrada de capital estrangeiro no país, mas devido à precariedade do país com a oscilação da inflação, os investidores ficaram um pouco receosos, contudo com o passar dos dias foram adquirindo confiança e começaram a injetar dólares no mercado brasileiro. Ainda existem muitas exprobrações sobre a venda do patrimônio público, uma delas salienta que o dinheiro arrecadado pelo Estado brasileiro, através da privatização, foi emprestado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ou seja, o governo financiou a juros baixos as empresas que ele próprio vendeu. 9 Com a chagada da abertura de mercado, muitas empresas na qual adquiriram as antigas estatais, foi levado a falência devido o crescimento expressivo do processo de abertura de mercado e a forte investida de capital estrangeiro no país, e, com isso, muitas multinacionais compraram seus patrimônios aumentando a quantidade de empresas multinacionais no Brasil. Durante o governo do presidente Fernando Henrique, o mesmo se preocupou em privatizar as estatais, dentre elas as rodovias federais nas quais atualmente são cobrados pedágios, e o governo não tem poder político para interferir nas altas cobranças feitas pelas empresas de pedágio, fato esse que causa grande desconforto a população, e que poderia ser amenizado se o governo privatizasse as empresas, porém reduzisse os impostos cobrados em outras ocasiões causaria um resultado positivo, mas ao contrário disso, o governo só pensava em ficar livre de suas obrigações e aumentar seu fundo capital. O neoliberalismo é um sistema reprovado por muitos, tendo em vista que estes acreditam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais, pois os países pobres ou em processo de desenvolvimento econômico acabam sofrendo com os resultados de uma política neoliberal, causando o desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional. 2.2 Principais características do neoliberalismo O neoliberalismo denega ao avanço dos direitos sociais. Aqueles que o defende até reconhecem a necessidade da prestação de auxílio aos mais desprovidos de recursos financeiros e incapacitados para o trabalho, mas se recusam a aceitar a criação de mecanismos que garantam o estabelecimento da política social enquanto um direito humano. Diante disso o eixo central nas políticas neoliberais é o fortalecimento da mercantilização dos serviços sob o argumento de que as políticas sociais causam distorções nas regras do livre funcionamento do Estado. Nesta visão, as políticas sociais seriam causadoras da desídia ou falta de iniciativa, e a melhor forma de 10 estimular o funcionamento da sociedade seria a mercantilização, ou seja, o mercado e não o Estado ser visto como espaço apropriado para a efetivação dos serviços sociais e a intervenção do mesmo somente deve ocorrer em última instância. Seguindo essa linha de raciocínio, os que não podem pagar pelos serviços, devem antes de tudo comprovar a inexistência de meios financeiros próprios para ter acesso a tais serviços. Nessa perspectiva, política social neoliberal caracteriza-se pelo alto grau de seletividade, com a exigência de comprovação da pobreza, garantindo assim estímulo ao trabalho. Em se tratando do Brasil, adotou-se o método da atuação “focalizada” para atender aos comprovadamente pobres, os quais necessariamente devem ser cadastrados e identificados enquanto pobres. Esta ação focalizada e emergencial não reconhece as políticas sociais como um direito, pois as mesmas são desenhadas e formuladas para apresentar um caráter provisório e passageiro. Além do exposto, observa-se que os neoliberais propagam conceitos e obstáculos culturais para dificultar a aceitação da política social enquanto um direito humano. O programa Bolsa Família a exemplo disso é vislumbrado por parte do senso comum, das elites e da mídia brasileira como responsável pela acomodação, dependência, desleixo e falta de iniciativa. Onde verifica-se o objetivo da mesma não é esse. Seu objetivo principal é emergencial e anódino, funcionando como uma porta de saída em direção a autonomia e a independência dos usuários. Diante do exposto pode-se afirmar que é na luta pela participação política que se conquista direitos políticos e sociais de participação em igualdade do desenvolvimento que é um direito humano de todos que compõe uma sociedade. 2.3 O enfrentamento da questão social no contexto neolibreal O enfrentamento da questão social na hodiernidade, transcorrido por um projeto político econômico neoliberal de reestruturação do capitalismo 11 contemporâneo, se expressa pela hegemonia do minimalismo na oferta das políticas sociais. Contudo nota-se que estas, por sua vez, não possuem nem mesmo a pretensão de erradicara pobreza, mas apenas enfrentar a miséria aparente, oferecendo as massas apenas o lhes é necessário para sobreviver. Este cenário confirma a total submissão das necessidades humanas às necessidades de auto reprodução do grande capital. É notório que as relações de produção na ordem do capital não são destinadas ao atendimento das necessidades humanas, mas única é à acumulação do lucro. Nessa perspectiva, observa-se que o Estado que deveria ser o representante legítimo dos interesses do povo, torna-se um fiel representante dos interesses do capital, atuando como a “ comissão executiva da burguesia”. Nesse sentido, observa-se que nada é novo, pois como outrora foi apregoado, o indivíduo isoladamente é responsável pela sua mazela, e os diretosgarantidos pela constituição cidadã é substituído pelo discurso da solidariedade, num contexto onde o desenvolvimento é só para o grande capital. As consequências desse processo para o serviço social, não são nada agradáveis, uma vez que estas políticas são os principais espaços ocupacionais para a profissão. Tais consequências recaíram tanto sobre os usuários da profissão quanto sobre as condições de trabalho dos assistentes sociais. O assistente social vê-se distante dos instrumentos e recursos necessários à operacionalização de sua atividade. À proporção em que os parâmetros de acesso às políticas sociais se tornam cada vez mais seletivos, restritos e burocráticos, os profissionais podem cair na armadilha de ter sua atuação reduzida a uma mera “gestão da pobreza”. O assistente social vem sendo requisitado a responder as mais diversas refrações da questão social por meio de programas e políticas sociais focalizadas, precárias e pontuais, que são totalmente contrárias aos princípios defendidos no projeto ético político do Serviço Social, especialmente no que se refere ao posicionamento em favor da universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais. É preciso corroborar as lutas sociais na defesa pela cidadania e pela 12 efetivação dos direitos civis, políticos e sociais, buscando o protagonismo da classe trabalhadora na luta pela emancipação humana. Torna-se necessário, ainda, romper com o minimalismo das políticas sociais no enfrentamento da questão social e considerá-lo não como o limite, mas como um ponto de partida. 13 3. CONCLUSÃO Neste portifólio, foram analisados os fundamentos do sistema neoliberal explicando seus pontos fortes e os pontos fracos e apresentando os reflexos que podem ocorrer em um sistema de governo neoliberal, também foi comentado sobre os governos neoliberais que regeram o Brasil tentando implantar o novo sistema de governo em terras brasileiras, lembrando que um dos pré-requisitos da doutrina neoliberal são as privatizações, pois o governo queria se livrar de suas obrigações e terceirizar para outras entidades pensando que elevaria a qualidade no atendimento à população no quesito direitos sociais. No período neoliberal brasileiro, ocorreram inúmeras privatizações das empresas estatais, pois o intuito do governo era levantar proventos para fortalecer a moeda brasileira, mas foi tudo ao contrário do que ele pensava, pois iniciou a entrada de capital estrangeiro no Brasil e, com isso, a inflação cada vez oscilava mais, ou seja, não apresentou resultados positivos ao Estado brasileiro. Nesse sentido podemos afirmar que a implantação do modelo capitalista neoliberal alterou as relações de classe e de poder existentes na sociedade brasileira. O neoliberalismo demonstrou protecionismo típico do período desenvolvimentista e reduziu a já precária rede de direitos sociais herdada pelo sistema de governo anterior. Observou-se que questão social, enquanto expressão máxima da contradição “capital x trabalho” e da histórica desigualdade entre as classes, tem sido ampliada e potencializada pelo atual quadro de reestruturação do capitalismo neoliberal, ao passo que as formas de seu enfrentamento se inserem em um contexto de regressão de direitos e assistencialismo das políticas sociais. As políticas sociais oferecidas pelo Estado, por sua vez, são focalizadas, ou seja, são direcionadas aos segmentos mais pobres da população, conforme a orientação das convenções internacionais. Invalidando dessa forma, o princípio de universalidade afirmado na Constituição, sendo necessário ter declarada a condição de carência aquisitiva para se ter um acesso mínimo aos serviços sociais. 14 4. REFERÊNCIAS Gerard Duménil; Dominique Lévy. Neoliberalismo- Neo-imperialismo. Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 1 (29), p. 1-19, abr, 2007. http://www.scielo.br/pdf/ecos/v16n1/a01v16n1 Vídeo youtube- entrevista com Gerard Duménil, Boitempo, 2014: Brasil é um país neoliberal? https://www.youtube.com/watch?v=7WeOk1XPStY Armando Boito Jr. As relações de classe na nova fase do neoliberalismo no Brasil. Clacso, http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/grupos/caeta/PIICdos.pdf Nilton Viana, Brasil de Fato, Entrevista com Armando Boito: “A economia capitalista está em crise e as contradições tendem a se aguçar” (09/04/2012) http://www.brasildefato.com.br/content/“-economia-capitalista-estáem-crise-e- contradições-tendem-se-aguçar” Sara Granemann e José Miguel Bendrao Saldanha. OS FUNDOS DE PENSÃO E A ACUMULAÇÃO CAPITALISTA, 2003 http://www.adurrj.org.br/5com/previdencia/os_fundos_de_pensao.pdf Juliano Alessander , Kauara Rodrigues. Conservadorismo e fundamentalismos no Congresso Nacional: o AI-5 "pró-vida" (17/07/2015) http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1304 As raízes da escalada conservadora no Brasil atual (01/04/2015) Rogério Castrohttp://blogdaboitempo.com.br/2015/04/01/as-raizes- daescaladaconservadora-no-brasil-atual/
Compartilhar