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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * COMPORTAMENTO DAS DESCONTINUIDADES Introdução Descontinuidades planas Mohr-Coulomb Descontinuidades rugosas Patton Barton Descontinuidades preenchidas Influência da água Comportamento das Descontinuidades * * * Introdução O maciço rochoso fraturado e compartimentado pelas descontinuidades, formado blocos. O comportamento mecânico destes blocos é predominantemente condicionado pelo comportamento das descontinuidades. Comportamento das Descontinuidades * * * Atuadores Pórtico de reação Amostra O comportamento de descontinuidades é usualmente estudado em ensaios de cisalhamento direto. O ensaio é realizado em uma amostra (contendo uma descotinuidade) colocada em uma caixa de cisalhamento, que sob uma tensão normal é cisalhada Caixa de cisalhamento Comportamento das Descontinuidades * * * Na sua forma mais convencional, o ensaio é realizado sob uma tensão normal constante e aumento da tensão cisalhante. Existem versões do ensaio onde a tensão normal varia durante o cisalhamento Comportamento das Descontinuidades * * * Comportamento de descontinuidades lisas Colocando em um gráfico as resistências de pico e suas respectivas tensões normais pode-se construir a envoltória de resistência da descontinuidade. Para o caso de descontinuidades lisas, esta envoltória, pode ser representada pela equação de Mohr-Coulomb: onde c é a coesão e f é o angulo de atrito. Comportamento das Descontinuidades * * * resistência de pico resistência residual No caso da resistência residual a coesão é nula e a equação de Mohr-Coulomb fica na forma: onde fr é o angulo de atrito residual. Um parâmetro importante na caracterização das discontinuidades é angulo de atrito básico (fb). O fb é aproximadamente igual ao fr, entretanto deveria ser medido em ensaios em pequenas superfícies (50x50mm). A envoltória de resistência nestes ensaios é descrita por: Comportamento das Descontinuidades * * * Comportamento de descontinuidades rugososas As descontinuidades rugosas contam com um acréssimo de resistência devido as irregularidades da superfície. Um modelo simples pode representar este fenômeno onde a influência das irregularidades é representada por um componente de rugosidade, ou dilatância, i. Comportamento das Descontinuidades * * * Patton, em 1966, propos um critério de ruptura bi-linear, onde para valores de tensão normal elavados o modo de ruptura muda passando a existir cisalhamento das irregularidades. Tensão Normal (sn) Tensão cisalhante (t) Ruptura por cavalgamento Ruptura por cavalgamento e cisalhamento Comportamento das Descontinuidades * * * Barton e outros, a partir de 1973, desenvolveram um critério de ruptura onde o parâmetro de dilatância i é representado de forma mais realística: onde: JRC - parâmetro de rugosidade que varia entre 0 e 20, pode ser determinado por um tilt test ou estimado por comparação; JCS - parâmetro que representa a resistência das paredes; fb - o ângulo de atrito básico. Comportamento das Descontinuidades * * * O tilt test (ensaio de deslizamento) é bastante simples, consiste em inclinar uma amostra com uma descontinui- dade e determinar a inclinação (a), da horizontal em relação ao plano médio da descontinuidade, em que a amostra desliza. O JRC é obtido por: O ângulo de atrito básico (fb) pode ser determinado também em um tilt test, utilizando uma amostra polida. s’n é a tensão normal no ensaio. Para valores de JRC elevados (>10), o tilt test torna-se inviável, podendo-se determinar o JRC por ensaios de arrastamento horizontal (horizontal pull tests). Comportamento das Descontinuidades * * * O valor do JRC também pode ser estimado por comparação com perfís de referência de 10cm. Comportamento das Descontinuidades * * * O JCS, para baixos níveis de tensão pode ser tomado como a resistência a compressão simples. Para situações com confinamento deve ser tomado como a tensão de ruptura para aquele estado de tensões (s1-s3)r. A dimensão do bloco ensaiado influencia bastante na determinação do JRC e JCS . Uma correção devido ao EFEITO ESCALA foi proposta por Barton e Bandis, em 1982: onde os subscritos (o) e (n) referem-se a escala de laboratório (100mm) e escala de campo. Comportamento das Descontinuidades * * * Representação dos componetes de resistência ao cisalha- mento e sua redução com o aumento do tamanho do bloco ensaiado. Comportamento das Descontinuidades * * * Descontinuidades preenchidas A resistência de descontinuidades preenchidas depende da espessura do material, da altura da rugosidade das paredes, da resistência do material de preenchimento, da história de tensões e da história de deformações. Para espessuras de preenchimento maiores que as irregularidades da parede a resistência da descontinuidade é comandada pela resistência do material de preenchimento. Comportamento das Descontinuidades * * * Para descontinuidades com espessuras de preenchimento menores que a dimensão das irregularidades da parede, a resistência será ditada pela interação rugosidade/preenchimento, podendo ser quase a mesma resistência da descontinuidade sem preenchi- mento no caso do preenchimento ser pequeno. Descontinuidades polidas, e preenchidas, podem romper no contato rocha/preenchimento e apresentar resistência ao cisalhamento inferior a resistência do preenchimento. Comportamento das Descontinuidades * * * Influência da água Quando a água está presente em um maciço rochoso, a superfície das descontinuidades são solicitadas abrindo-se, e a tensão normal s’n é reduzida. Para condições de escoamento permanente a tensão normal atuante é a tensão efetiva (s’n = sn - u). Cabe lembrar que a presença d’água também intemperiza as paredes, reduzindo a resistência destas. Comportamento das Descontinuidades * * * Bibliografia BARTON, N. & BANDIS, S. (1990) Review of predictive capabilities of JRC-JCS model in engineering pratice. In: ROCK JOINTS. Rotterdam, Balkema. p.603-610. GOODMAN, R.E. (1989) Introduction to rock mechanics. 2nd ed.Willey, New York. 562p. HOEK, E.; KAISER, P.K.; BAWDEN, W.F. (1995) Suport of undeground excavation in hard rock. Balkema, Rotterdam. 215p. SILVA, S.P.P. (1996) Resistência ao cisalhamento de descontinuidades em rochas e maciços rochosos. Seminários SGS833/EESC/USP. 114p. Comportamento das Descontinuidades
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