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IMUNIDADES
IMUNIDADE DIPLOMÁTICA
- Quando tratamos da imunidade diplomática estamos nos referindo à exceção inserida no Inciso I do Artigo 1º. do CPP (fundamento legal).
- Essas imunidades encontram-se previstas na Convenção de Viena assinada pelo Brasil em 1961 e referendada pelo Congresso Nacional através do Decreto 56.435/65.
- Algumas das imunidades diplomáticas são extensíveis aos cônsules. 
a) Conceito de IMUNIDADE DIPLOMÁTICA – é uma prerrogativa de Direito Público Internacional de que desfrutam os representantes diplomáticos estrangeiros e seus familiares que com ele vivam em território nacional diverso de seu país de origem. 
b) Extensão 
- Além do agente diplomático, também estão imunes à aplicação da legislação brasileira (imunes por EXTENSÃO):
1) Os membros da sua família desde que não sejam nacionais do estado acreditado (art. 37, § 1º da Convenção de Viena);
2) Os membros do pessoal administrativo e técnico da missão, além dos familiares que com ele vivam, desde que não sejam nacionais do Estado acreditado nem nele tenham residência permanente (art. 37 § 2º. Da Convenção de Viena);
3) Os membros do pessoal de serviço da missão que não sejam nacionais do Estado acreditado nem nele tenham residência permanente, quanto aos atos praticados no exercício de suas funções (art. 37 §3º. Da Convenção de Viena);
OBS.: as imunidades, em regra, não são extensíveis aos criados particulares dos membros da missão, salvo se o Estado acreditado assim reconhecer (art. 37 § 4º da Convenção de Viena). 
Natureza jurídica: CAUSA DE EXCLUSÃO DA JURISDIÇÃO!
- Trata-se de restrição ao princípio da territorialidade, uma vez que reconhecida a imunidade diplomática, o agente não responderá no Brasil pelo delito aqui cometido, mas sim em seu país de origem. 
IMPORTANTE! As sedes diplomáticas seriam, assim, extensão do território estrangeiro, para fins penais?
- ESPÉCIES DE IMUNIDADE DIPLOMÁTICA:
a) Imunidade Material ou Inviolabilidade – significa que o diplomata e sua família, assim como os imunes por extensão, não estão sujeitos a qualquer forma de prisão no Brasil. Artigo 29 da Convenção de Viena.
b) Imunidade Processual ou Imunidade Formal ou Imunidade de Jurisdição – as pessoas revestidas de imunidade diplomática não estão subordinadas à jurisdição penal brasileira (Estado acreditador), mas sim a jurisdição penal do Estado ao qual pertencem (Estado acreditante). 
- POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA
É possível que o Estado acreditante renuncie expressamente à imunidade de jurisdição de seus agentes diplomáticos e das demais pessoas referidas. Nesse caso o processo correrá em território brasileiro e será regido pelas leis brasileiras. 
 ALCANCE:
- A inviolabilidade abrange a sede da missão e as residências particulares dos diplomatas, bem como os bens ali situados e os meios de locomoção. Aplica-se também à correspondência e às comunicações diplomáticas. 
- Além da imunidade de jurisdição penal, os agentes diplomáticos também gozam de imunidade de jurisdição civil, administrativa e tributária (esta com algumas exceções). 
IMUNIDADES DO CÔNSUL
- Os funcionários consulares, ao contrário dos diplomatas, não gozam de imunidade absoluta à jurisdição penal e processual penal. Ao contrário, eles possuem imunidade apenas no que concerne aos atos oficiais realizados no exercício das funções consulares. 
- Além disso a imunidade material (prisão) também é parcial já que há uma ressalva possibilitando a prisão em caso de crime grave e em decorrência de decisão judicial. 
IMUNIDADE PARLAMENTAR
- Incide no âmbito do Poder Legislativo da União (alcançando Deputados Federais e Senadores).
- Material (refere-se à matéria tratada)– Os deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, em quaisquer manifestações proferidas no desempenho de suas funções. Artigo 53, caput da CF e § 6º. 
- Natureza jurídica: É uma excludente da tipicidade (a livre manifestação do parlamentar é necessária, logo, não pode ser considerada crime). 
- Não admite coautoria nem participação. 
- Não pode ser renunciada pelo parlamentar e não o acompanha quando ele se licencia (nesse caso ele não perde o mandato, mas perde as imunidades). 
IMPORTANTE!! Há necessidade de nexo de causalidade entre a manifestação reputada ofensiva e o exercício do mandato?
IMPORTANTE2!! Quando o congressista, na condição de candidato a novo cargo ou a reeleição, ofende moralmente a honra de terceiro ou de outros candidatos, ele está sob a égide da imunidade material?
Imunidade Processual - Deputados e senadores são julgados, após a diplomação, pelo STF (Artigo 53, § 1º CF).
- Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação
- § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora (o partido apresenta o pedido de sustação e esse pedido é apreciado pela casa do parlamentar investigado. Se a maioria simples – metade mais um dos presentes - votar pela sustação, isso será comunicado ao STF).
- A sustação do processo suspende a prescrição, que volta a correr ao término do mandato, pelo tempo que faltava. 
- Essa imunidade processual não alcança o co-réu ou partícipe (Sumula 245 do STF). 
- Quanto aos prefeitos, não se fala em imunidade processual. Eles apenas têm foro por prerrogativa de função, perante os Tribunais respectivos. 
CRIME COMETIDO ANTES DA DIPLOMAÇÃO:
- O parlamentar não terá direito a imunidade processual, ou seja, o STF sequer informa à casa parlamentar que o processo está tramitando. O processo corre normalmente e não se poderá requerer a suspensão do processo.
- O processo terá trâmite normal perante o juízo competente (juiz natural). 
Imunidade Prisional – Artigo 53 § 2º CF
- Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Consequências para o parlamentar:
 jamais pode ser preso por crime afiançável; 2) somente poderá ser preso por crime inafiançável se estiver em situação de flagrância; 3) não está sujeito a nenhum tipo de prisão cautelar (preventiva, temporária ou mesmo prisão civil por alimentos); 4)pode ser preso por sentença condenatória transitada em julgado. 
- O foro especial por prerrogativa de função se restringe às causas penais, não atingindo processos cíveis.

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