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REFLEXO Prof. Me. Nelson Kian INTRODUÇÃO Ø Podemos definir como uma resposta motora a um es1mulo adequado, externo ou interno. Ø Cons8tui etapa fundamental do exame neurológico, tanto pela obje8vidade da informação como pela não dependência à colaboração do indivíduo – podem ser pesquisados no recém-‐nascido, indivíduo demenciado ou em coma. INTRODUÇÃO Ø Base anatômica da motricidade reflexa é o arco reflexo, que compreende: -‐ via aferente – receptor e nervo sensi8vo -‐ centro – substância cinzenta do SNC -‐ via eferente – nervo motor e órgão efetor. REFLEXOS Ø Apresentam determinadas caracterís8cas fisiológicas – apresentam interesse na prá8ca neurológica. -‐ Périodo de latência – tempo que transcorre entre a aplicação do es1mulo e a resposta. O reflexo patelar e o corneano apresentam mais breves. REFLEXOS -‐ Périodo refratário – quando não se obtém resposta a um es1mulo adequado, logo após a provocação do reflexo. -‐ Fadiga – provocação repe8da do mesmo reflexo determina sua depressão até chegar à ex8nção, sendo necessário certo período de tempo para seu reaparecimento. REFLEXOS -‐ Fenômeno de adição – um es1mulo insuficiente para provocar um determinado reflexo, poderá fazê-‐lo desde que repe8do em várias successões. -‐ Princípio da inervação recíproca – a contração reflexa de um músculo se acompanha de uma inibição de seus antagonistas. REFLEXOS -‐ Lei da localização – cada reflexo apresenta uma área específica de excitação e resposta. EX: reflexo patelar é ob8do pela percussão do tendão infrapatelar, que provoca a contração do músculo quadríceps. CLASSIFICAÇÃO Ø Segundo Sherrington: Ø Exterocep?vos – ou superficiais, os es1mulos atuam em receptores localizados na pele e/ou mucosas externas; Ø Propriocep?vos – os es1mulos atuam ou se originam nos músculos, tendões, labirinto. Ø Viscerocep?vos – apresentam escassa importância em neurologia. REFLEXOS Ø O examinador pode testar os reflexos superficiais, tendinosos profundos e/ou patológicos para obter uma indicação do estado do nervo ou das raízes nervosas que suprem o reflexo. REFLEXOS Ø Se ocorrer perda ou anormalidade da condução nervosa, há uma diminuição (hiporreflexia) ou perda (arreflexia) do reflexo de es8ramento. Ø Há uma resposta diminuída com o envelhecimento. Ø Lesão do neurônio motor superior – produzem espas8cidade, hiper-‐reflexia, hipertonia, respostas plantares extensoras, reflexos superficiais reduzidos ou ausentes e fraqueza dos músculos distais à lesão. REFLEXOS Ø Lesão do neurônio motor inferior – comprometendo raízes nervosas ou nervos periféricos produzem flacidez, hiporreflexia ou arreflexia, hipotonia, fasciculação, fibrilações e fraqueza e atrofia dos músculos comprome8dos. Reflexos tendinosos profundos Ø São testados com um martelo de reflexos. Ø Com prá8ca, esse 8po de reflexo pode ser ob8do de quase qualquer tendão. Ø O indivíduo deve estar relaxado e o examinador deve assegurar-‐se de que o músculo do tendão a ser testado está relaxado. Reflexos tendinosos profundos Ø O tendão a ser testado é posto sob leve es8ramento. Ø Um es1mulo adequado é aplicado com o uso do martelo. Ø O examinador deve percu8r o tendão 5 ou 6 vezes. Ø Se forem di`ceis de serem evidenciados, podem ser es8mulados fazendo-‐se o indivíduo cerrar os dentes ou apertar as mãos uma contra a outra (Manobra de Jendrassik) – para os MMII. Reflexos tendinosos profundos Ø Apertar as pernas uma contra a outra, quando testar o membro superior. Ø Estas a8vidades aumentam a a8vidade facilitadora da medula espinal e desse modo acentuam reflexos minimamente a8vos. Reflexos Superficiais Ø São testados riscando-‐se a pele com um objeto levemente agudo que não possa romper a pele. Ø Para se tornar proficiente é necessário o examinador ter muita prá8ca. REFLEXO TENDINOSOS PROFUNDOS Reflexo profundo do orbicular das pálpebras Ø Reflexo nasopalpebral. Ø Local do esBmulo – percussão da glabela Ø Resposta normal – contração bilateral do músculo orbicular das pálpebras com oclusão da rima palpebral. Reflexo do orbicbular dos lábios Ø Reflexo oro-‐orbicular. Ø Local do esBmulo – percussão do lábio superior, na linha axial. Ø Resposta normal – contração do músculo orbicular dos lábios com projeção dos lábios para diante. Este reflexo é de resposta débil ou nula em condições normais, podendo ser evidente nos recém-‐ nascidos. Reflexo mandibular Ø Reflexo massetérico. Ø Local do esBmulo – percussão do mento, com interposição do dedo do examinador, estando o indivíduo com a boca entreaberta. Ø Resposta normal – elevação da mandíbula pela contração dos músculos masseteres. Este reflexo é de resposta débil ou nula em condições normais. Reflexo estilorradial Ø Reflexo braquiorradial Ø Posição – antebraço fle8do, numa posição entre a pronação e a supinação. Ø Local do esBmulo – percussão no processoes8lóide do rádio. Ø Resposta normal – flexão e ligeira pronação do antebraço e contração dos flexores da mão e dedos (esta úl8ma geralmente ausente) Reflexo biciptal Ø Posição – antebraço semifle8do e apoioado, com a mão em posição de supinação. Ø Local do esBmulo – percussão o tendão distal do bíceps, havendo interposição do polegar do examinador. Ø Resposta normal – flexão e supinação do antebraço. Reflexo triciptal Ø Posição – braço do indivíduo em abdução e apoiado sobre a mão do examinador, com cotovelo fle8do a 90 Ø Local do esBmulo – percussão o tendão distal do tríceps. Ø Resposta normal – extensão do cotovelo. Nas lesões medulares (C7-‐C8) produz a flexão do cotovelo (reflexo triciptal inver8do) Reflexo Patelar Ø Pode ser feita com o indivíduo sentado com as pernas pendentes ou cruzadas, ou em decúbito dorsal com os joelhos semiflexionados e apoiados sobre a mão do examinador. Ø Local do esBmulo – percussão no tendão infrapatelar Ø Resposta normal – extensão do joelho pela contração do quadríceps. Reflexo Aquileu Ø Pode ser feita com o indivíduo sentado com as pernas pendentes , ajoelhado sobre uma cadeira, decúbito ventral. Ø Local do esBmulo – percussão no tendão do calcâneo. Ø Resposta normal – plan8flexão com contração da panturrilha (tríceps sural) REFLEXOS SUPERFICIAIS Reflexo Cutâneo Abdominal Superior (T5-T8) Médio (T9-T11) Inferior (T11-T12) Reflexo Cutâneo Abdominal É pesquisado por meio do toque da pele dos quadrantes do abdômen com objeto pontiagudo, cuja reação normal é a contração do músculo abdominal para o lado do quadrante estimulado. A ausência bilateral do reflexo indica lesão do neurônio motor superior, e a ausência unilateral indica lesão do neurônio motor inferior de T7 a L2. Reflexo cutâneo plantar em flexão Ø Decúbito dorsal com os MMII em extensão. Ø Local do esBmulo – com um es8lete não cortante na região plantar (do calcâneo para os artelhos, de lateral para medial) Ø Resposta normal – flexão do artelhos. Reflexo cremastério Ø O reflexo cremastérico é um reflexo do neurônio motor superior, e testa a integridade do nível T12 (eferente) e L1 (aferente) Ø Decúbito dorsal com os MMII em extensão. Ø Local do esBmulo – com um es8lete não cortante es1mulo da pele na face interna da coxa. Ø Resposta normal – elevação unilateral do sacro escrotal . REFLEXOS PATOLÓGICOS Reflexo cutâneo plantar em extensão (Sinal de Babinsk) Ø Decúbito dorsal com os MMII em extensão. Ø Local do esBmulo – com um es8lete não cortante na região plantar (do calcâneo para os artelhos, de lateral para medial) Ø Sinal de Babinsk – extensão lenta e majestosa do hálux e pode se acompanhar da abdução dos artelhos. Lesão neurológica, mas nas crianças, até o início da marcha voluntária costuma aparecer. Sinal de Oppenheim Ø Sentado com as pernas pendentes. Ø Local do esBmulo – com um es8lete não cortante na região na crista da 1bia. Ø Resposta– extensão lenta e majestosa do hálux. Ø Lesão do trato piramidal.
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