Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* * * PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS GUIAS TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO SCHEELlTA COMO GUIA PROSPECTIVO GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO * * * PROSPECÇÃO ATRAVÉS DE MINERAIS GUIAS Uso de minerais que compõem a ganga de minérios, objetivando o rastreamento e a localização de depósitos metálicos e não metálicos Minerais mais estudados: Magnetita Ilmenita Feldspato Turmalina Muscovita Scheelita e Gahnita TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO - um dos mais importantes p/ pesquisa - Grande resistência aos processos de intemperisação (assinatura geoquímica preservada) - Depositário significativo de boro na crosta - Mineral acessório bastante comum nas rochas sedimentares, metamórficas e ígneas. - Forma-se onde ocorre grande disponibilidade de Boro. - Encontra-se relacionada => seqüências evaporíticas e => sistemas submarinos hidrotermais. * * * TURMALlNA COMO GUIA PROSPECTIVO Turmalinitos estratiformes – piso oceânico (sub-sea Door replacement) e - processos exalativos (exalitos), interface sedimento- água, associados a salmouras) Turmalina encontrada nas mineralizações stratabound associadas a sedimentos é resultado de atividade exalativa nos rifts. Características que tornam a turmalina útil para exploração geoquímica: Cristalizar durante as últimas fases da diferenciação magmática, sendo concentrada nos pegmatitos, aplitos e veios hidrotermais e como min. hidrotermal; Complexa estrutura química que permite variabilidade composicional; Retirar elementos maiores, menores e traços do seu ambiente de cristalização. (sua capacidade de incorporar vários cátions, se obtém assinatura geoquímica do meio a partir do qual cristalizou => pode-se tirar informações de caráter prospectivo e petrogenético Associada a vários depósitos minerais, cristalizando c/ minerais de minério; Mineral estável que resiste ao intemperismo e a muitos eventos de alteração. Pode sobreviver ao metamorfismo de alto grau retendo suas características primárias, química e textural. * * * Composição e assinatura química da turmalina Representa um dado importante para indicar o provável ambiente (ígneo, metamórfico e hidrotermal) de geração de um depósito mineral. Turmalinas derivadas de mineralizações em sedimentos/depósitos exalativos tendem para o campo dravita Turmalina relacionada a sistemas graníticos cai no campo composicional da schorlelbaíta Atividades exalativas só quando turmalinitos estratiformes estão associados a níveis de granada ricas em manganês (coticules). Freqüentes e importantes associações c/ jazidas minerais depósitos hidrotermais de Sn-W relacionados às rochas graníticas, depósitos stratabound de W, depósitos de sulfetos maciços associados a sedimentos e depósitos de ouro Essa metodologia prospectiva foi aplicada com sucesso em diversas áreas do mundo, permitindo a descoberta de importantes depósitos de sulfetos maciços (ex. Apalachianos-Caledonianos na América Norte e El Correo, no México) Nível turmalinítico na mina de ouro de Passagem de Mariana, MG. * * * Composição e assinatura química da turmalina A investigação de elementos traços da turmalina relacionada aos diversos ambientes: granitos, pegmatitos e aplitos, depósitos hidrotermais, depósitos auríferos, depósitos de cobre porfirítico, depósitos de sulfetos vulcanogênicos, depósitos de estanho, depósitos estratiformes de Pb-Zn-Ag e hidrotermais Pode ser efetuada pelos métodos analíticos, exemplo: Absorção Atômica, Espectrografia Ótica de Emissão, Microssonda Eletrônica, Ativação Neutrônica, ICP-AES e ICP-MS. * * * Composição e assinatura química da turmalina Diagrama Al-Fe-Mg (Henry & Guidotti, 1985), em proporções moleculares - turmalinas do pegmatito Capoeira (1) Aplitos e pegmatitos graníticos ricos em Li, (2) Granitóides pobres em Li e pegmatitos a eles associados, (3) Rochas quartzo-turmaliniferas ricas em Fe3+, (4) Metapelitos e metapsamitos associados com fases saturadas em Al, (5) Metapelitos e metapsamitos não saturados em Al, (6) Rochas metapelíticas calciossilicáticas e quartzo-turmaliníferas ricas em Fe3+, (7) Rochas metaultramáficas pobres em Ca e metassedimentares ricas em Cr e V, (8) Metapiroxenitos e metacarbonatos. * * * SCHEELlTA COMO GUIA PROSPECTIVO Estudos sobre a metalogenia do ouro => sua ocorrência em faixas greenstone belts se enquadra no modelo mineralizações em zonas cisalhamento. Mineralizações auríferas - relacionadas a paragênese sulfetada com arsenopirita, pirita e pirrotita dominantes e c/ampla gama de elem. subordinados, como tungstênio. A associação Au-W é freqüente - registrada em: - Zonas de descargas de sistemas geotermais em fundos oceânicos. - Minas em granito-greenstone, da África do Sul, Botswana, índia, Canadá e Austrália. Nessas áreas o W é encontrado sob forma de scheelita. Scheelita como um traçador estratégico e tático No Brasil, a associação ouro-scheelita foi determinada em: - Diversas minas do Quadrilátero Ferrífero (Morro Velho, Galo, Bicalho, Geriza, São Bento, Cuiabá) - Associadas ao Greenstone Belt Rio das Velhas - Minas de ouro do Greenstone Belt do Rio Itapicuru (Faz. Brasileiro e Maria Preta). * * * Scheelita como um traçador estratégico e tático A estreita correlação da scheelita com mineralizações de ouro dessas áreas permitiu indicá-la como traçador estratégico (fig.1) => capaz de determinar ZC auríferas. * * * Scheelita como um traçador estratégico e tático Em Maria Preta => W tem estreita relação c/ teores mais elevados de ouro = traçador do tipo tático (fig. 2), capaz de indicar corpos mais intensamente mineralizados. Vantagens do uso da scheelita A prospecção de ouro em greenstone belt é efetuada através da contagem do número de pintas de ouro (em sed. drenagem ou solos) e pela geoquímica do arsênio. Vantagens do uso da scheelita como traçador estratégico sobre métodos convencionais: Com relação à contagem das pintas de ouro em sedimentos de drenagem: Não necessita bateador experiente (especialista em contar pintas) p/ obtenção do concentrado. Com relação à amostras de solo, a superioridade da scheelita é nítida: Tratamento não necessita ser tão rigoroso e controlado (deslamagem c/ cal ou outro desfloculante; pré-concentração em calha sluice, bateamento cuidadoso) quanto no caso das pintas de ouro. Contagem dos grãos de scheelita também é mais fácil do que contar pintas de ouro, pois é efetuada c/ lâmpada ultravioleta ondas curtas, aproveitando-se da cor de fluorescência característica apresentada por esse mineral e que faz com que ele se destaque dos demais constituintes do concentrado. Comparando-se c/ geoquímica do arsênio, qualquer vantagem desta metodologia é anulada pelo custo e tempo despendido para análise química do material. * * * GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO Associada aos ambientes vulcânicos exalativos ocorre uma série de finos níveis estratificados representados por rochas denominadas exalitos, nos quais encontram-se enquadrados os níveis de quartzo-gahnita. Nesse caso em particular, a gahnita (um espinélio de zinco - óxido de alumínio e zinco. 44% de ZnO, 56% de Al2O3 ) pode ser usada como guia para a prospecção de depósitos de pequeno porte de metais base de Pb, Zn em um modelo do tipo Broken Hill. Esse mineral também é encontrado freqüentemente associado aos pegmatitos mais evoluídos do tipo tântalo-litiníferos, representando um guia prospectivo para esse tipo de depósito. * * * GAHNITA COMO GUIA PROSPECTlVO Diferenciar as gahnitas de origem ígnea das de origem metamórfica, utilizando-se o diagrama (Zn + Mn) / Al x (Fe + Mg) / Al (figura 3).
Compartilhar