Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE ANTIBIÓTICOS E QUIMIOTERÁPICOS ANTIMICROBIANOS Dra. BIANCA ARNONE DOENÇAS HOSPEDEIRO FÁRMACOS AGENTE INVASOR EFEITOS ADVERSOS BIOTRANS- FORMAÇÃO REAÇÕES IMUNOLÓGICAS AÇÃO CIDA OU STÁTICA RESISTÊNCIA RELAÇÕES IMPORTANTES NA FARMACOTERAPIA ANTIMICROBIANA ATIBIÓTICOS Comportamento dos microrganismos frente aos fármacos 1 dia antibiótico BACTERICIDA BACTERIOSTÁTICO RESISTÊNCIA cepa insensível cepa sensível com mutante resistente seleção Antibióticos bactericidas • São medicamentos que matam de forma direta os seus alvos (bactérias), inibindo, por exemplo, enzimas que desempenham um papel fundamental para que a célula bacteriana permaneça viva, como enzimas que são responsáveis pela síntese da parede bacteriana. EX: Cefalosporinas. Antibióticos bacteriostáticos • Não destroem diretamente as bactérias, no entanto eles interferem de maneira negativa no metabolismo bacteriano, interrompendo ou até mesmo inibindo o seu crescimento e multiplicação. EX: Tetraciclina, Clorafenicol. Escassez de novos fármacos 0 20 40 60 80 100 120 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Year R eg is tr at io n s 0 20 40 60 80 100 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 Year R es is ta n t is o la te s (% ) Mais microrganismos resistentes Staphylococcus resistentes a penicilina Staphylococcus resistentes a meticilina Queda no interesse em pesquisa (poucos alvos, tratamentos agudos...) Aumento das exigências regulatórias Penicilina Meticilina Por que são necessários novos antibioticos? Locais de ação dos diferentes antibacterianos Trimetoprima o a EXPLORAÇÃO DA TOXICIDADE SELETIVA O fármaco deve atingir apenas o agente invasor (microrganismos, neoplasias), sem promover danos à células normais do hospedeiro Necessidade de conhecimento aprofundado de diversos aspectos do ciclo de vida de bactérias, fungos, vírus, protozoários, células tumorais etc. PRINCIPAIS CLASSES ANTIBIÓTICAS Introdução • Antibióticos estão entre os fármacos mais prescritos no mundo. • O uso indiscriminado aumenta o custo de tratamento, produz inúmeros efeitos colaterais e interações medicamentosas e favorece a resistência bacteriana. • Uso racional: compreensão da ação, farmacocinética, toxicidade, interações, indução de resistência, testes de sensibilidade, parâmetros associados aos pacientes, como local de infecção, estado imune e excretor do hospedeiro. Mecanismo de ação citoplasma DNA flagelo cílios ribossomos membrana citoplasmática parede celular cápsula ÁCIDO TETRAIDROFÓLICO TIMIDINA DNA RNA SÍNTESE PROTÉICA Inibidor enzimático* competitivo do PABA Bloqueio da síntese de folato e, conseqüentemente, do DNA, bloqueando todas as funções vitais da célula que são dependentes do DNA. EFEITO BACTERIOSTÁTICO *as sulfonamidas são melhor classificadas como antimetabólitos, que são os fármacos que antagonizam um metabólito essencial ao organismo vivo. NH 2 COOH PABA NH 2 SO 2 NH 2 sulfanilamida Mecanismos de Ação 1) Inibição da Síntese da Parede Celular: • A parede celular protege a bactéria da ruptura osmótica. • Constituinte: Peptidoglicano • A ação do antimicrobiano resulta na inibição do crescimento bacteriano e na maioria dos casos, morte celular. • Praticamente todos os antibióticos são bactericidas. • Beta- lactâmicos • Vancomicina • Bacitracina Mecanismos de Ação 2) Inibição da Síntese Protéica: • Interagem com o ribossoma bacteriano. • A diferença da composição dos ribossomas bacterianos com os dos mamíferos conferem a seletividade. • São antibióticos bacteriostáticos. • Macrolídeos • Lincosaminas • Cloranfenicol • Tetraciclinas • Aminoglicosídeos • Mupirocina Mecanismos de Ação • 3) Inibição do Metabolismo Bacteriano: • Antimetabólicos: interferem na síntese do ácido fólico, interrompendo o crescimento celular e levando a morte bacteriana. • Sulfas: análogos do PABA • Trimetropim: análogos do ácido fólico. • Bactericidas na ausência de timina e bacteriostáticos quando essa presente em grande quantidade, como grande degradação leucocitária e tecidual. Mecanismos de Ação 4) Inibição da Síntese ou Atividade do Ácido Nucléico • Rifampicina • Metronidazol • Quinolonas • Novobiocina Mecanismos de Ação • 5) Alteração da Permeabilidade da Membrana Celular: • Polimixina B: Afetam a permeablidade da membrana externa das bactérias Gram negativas. • Gramicidina A: forma poros e canais na dupla membrana lipídica. Mecanismos de Resistência • Algumas bactérias são intrinsecamente resistentes a certos antibióticos. • As bactérias sensíveis podem adquirir resistência. • Ocorre por: mutação de genes residentes ou aquisição de novos genes. Esses genes passam entre as células por plasmídeos. Mecanismos de Resistência • Bactérias resistentes a múltiplos antibióticos: • Aquisição de múltiplos genes não relacionados, desenvolvimento de um gene isolado ou um complexo de genes. • As mutações ocorrem nas proteínas da membrana externa ( porinas) das bactérias. Escolha Antibiótica Depende de: • Farmacocinética – absorção, distribuição, metabolismo e excreção. • Farmacodinâmica – MIC e EPA • Condições do hospedeiro • Local da Infecção Principais Classes Antibióticas 1) Beta-Lactâmicos a) Penicilinas • Meia vida geralmente curta e rápida eliminação pelo fígado. • São atóxicas em doses usuais e podem causar hipersensibilidade como efeito adverso ( febre e rash) • Pode ocorrer tocixidade hepática e de M.O. pelas penicilinas semi-sintéticas, neutropenia pela nafcilina e hepatite com oxacilina. a) Penicilinas Penicilina G: • Raramente primeira escolha, pelo espectro restrito. • Escolha para sífilis, leptospirose, infecções estreptocóccicas dos grupos A e B, actinomicose, infecções orais e periodontais, menigite meningocóccica e meningococcemia, endocardite por S. viridans, mionecrose por Clostridium, tétano, antraz, erisipela. • Em UTI, usada para infeções graves susceptíveis – pneumonia, fasceíte e celulite. a) Penicilinas Penicilinas semi-sintéticas resistentes a penicilinase • Nafcilina e oxacilina • Metabolismo hepático, não necessita de ajuste para insuficiência renal. • Tratamento de infecções disseminadas por estafilococos. • MRSA muito prevalente atualmente. a) Penicilinas Penicilina anti Bactérias Gram negativas • São penicilinas de espectro expandido: piperacilina e mezlocilina. • Agem contra enterobactérias resistentes a ampicilina, carbenicilina e ticarcilina: Klebsiella, Serratia, Proteus indol positivo, Citrobacter. Pseudomonas aeruginosa. • Necessita de pouco ajuste renal • Raramente aumenta tempo de sangramento ou promove sangramento clínico. • Não devem ser usados como terapia única – induz resistência. b) Cefalosporinas • Espectro contra Gram positivos e Gram negativos. • Não são ativas contra MRSA, Enterococcus spp ou S. Maltophilia e Enterobacter ESBL. b) Cefalosporinas Primeira Geração: cefalexina/ cefazolina • Ativos contra Estafilococos – S. aureus • Não efetivos contra: Enterococcus, MRSA, Listeria, E. coli, Proteus e Klebsiella. • Enterobactérias nosocomiais são freqüentemente resistentes. Segunda Geração: cefuroxima, cefoxitina e cefotetan • Melhora espectro para G - , icluindo E. coli, Klebsiella spp, alguns Proteus indol positivos e Providencia spp. b) Cefalosporinas Terceira Geração:• Cefotaxima, ceftriaxona, ceftazidima e ceftizoxime • Aumenta espectro para G - , mas são menos efetivas contra G +. • Ceftazidima atinge Pseudomonas, mas existe resistência. • Atividade pobre contra anaeróbios b) Cefalosporinas Quarta Geração: • Cefepime e cefpiroma • Espectro amplo para G -, Incluindo Pseudomonas spp. E melhor espectro para G+. • Reações adversas: Hipersensibilidade (febre, rash, nefrite intersticial e anafilaxia), alergia cruzada com as penicilinas em 5-15% dos casos. c) Carbapenêmicos • Ativos contra G -, incluindo Pseudomonas spp, G+ e anaeróbios. Vários Enterococcus spp. • Não é eficaz contra MRSA, Enterococcus faecium, S. maltophilia. P. cepacia e Flavobacterium spp. • Espécies de P. aeruginosa e Acinetobacter spp são resistentes. • Necessitam de ajuste renal. • Efeitos colaterais: mioclonus, crises convulsivas, rash, febre, náuseas, vómitos d) Monolactâmicos • Aztreonam: difere das penicilinas e cefalosporinas na estrutura e isso diminui o número de reações cruzadas. • Atividade apenas contra G -. Nenhuma atividade contra G+ e anaeróbios. • H. influenzae, N. gonorrhoeae, Enterobacteriaceae. • Pior que carbapenêmicos e melhor que cefalosporina de terceira geração para Pseudomonas. e) Inibidores de Beta-lactamase • Ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam = se ligam a beta- lactamase de S. aureus, anaeróbios e alguns BGN. • Combinação com penicilinas permite largo espectro. • Inefetivos contra a maioria de P. aeruginosa, E. cloacae, Citrobacter e S. marcescens. • Excreção renal – necessita de ajuste. 2) Aminoglicosídeos • Gentamicina, tobramicina e amicacina. • Má absorção pelo TGI, ligação protéica mínima, má penetração no LCR mesmo com BHE inflamada, apenas 1/3 penetra na secreção brônquica e penetra muito mal no humor vítreo, bile e próstata. • Excreção renal – necessita de ajuste. • São todos dialisáveis – hemodiálise e diálise peritoneal. • Péssima ação em pH reduzido ou tecidos hipóxicos ( tecidos purulentos ou com bactérias anaeróbias). 2) Aminoglicosídeos Indicações: BGN, epecialmente para multirresistentes ( Enterobacter spp.) e bacilos não fermentadores, como Pseudomonas e Acinetobacter. • Ruim contra G + : necessita de associação. Reações adversas: Hipersensibilidade rara. Bloqueio muscular em paciente com Miastenia Gravis. • Ototoxicidade: 10% dos pacientes. • Nefrotoxicidade: 2-10% dos pacientes/ 1-25% dos paciente críticos. O dano é reversível com a interrupção da terapia. 3) Fluorquinolonas • Ciprofloxacino, ofloxacino, levofloxacino, moxifloxacino e gatifloxacino. • BGN ( incluindo Salmonella e Shigella spp.) H. influenzae, Pseudomonas, Acinetobacter e Aeromonas hydrophila. • Agem contra Mycoplasma, Chamydia, Ureaplasma e Legionella pneumophila. • Cipro e Oflox - Mycobateria 3) Fuorquinolonas • Excreção renal – necessita de ajuste • Não é eliminado por diálise. • Efeitos colaterais: Bem tolerados – náuseas, vómitos, diarréia, hipersensibilidade e alterações do SN, com insônia, cefaléia, confusão e convulsão. • Indicações: ITU complicada envolvendo G – resistentes, prostatites, pneumonia bacteriana, diarréia, otite externa maligna, infecção intra-abdominal e pélvica ( associado a cobertura contra anaeróbios). 4) Vancomicina • Bactericida contra CGP e BGP, incluindo MRSA, estafilococos coagulase negativo, S. viridans, S. bovis, Clostridium spp. • Enterococcus spp já são resistentes – VRE. • Uso oral para C. difficile • Excretada pelo rim – necessita de ajuste. • Efeitos colaterais: Hipersensibilidade, nefrotoxicidade. Ototoxicidade e neutropenia são raras. • Liberação de histamina na infusão rápida. 5) Macrolídeo • Eritromicina, claritromicina e Azitromicina • Tratamento para pneumonia por Mycoplasma, Clamydia, faringite por S. pyogenges, Bordetella Pertussis, enterite por Campylobacter spp. • Não necessita de ajuste renal. • Pode causar irritação do TGI, com vómitos e diarréia. • Azitromicina: C. tracomatis, Mycobacterium avium e M. chelomei. 6) Oxazolidinones • Linezolida – desenvolvida em 1980 • Bacteriostático contra G + • Usada para tratamento de infecções por germes resistentes a vancomicina – VRE e MRSA. • Não é necessário ajuste renal. 7) Quinopristina/Dalfopristina • Usado para VRE e também contra MRSA. • Reservado para infecções resistentes a vancomicina. Terapia contra Anaeróbios Metronidazol: • Uso oral para C. difficile • Metabolizado pelo fígado – diminuir doses na insuficiência hepática. • Excelente penetração no LCR e cérebro. • Muito potente contra B. fragilis e BGN entéricos. • Indicado para associação em doenças pélvicas e abdominais. • Gosto metálico na boca, relatos de neutropenia, pancreatite e hepatite. Terapia contra Anaeróbios Clindamicina: • Penetra bem em todos os tecidos, exceto LCR e cérebro. • Atividade contra anaeróbios – B. fragilis resistentes em 29%. • => Indicado para infecção da cabeça, pescoço, pulmão e fasceíte necrotizante. • Metabolismo hepático – Não necessita de ajuste renal. • Efeito colateral: Colite pseudomembranosa – 10% dos pacientes. Terapia contra Anaeróbios Cloranfenicol: • Bacteriostático usado para tratamento de infecções por Rickettsia spp. e raramente Salmonella typhi, H. influenzae. • Metabolismo hepático. • Boa penetração em todos os tecidos. • Efeito colateral: supressão da M.O. Anemia aplásica idiossincrática é rara (1/40000). Resistência RESISTÊNCIA BACTERIANA -Definição • Fenômeno genético relacionado à existência de genes contidos no microrganismo, que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação das drogas. Importante! Uma Bactéria pode ser resistente in vitro e responder clinicamente se estiver em local de alta concentração (Ex. urina); ou o contrário. Resistência Natural ou Intrínseca: • Caracteriza uma determinada espécie bacteriana e compõe a herança genética cromossômica do microrganismo. É um caráter hereditário, transmitido verticalmente as células filhas. Ex.: Ausência do receptor para a ação do antibiótico. RESISTÊNCIA BACTERIANA -Definição Resistência Adquirida: • Surgimento do fenômeno de resistência a um ou vários antibióticos numa população bacteriana originalmente sensível. Resistência Induzida: • Desrepressão de genes responsáveis por uma determinada característica Penicilina, 1940, Segunda Guerra Mundial Cenário atual- RM • Em hospitais norte-americanos, pertencentes ao sistema NNIS (National Nosocomial Infections Surveillance), entre os microrganismos isolados em UTIs: – 89,1% dos SCN (Staphylococcus coagulase negativa) e 59,5% dos S.aureus eram resistentes à meticilina; – 28,5% dos enterococos eram resistentes à vancomicina. • A prevalência de RM em UTIs norte- americanas, quase dobrou, passando de 36,0% para 62,0%, entre 1992 e 2002. • Uso crescente de vancomicina- intermediária Cenário atual- RM • Na publicação do sistema NNIS de 2004, 20,6% dos isolados de Klebsiella spp. eram resistentes a cef de 3a. geração, significando um aumento de 47,0%, em relação a um período anterior compreendendo cinco anos. • Entre os isolados de P.aeruginosa, 31,9% eram resistentes às cef de 3a. geração, 29,5% às fluorquinolonas e 21,1% aos carbapenens, com elevação da resistência a estes antimicrobianos, respectivamente, de 20,0%, 9,0% e 15,0% em relação ao período anterior. Cenário atual- RM Cenário atual- Novos ATM- nenhum para Pseudomonas MR Cenário Atual Cenário atual - RM Resistência Microbiana • Estudos realizados por Mc Gowan, 2001, indicam explicações para a disseminação daRM: – 30 a 40% das infecções por microrganismos resistentes - transmissão cruzada- mãos PS – 20 a 25% - pressão de seleção do uso de ATM; – 20 a 25% -introdução de novos microrganismos; – 20% - outras causas. Surgimento da Resistência • O uso de ATM promove a adaptação ou a morte dos microrganismos, em um fenômeno conhecido como pressão de seleção. • Os microrganismos que sobrevivem possuem genes de resistência, que podem ser transmitidos a outros microrganismos da mesma espécie ou até mesmo, de outros espécies. • Bactérias podem trocar ou transferir genes de resistência entre elas por diferentes vias, sendo que estas podem ocorrer independentemente da replicação bacteriana. USO IRRACIONAL DE ANTIBIÓTICOS • infecções virais ( sarampo, catapora e 90% das infecções do trato respiratório superior ) • tratamento de estados febris de origem desconhecida, • dosagem ou freqüência incorretas, • necessidade de outras condutas simultâneas, (ex. drenagens, remoções, etc.) , • falta de conhecimentos bacteriológicos. ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO 3 situações frequentes : • Terapia empírica (inicial)- quando o agente não foi identificado e existe risco na espera : escolher antibiótico de largo espectro ou associações. • Terapia racional (definitiva)- o agente agressor foi identificado : espectro estreito e atóxico. • Terapia profilática- cirurgias (CCIH ) ou contacto íntimo com a bactéria : escolher o mais indicado. ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Terapia empírica : • agente infectante não identificado: escolher fármaco seletivo, para o possível agente com base no provável diagnóstico clínico, com menor potencial tóxico ou alergênico. • recomendado em casos graves, exige profundo conhecimento dos fármacos e dos agentes infectantes mais comuns. ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO Terapia racional : • Existe indicação para uso de antibiótico? Sim : • a) quadro clínico pode sugerir o microorganismo presente, • b) fazer cultura do material coletado : difusão em disco ; teste de diluições múltiplas ; absorbância . Terapia profilática : pode ser usada em pessoas saudáveis para proteger de bactérias as quais foram ou serão expostas. • rifampicina para pessoas expostas a meningite meningocócica , • uso de trimetoprima + sulfametoxazol para infecções urinárias recorrentes por E.colli , Terapia profilática: • risco de endocardite : imediatamente antes de procedimentos cirúrgicos em: mucosas, queimados , ou para portadores de prótese, marca-passo. ( ex.: vancomicina ) • corte cirúrgico : no ato cirúrgico- utilização discutível : (ex.: cefalosporina ) AUXÍLIO NA ESCOLHA DE UM ANTIBIÓTICO USO DE TESTES LABORATORIAIS INDIRETOS • Leucócitos: normal 4.500 →10.000 cel/mm • Neutrófilos (70% ) > imaturos / total (desvio a esquerda)= infecção bacteriana • Eosinófilos > infecções parasitárias e alergias • Linfócitos β > produção anticorpos • Linfócitos T > imunidade celular ( vírus e tumores) TESTES DIRETOS • Coloração Gram • Culturas • Imunológicos • Moleculares : hibridização DNA do agente • Concentração inibitória mínima • Difusão em disco • Detecção de fatores de resistência SELECIONANDO O AGENTE TERAPÊUTICO Fatores relacionados ao fármaco • gravidade da doença (via, espectro, dose) • local onde a doença foi adquirida ( endemias) • susceptibilidade microbiana local (resistência) • outras pessoas doentes próximas(profilaxia) • características e sintomas da doença (espectro) Fatores relacionados ao fármaco : • aminoglicosídeos : efeito bactericida concentração- dependente. • β lactâmicos e vancomicina : efeito bactericida AUC –tempo dependente. • clindamicina, tetraciclina e macrolídeos dependem do grau de imunidade do hospedeiro. • aminoglicosideos: infecções c/ anaerobiose Fatores relacionados ao paciente : • genéticos (acetiladores rápidos→ menores níveis de isoniazida (tuberculostático) • idade (aminoglicosideos →ototoxicidade idosos) • gravidez (tetraciclina→ alteração óssea no feto ) • lactantes (sulfonamidas → hemólise lactente) • presença de alergias ( penicilinas ) Fatores relacionados ao paciente : • outras comorbidades (epilepsia→penicilinaG) • outros fármacos concomitantes (ligação a proteínas plasmáticas) • disfunções renais,circulatórias ou hepáticas (intoxicações) Outros fatores : • toxicidade : risco/benefício • custos: custo/eficiência • farmacocinética • penetração na área infectada. ASSOCIAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS Indicações : • terapia empírica com causa da infecção desconhecida, • tratar infecções polimicrobianas, • aumentar atividade antimicrobiana (sinergismo) • prevenir ocorrência de resistência. Terapia empírica : - desde que não se possa esperar resultado cultura - antibiótico de largo espectro - evitar uso prolongado e substituir logo após resultado da cultura, Inconvenientes : toxicidade, resistência , superinfecção e custos desnecessários. Tratamento de infecções polimicrobianas • infecções por dois ou mais agentes diferentes em relação a susceptibilidade antimicrobiana . • infecções por agentes aeróbicos e anaeróbicos (p.ex. abscesso cerebral e infecções genito-urinárias) . Aumentar a atividade antimicrobiana pode ser útil em algumas infecções : • ß lactâmicos e aminoglicosídeos em infecções por pseudomonas aeruginosa. • penicilina e aminoglicosídeos em infecções por staphylococcus aureus. • penicilina e gentamicina no tratamento da enterococcal endocarditis. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compartilhar