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XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Revisão Geral EXAME DE ORDEM Damásio Educacional REVISÃO GERAL – XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Disciplina Direito Tributário Aula 04 EMENTA DA AULA 1. Princípios tributários; 2. Imunidades tributárias. GUIA DE ESTUDO 1. Princípios tributários: Princípio da anterioridade: a) Anterioridade comum (art. 150, III, “b” da CF): todo tributo instituído ou aumentado só poderá ser exigido no exercício financeiro seguinte. b) EC 42/03 – anterioridade nonagesimal/noventena (art. 150, III, “c” da CF): entre os exercícios financeiros deverá ser observado um prazo mínimo de 90 dias. Exceções (art. 150, §1º da CF): Tributos exigidos imediatamente: II, IE, IOF, IEG e Empréstimos compulsórios decorrentes de calamidade pública e guerra; Tributos que só observam o prazo de 90 dias: IPI, ICMS incidente sobre combustíveis e CIDE combustíveis; Tributos que só observam o ano seguinte: IR e fixação da base de cálculo do IPVA e IPTU. 2. Imunidades tributárias: vedação constitucional que impede a incidência de tributos. Visto que somente a lei que cria o tributo pode conceder a isenção, a Constituição somente confere imunidade. Expressões correlatas: Vedação; Não incidência; Isenção; Gratuidade. XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Revisão Geral EXAME DE ORDEM Damásio Educacional As expressões acima elencadas, quando insertas na Constituição se referem às imunidades. Imunidades genéricas (art. 150, VI da CF): vedam a incidência de impostos. São imunidades genéricas: a) Imunidade recíproca (art. 150, VI, “a” da CF): veda a incidência de impostos entre os entes federados. Esta imunidade é extensiva às autarquias e fundações públicas, desde que atendidas suas finalidades essenciais (art. 150, §2º da CF). Em regra, a imunidade recíproca se estende a toda pessoa jurídica de direito público. Exceção (STF – RE 407.099/RS): empresa pública a sociedade de economia mista, desde que sejam prestadoras de serviços públicos essenciais ao funcionamento do Estado gozam de imunidade recíproca. b) Imunidade religiosa (art. 150, VI, “b” da CF): veda-se a incidência de imposto sobre templos de qualquer culto. Segundo o STF, esta imunidade visa a preservação da laicidade do Estado, levando-se em consideração a liberdade de culto e a difusão de crença religiosa; ou seja, há a preservação da atividade religiosa e não o local (Súmula 724 do STF). Maçonaria – STF, RE 562.351: não é religião e sim ideologia filosófica, como tal, não goza de imunidade religiosa. c) Imunidade subjetiva/condicional (art. 150, VI, “c” da CF): veda a incidência de impostos sobre partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais dos trabalhadores, instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos, desde que atendam às exigências da lei (complementar). Art. 146, II da CF: cabe a lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. São os requisitos que as entidades devem preencher para o atendimento da imunidade (art. 14 do CTN): Não distribuir qualquer parcela de suas receitas. Todo valor recebido por essas entidades deve ser aplicado inteiramente na própria instituição; Aplicar todo dinheiro recebido no país; Manter regular escrituração fiscal. Dica de leitura: Súmulas 724 e 730 do STF. XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO Revisão Geral EXAME DE ORDEM Damásio Educacional d) Imunidade objetiva/cultural (art. 150, VI, “d” da CF): veda a incidência de impostos sobre livros, jornais, periódicos, bem como sobre o papel destinado à impressão. Editoras, livrarias e bancas não gozam de imunidade, pois a imunidade não recai sobre elas e sim sobre o material. O único insumo que não é tributada de imposto é o papel que se destina para a impressão. Obs.: A CF não limita o conteúdo do material, razão pela qual revista de conteúdo pornográfico, lista telefônica e álbum de figurinhas também gozam de imunidade, uma vez que são periódicos.
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