Aula 5 Tributos em espécie

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XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
Revisão Geral 
 
EXAME DE ORDEM 
Damásio Educacional 
 
REVISÃO GERAL – XIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO 
 
Disciplina Direito Tributário 
Aula 05 
 
EMENTA DA AULA 
1. Tributos em espécie 
 
GUIA DE ESTUDO 
1. Tributos em espécie: 
De acordo com a Constituição, as espécies se dividem em cinco, já que adota a 
classificação pentapartida (impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos 
compulsórios e contribuições especiais). Além disso, foi inserida a COSIP (contribuição para 
custeio do serviço de iluminação pública). 
Já pelo CTN, a classificação é tripartida, existindo apenas três espécies tributárias 
(impostos, taxas e contribuições de melhoria). 
Imposto (art. 16 do CTN): o fato gerador de um imposto é sempre uma manifestação de 
riqueza do contribuinte. Basta que o contribuinte manifeste riqueza para gerar a cobrança 
de impostos. São classificados como tributos não vinculados, pois independem de 
qualquer atividade estatal. Podem ser: 
a) Nominados: instituídos, em regra, por lei ordinária; são aqueles expressamente 
previstos na Constituição juntamente como ente competente para sua instituição. 
Exceção: IGF (instituído por lei complementar). 
b) Residuais: somente a União terá competência para instituir tais tributos. Impostos 
desta espécie, em regra, são instituídos por lei complementar. Devem, ainda, ser não 
cumulativos e não podem ter fato gerador e base de cálculo próprio ou idêntico aos 
impostos nominados. 
Taxas (art. 145, II da CF): são instituídos pelos entes federativos em razão de exercício 
do poder de polícia (taxas de polícia) ou em razão de serviços específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (taxas de serviço público). São 
classificadas como tributos vinculados, pois cobrança de taxa depende de ação estatal. 
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Serviços públicos são específicos quando o particular de volta à ação do Estado e consegue 
determinar qual serviço está sendo prestado; são divisíveis quando o Estado se volta ao 
particular e consegue determinar a quem, especificamente, o serviço está sendo prestado. 
São instituídas por lei ordinária; a base de cálculo e o fato gerador não podem ser 
idênticos aos dos impostos. 
Contribuições de melhoria: seu fato gerador é a realização de uma obra pública da qual 
decorra valorização imobiliária. Classifica-se como um tributo vinculado, uma vez que 
depende de ação estatal para gerar cobrança. Neste caso, a competência é comum entre 
os entes federados. São, ainda instituídas por lei ordinária. 
Empréstimos compulsórios: somente as situações abaixo elencadas poderão gerar a 
instituição de empréstimos compulsórios: 
a) Despesa extraordinária em caso de guerra e/ou calamidade pública; 
b) Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
É de competência exclusiva da União e poderá ser instituído mediante lei complementar. 
Tal espécie tributária é a única em que a União restitui os valores emprestados dos 
particulares. 
CUIDADO: não confundir empréstimo compulsório (lei complementar) com imposto 
extraordinário de guerra – IEG (lei ordinária). 
Contribuições especiais (art. 149 da CF): existem as seguintes espécies de contribuições 
especiais: 
a) Contribuições sociais. Ex.: contribuições para o custeio da seguridade social; 
b) Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE). Ex.: CIDE combustíveis, 
utilizadas para estimular a economia; 
c) Contribuições corporativas. Ex.: anuidades pagas aos conselhos profissionais. 
Obs.: O STF decidiu que a OAB não se equipara aos demais conselhos profissionais, pois ela 
não tem natureza de autarquia, razão pela qual as anuidades pagas a ela não têm natureza 
tributária. 
Em regra, são instituídas pela União mediante lei ordinária. 
Exceção 1: de acordo com a CF, as contribuições para o custeio de regime próprio de 
previdência dos servidores estaduais e municipais não serão instituídas pela União e sim 
pelos demais entes no que couber sua competência. Organiza-se da seguinte forma: 
a) Federal: União por meio de lei ordinária; 
b) Estadual: Estado por meio de lei ordinária; 
c) Distrital: DF por meio de lei ordinária; 
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d) Municipal: Município por meio de lei ordinária. 
Exceção 2: a União, por meio de lei complementar, pode instituir contribuições sociais 
residuais. 
COSIP (Contribuições para o custeio de serviços de iluminação pública): é instituída 
pelos municípios e DF por meio de lei ordinária. 
Obs.: de acordo com a Constituição, poderá ser cobrada na fatura de energia elétrica