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* A FISIOLOGIA DO ESTRESSE * Sistema Nervoso * * O sistema nervoso simpático é considerado, devido à sua origem, um sistema tóraco-lombar, enquanto o parassimpático é considerado um sistema crânio-caudal. * * * O aglomerado de corpos neuronais dentro do sistema nervoso central é chamado de núcleo; fora dele, ele é chamado de gânglio. * As fibras nervosas do sistema nervoso autônomo fazem sinapse num gânglio antes de atingirem o órgão alvo, sendo assim chamadas de fibras pré-ganglionares e fibras pós-ganglionares. As fibras pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo (simpáticas e parassimpáticas) liberam o neurotransmissor acetilcolina no gânglio autonômico e são chamadas de fibras colinérgicas. As fibras pós-ganglionares parassimpáticas são também colinérgicas, mas as fibras pós-ganglionares simpáticas podem ser tanto colinérgicas como adrenérgicas (liberam nora-adrenalina ou adrenalina). A maioria da fibras pós-ganglionares simpáticas, sem dúvidas, são do tipo adrenérgicas. Uma importante característica anatômica do sistema simpático é ter as fibras pré-ganglionares bastante curtas em comparação com as fibras pós-ganglionares. * Ao se promover um corte transversal na medula, na altura dos segmentos tóraco-lombares, percebe-se um alargamento na parte estreita (em forma de H) da substância cinzenta. É justamente nessa coluna intermédio-lateral que se localizam os corpos neuronais das fibras simpáticas. Elas vão emergir da medula e vão fazer sinapses com gânglios simpáticos muito próximos à coluna, seguindo então para inervar vasos sangüíneos, glândulas e órgãos como o coração, o sistema gastro-intestinal, as vias aéreas, etc. * Sistema Nervoso Simpático Sistema Nervoso Parassimpático Adrenalina Acetilcolina * O sistema nervoso parassimpático, considerado como sistema nervoso autônomo cranio-sacral, possui fibras pré-ganglionares muito longas que emergem do encéfalo ou dos segmentos sacrais. As fibras pré-ganglionares do sistema nervoso parassimpático vão até o órgão-alvo e lá, encontram gânglios bastante próximos da parede do órgão , e alí fazem sinapse com a fibra pós-ganglionar. As fibras pós-ganglionares inervam a própria estrutura (musculatura lisa) do órgão. Um bom exemplo ocorre no tubo gastrointestinal, entre as lâminas de músculo liso, onde é formado um plexo denominado mioentérico. Este plexo é composto por uma enorme rede de gânglios e fibras, que são encontradas entre as camadas musculares do tubo gastrintestinal. * * * Resposta “Alarme” do SN Simpático Mass Discharge Aumenta consideravelmente a capacidade do organismo de reagir a uma situação de perigo ou a um agente estressor ↑ Pressão Arterial ↑ Fluxo Sangüíneo (músculos esqueléticos) ↑ Taxa de Metabolismo Celular ↑ Concentração de Glicose ↑ Glicólise (fígado e músculo) ↑ Força Muscular ↑ Atividade Mental ↑ Taxa de Coagulação Sanguínea * * * * Glândula adrenal e os glicocorticóides * Classificação Química Esteróides Polipeptídios e proteínas Derivados de aminoácidos Derivados de ácidos graxos solubilidade * TIPOS DE AÇÃO HORMONAL Endócrina Parácrina Autócrina * um hormônio tem atividade autócrina, quando é capaz de agir sobre as próprias células que o produzem. Já quando ele age em células vizinhas às que o produzem, sem que para isso tenha que atingir a corrente sanguínea, falamos em atividade parácrina. E, finalmente, quando um hormônio age em células distantes ao seu local de produção, chegando até lá pela corrente sanguínea, chamamos de atividade endócrina. * Secreção dos mensageiros químicos Em muitos locais do nosso organismo, a comunicação entre as células é mediada pela secreção de um mensageiro químico, que ativam células pela interação com receptores específicos. segundo alguns autores, tal secreção pode ser de quatro tipos: · a secreção autócrina ocorre quando uma célula secreta um mensageiro químico para atuar em seus próprios receptores, como por exemplo a produção do fator de crescimento epidérmico. · na secreção parácrina os mensageiros químicos atuam sobre células adjacentes, sendo este um modo de ação de muitas células do sistema neuroendócrino difuso. · a secreção endócrina é a secreção de mensageiros químicos (hormônios) para a corrente circulatória, atuando sobre tecidos distantes. · a secreção sináptica se refere à comunicação por contato estrutural direto de um neurônio com a outra por meio de sinapses, estando esta restrita ao sistema nervoso. * LOCALIZAÇÃO DAS GLÂNDULAS * * * * Eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) A secreção dos hormônios da adrenal estão dependentes das funções de cada hormônio no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. O hormônio liberador de corticotrofina (CRH), produzido no hipotálamo, estimula a liberação de corticotrofina (ACTH) pela hipófise anterior, que, por sua vez, estimula o córtex da adrenal a produzir cortisol, mineralocorticóides e estrogênios. * * O cortisol exerce um feedback negativo sobre o eixo HHA, inibindo a secreção de CRH e ACTH, e subseqüentemente diminuindo a sua produção. Outras substâncias, como substância P e a vasopressina, influenciam na liberação de CRH e ACTH. * A secreção diária de glicocorticóides é de 5 mg/m2. Embora a fração livre seja a com atividade fisiológica, 90% estão ligados à proteina ligadora de cortisol. * O cortisol é o hormônio necessário para metabolísmo de carboidratos, proteínas e lipídios, para o funcionamento do sistema imunológico, síntese e ação das catecolaminas e dos receptores adrenérgicos, contratilidade cardíaca, tônus vascular, integridade endotelial, permebilidade vascular normal. * Aldosterona é o principal mineralocorticóide produzido pela zona glomerulosa da cortical da adrenal. É importante na homeostasia do sódio e potássio e na manutenção do volume intravascular. Sua produção é estimulada pelo sistema renina-angiotensina e por elevações na concentração plasmática de potássio. * Medula Adrenal Córtex Adrenal Zona Reticular Zona Fasciculada Zona Glomerulosa Glândulas Adrenais Adrenalina Noradrenalina Glicocorticóides (Cortisol) Mineralocorticóides (Aldosterona) Andrógenos e Estrógenos * Regulação da secreção da medula supra -renal A ativação da medula supra-renal acompanha a ativação do sistema nervoso simpático. Fibras pré-ganglionares colinérgicas no grande nervo esplânico Acetilcolina Células cromafins * Regulação Córtex Ações das catecolaminas Efeitos sobre o metabolismo Efeitos sobre o sistema cardiovascular Efeitos sobre outros sistemas * Córtex adrenal * cortisol Ao aumentar o nível de cortisol, o corpo tende a mobilizar rapidamente as reservas de energia. A glicose (exatamente como os aminoácidos) é retirada dos tecidos e direcionada para o fluxo sanguíneo, para a ativação da atividade cerebral e maximização da concentração. O cortisol é um hormônio esteroide secretado pelas glândulas suprarrenais e intimamente ligado ao sistema emocional. Por ter seus níveis aumentados após estresse físico ou emocional, é frequentemente chamado de “hormônio do stress”. Realiza diversas funções no corpo estando envolvido no metabolismo da glicose, em ações anti-inflamatórias e nas respostas imunes. * O seu nível normal é 10 μg/dl, mas em caso de sstresse ele sobe para os 80 μg/dl e em caso de choque forte — para os 180 μg/dl. * Biossíntese do Cortisol precursor: colesterol fonte principal: plasma / depósitos intracelulares / acetil-CoA etapas: retículo endoplasmático (RE) e mitocôndria cada etapa é catalisada por enzimas do citocromo P450 esteróides possuem o núcleo ciclopentano- peridrofenantreno * Colesterol Pregnenolona 17- - hidroxipregnenolona 11- desoxicortisol complexo desmolase 17- - hidroxilase Cortisol 17- - hidroxiprogesterona 21- - hidroxilase 11- - hidroxilase progesterona 17- - hidroxilase 3- - hidroxiesteroide mitocôndria mitocôndria RE * Regulação da Secreção do Cortisol CRH (corticotrofina) Liberado por neurônios localizados no hipotálamo Núcleo paraventricular Recebe conexões nervosas do sist. límbico e porção inferior do tronco cerebral * ACTH- Adrenocorticotrópico O ACTH é formado a partir da hidrólise da POMC (pró-opiomelanocortina). A hidrólise da POMC origina outros hormônios como a endorfina, MSH (hormônio estimulador de melanócitos) e a lipotrofina. O CRH estimula a síntese da POMC. OBS: O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) é um hormônio sintetizado no hipotálamo, que tem como função a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também denominado corticotrofina, pela adeno-hipófise. No organismo, este hormônio é produzido nos núcleos paraventriculares e liberados na eminência média do hipotálamo, atuando sobre a hipófise aumentando a síntese de pró-opiomelanocortina (POMC) e a secreção de ACTH, de β-endorfina e do hormônio melanotrófico (MSH). * Os estímulos para a liberação do CRH convergem para a eminência mediana, levando à secreção destes nos vasos porta-hipofisários. A ligação do CRH com receptores na membrana dos corticotrofos ativa a adenilciclase e eleva o AMPc intracelular, estimulando a síntese do POMC e a secreção de ACTH. * Cortisol complexo desmolase mitocôndria Pregnenolona Acelera transcrição de genes das enzimas do citocromo P450 PKA Via AMPc R ACTH no Córtex Adrenal Células das zonas fasciculada e reticular Liberação para meio extracelular Promove transporte do colesterol para mitocôndria * Regulação da Secreção do Cortisol ACTH CRH Cortisol Hipotálamo Adeno-Hipófise Córtex Adrenal + + - - liberação e produção * Calor e frio intenso Traumatismos Fatores estimulantes de CRH- corticotrofina A liberação de ACTH e cortisol apresenta variação circadiana Infecções Estresse * Mecanismo de Ação Núcleo transcrição RNA RNAm síntese de proteínas efeitos biológicos globulina de ligação de glicocorticóides = CBG * hsp90 hsp70 hsp90 Receptor Ativado Receptor inativo Ligação ao DNA transcrição transdução Síntese protéica Altera função celular AAA CORTISOL Mecanismo de Ação Citoplasma Núcleo * Efeitos do cortisol sobre o metabolismo Metabolismo de Carboidratos gliconeogênese pelo fígado utilização da glicose pelas células hipótese: deprime oxidação NADH NAD+ = glicemia - “Diabetes adrenal” * Ao aumentar o nível de cortisol, o corpo tende a mobilizar rapidamente as reservas de energia. A glicose (exatamente como os aminoácidos) é retirada dos tecidos e direcionada para o fluxo sanguíneo, para a ativação da atividade cerebral e maximização da concentração. * Cortisol Metabolismo Protéico músculo aminoácidos síntese de proteínas e catabolismo de proteínas (tecidos periféricos) síntese de proteínas pelo fígado (mobilização de aa) [ ] plasmática de aminioácidos * o aumento do cortisol leva à destruição do tecido muscular: os músculos são desintegrados para deles se retirarem os aminoácidos e a glicose, bem absorvidos pelo organismo, (a glicose está presente nos músculos em forma de glicogênio para garantir o seu trabalho). * mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo hipótese: glicose para células mobilização de AG -glicero- fosfato manutenção de deposição de TG expressão da enzima LHS [ ] de AG livres no plasma utilização de AG para energia Metabolismo Lipídico Adipócito LHS TG glicerol AG Tecidos e plasma * Efeitos dos glicocorticóides sobre o sistema imune ação sobre lisossomas liberação de enzimas proteolíticas no local de lesão, estabilidade da membrana lisossomal ácido araquidônico migração leucocitária molécula de adesão: célula - endotélio * * Prostaglandinas Pertencem ao grupo dos eicosanóides Participam de ações metabólicas, processos fisiológicos e patológicos; Vasodilatação ou vasoconstrição; Hiperalgesia; Contração ou relaxamento da musculatura brônquica ou uterina; Proteção da mucosa gástrica PGI2 – aumento da secreção de muco e cicatrização de feridas e úlceras * Efeitos dos glicocorticóides no sistema cardiovascular O excesso de glicocorticóides pode promover hipertensão retenção de água e Na+ - mineralocorticóides e corticosteróides fluído extracelular volume sanguíneo débito cardíaco resistência periférica pressão arterial * stressor HIPOTÁLAMO PITUITÁRIA ADRENAL ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS TIMO SNS ACTH CRH ADRENALINA NORADRENALINA GLUCOCORTICÓIDES HOMEOSTASIA MEDULA ÓSSEA LINFÓCITOS TCD4 LINFÓCITOS TCD8 CÉLULAS EFETORAS LINHAGENS LINFÓIDES LINHAGENS MIELÓIDES TNF-a IL-1 IL-6 TGF-b IL-2 b-ENDORFINAS (Besedovsky et al. J Immunology, 135:750-754, 1985) * Resumindo......... * Síndrome de Cushing * * O que existe em comum entre um paciente que apresenta síndrome de Cushing (aumento da secreção de glicocorticóides) e um indivíduo submetido a condições de estresse prolongado? * Doença de Addison MSH Formação de melanina * Doença de Addison * *
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