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Defesa do consumidor

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Direito da Defesa do Consumidor / Contratos.
1 - Introdução 
Cabe ressaltar que a Constituição Federal estabelece que:
Art.5º, XXXII – O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.
Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme as consultas da justiça social observada os seguintes princípios:
(...)
V - - defesa do consumidor (...)
Não existindo mais dúvidas que a defesa do consumidor ocupa no ordenamento jurídico brasileiro, como menção de alguns doutrinadores: “ Destaca de importância, contudo, sua inclusão entre os direitos fundamentais, com o que se constroem os consumidores à categoria de titulares de direitos constitucionais fundamentais.
Compatível isso com a consideração do art. 170, V, que eleva a defesa do consumidor à condição de princípio da ordem econômica. Tudo somado tem-se o relevante efeito de legitimar todas as medidas de intervenção estatal necessárias a assegurar a proteção prevista
Nesse diapasão, o Estado brasileiro deve, na forma da lei, promover a defesa do consumidor, conforme prevê o texto constitucional. Embora existam outras leis a respeito, por exemplo, lei 9.870 /99 – lei das mensalidades escolares. Assim, as leis básicas que buscam essa proteção são:
A – Lei nº 8.078 / 90 – (Código de Defesa do Consumidor) e
B – Lei nº 8.137 / 90 (Lei dos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de consumo).
			Objetivo
O Código de Defesa do Consumidor define uma nova ordem de proteção dos direitos sociais, ao reforçar a questão da cidadania e reconhecer a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo. Garantir os direitos do consumidor é hoje uma necessidade para o avanço do processo democrático, dos direitos humanos e da cidadania e também para um justo desenvolvimento econômico e social do país. Uma economia aberta e cada vez mais globalizada precisa de consumidores participantes, capazes de exigir serviços e produtos com preço justo e qualidade adequada, possibilitando sua satisfação nas relações de consumo de vida cada vez melhor.
O que é direito do consumidor? É o conjunto de regras que regula as relações de consumo, travadas entre os consumidores e os prestadores de serviços ou os vendedores de produtos
			Artigo 1º do CDC.
	O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5º inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal.
	Inicialmente, cumpre esclarecer que o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990) é microssistema jurídico de caráter inter e multidisciplinar. Um microssistema jurídico porque é composto de princípios que lhe são próprios, fazendo parte de um todo. É de caráter interdisciplinar pelo fato de relacionar-se com outros ramos do direito. Também de caráter multidisciplinar, vez que cuida de questões de Direito Civil, Constitucional, Penal, entre outros.
	O Código Brasileiro de Defesa do Consumidor entrou em vigor no nosso ordenamento jurídico tardiamente, vez que nos países capitalistas desenvolvidos, com solenidade no modelo intervencionista do Estado, a preocupação com o consumidor já era preconizada há tempos
	Fica visível que, em simples contrato de compra e venda, não há apenas o comprador e vendedor, os quais resolvem suas disputas. Esta relação gera direitos de interesse social dando nascimento à relação de consumo e á intervenção do Estado na atividade econômica. Tal intervenção é mais ou menos acentuada. Mas não existe país sem influência do governo, ainda que mínima.
E foi neste contexto que entrou em vigor o nosso Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, que veio disciplinar justamente uma relação de desigualdade e inferioridade existente entre aqueles que são detentores dos meios de produção e aqueles que adquirem tais produtos ou serviços inseridos no mercado, basicamente. Neste sentido, o código disciplinando essa relação, chamada de “relação de consumo”, está protegendo o consumidor, o qual é o mais fraco nesta relação, o mais vulnerável.
Trata-se de uma lei nacional, especial, de ordem pública que estabelece direito e obrigações de consumidores e fornecedores de bens e serviços, com o fim de evitar que os consumidores sofram quaisquer tipos de prejuízos. 
É lei de ordem pública porque não pode ser contrariada por acordo entre as partes.
	Relação Jurídica de Consumo – é o negócio no qual o vínculo entre as partes se estabelece pela aquisição ou utilização de um produto1 ou serviço2, tendo o adquirente a qualidade de destinatário final 3 e o vendedor a qualidade de fornecedor.
	Grifamos as palavras produto 1 ,serviço2, consumidor3 e fornecedor4 porque são 
Elementos da relação de consumo, isto é, tirando-se um deles não se aperfeiçoa a relação.
	Alguns doutrinadores procuram definir o que seja consumidor, buscando melhor situação jurídica para o instituto de proteção. A seguir, algumas definições que nos são trazidas pelo doutrinador Josimar Santos Rosa.
	“Consumidor é todo aquele que, para seu uso pessoal, de sua família, ou dos que se subordinam por vinculação doméstica ou protetiva a ele, adquire ou utiliza produtos, serviços ou quaisquer outros bens ou informações colocados a sua disposição por comerciantes ou por qualquer outra pessoa natural ou jurídica, no curso de sua atividade ou conhecimentos profissionais”(Benjamin)
	“Consumidor é, pois, de modo geral, aquele que se submete ao poder de controle dos titulares de bens de produção, isto é, os empresários” (Comparato)
	“Consumidor é qualquer pessoa, natural ou jurídica, que contrata, para sua utilização, a aquisição de mercadoria ou prestação de serviços, independemente do modo de manifestação da vontade; isto é, sem forma especial, salvo quando a lei expressamente a exigir” .(Sidou)
CDC – § 1º - Produto é qualquer bema, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
- Produto – é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. Exemplo: bem móvel (automóvel, eletrodoméstico, guarda-roupa etc): Bem imóvel (casa, apartamento, terreno, prédio etc.); bem material (todo bem concreto que ocupa lugar no espaço); bem imaterial ( objetos não-corpóreos de valor econômico, como uma linha telefônica, uma passagem de transporte ET.)
Bem a – Os bens podem ser classificados em corpóreos e incorpóreos. Bens corpóreos são os bens físicos, como uma cadeia. Bens incorpóreos ou imateriais são os bens abstratos, como um direito.
São bens móveis os suscetíveis de movimento próprio, podendo ser transportados de um local para outro, como os veículos. Bens imóveis são os que não podem ser transportados, sem que seja alterada sua substância. Os bens imóveis são divididos em imóveis (a) por natureza ( o solo , o mar);( b) por acessão como as construções; (c) por destinação, como os utensílios agrícolas; (d) por disposição legal ( o navio, que pode ser hipotecado.
São bens fungíveis os que podem ser substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade (ex. uma dúzia de laranja-lima) Bens infungíveis – são os que não podem ser substituídos.
São bens consumíveis são os que deixam de existir à medida que vão sendo usados, como os alimentos. Inconsumíveis são os bens duráveis, como um veículo.
São bens divisíveis os bens que podem ser repartidos, como um queijo. Indivisíveis – são os bens que não podem ser divididos sem prejudicar sua integridade, como uma caneta.
São bens singulares – são os bens que podem ser individualizados, como um livro. Coletivos são os bens considerados em sua totalidade, como uma colméia.
CDC. ART. 3º. § 2º, Serviço – é qualquer atividade no mercado de consumo, mediante remuneraçãob, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
- Serviço – é qualquer prestação de trabalho remunerado, oferecida no mercado de consumo, exceto as relações de caráter trabalhistas.
	No entrosamento da expressão“ remuneração b” excluem-se os tributos, as taxas e as contribuição de melhoria, ou seja, excluem as relações inseridas na área tributária. Exemplo: segurança pública. Por outro lado, incluem-se as tarefas ou preços públicos cobrados pela prestação de serviços prestados pelo Poder público, ou mediante concessão ou permissão à iniciativa privada. Exemplo: transportes, telefonia etc.
	As atividades das instituições financeiras (bancos) estão expressamente incluídas. Exemplos: expedição de extratos etc. Incluem - se também os planos de previdência e seguros-saúde, que são atividades securitárias.
	As relações trabalhistas estão expressamente excluídas da proteção do Código do Consumidor. No entanto, o trabalho autônomo, em que o trabalhador mantém o poder de direção sobre a própria atividade, está incluído entre os serviços de proteção do Código do Consumidor, como, por exemplo, a empreitada de mão-de-obra e a empreitada mista (mão-de-obra e material)
				
				Fornecedor
	 			 	
			Atividade profissional de 	
 						
Oferecimento de Produtos	 Prestação de Serviços	
-Produção 						- serviços públicos 	
-Montagem 						privados, incluindo os serviços
-Criação 						serviços bancários, financeiros, de
-Construção						créditos e de seguros
- Transformação
- Exportação
-Distribuição
- Comercialização
 De bens
Móveis materiais
Imóveis Imateriais
Consumidor – é toda pessoa (física ou juridica) que adquire ou utiliza produtoi ou serviços como destinatário final, isto é, para uso próprio.
	Nas relações de consumo, o consumidor, na maioria das vezes, não tem poder para contratar livremente os bens e serviços que utiliza e discutir as condições da negociação. Isso ocorre, por exemplo, quando compra alimentos no supermercado, paga o fornecimento da água, da energia elétirca ou do seriço telefônico.
	Assim, reconhecendo a vulnerabilidade do consumidor perante o fornecedor, o Código de Defesa do Consumidor procurou estabelecer orientações e normas que têm por objetivo assegurar respeito à dignidade, à saúde e à segurança do consumidor, proteção aos seus interesses econômicos , melhoria da sua qualidade de vida, bem como transparência e harmonia das relações de consumo. (CDC, art. 4º).
Elementos da Relação de Consumo.
A Relação de Consumo – exige a presença de alguns elementos. Três deles já foram citados no item anterior:
Exemplificando os elementos de uma relação jurídica:
Nessa relação, temos os seguintes elementos:
Objeto imediato (operação)
Objeto mediato (a coisa); e
Causa ( efeito jurídico).
O objeto imediato é a operação porque configura-se amarração entre as partes ( consumidor e fornecedor). É o ato, através do qual faz nascer a relação jurídica. A coisa (o produto ou serviço), é o objeto mediato porque preenche a operação, isto é, através do objeto mediato se concretiza a operação, pois esta pode ter sido realiza até mesmo sem a presença do objeto mediato . A causa é o efeito, pois reflete as consequências que automaticamente se estabelecem através da prática da relação jurídica.
Nas relação de consumo estão os elementos:
Consumidor (art. 2º)
Fornecedor (art. 3º)
Produto ou Srviços (art. 3º, § 1º e2º)
Destinatário Final (art.2º) 
Art. 2º - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
		A expressão destinatário final é de ser interpretada de sorte a significar destinatário fático econômico do bem ou serviço, Trata-se de pessoa física ou jurídica. Não é bastante a destinação fática, em que o adquitente, apesar de retirar o bem ou serviço do mercado, poderia utilizá-lo como instrumento de produção
Direitos Básicos do Consumidor.
 Segurança – garantia contra produtos ou serviços perigosos ou nocivos à vida e à saúde do consumidor. 
Explicação
 - Proteção da vida e da saúde
Antes de comprar um produto ou utilizar um serviço você deve ser avisado, pelo fornecedor, dos possíveis riscos que podem oferecer à sua saúde ou segurança.
 Educação e escola – educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços disponíveis no mercado, asseguradas a liberade de escolha e a igualdade nas contratações.
Explicação 
 - Educação para o consumo
 Você tem o direito de receber orientação sobre o consumo adequado e correto dos produtos e serviços.
Informação – deve ser clara e adequada sobre os diferentes produtos e serviços, bem como os riscos que apresentem. É direito do consumidor conhecer a especificação correta da quantidade, caracteristicas, composição, qualidade e preço do produto.
Explicação
- Informação
Todo produto deve trazer informações claras sobre sua quantidade, peso, composição, preço, riscos que apresenta e sobre o modo de utilizá-lo.
Antes de contratar um serviço você tem direito a todas as informações de que necessitar.
4-Cláusulas abusivas de contrato – proteção contra as clásulas abusivas de contrato impostas no fornecimento de produtos ou serviços. Exemplo: cláusulas que exclua a responsabilidade do fornecedor em caso de dano ao consumidor provocado pelo produto. Quando for configurada a abusividade da clásula contratual, esta será sempre nula perante os direitos do consumidor.
Explicação
- Proteção Contratual.
Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um formulário com cláusulas pré-redigidas por uma delas, concluem um contrato, assumindo obrigações.
O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou quando forem prejudiciais ao consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por um juiz.
O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele está escrito.
5- Indenização – prevenção e reparação dos danos patrimoniais e morais pelo uso de produtos e serviços.
Explicação
- Indenização
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.
 6-Acesso à justiça – é livre o acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à reparação de danos e facilitação de defesa dos direitos do consumidor.
 - Acesso à Justiça
O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao juiz que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados.
7-Qualidade dos serviços publicos – adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral, como serviços de água, esgoto, correio, luz.
Explicação
- Qualidade dos serviços públicos.
Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a prestação de serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento do consumidor pelos órgãos públicos ou empresas concessionárias desses serviços.
Proteção à Saúde e Segurança 
Art. 6º, I, CDC
Alguns produtos podem oferecer riscos ao consumidor. É direito seu ser protegido contra produtos que possam ser perigosos. Assim, um alimento não pode conter uma substância que pode fazer mal à saúde; um talho não pode vender carnes embrulhadas em sacos de lixo ou papel de jornal; um remédio que causa dependência não pode ser vendido livremente, sem receita médica.
Arts. 8º, 9º e 10
O fornecedor deve informar, nas embalagens, rótulos ou publicidade, sobre os riscos do produto à saúde do consumidor.
Se o fornecedor, depois que colocou o produto no mercado, descobrir que ele faz mal à saúde, precisa anunciar aos consumidores, alertando-os sobre o perigo.
Esse anúncio deve ser feito pelos jornais, rádio e televisão. Além disso, o fornecedor também tem a obrigação de retirar o produto do comércio, trocar os que já foram vendidos ou devolver o valor pago pelo consumidor. 
Publicidade
Arts. 30, 35, 36, 37 e 38, CDC
Publicidade é a propaganda de um produto ou serviço. Toda publicidade deve ser fácil de se entender.
O Código proíbe publicidade enganosa ou abusiva.
Publicidade enganosa
Publicidade enganosa éa que contém informações falsas e também a que esconde ou deixa faltar informação importante sobre um produto ou serviço.
Estas informações podem ser sobre:
características; 
quantidade; 
origem; 
preço; 
propriedades. 
Conceito.
I – reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo>
	O Conceito de vulnerabilidade está associado ao fato de que o consumidor é a parte mais fraca da relação de consumo. Ele não detém as informações sobre o produto ou serviços que adquire, não conhece a implicações técnico-jurídicas de um contrato e está exposto à ação da publicidade enganosa e abusiva.
 Publicidade enganosa
De acordo com o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, publicidade enganosa é a que contém informações falsas e que esconde ou deixa faltar algum dado importante sobre o produto ou serviço.
Entre as informações que podem ser fraudadas e/ou omitidas estão as características do produto/serviço, sua quantidade, origem, preço e propriedades.
Para ilustrar melhor a publicidade enganosa, imagine a propaganda de um shampoo que diz que o produto custa R$ 3,50. Entretanto, na hora de adquirir o item na loja, o consumidor descobre que o preço real é R$ 4,50.
Publicidade abusiva
Uma publicidade é abusiva se:
gerar discriminação; 
provocar violência; 
explorar medo ou superstição; 
aproveitar-se da falta de experiência da criança; 
desrespeitar valores ambientais; 
induzir a um comportamento prejudicial à saúde e à segurança.
Publicidade abusiva
Ao contrário da modalidade enganosa, a publicidade pode ser considerada abusiva quando gerar discriminação (por sexo, cor, raça, idade, origem social etc) ou se provocar violência, por exemplo.
Além disso, caso uma propaganda explore algum medo das pessoas ou mesmo uma superstição, pode ser considerada abusiva. O ato de aproveitar-se da falta de experiência das crianças também está incluído na lista.
Por fim, desrespeitar os valores ambientais e induzir o consumidor a um comportamento prejudicial à saúde e à segurança fazem parte das características possíveis da publicidade abusiva.
Abusividade (arts. 6º, 39 e 51)
O Código de Defesa do Consumidor aparece, na realidade, para refrear o abuso do poderio econômico, que, por ganância desenfreada, pretendendo obter, cada vez mais lucros, atrai comparadores para o seu negócio, sem medir esforços e desrespeitando os direitos individuais e coletivos.
	Ilustração.
CUIDADOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR.
Removemos da cartilha do consumidor , do Procon, dando orientações fundamentais para a compra de produtos e contratação de serviços.
Produtos
Sempre que você se dispõe a comprar um móvel, um aparelho eletrodoméstico, um carro ou qualquer outro produto, existem alguns cuidados básicos que podem evitar muitos aborrecimentos:
Comparar preços e condições de pagamento.
Verificar (testando) a qualidade do que quer comprar.
Exigir a discriminação da mercadoria, seu valor, a data de entrega por escrito.
Verificar se essas informações constam na nota fiscal, junto com a garantia. Você tem direito de exigir tudo isso. Em mais ainda.
Quando receber a mercadoria em sua casa, se não for exatamente o que viu na loja, recuse. Exija, e só aceite, o que comprou.
Serviços.
Falar de prestação de serviços é falar de diversas atividades que estão presentes em nossa vida diariamente. Do encanador ao jardineiro, da escola aos bancos, da luz elétrica à água encanada, todas essas atividades têm as suas regras de conduta estabelecidas.
O importante é prestar atenção a todos os detalhes que envolvem os serviços que você está contratando. Sempre que puder, faça um contrato por escrito, guardando com você um cópía desse documento. Ele será muito útil no caso de surgir alguma problema.
Inversão do ônus da Prova.
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do Juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências.
	Se houver dano ao consumidor, este não terá que provar dolo ou culpa do fabricante. Basta que prove que o dano decorreu das condições em que se apresentava o produto ou serviço. Entretanto, a inversão será decidida pelo Juiz em cada caso concreto, tendo em vista dois requisitos:
 – veracidade da alegação;
– hipossuficiência do Consumidor
Destacamos o que nos ensina Antonio Gidi, no sentido de que:
“ o Juiz não possui o poder discricionário de inverter ou não o ônus da prova em favor do consumidor. Com efeito, não diz a lei que fica a critério do juiz inverter o ônus da prova.O que fica a critério do Juiz ( a partir do seu livre convencimento motivado) é a tarefa de aferir, no caso concreto levado à sua presença, se o consumidor é hipossuficiente e se sua versão dos fatos é verossímil.”
Conceito de verossimil é o que é semelhante à verdade, o que não repugna a verdade , emim, oprovável. Assim, é possível fazer uma aproximação emtre verossimilhança das alegações do consumidor. “(...) a verossimilhança possui papel relevante para a inversão do ônus da prova, bem como para a Tutela Antecipada, desde que preenchidos os demais requisitos da Lei processual(fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação abuso de direito de defesa etc,)”.
ARREPENDIMENTO
	Ao comprar um produto ou contratar um serviço por meio de:
Reembolso postal (anúncio em revistas, TV, jornais etc);
Pedido por telefone;
Vendedores na porta da sua casa ou em trabalho;
E outros meios de um estabelecimento comercial
O Consumidor tem direito de arrepender da compra ou da contratação no prazo de sete dias, contados a partir do recebimento do produto ou da assinatura do contrato.
No caso de arrependimento, o consumidor deverá devolver o produto ou suspender o serviço e terá direito à devoilução do valor pago, com correção monetária.
Proteção Contratual.
	Preocupado com a vulnerabilidade socioeconômica do consumidor, o CDC estabeleceu normas procurando a garantia, o equilíbrio e a igualdade nas relações de consumo, principalmente nas que são regidas por contrato de adesão.
Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas foram estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor pudesse discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo
	O CDC disciplinou os contratos de adesão entre fornecedor e consumidor, tendo como base seguintes princípios:
Irrenunciabilidade – são nulas as cláusulas contratuais que estabeleçam renúncia, pelo consumidor, de direitos asseguradas no CDC.
Equilíbrio contratual – são nulas as cláusulas que estabeleçam desvantagens contratuais em relação ao consumidor.
Clareza – as relações de consumo devem desenvolver-se de forma clara e transparente. O consumidor precisa ter exato e completo conhecimento das obrigações assumidas nos contratos.
Interpretação favorável ao consumidor – como o contrato de adesão é elaborado unilateralmente pelo fornecedor, o CDC estabeleceu que as cláusulas contratuais devem ser interpretadas favoravelmente ao consumidor em caso de dubiedade de interpretação.
Questionário de Fixação.
Qual é a essência do CDC?
Como o microssistema jurídico de caráter interdisciplinar anteriormente mencionado reflete-se no CDC?
De acordo com o CDC, quem é consumidor?
De acordo com o art. 1º do CDC, o que quer dizer a expressão “Ordem pública”?
De acordo com o enunciado do art. 2º do CDC, que interpretação se tem de “destinatário final”?
Qual é o conceito de consumidor por equiparação contido no parágrafo único do art. 2º do CDC?
Quais são os princípios que devem refer a Política Nacional das Relações de Consumo?
Ilustração. (Direito Civil)
Pessoa Jurídica.
Pessoa jurídica é a entidade constituída por pessoas ou bens, com vida, direitos, obrigações e patrimônio próprios.
A Pessoa jurídica é uma ficção criada pelo Direito.
São pessoas jurídicas de Direito Público externo a ONU, OEA etc.
São pessoas jurídicas deDireito Público interno:
A União
Cada um de seus Estados e o Distrito Federal;
Cada um municípios legalmente constituídos.
São pessoas jurídicas de Direito Privado as sociedades civis e comerciais, as fundações privadas, as sociedades de economia mista, as empresas públicas que explorem atividade econômica.
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de Direito Privado com a inscrição de seus contratos, atos constitutivos, estatutos ou compromissos em seu registro peculiar, regulado por lei especial, ou com a autorização ou aprovação do governo.
As pessoas jurídicas têm existência distinta da de seus membros (art. 20 do Código Civil)
Termina a existência da pessoa jurídica:
Por sua dissolução, deliberada entre seus membros, salvo o direito da minoria e de terceiros;
Por sua dissolução, quando a lei determine;
Por sua dissolução em virtude de ato do governo, que lhe casse a autorização para funcionar, quando a pessoa jurídica incorra em atos opostos a seus fins ou nocivos ao bem público.
2 – Pessoa Física.
Em direito, capacidade de uma pessoa física ou jurídica é a possibilidade dela exercer pessoalmente os atos da vida civil - isto é, adquirir direitos e contrair deveres em nome próprio. A legislação brasileira prevê três estados de capacidade jurídica:
Capacidade plena ou absoluta- é a possibilidade plena de exercer pessoalmente os atos da vida civil.
Incapacidade relativa - situação legal de impossibilidade parcial de realização pessoal dos atos da vida civil, exigindo alguém que o auxilie (assistente). Exemplos: maiores de 16 e menores de 18 anos, ébrios habituais ou viciados em drogas, excepcionais, etc).
Incapacidade absoluta ou absolutamente incapazes - situação legalmente imposta de impossibilidade de realização pessoal dos atos da vida civil, senão por representante. Exemplos: menores de 16 anos, deficientes mentais, e os que por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
Capacidade civil, aptidão para exercer um direito
Fato Jurídico 
Fato Jurídico É Todo acontecimento, natural ou humano e suscetível de produzir efeitos jurídicos. Os fatos Jurídicos constituem gênero que inclui eventos puramente naturais (fatos jurídicos em sentido restrito), e atos humanos de que derivam efeitos jurídicos, quais sejam, atos jurídicos e atos ilícitos. Tal a classificação adotada pelo Código Civil ao considerar que, no ato Jurídico ou lícito, o efeito jurídico deriva da vontade do agente (contratos, testamentos), ao passo que no ato ilícito o feito independe da vontade do agente, que, ao agir com dolo ou culpa e ocasionar dano a outrem, ocasionará efeitos jurídicos que, em absoluto, desejou, porque sempre sujeito às sanções legais.
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