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CONTABILIDADE AVANÇADA I Curso de Ciências Contábeis. Prof. Me. Hugo David Santana TEMA – REVISÃO DE CONTEÚDO OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Proceder a uma revisão dos conteúdos ministrados CONCEITOS BÁSICOS Os excessos de recursos financeiros que temporariamente permanece compondo o saldo da conta Caixa ou Bancos Conta Movimento, enquanto não forem utilizados para atender a compromissos já assumidos ou para adquirir outros Ativos, conforme o interesse da empresa, podem ser investidos (aplicados) em outros instrumentos financeiros, visando a obtenção de rendimentos, independentemente daqueles auferidos no desenvolvimento de suas atividades operacionais normais. Dependendo do tempo e do volume de recursos que a empresa tiver a disposição, ela poderá aplicá-los na compra de títulos de crédito ou de valores mobiliários no mercado financeiro ou no mercado de capitais. Esses investimentos podem variar quanto ao prazo de vencimento desde curtíssimo até longo prazo, podendo, inclusive assumir caráter permanente. INVESTIMENTOS De acordo com o estabelecido no inciso III do Artigo 179 da Lei nº 6.404/1976, classificam-se como investimentos as contas representativas das participações permanentes em outras sociedades e dos direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS (FINANCEIRAS) Lei nº 6.404/76 - Demonstrações Financeiras, são relatórios elaborados com informações extraídas dos registros contábeis mantidos pela entidade. Conforme consta do item 9 NBC TG 26, aprovada pela Resolução CFC nº 1.185/2009, as demonstrações contábeis são uma representação da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. Objetivo das Demonstrações Contábeis proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos Fluxos de Caixa da entidade que seja útil aos usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados. A Lei nº 6.404/76 disciplina esse assunto em seus artigos 176 a 188. No Artigo 176, a mencionada Lei determina que ao final de cada exercício social a diretoria fará elaborar com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); e Demonstração do Valor Adicionado (DVA). RESUMO DO PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 38 OBJETIVO: Estabelecer princípios para reconhecer e mensurar ativos financeiros , passivos financeiros e contratos de itens não financeiros, e quando os reconhece no Balanço Patrimonial. AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS As participações em outras sociedades são efetuadas mediante a compra de títulos representativos do capital dessas sociedades (Ações ou Quotas) Quando uma empresa (investidora) adquire títulos representativos do capital de outra sociedade (investida), esses títulos poderão ser contabilizados como investimentos ou como instrumentos financeiros. Essa segregação dependerá do destino a ser dado a esses títulos. Quando a aquisição tem caráter meramente especulativo, isto é, a empresa adquire esses títulos para mantê-los no seu patrimônio por pouco tempo, aguardando o melhor momento para negociá-los. Eles deverão ser considerados instrumentos financeiros e contabilizados em contas do Ativo Circulante ou do Ativo Realizável a Longo Prazo. COLIGADAS São coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. (§ 1º. Do artigo 248 da Lei nº 6.404/1976). Veja, também os § 4º. E 5º do mesmo artigo citado: “§ 4º. Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exercem o poder de participar nas decisões das políticas financeiras o operacional da investida, sem controla-la. §5º. É presumida influência significativa quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la.” CONTROLADAS Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (§2º. do artigo 243 da Lei nº 6.404,/76.) CONTROLADAS EM CONJUNTO (JOINT VENTURE) Veja as definições extraída do item 3 da NBC TG 19: Empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture) é o acordo contratual em que duas ou mais partes se comprometem à realização de atividade econômica que esta sujeita ao controle conjunto. Controle Conjunto é compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre uma atividade econômica e que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigem o consentimento unânime das partes que compartilha o controle (os empreendedores). Empreendedor é um dos participantes em determinado empreendimento controlado em conjunto que detém o controle compartilhado sobre esse empreendimento. O Método da Equivalência Patrimonial (MEP) consiste na atualização do valor dos investimentos feitos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte do mesmo grupo ou estejam sob controle comum, com base na variação ocorrida Patrimônio Líquido dessas sociedades. MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL CONCEITOS BÁSICOS • A Consolidação das Demonstrações Contábeis, tradicionalmente conhecida como Consolidação de Balanços, é uma técnica contábil que consiste na unificação das Demonstrações Contábeis da empresa controladora e de suas controladas. As demonstrações contábeis que devem ser consolidadas são: • Balanço Patrimonial. • Demonstração do Resultado do Exercício. • Demonstração dos Fluxos de Caixa. • Demonstração do Valor Adicionado. • Basicamente, a consolidação consiste na soma dos saldos das contas de cada demonstração. • Suponhamos um grupo composto por duas empresas: Controladora A e Controlada B. • Suponhamos, ainda, que nos Balanços Patrimoniais dessas duas empresas, os grupos das Disponibilidades estejam assim compostos: Controladora A Caixa e Bancos..................................10.000 Aplicações de Liquidez Imediata........ 5.000 Total................................................. 15.000 Controlada B Caixa e Bancos................................. 8.000 Aplicações de Liquidez Imediata........32.000 Total................................................40.000 No Balanço Consolidado, o grupo das disponibilidades ficará assim: BALANÇO CONSOLIDADO ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Caixa e Banco....................................18.000 Aplicações de Liquidez Imediata..........37.000 Total.................................................55.000 • Portanto, no Balanço Consolidado, o saldo de cada conta corresponderá à soma dos saldos da respectiva conta constante em cada um dos Balanços das empresas que participam do grupo. • Entretanto, a técnica de consolidação não consiste apenas na soma dos saldos das contas por demonstração, mas, também na eliminação daqueles que guardem reciprocidade entre as empresas do grupo. • Quando a Controladora A, por exemplo, tem um direito a receber da Controlada B, no valor de R$ 5.000,00, esse valor aparecerá no Ativo do Balanço da Controladora A e no Passivo do Balanço da Controlada B. • Dessa forma, tanto o direito quanto a obrigação devem ser eliminadose não aparecerão no Balanço Consolidado. ASPECTOS LEGAIS Os principais documentos que tratam da Consolidação das Demonstrações Contábeis são: • Artigos 249 e 250 da Lei nº 6.404/76; • Artigos 21 a 41 da Instrução CVM nº 247 de 27 de março de 1996; • Comunicado Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 36; • Resolução CFC nº 1.240/09 que aprovou a NBC T 19.36 – Demonstrações Consolidadas. • As Demonstrações Contábeis Consolidadas, que deverão ser elaboradas e divulgadas ao fim de cada exercício social pelas entidades, compreendem: Balanço Patrimonial Consolidado; Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício; Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa; Demonstração Consolidada do Valor Adicionado. • As normas para proceder à consolidação das demonstrações contábeis estão contidas no Artigo 250 da Lei nº 6.404/1976 e nos Artigos 24 a 34 da Instrução CVM nº 247/96. Basicamente, a técnica de consolidação envolve duas operações: soma e eliminação de saldos de contas. NORMAS TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO ENTIDADES CONTROLADAS EM CONJUNTO ( JOINT VENTURES) • As Entidades Controladas em Conjunto têm- se mostrado uma nova tendência mundial em termos de investimentos em empreendimentos conjuntos (em inglês, Joint Ventures). PROCESSO PARA A FORMAÇÃO DAS JOINT VENTURES O processo de formação da Joint Ventures compreende diversas etapas que, apesar de distintas, estão intimamente interligadas. • O Primeiro passo é da assinatura do acordo, quando são estabelecidas as condições gerais para a criação da Joint Venture, tais como: Divisão do poder entre as controladoras. Contribuições de cada participante. Normas internas. Possibilidade de participação de outros investidores, além dos controladores. DETERMINAÇÃO DA MOEDA FUNCIONAL E MÉTODO DE CONVERSÃO 34 • O CPC 2 define Moeda Funcional como: moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade opera. • Métodos de Conversão Dependendo da moeda funcional e das condições inflacionárias em que o país esteja instalado, os seguintes métodos de conversão deverá ser aplicados: Características do país-sede da coligada e controlada e do sistema contábil Método de conversão aceitável País de Moeda forte e estável Método de taxa corrente ou de fechamento País de moeda fraca e alta inflação, mas que tenha adequado sistema de correção monetária e de ajustes em face da inflação local Método de taxa corrente ou de fechamento País de moeda fraca e alta inflação, sem sistema de correção monetária Método de taxa histórica ou do monetário, não monetário • A sua conversão, da moeda de origem para Reais, será efetuada tomando-se por base a taxa de câmbio para a venda fixada pelo Banco Central ou na sua inexistência, os valores serão primeiramente convertido para dólares americanos e depois para Reais. CONVERSÃO DA MOEDA JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO - CONCEITO • Juros sobre Capital Próprio (JCP) foram introduzidos na “Contabilidade Tributária” pela Lei nº 9.249/95, como forma de compensar a extinção da correção monetária do balanço, que gerava saldo devedor dedutível para as empresas com capital de giro próprio. • Juros remuneratórios do Capital Próprio ou Juros sobre Capital Próprio (JCP) correspondem a uma importância que a empresa paga a seu titular, sócio ou acionista, como remuneração dos valores por eles investidos na composição do capital da própria empresa. CONDIÇÕES PARA A DEDUTIBILIDADE • Quando a empresa optar em pagar a seus titulares, juros sobre capital por eles investido na própria empresa, para que esses valores sejam dedutíveis da base de cálculo da PCSLL e da PIR (Lucro Real), o pagamento fica condicionado: BASE DE CÁLCULO • À Luz do que estabelece a legislação tributária, vejamos os critérios para determinar a base de cálculo dos JCP. O patrimônio líquido que servirá de base de cálculo para os juros é o existente no encerramento do período imediatamente anterior àquele da remuneração. • A base de cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio, portanto, é o total do Patrimônio Líquido antes de apurado o resultado do exercício. Com base na nova redação dada no § 2º do Artigo 178 da Lei nº 6.404/76, pela Medida Provisória nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, o total do grupo do Patrimônio Líquido passou a ser apurado pela soma algébrica dos seguintes valores: ( + ) Capital Subscrito ( - ) Capital a Realizar ( + ) Reservas de Capital ( + ) Reservas de Lucro (+ ou -) Ajustes de Avaliação Patrimonial ( - ) Ações em Tesouraria ( - ) Prejuízos Acumulados ( = ) Total Patrimônio Líquido LIMITE PARA DEDUTIBILIDADE • Nos termos da legislação tributária, para fins de dedutibilidade da base de cálculo PCSLL e da PIR, o valor dos juros sobre o capital a ser pago ou creditado aos titulares de empresas limita-se ao maior dos seguintes valores: a) 50% do Lucro Líquido do período-base, computado antes da dedução dos juros; ou b) 50% do somatório dos Lucros Acumulados e Reservas de Lucro. b) Resultado do exercício em 31.12.X1 antes da Provisão para contribuição social e antes de calculados e deduzidos os JCP: R$ 80.000. c) Considerar que os saldos das contas do Patrimônio Líquido apresentado não sofreram alterações durante o exercício de X0 e permanecem os mesmos ainda na data de crédito dos JCP (31.12.X1). d) Considerar que CSLL será constituída pela taxa de 10% nesse exercício de X1, e que não ocorreram adições nem exclusões para fins de apurar sua base de cálculo. AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL AVPAT • Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo (fair value), nos casos previstos na Lei das Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/1976). • Porém, com a edição do Pronunciamento Técnico CPC n. 37 e da Interpretação CPC n. 10, passou a ser admitido também o ajuste na avaliação do imobilizado na adoção inicial das normas contidas nos Pronunciamentos CPC n. 15 a 40 nas demonstrações contábeis do ano-calendário de 2010.
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