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APOSTILA FUND. ADM._20130824163317(2)

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FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍFICAS, GERENCIAIS E EDUCAÇÃO DE SINOP – 
UNIC – SINOP INDUSTRIAL 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
1º e 2º SEM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fundamentos de Administração 
 
 
Profa. Me. Sirlei Ana Falchetti 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinop/2013 
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Apresentação 
Caros alunos, 
O estudo da dinâmica das organizações e de sua administração é fator chave de sucesso das empresas. Na 
disciplina de Fundamentos de Administração, veremos alguns tópicos para direcionamento da complexa 
arte da Administração. 
Nessa disciplina, a abordagem será dada para a importância e o papel das organizações e do processo de 
sua administração. O objetivo básico é entender que a função da administração é organizar de maneira tal 
a empresa que ela seja direcionada de maneira eficaz e eficiente: Eficaz – característica dos objetivos a 
serem alcançados de forma correta e com maior qualidade. Eficiência – para a organização ser eficiente, é 
necessário que se atinja os objetivos com uma gestão ideal de recursos quanto ao volume e à qualidade. 
Também com essa disciplina, deve-se compreender quais são as funções básicas da administração e sua 
importância. As funções básicas são o planejamento, a organização, a direção e o controle: o planejamento 
é a projeção de situações futuras com a devida utilização de métodos, planos e lógica. A organização 
consiste no processo de determinar tarefas, responsabilidades e recursos de forma que se possa alcançar 
objetivos. A direção, ou a liderança é o processo de influenciar, orientar para que haja na organização 
coesão e alinhamento de esforços a fim de que se obtenham os melhores resultados. O controle consiste 
em avaliar e analisar se os procedimentos ou atividades administrativas, operacionais e estratégicas estão 
levando a organização a concretizar seus objetivos. 
Além de entender um pouco do processo histórico da administração, devemos entender o contexto da 
moderna administração, da visão, ética e da capacidade de diversidade cultural, ou seja, trabalhar com os 
vários talentos e culturas diferentes e a busca pelo constante aprendizado, treinamento e aperfeiçoamento 
profissional a fim de melhorar o desempenho. 
Para que seu conhecimento seja pleno, é importante que amplie suas leituras para além do resumo básico 
das aulas. Utilize os livros da biblioteca e vá nas indicações de leituras e páginas da apostila. 
Além dos livros indicados no Plano de ensino, outros livros serão importantes para as aula: 
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luisa: uma ideia, uma paixão e um plano de negócios: como nasce o 
empreendedor e se cria uma empresa. Rio de Janeiro, 2008. 
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 
VIANNA, Marco Aurelio Ferreira. O Líder do século XXI. Sâo Paulo: Commit, 2005. 
E todos os outros que estão no plano de ensino, além, é claro, de artigos científicos e reportagens atuais. 
 
Excelente aprendizagem! 
 
Profa. Me. Sirlei Ana Falchetti 
Administradora – CRA 04581 - MT 
 
 
PLANO DE ENSINO 
 
 
Curso: Ciências Contábeis 
Disciplina: Fundamentos de Administração Semestre: 2º semestre Turma: 20131 
Corpo Docente: Sirlei Ana Falchetti 
Coordenadora: Mery Kazicawa 
Carga Horária Total: 60 horas 
Carga Horária Semanal: 3 h/a 
Carga Horária em Atividades de Aprendizagem Teórico/Prática: 60 h 
 
Perfil do profissional 
Atuar em todas as áreas de conhecimento contábil, registrando, controlando, analisando e produzindo relatórios 
para gestão e na tomada de decisões em organizações públicas, privadas e sem fins lucrativos. 
 
Ementa 
Introdução a administração; Escolas da Administração. Funções Administrativas. Qualidade nas Organizações. Novas 
tendências da gestão empresarial 
Competências 
 Conhecer e aplicar aspectos legais de negócios e visão empresarial. 
 Conhecer e ter visão sistêmica das organizações. 
 Conhecer o ambiente para identificar oportunidade e ameaças. 
 Conhecer técnicas que possibilitem o desenvolvimento, análise e implantação de sistemas de controle 
gerencial. 
Habilidades 
 Planejar 
 Analisar e Interpretar 
 Tomar decisão 
 Liderar 
 Ser criativo 
 Raciocinar de forma lógica 
 Raciocinar de forma crítica e analítica 
 Negociar 
 Comunicar 
 Relacionamento Interpessoal 
 Trabalhar em Equipe Multiprofissional 
Justificativa da Disciplina 
A arte da administração tornou-se, nos últimos anos, mais complexo. A Administração não lida só com números, 
tecnologia e recursos materiais, mas sim, e principalmente, com pessoas. Considerando que organizações são 
formadas por pessoas, e que o seu desempenho e crescimento é pelas pessoas, o processo de sua gestão, 
organização, planejamento e controle deve ser a cada dia mais profissionalizado. 
A Administração está inserida nas organizações para impulsionar e manter o desenvolvimento dos diversos setores, 
partindo do pressuposto de que se deve percorrer caminhos almejando um retorno satisfatório dos investimentos, 
otimizando processos, maximizando lucros, minimizando custos, desperdícios e riscos. Aplicar a administração de 
maneira eficiente é a chave para que as empresas obtenham sucesso em seus negócios. A Administração é 
responsável pela organização e disciplina da empresa. Nenhuma empresa sobrevive hoje sem um eficiente controle 
em seus setores, uma boa gestão de pessoas, processos e dados. 
 
Objetivo da Disciplina 
Compreender o objeto da administração, conceituando e distinguindo as suas principais abordagens teóricas, 
diferenciando os processos administrativos e relacionando os conhecimentos adquiridos com a prática administrativa. 
 
 
Objetivos Específicos 
- Transformar o acadêmico em profissional capacitado a ressaltar a importância das pessoas para as organizações e 
torná-las competentes para atuar nas suas diversas áreas; 
- Desenvolver a capacidade de liderança e capacitar o profissional a ter uma visão flexível e integrada da gestão de 
pessoas; 
- Capacitar o acadêmico a analisar e interpretar dados e informações no contexto da empresa e elaborar planos de 
ação condizente com a realidade da empresa; 
- Capacitar o acadêmico a administrar conflitos e obter resultados positivos do trabalho em equipe 
 
Objetivos por Unidade de Ensino 
 Descrever o processo de administrar organizações e definir cada uma de suas funções, explicando o papel dos 
gerentes e suas competências; 
 Descrever as principais contribuições à formação do conhecimento administrativo, desde a época das primeiras 
organizações até a Revolução Industrial; 
 Explicar as ideias de Taylor, Fayol e Weber a respeito de administração e o desenvolvimento das estruturas 
organizacionais das grandes empresas; 
 Apresentar e definir o conceito de qualidade, descrevendo as principais técnicas; 
 Explicar o papel do processo de tomar decisões na administração das organizações; 
 Descrever o processo de planejamento, preparar cronogramas e orçamentos; 
 Explicar os princípios e as etapas do processo de organizar, definindo responsabilidade e autoridade; 
 Explicar a relação entre os processos de planejamento, organização, execução e controle; 
 Descrever as principais teorias da motivação; 
 Explicar o processo da liderança e seus componentes; 
 Explicar o que é e como funciona o processo decomunicação entre as pessoas e unidades das organizações, 
explicando como podem ser desenvolvidas as competências dos participantes do processo de comunicação. 
 
Unidades de Ensino 
UE 1 - Conceitos básicos - 
- Organizações e administração 
- Administração na história 
- Bases da Moderna Administração 
 
UE 2 - Desempenho das Organizações 
- Administração da Qualidade 
- Eficiência e Eficácia 
- Modelo Japonês de administração 
- Responsabilidade social e ambiental 
 
UE 3 Processo de Administração 
- Processo decisório e resolução de problemas 
- Planejamento e estratégia 
- Processo de organização 
- Execução e controle 
 
UE 4 - Administração de Pessoas 
- Motivação e desempenho 
- Liderança 
- Grupos 
- Comunicação Gerencial 
Proposta Metodológica - Atividades de Aprendizagem Teórico/Práticas 
O conteúdo da disciplina será desenvolvido através de aulas expositivas, leituras e debates de textos, seminários, 
recursos audiovisuais, trabalhos individuais e em grupo. 
Proposta Metodológica - Atividades de Aprendizagem Orientadas 
Serão atividades desenvolvidas pelos alunos extra sala de aula, e serão compostas por: 
Pesquisas teóricas. 
Leituras de artigos científicos. 
Trabalhos em grupos e individuais. 
Preparação para seminários. 
Proposta de Avaliação do Processo Ensino e Aprendizagem 
Avaliações parciais e oficiais, cumulativas no semestre. Além das avaliações agendadas em calendário acadêmico, a 
participação em seminários, a leitura e discussão dos textos, os trabalhos em grupo e a frequência serão avaliados. As 
avaliações parciais constituem 30% da nota de cada bimestre e são avaliações integradas, juntamente com as outras 
disciplinas do semestre. As avaliações oficiais serão provas e trabalhos práticos, e equivalem a 70%. A média final é o 
resultado da média aritmética da nota bimestral 1 e bimestral 2. 
Referências Básicas 
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração; da revolução urbana s revolução digital.6.ed.São 
Paulo; Atlas, 2008. 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7.ed. São Paulo: Campus, 2004;2000. 
DRUCKER, Peter Ferdinand. Introdução à administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thomson learning, 2006. 
KWASNICKA, Eunie Lacava. Teoria Geral da Administração: uma sintese.3.ed.: São paulo: Atlas, 2006. 
Referências Complementares 
HALL, Richard H. Organizações: estruturas, processos e resultados. 8. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2009 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de.Planejamento estratégico: conceitos, metodologias e práticas. 19 ed. : São 
Paulo: Atlas, 2003 ,2002 
AMARU, M. A. C.Administração para empreendedores: fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. 2006. 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor.3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 
BULGACOV, Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1996. 
Periódicos 
RBA. Revista de Administração. 
HSM Management. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO 
Conforme a grade curricular do curso, esta disciplina é oferecida no Curso Ciências Contábeis, 
com carga de 60 horas/aula, no sentido de proporcionar aos futuros contadores um conhecimento 
abrangente da Ciência da Administração, contêxto no qual se insere a Ciência da Contabilidade. Pelo 
conteúdo da ementa, a disciplina centraliza-se mais nos aspectos psicossociais da gestão das empresas, 
conduzindo à essência da administração quanto aos seus aspectos humanos e sociais. 
Cumpre, todavia, e assim tambem a ementa o determina, contextualizar o assunto no sentido de 
que os acadêmicos possam compreender de onde, quando, como e por que surgiu a administração . 
 
1 - O CONTEXTO DA ADMINISTRAÇÃO 
 
Administração é o ato de trabalhar com e através de pessoas para realizar os objetivos tanto da 
organização quanto de seus membros. 
A Administração faz parte, ou é uma dentre, as chamadas Ciências Sociais Aplicadas, grupo do 
qual tambem fazem parte a Contabilidade e a Economia. E na realidade, como defendem alguns autores, 
não pode existir uma segregação entre elas, uma vez que o seu campo de estudo é o ser humano. No caso 
da Administração, Contabilidade e Economia, é o estudo das relações econômicas entre os seres humanos. 
Assim, entender uma das ciências sociais, como corpo único de conhecimento, isolado dos demais, seria, 
segundo tais autores, faltar com a precisão. 
Enfocando da administração para fora, é preciso ter em mente que as empresas - o principal 
objeto de estudo da Administração - estão inseridas no contexto maior da Economia. Esta, chamada por 
muitos autores de "ciência da escassez", é decorrência do ambiente político-social que se desenvolveu e 
está presente na nação cuja economia seja objeto de análise. Já, por sua vez, para que se possa entender o 
ambiente político-social de uma nação, é preciso recorrer aos seus antecedentes históricos e sociais 
internos, às suas relações geopolíticas, à sua formação geográfica e ecossistêmica e assim por diante. 
Donde, a explicação para a condição vigente em uma determinada nação deve ser buscada na sua história, 
na sua geografia, no seu clima, etc.. 
Já, olhando a administração de modo introspectivo, será preciso recorrer tanto às matemáticas, 
quanto à psicologia e à sociologia, entre outras ciências, das quais se serve a administração para atingir os 
seus fins. Ou seja, a administração é uma ciência multidisciplinar. 
Assim, pode-se concluir que, para poder entender as relações de causa e efeito, mesmo dentro de 
uma única empresa, não existe possibilidade de fazê-lo sem a contribuição de toda uma parafernália de 
conhecimentos científicos oriundos dos mais variados campos de conhecimento humano. 
Como Moisés libertou o povo judeu escravizado e o conduziu, por mares e desertos, do Egito à 
Terra Santa? 
Como Portugal descobriu e colonizou o Brasil, apesar do interesse de outras nações poderosas, 
que o invadiram diversas vezes? 
Como a Confeitaria Café resiste desde 1860, servindo doces e salgados para os cariocas, 
enfrentando sucessivos regimes políticos e planos econômicos? 
Para respondermos a essas e outras perguntas precisaremos de conceitos tais como estratégia, 
suprimentos, logística, missão, crenças, recursos, liderança, finanças, tributos, poder, qualidade, tática, 
motivação, tecnologia, cultura. 
Segundo Chiavenato, "Administração é a condução racional das atividades de uma organização". 
Poderíamos acrescentar que o termo "racional" só é aplicável quando a organização é bem conduzida, 
mesmo que os resultados não sejam os melhores, pois às vezes o imponderável ou as limitações de 
recursos infligem derrotas aos mais experientes. 
A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou 
obediência). 
• Administração é um processo que consiste na coordenação do trabalho dos membros da 
organização e na alocação dos recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos 
de uma forma eficaz e eficiente. 
Definição do Conceito 
Objetivos, decisões e recursos são as palavras-chaves na definição do conceito de administração. 
Administração é o processo de tomar e colocar em práticas decisões sobre objetivos e utilização de 
recursos (Figura 1). Para esclarecer e ampliar a definição: 
Processo 
A administração é processo ou atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre 
objetivos e recursos. O processo de administrar (ou processo administrativo) é inerente a qualquer situação 
em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objetivo. A finalidade última do 
processo de administrar é garantir a realização de objetivos por meio da aplicação de recursos. 
Figura 1: Administração como processode tomar decisões sobre objetivos 
 
Fonte: (Adaptado de MAXIMIANO, 2000, p. 25) 
Decisões 
Tomar decisões significa fazer escolhas. O processo administrativo abrange quatro tipos principais 
de decisões, também chamadas processos ou funções. 
Recursos 
Os recursos que as organizações utilizam classificam-se em seis tipos principais: instalações, 
espaço, tempo, dinheiro, informações e pessoas. As organizações são sistemas de recursos empregados na 
realização de objetivos, como mostra a Figura 2. 
Figura 2: A organização como sistema de recursos que realiza diversos tipos de objetivos 
 
 
 
 
Fonte: (MAXIMIANO, 2000, p. 26) 
Objetivos 
Os objetivos são os resultados esperados, ou fins que as organizações ou sistemas procuram 
atingir, por meio do emprego dos recursos. Os objetivos organizam-se em uma cadeia de meios e fins. 
Produtos e serviços são objetivos imediatos, que possibilitam a realização de outros objetivos, como o 
 Pessoas 
 Informação e conhecimento 
 Espaço 
 Tempo 
 Dinheiro 
 Instalações 
 
ORGANIZAÇÃO 
 
OBJETIVOS 
atendimento dos interesses dos acionistas, a satisfação dos clientes e a contribuição para a comunidade. 
Um sistema ou organização que consegue realizar seus objetivos é eficaz. Entre duas 
organizações, ou entre dois momentos da mesma organização, é mais eficiente aquela que realiza o mesmo 
objetivo com menor quantidade de recursos. Eficácia é a capacidade de realizar objetivos. Eficiência é a 
capacidade de utilizar produtivamente os recursos. 
Pessoas 
As pessoas estão no centro do processo administrativo. Elas tomam decisões, compartilham o 
processo decisório com outras pessoas ou são afetadas pelas decisões que outras tomam. Como indivíduos 
ou membros de organizações, as pessoas são os principais agentes do processo administrativo. 
Administradores 
Os administradores, ou gerentes, são as pessoas que tomam decisões de administração. Podem 
ser indivíduos (como um presidente de empresa) ou grupos (como a assembléia de acionistas que nomeia 
esse mesmo presidente). Todas as pessoas que administram sistemas de recursos e objetivos são 
administradores (ou gerentes). Você é administrador de seus objetivos pessoais, de seu próprio tempo e de 
outros recursos pessoais. Algumas pessoas administram o trabalho de outras pessoas, porque ocupam 
posições de chefia. 
 
1.1 - ORGANIZAÇÕES - CONCEITO 
Num sentido comum, no linguajar utilizado no dia a dia das pessoas, a palavra "organização" é 
entendida como o estado de arrumação de coisas ou objetos. Deve-se aqui, porem, entendê-la, no seu 
sentido amplo, como sendo uma instituição humana, criada com fins específicos, na qual recursos humanos 
e materiais estão dispostos de modo a que possa atingir o seu objetivo. Dessa forma, uma sociedade social, 
uma entidade religiosa, um órgão público, uma empresa com fins lucrativos, todas são "organizações". 
Donde, o termo organização, tem o sentido de arrumação de fatores humanos e materiais. 
As duas instituições mais antigas que se conhece são as organizações religiosas e as militares. 
Com efeito, desde os primórdios da humanidade, o ser humano cultua um "Ser Supremo", do qual acredita 
ter se originado, ou ao qual irá se incorporar após a morte; os judeus o chamam de Javé, os cristãos creem 
que Jesus Cristo tenha sido a encarnação da divindade e, até mesmo os indígenas brasileiros cultuam o seu 
Tupã. Esta característica inerente ao ser humano, de crer em um ser supremo, fez com que, ao longo da 
história da humanidade, tenham se desenvolvido organizações com a finalidade de "organizar" a hierarquia 
e os procedimentos referentes ao culto da respectiva divindade. 
Já, por outro lado, por vezes a necessidade de defesa do próprio território à cobiça estrangeira, 
por vezes a ambição ou necessidade de conquista de novos territórios, fez com que todas as nações desde 
a mais remota antiguidade, possuissem seus exércitos. A rígida necessidade de disciplina e a eficiência que 
se deseja de um exército, compeliu também que tal instituição fosse regulada, já nos seus primórdios, por 
normas de funcionamento. Assim como a estruturação da igreja, também a dos exércitos forneceu valiosa 
contribuição ao início do estudo da administração. 
Além destas duas organizações, sempre houve a necessidade de regulamentar as relações entre 
os indivíduos da mesma nação. De início, algumas vezes, o próprio poder militar e/ou a organização 
religiosa assumiam esta tarefa; muitas vezes as autoridades civil, militar e religiosa se fundiam numa só. 
Posteriormente, desenvolveu-se o poder civil através de mecanismos de governo, chegando-se à 
organização do estado, tal como a conhecemos hoje. Para a constituição do estado moderno, tal como ele 
é hoje, foram determinantes, o exemplo da organização do estado Romano e o conceito republicano, 
instituído pela Revolução Francesa, em 1786. 
No aspecto econômico, para realizar as funções de produção e distribuição de bens, 
desenvolveram-se as empresas, organizações com fins lucrativos. 
Organizações são, em última instância, pessoas e recursos reunidos em torno de objetivos em 
parte comuns. 
As organizações podem ser complexas ou simples, estatais ou privadas, com ou sem intuito de 
lucro, formais ou informais. 
A Biblioteca Popular de Botafogo é estatal, é formal e não tem intuito de lucro. Um time de 
futebol de várzea costuma ser privado e informal. O Supermercado M. é privado e tem intuito de lucro. A 
Marinha, a BR Food e a Greenpeace são organizações complexas, a primeira governamental, as demais 
privadas. 
Podemos dividir as organizações em três grandes grupos: 
 estatais, (Primeiro Setor) 
 empresas privadas com intuito de lucro, e (Segundo Setor) 
 organizações do terceiro setor, as ONGs - privadas sem intuito de lucro. (Terceiro Setor) 
 
De qualquer forma, seja qual for o tipo e o porte da organização, ela precisa ser administrada para 
poder atender aos seus objetivos. Mesmo um time informal de várzea precisa de arrecadar dinheiro para 
comprar os uniformes, estes precisam ser lavados, é necessário que os jogadores estejam presentes no 
campo na hora marcada para a partida, há que haver alguma divisão do "trabalho", nem que seja pela 
escolha do goleiro, os demais se posicionando na "linha". 
 
1.1.1 Importância Social da Administração 
 
A administração é o processo que procura assegurar a eficácia e eficiência das organizações. A 
administração é importante em qualquer escala de utilização de recursos para realizar objetivos - 
individual, familiar, grupal, organizacional ou social (Fayol). 
Embora o processo administrativo seja importante em qualquer contexto de utilização de 
recursos, a razão principal para estuda-lo é seu impacto sobre o desempenho das organizações. As 
organizações assumiram importância sem precedentes na sociedade e na vida das pessoas. Há poucos 
aspectos da vida contemporânea que não sejam influenciados por alguma espécie de organização. A 
sociedade moderna é uma sociedade organizacional, em contraste com as sociedades comunitárias do 
passado. 
O principal motivo para a existência das organizações é o fato de que certos objetivos só 
podem ser alcançados por meio da ação coordenada de grupos de pessoa. 
 
 
Figura 3: Você está cercado de todos os tipos de organizações 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (adaptado de MAXIMIANO, 2000, p. 29) 
 
1.2 - O AMBIENTE EMPRESARIAL ATÉ O SÉCULO IXX 
Até a invenção e utilização da máquina a vapor, a produção de bens e serviços era feita 
basicamente pelo sistema artesanal; o conhecimento das habilidades artesanais era transmitido de pai para 
filho, assim praticamente perpetuando a arte. As habilidades de construção, extraordinariamentedesenvolvidas na construção das grandes catedrais europeias da Idade Média, propiciou o 
desenvolvimento uma sociedade dos pedreiros construtores, que assim transmitiam a arte de trabalhar a 
pedra, resultando na sociedade hoje conhecida como maçonaria. 
Contudo, a distribuição de bens apresentava, já por volta do século XXIV, uma configuração 
empresarial. Logo após Marco Polo haver aberto um caminho terrestre para a Índias, desenvolveu-se um 
intenso comércio de especiarias com o Oriente, tendo sido, à época, centralizado em Veneza. Lá se 
desenvolveram verdadeiras empresas comerciais, que se dedicavam à entrepostagem e comercialização 
daqueles produtos trazidos do Oriente. Posteriormente, já por volta do século XV, Veneza foi superada 
pelos comerciantes holandeses, que haviam montado, já à época, uma rede de distribuição de produtos, 
espalhada por toda a Europa. Esta rede de distribuição, dos comerciantes holandeses teve papel 
fundamental na formação econômica do Brasil, de vez que os holandeses financiaram aos portugueses a 
construção de engenhos de açúcar no nordeste brasileiro, encarregando-se da distribuição do produto por 
toda a Europa, coisa que os portugueses não teriam conseguido sozinhos. 
A invenção da máquina a vapor em 1776 por James Watt, promoveu uma verdadeira revolução 
nos sistemas de produção. A lentidão com que os sistemas de produção evoluíram, desde que o ser 
humano se conhece como tal e até o século XIX, foi rompida pelas possibilidades evolutivas proporcionadas 
pela substituição da energia muscular pela energia mecânica gerada pela máquina a vapor. Pode-se até 
mesmo afirmar que, até este século, eles avançaram em progressão aritmética, enquanto que, a partir do 
século XIX, passaram a evoluir em progressão geométrica e, agora no século XX, em progressão 
exponencial. 
PREFEITURA 
ESCOLA 
SECRETARIA DA SEGURANÇA 
COMPANHI DE ELETRICIDADE 
ESTADO 
SANEAMENTO BÁSICO 
SECRETARIA DA RECEITA 
FEDERAL DEPARTAMENTO DE TRÂNITO 
SINDICATO 
COMPANHIA TELEFÔNICA 
CLUBE 
SUPERMERCADO 
LOJA DE CONFECÇÕES LOJA DE CONVENIÊNCIA 
Quando substituiu a força muscular pela energia mecânica, a máquina a vapor eliminou o gargalo 
energético ao qual, até então, os sistemas de produção estavam submetidos. Por sua vez, a conversão da 
energia termomecânica e hidráulica, em energia elétrica, através do dínamo, proporcionou a condição 
necessária e suficiente para que as unidades produtivas eliminassem um outro gargalo, em que se 
constituia a necessidade de localização das unidades produtivas próximas, ou adjacentes, à fonte de 
energia mecânica. A energia elétrica ampliou quase ad infinitum as possibilidades geográficas de 
localização das unidades produtivas. 
A respeito das profundas modificações ocorridas dentro do sistema produtivo e que causaram 
tambem profundas modificações na estrutura da sociedade da época, diz Chiavenato: 
"Da calma produção do artesanato, em que os operários eram organizados em corporações de 
ofício regidas por estatutos, onde todos se conheciam, em que o aprendiz, para passar a artesão 
ou a mestre, tinha de produzir uma obra perfeita perante os jurados e os síndicos, que eram as 
autoridades da corporação, passou o homem rapidamente para o regime da produção feita 
através de máquinas, dentro de grandes fábricas. Não houve uma gradativa adaptação entre as 
duas situações sociais. Houve, isto sim, uma súbita modificação de situação, provocada por dois 
aspectos, a saber: 
1. A transferência da habilidade do artesão para a máquina que passou a produzir com maior 
rapidez, maior quantidade e melhor qualidade, possibilitando uma redução no custo da produção. 
2. A substituição da força do animal ou do musculo humano pela maior potência da máquina a 
vapor (e posteriormente pelo motor), que permitia maior produção e maior economia. 
Os proprietários de oficinas que não estavam em condições financeiras de adquirir máquinas e 
maquinizar a sua produção, foram obrigados, por força da concorrência, a trabalhar para outros 
proprietários de oficinas que possuiam a maquinaria necessária. Esse fenomeno de maquinização 
das oficinas - rápido e intenso - provocou uma série de fusões de pequenas oficinas que passaram 
a integrar outras maiores que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em fábricas". 
Já então a partir da máquina a vapor, as unidades produtivas passaram a ampliar o mercado para 
os seus produtos, tornando-os acessíveis e fornecendo-os a segmentos de consumidores que, até então, a 
eles não tinham acesso. Isto se tornou possível em decorrência do barateamento dos produtos, 
proporcionado pela substituição da energia muscular pela energia termomecânica e, posteriormente, à sua 
disseminação geográfica, assim como tambem a da energia hidráulica, proporcionada pela sua conversão 
em energia elétrica. Posteriormente, já no início deste século, a produção em série idealizada por Ford, 
ampliou a escala de produção, proporcionando custos de produção e preços de venda ainda mais baixos. 
Isto ampliou ainda mais a faixa de acessibilidade dos consumidores. 
As resultantes econômicas foram um aumento generalizado de renda, que provocou seu efeito 
multiplicador: mais renda igual a maior consumo; maior consumo igual a maior renda, e assim 
sucessivamente. Contudo, o processo de mecanização da produção acelerou a já significativa mudança 
economica, tambem na formação de capital das unidades produtivas. Pela inversão de capital que o 
sistema mecanizado exigia, dos antigos artesãos poucos tiveram condições de implantar fábricas movidas a 
vapor ou energia elétrica, substituindo a sua oficina artesanal. As industrias que surgiram a partir de então 
eram de propriedade de capitalistas, cujo capital, até então achava-se acumulado em outras inversões 
como comércio, inversões financeiras, ou mesmo acumulado em espécie. Esta nova composição de capital 
da economia ensejou o surgimento do liberalismo econômico do século XVIII. Ensejou tambem o 
surgimento do cooperativismo, como se o conhece hoje, através dos artesãos de Rochendale, na Inglaterra. 
A propósito da formação de grandes organizações empresariais, através da concentração de capital, diz 
Chiavenato: 
"Em 1871, a Inglaterra era a maior potência econômica mundial. Em 1865, John D. Rockfeller 
(1839-1937) funda a Standard Oil. Por volta de 1889, o capital da General Eletric e da 
Westinghouse Eletric já ultrapassava 40 milhões de dólares em cada uma dessas empresas. Em 
1890, Carnegie forma o truste do aço, ultrapassando a produção de toda a Inglaterra, Swift e 
Armour formam o truste das consevas, Guggenheim forma o truste do cobre e Mello o truste do 
alumínio. 
É preciso lembrar que a acumulação de capital em grandes organizações empresariais, 
proporcionou um ambiente no qual se tornaram possíveis as pesquisas e o desenvolvimento de novos e 
mais eficazes processos de produção e, posteriormente tambem de gestão, coisa impossível de acontecer 
no sistema artesanal que existia até então. Este fato contribuiu para a aceleração do conhecimento da 
administração. 
 Leitura recomendada: 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7.ed. São Paulo: Campus, 2004;2000. 
 
1.3 - O AMBIENTE DO SÉCULO XX 
Até início do século XX, as unidades produtivas, mesmo com forte concentração de capital, 
careciam de uma estruturação lógica, dentro da própria fábrica, ou mesmo quanto à segregação das 
atividades desenvolvidas; havia uma miscelânea de atribuições de tarefas e responsabilidades, sem 
ordenação lógica, sem especialização do trabalho, especialmente a nível de supervisão. Conforme já citado, 
a produção em série, criada por Ford no início deste século, acelerou ainda mais a velocidade dos sistemasde produção, proporcionando ainda maior diminuição nos custos de produção. Contudo, o século atual 
assistiu a um inusitado processo de desenvolvimento, detonado por fatores geopolíticos. 
O INÍCIO E A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO 
Apesar da Administração como Ciência e estudo científico ser relativamente novo, os primeiros 
cursos de administração datam da década de 60, conceitos e práticas modernas de administração podem 
ser atribuídas a civilizações muito antigas. Algumas das principais civilizações que se destacam: 
Suméria 
Documentos muito antigos que provam as práticas de controle administrativo foram encontrados 
na civilização suméria. Estes documentos são de 5.000 anos atrás. Eram documentos utilizados pelos 
sacerdotes dos templos para controlar o sistema tributário, ou seja, a coleta e administração de grandes 
somas de bens e valores, dos quais constam rebanhos, propriedades rurais e rendas. Os sacerdotes 
prestavam contas de sua gestão ao sumo sacerdote, ou seja, uma prática de fiscalização administrativa. Os 
documentos representam descrições de inventários, o primeiro uso da escrita foi para fins de controle 
administrativo, e não para fins litúrgicos. 
Egito 
As mais famosas obras arquitetônicas da antiga civilização podem ser encontradas no Egito, e que 
representava na época uma grande quantidade de pessoas, materiais, processos, gestão, enfim, 
administração. Pirâmides, como a Quéops, por exemplo, necessitou do trabalho de 100 mil homens, por 
um período de 20 anos, utilizando 2.300.000 de blocos, cada um com peso médio de 2 toneladas e meia. 
Então, imagina-se todo o processo de planejamento para estas obras, de organização para que o 
trabalho fosse realizado, de controle, transporte, alojamento, dinheiro, ou seja, tais como nossos processos 
administrativos modernos, mesmo que antigamente se utilizasse trabalho escravo. 
Pode-se dizer, que dentre as civilizações antigas, o Egito é o que mais causa admiração por suas 
grandes façanhas arquitetônicas e capacidade de administração para que tais obras fossem concluídas, 
mostrando todo o grau de eficácia daquele povo. 
Declara o teu negócio sem encobrimento, nem disfarces. Deve se dizer 
francamente o que se sabe e o que não se sabe (um apelo a honestidade nos 
tratos administrativos). O chefe deve ter em mente os dias que estão por vir 
(necessidade de planejamento). Grande é aquele cujos conselheiros são 
grandes (o valor do staff para um administrador). Texto de um manuscrito 
contendo instruções de um pai a seu filho. (SILVA, 2001, p. 88) 
Babilônia 
Na Babilônia, para que as cidades ao longo do vale sobrevivessem em paz, no governo de 
Hamurabi, foi estabelecido uma legislação que abrangia a propriedade pessoal, rural, comércio, negócios, 
família e o trabalho, chamadas de Código de Hamurabi, que representava um pensamento administrativo e 
vigorou de 2000 a.C. a 1700 a.C. O código representava uma visão real do pensamento babilônico sobre 
administração, e continha assuntos como: 
- salário mínimo: “se um homem aluga um trabalhador do campo, pagar-lhe-á 8 gus de cereal por 
ano”. 
- controle: “se um homem entrega a outro prata... combinará os termos do contrato e fará então 
o depósito”. 
- responsabilidade: “O pedreiro que constrói uma casa que desmorona e mata seus residentes 
será condenado à morte”. 
China 
Antigos documentos, como a constituição de CHOW indica que os chineses já estavam cientes de 
princípios ligados a administração. A Constituição de CHOW, escrita há 1100 a.C., é um catálogo de todos 
os servidores civis do imperador, desde o primeiro ministro até os criados domésticos. Esta constituição 
também descrevia os poderes do primeiro-ministro, atribuições e responsabilidades. 
Também Mencius, em 500 a.C., disse: “Quem se dedica a um negócio neste mundo deve ter um 
sistema. Um negócio que obteve êxito sem sistema é coisa que não existe. Desde os ministros e generais, 
até as centenas de artesãos, todos possuem um sistema...” 
Um dos mais conhecidos atualmente são os escritos de Sun Tzu, por volta de 500 a.C., que 
escreveu a Arte da Guerra. É o mais antigo tratado militar do mundo, porém tratando de temas atuais, 
falando claramente sobre planejamento e direção, com propriedade e capaz de transpor os tempos. 
 
 
Grécia 
Na Grécia se deu a origem do método científico. Foram os gregos que descobriram o ponto de 
vista da pesquisa e introduziram, em muitos campos da atividade humana, a ciência e a erudição. 
Sócrates, já no século V a.C. analisava os deveres de um bom homem de negócios e de um bom 
general, no que se refere a tomar os subordinados diligentes e obedientes, punir os maus e premiar os 
bons, atrair aliados e auxiliares, guardar os bens, serem esforçados, tenazes e industriosos. 
Xenofante, discípulo de Sócrates, escreveu: “Administração doméstica é o nome de uma arte, 
como a de curar ou de trabalhar o bronze, ou a da construção?”. 
Na Grécia também teve os primeiros indícios da especialização. Platão já dizia que nenhum 
homem deveria trabalhar madeira e o ferro ao mesmo tempo, pois senão, não seria excelente em nem um 
dos dois. 
Roma 
A administração moderna muito aprendeu com os acertos e erros do Império Romano. Da mesma 
maneira que com a excelente administração, Roma tornou-se capaz de controlar 50.000.000 de pessoas, da 
Grã Bretanha à Síria, foi com a péssima administração que caiu. 
Os romanos voltaram-se para o modo mais eficiente de organizar e controlar o império - 
organização do império - já que conquistavam novos povos e territórios. 
284 d.C – Diocleciano tornou-se imperador e instigou um novo sistema de organização que 
enfatizava a sucessiva delegação de autoridade. Dividiu o império em 101 províncias, agrupadas formavam 
13 dioceses e reunidas, 4 grandes divisões geográficas. Nomeou 3 assistentes, um com o título de 
“Augusto” e outros dois com os títulos de “César” para governar 3 das divisões e outra ele mesmo 
governou. Nomeou “vigários” para o governo das dioceses e “governadores” para as províncias. 
Delegou em cada uma somente a autoridade relacionada com a administração civil, não lhes 
permitindo qualquer controle das forças militares baseadas em suas respectivas províncias. 
Hebreus 
Dos Hebreus, podemos citar exemplos como Moisés. Esta história, de liderança, organização e 
administração você pode ler na Bíblia Sagrada, no Livro do Êxodo. 
A Igreja Católica 
A Igreja Católica Romana é a organização formal mais antiga do mundo. Com o tempo, novas e 
diferentes diretrizes e organizações Cristãs surgiram. Uma das características mais marcantes desta 
organização talvez seja a centralização. 
 
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, integra o conjunto das "Revoluções Burguesas" do 
século XVIII, responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para o 
industrial. 
A Revolução Industrial significou a substituição da ferramenta pela máquina e contribuiu para 
consolidar o capitalismo como modo de produção dominante. É o ponto culminante de uma evolução 
tecnológica, social, e econômica, que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média. 
A produção: O artesanato foi a forma de produção característica da Baixa Idade Média, durante o 
renascimento urbano e comercial, sendo representado por uma produção de caráter familiar, na qual o 
produtor (artesão), possuía os meios de produção (era o proprietário da oficina e das ferramentas) e 
trabalhava com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da 
matéria-prima, até o acabamento final 
A manufatura predominou ao longo da Idade Moderna, resultando da ampliação do mercado 
consumidor como desenvolvimento do comércio monetário. Nesse momento, já ocorre um aumento na 
produtividade do trabalho, devido a divisão social da produção, onde cada trabalhador realizava uma etapa 
na confecção de um produto. 
A ampliação do mercado consumidor relaciona-se diretamente ao alargamento do comércio, tanto 
em direção ao oriente como em direção à América, permanecendo o lucro nas mãos dos grandes 
mercadores. Outra característica desse período foi a interferência do capitalista no processo produtivo, 
passando a comprar a matéria prima e a determinar o ritmo de produção, uma vez que controlava os 
principais mercados consumidores. 
PRINCIPAIS AVANÇOS DA MAQUINOFATURA 
Em 1733 - John Kay inventa a lançadeira volante. O instrumento, 
adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão 
só podia fazer um tecido da largura de seus braços. 
 
Em 1767 - James Hargreaves inventa a "spinning janny", que permitia a um só artesão fiar 80 fios 
de uma única vez, mas eram finos e quebradiços. 
Em 1768 - James Watt inventa a máquina a vapor. 
 
 
 
 
 
Primeira máquina a vapor Máquina a vapor mais moderna 
 
 
 
 
 
 Carro a vapor Locomotiva a vapor 
 
Em 1769 - Richard Arkwright inventa a "water frame". Movida a água, era econômica, mas 
produzia fios grossos. 
 
Em 1779 - Samuel Crompton inventa a "mule", uma combinação da "water frame" com a "spinning 
jenny" com fios finos e resistentes , mas sobravam fios. 
Em 1785 - Edmond Cartwright inventa o tear mecânico. 
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, 
provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, com enormes 
concentrações urbanas. 
O desenvolvimento das ferrovias absorveu grande parte da mão-de-obra masculina adulta, 
provocando em escala crescente a utilização de mulheres a e crianças como trabalhadores nas fábricas 
têxteis e nas minas. O agravamento dos problemas sócio-econômicos com o desemprego e a fome foram 
acompanhados de outros problemas, como a prostituição e o alcoolismo. 
Processo de industrialização na periferia das cidades 
Os trabalhadores reagiam das mais diferentes 
formas, destacando-se o movimento "ludista" (o 
nome vem de Ned Ludlan), caracterizado pela 
destruição das máquinas por operários, e o 
movimento "cartista", organizado pela 
"Associação dos Operários", que exigia melhores 
condições de trabalho e o fim do voto censitário. 
Destaca-se ainda a formação de associações 
denominadas "trade-unions", que evoluíram 
lentamente em suas reivindicações, originando 
os primeiros sindicatos modernos. 
 
 
Figura 4 - Tendências da Revolução Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (MAXIMIANO, 2000, p. 148) 
 
 
Modelo de organização 
Modelo de organização é um conjunto de características que definem organizações e a forma 
como são administradas. O modelo de organização é o produto da utilização de determinadas doutrinas e 
técnicas. 
Por exemplo: 
 O modelo burocrático (ou mecanicista) de organização enfatiza a regulamentação e a 
padronização de procedimentos. 
 As empresas que adotam o modelo japonês de administração procuram alcançar o modelo da 
organização enxuta. 
 
TEORIAS MECANICISTAS: Enfatiza aspectos técnicos - tarefas, rotinas, estruturas,etc. 
TEORIAS COMPORTAMENTAIS: Enfatiza as pessoas - comportamento, incentivo, etc. 
TEORIA SOB ENFOQUE SISTÊMICO: Enfatiza a interação da organização com o ambiente externo 
 
 
 
 
REVOLUÇÃO 
INDUSTRIAL 
Substituição do artesão pelo 
OPERÁRIO ESPECIALIZADO 
Doutrina Social da Igreja 
Invenção das FÁBRICAS 
Crescimento das CIDADES 
originando novas 
necessidades de 
administração pública 
Administração consolida-se 
como ÁREA DO 
CONHECIMENTO 
Surgimento dos SINDICATOS 
Primeiras experiências 
práticas com a MODERNA 
ADMINISTRAÇÃO DE 
EMPRESAS (SOHO) 
MARXISMO 
 
Figura 5: Principais enfoques da administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (MAXIMIANO, 2000, p. 40) 
 
TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
Alguns autores vão buscar em pensadores da antiguidade, as primeiras sistematizações do 
pensamento administrativo. Contudo, não obstante já no século passado terem havido algumas 
contribuições, a moderna administração, tal como se a conhece hoje, surgiu com Taylor e Fayol, no início 
deste século. Chiavenato relaciona onze teorias: 
1903 - Teoria da Administração Científica 
1909 - Teoria da Burocracia 
1916 - Teoria Clássica 
1932 - Teoria das Relações Humanas 
1947 - Teoria Estruturalista 
1951 - Teoria dos Sistemas 
1953 - Teoria dos Sistemas Sociotécnicos 
1954 - Teoria Neoclássica 
1957 - Teoria do Comportamento Organizacional 
1962 - Teoria do Desenvolvimento Organizacional 
1972 - Teoria da Contingência 
 
Teoria geral da administração 
Enfoque técnico ou 
Mecanicista 
Enfoque comportamental Enfoque sistêmico 
Escola clássica 
Taylor 
Fayol 
Weber 
Henry Ford 
Escola de qualidade 
Diferenças 
individuais 
Liderança 
Motivação 
Cultura e clima 
Parte da Teoria das 
Organizações 
Pensamento sistêmico 
Estratégia 
Ética 
Reengenharia 
Qualidade Total 
Os iniciadores da administração foram Frederick WinnslowTaylor, engenheiro norte-americano, 
que desenvolveu a Teoria da Administração Científica, e Henry Fayol, engenheiro francês, que desenvolveu 
a Teoria Clássica de Organização. Ambos foram executivos de empresas. Posteriormente, Elton Mayo, após 
uma série de experiências que realizou em uma indústria norte-americana, deu início à Teoria das Relações 
Humanas. Posteriormente, problemas específicos, que exigiram soluções quantitativas geraram a 
necessidade de modelagens matemáticas. Assim, pode-se verificar que a administração surgiu das 
necessidades específicas das empresas. À medida em que foram sugindo, cada uma a seu tempo, 
decorrentes das exigências a que as empresas foram submetidas pelos ambientes que se verificaram no 
século passado e neste século, a administração foi respondendo aos problemas que eram identificados, 
com soluções embasadas em fundamentação teórica. 
Através da sequência em que cada aspecto da administração foi enfatizado, é fácil constatar que a 
construção da teoria da administração se iniciou pela abordagem do enfoque que era mais evidentemente 
necessário, evoluindo-se gradativamente e mudando o foco de interesse para aspectos cada vez mais 
sofisticados da administração. O quadro seguinte, relaciona as diversas teorias da administração, segundo o 
enfoque em cada uma das variáveis. 
Ênfase Teorias Ano Principais enfoques 
nas Tarefas Administração 
 Científica 
1903 Racionalização do trabalho a nível operacional 
na Estrutura Teoria Clássica 
 Teoria Neoclássica 
1916 
1954 
Organização formal 
Princípios Gerais da Administração 
Funções do Administrador 
 Teoria da Burocracia 1909 Organização Formal 
Racionalização organizacional 
 Teoria Estruturalista 1947 Organização formal e informal 
Análise intraorganizacional 
Análise interorganizacional 
nas Pessoas Teoria das Relações 
 Humanas 
1932 Organização informal 
Motivação, liderança, comunicações e 
dinâmica de grupo 
 Teoria do 
 Comportamento 
 Organizacional 
1957 Estilos de administração 
Teorias das decisões 
Integração dos objetivos organizacionais e 
Individuais 
 Teoria do 
 DesenvolvimentoOrganizacional 
1962 Mudança organizacional planejada 
Abordagem de sistema aberto 
no Ambiente Teoria Estruturalista 
 Teoria Neo-
Estruturalis ta 
1947 
 
 
Análise intraorganizacional e análise 
ambiental 
Abordagem de sistema aberto 
 Teoria da 
Contingência 
1972 Análise ambiental 
Abordagem de sistema aberto 
na Tecnologia Teoria da 
Contingência 
1972 Administração da tecnologia 
Fonte: CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. McGraw Hill, São Paulo. 
 
A evolução do embasamento teórica da administração foi subsequente às exigências das 
empresas. Ou seja, à medida em que os processos de produção evoluiam, através de novas tecnologias 
aplicativas e exigências do mercado e da sociedade como um todo, originados geralmente por esforços 
bélicos, as empresas enfrentavam novas dificuldades. 
À medida do surgimento destas dificuldades, a TGA (Teoria Geral da Administração) respondia 
com novos enfoques e embasamentos teóricos, no sentido de superar tais dificuldades. Finalmente, a nível 
teórico, fez-se um agrupamento das teorias em tres grandes grupos, chamados de "Escolas da 
Administração", a Clássica, a Comportamentalista e da Ciência da Administração. 
Para concluir este tópico, pode-se constatar que, independentemente da época em que foram 
desenvolvidas, todas as variáveis e todas as teorias encontram ainda larga aplicação. Dependendo da 
situação com que a empresa se defronte, a solução estará numa ou em outra base teórica. 
Lamentavelmente, muitas empresas brasileiras ainda carecem do conhecimento mínimo das 
teorias administrativas. Neste sentido é importante destacar que, na administração, o desenvolvimento 
das bases teóricas foi sempre uma resposta à necessidades objetivas e concretas das empresas e, 
portanto, o seu conhecimento é imprescindível para a boa gestão de qualquer empresa. Ou seja, todas as 
teorias administrativas decorreram de realidades objetivas e, por conseguinte, são de aplicação prática. 
 Leitura recomendada: 
CHIAVENATO, Idalberto, Teoria Geral da Administração. 
 
TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
Foi inciada por FREDERICK WINSLOW TAYLOR, engenheiro norte-americano que, inicialmente 
trabalhou em diversas empresas e, posteriormente se estabeleceu como consultor. O enfoque da 
administração científica é centrado na tarefa, ou seja, buscava a eficiência. Suas principais contribuições: 
a) Necessidade de aplicação de métodos científicos de pesquisa e experimentação, para 
racionalizar o trabalho. 
b) Organização racional do trabalho através do estudo de tempos e movimentos, principalmente. 
c) O operário não tem capacidade, nem condições de estabelecer o melhor método de trabalho. 
d) O operário é motivado pelo incentivo financeiro; deste conceito surgiu a definição de homo 
economicus. 
e) É preciso especializar o operário, já contratando os mais aptos para cada tarefa. 
f) Estabeleceu o critério de supervisão funcional. 
Taylor tambem estabeleceu as atribuições do administrador, através de quatro princípios, a 
serem seguidos no sentido de nortear as atividades administrativas: 
1 - Planejamento: eliminar a improvisação dos operários, substituindo-a pelo planejamento do 
método de trabalho. 
2 - Preparo: através deste princípio, Taylor estabelecia que se deveriam selecionar os 
trabalhadores mais aptos para cada tarefa e treiná-los, cada um, para uma tarefa específica. Alem disto, 
seria necessário preparar as máquinas e ferramentas, quanto ao seu arranjo físico. 
3 - Controle: consistia em acompanhar constantemente o trabalho, a fim de certificar-se de que 
estava sendo executado de acordo com os procedimentos pré-determinados. 
4 - Execução: distribuição das tarefas e das responsabilidades de tal forma que a execução do 
trabalho pudesse ser mais disciplinada. 
Em 1895, Taylor apresentou à Sociedade o que é considerado o primeiro trabalho da 
administração científica: A piece-rate system (um sistema de pagamento por peça). Apesar de apresentado 
apenas em 1895, o documento relatava problemas enfrentados por Taylor e soluções nas quais ele vinha 
trabalhando desde 15 anos antes. Em A piece-rate system, Taylor propõe um método para eliminar a 
diminuição do valor pago por peça. É nesse método que residem às raízes da administração científica. 
Taylor argumentou que a administração deveria primeiro procurar descobrir quanto tempo levaria para 
que um homem, dando o melhor de si, completasse uma tarefa. A administração poderia então estabelecer 
um pagamento por peça de forma que o trabalhador se visse compelido a trabalhar o suficiente para 
assegurar remuneração razoável. 
Figura 6: A administração científica criou a ênfase no estudo e racionalização de tempos e movimentos 
necessários para a execução das tarefas 
 
 
Fonte: (HAROLD et al. apud MAXIMIANO, 2000, p. 165) 
O problema do qual a Sociedade ocupou-se quase que exclusivamente nas reuniões iniciais era o 
chamado problema dos salários. Os sistemas de pagamento da época (pagamento por dia trabalhado e 
pagamento por peça produzida) tinham o efeito de fazer o trabalhador acreditar que seu esforço 
beneficiava apenas o patrão. Assim, como regra geral, os trabalhadores não se empenhavam como os 
engenheiros e os empregadores achavam que seria adequado. 
No sistema de pagamento por dia trabalhado, o salário era fixo, e os trabalhadores não viam 
nenhuma vantagem em produzir além do que ele próprio achava adequado. No sistema de pagamento por 
peça produzida, quando a produção aumentava muito, os administradores diminuíam o valor pago por 
peça. E, assim, os trabalhadores, sabendo o que esperar, mantinham a produção num nível 
Espaço normal de 
trabalho 
Espaço máximo de 
trabalho 
D 
B 
G 
E 
A 
C 
F 
H 
A 
C 
B 
D 
propositadamente baixo. Os próprios sindicatos estabeleciam limites para os salários que os trabalhadores 
podiam receber, para evitar que eles se prejudicassem. 
Na segunda fase do movimento da administração científica, a ênfase deslocou-se, da 
produtividade do trabalhador, para o aprimoramento dos métodos de trabalho. Esta segunda fase 
corresponde ao estudo Shop management (Administração operações fabris), de 1903. 
Em Shop management, Taylor fez o que se tornaria a característica distinção entre o homem 
médio e o homem de primeira classe. Segundo Taylor, o homem de primeira classe é altamente motivado e 
realiza seu trabalho sem desperdiçar tempo nem restringir sua produção. Idealmente, tal pessoa deveria 
ser selecionada para a tarefa que lhe fosse mais apropriada e incentivada financeiramente. Mesmo um 
homem de primeira classe tornar-se-ia altamente ineficiente se lhe faltassem incentivo ou se houvesse uma 
pressão do grupo de trabalho para diminuir a produção. 
Essencialmente, Shop management defendia os seguintes princípios de administração: 
 Objetivo da boa administração é pagar salários altos e ter baixos custos de produção. 
 Com esse objetivo, a administração deveria aplicar métodos de pesquisa para determinar a 
melhor maneira de executar tarefas. 
 Os empregados deveriam ser cientificamente selecionados e treinados, de maneira que as 
pessoas, mais qualificadas, e as tarefas, fossem compatíveis. 
Deveria haver uma atmosfera de íntima e cordial cooperação entre a administração e os 
trabalhadores, para garantir um ambiente psicológico favorável à aplicação desses princípios 
Figura 7: Os princípios de Taylor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: TAYLOR (apud MAXIMIANO, 2000, p. 165) 
 
As ideias do estudo Shop management foram repetidas com palavras ligeiramente diferentes no 
livro Princípios de administração científica, de 1911. Nestaterceira obra, Taylor sintetiza os objetivos da 
administração científica: 
 Desenvolver uma ciência para cada elemento do trabalho, para substituir o velho método 
empírico. 
 Selecionar cientificamente e depois treinar, instruir e desenvolver o trabalhador, que, no 
passado, escolhia seu próprio trabalho e treinava-se o melhor que podia. 
 Cooperar sinceramente com os trabalhadores, de modo a garantir que o trabalho seja feito de 
acordo com princípios da ciência que foi desenvolvida. 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
SALÁRIOS ALTOS E CUSTOS 
BAIXOS DE PRODUÇÃO 
IDENTIFICAÇÃO DE MELHOR 
MANEIRA DE EXECUTAR 
TAREFAS 
SELEÇÃO E TREINAMENTO DE 
PESSOAL 
COOPERAÇÃO ENTRE 
ADMINISTRAÇÃO E 
TRABALHADORES 
 Existe uma divisão quase igual de trabalho e de responsabilidade entre a administração e os 
trabalhadores. A administração incumbe-se de todo o trabalho para o qual esteja mais bem preparada que 
os trabalhadores, enquanto no passado quase todo o trabalho e a maior parte da responsabilidade recaíam 
sobre a mão-de-obra. 
 
 
TEORIA CLÁSSICA 
Formulada por HENRY FAYOL, engenheiro frances, que trabalhou durante toda a sua carreira em 
uma empresa de metalurgia e carbonífera, tendo chegado à sua Direção Geral. Os fundamentos da sua 
teoria foram expostos em livro que publicou em 1916, Administration Industrielle et Généralle. Taylor foi 
importante ao início da administração, porque procurou sistematizar as atividades dentro das fábricas. 
Todavia Fayol foi mais importante do que Taylor para a estruturação do pensamento administrativo 
porque, à sua época, segregou as funções desempenhadas dentro da empresa como um todo alem de ter 
sistematizado também as funções administrativas, ou de gerência. 
Ao lado de Frederick Taylor e Max Weber, FAYOL é um dos integrantes da escola clássica da 
administração. Em 1860, Fayol foi contratado para trabalhar na corporação mineradora e metalúrgica 
francesa Comambault. Fayol passou toda a sua vida nessa empresa, aposentando-se como diretor geral, em 
1918. Em 1888, quando foi promovido a essa posição, a empresa estava à beira do desastre. Os acionistas 
não recebiam nenhum dividendo desde 1885, as fábricas só produziam prejuízos e as minas de carvão 
estavam quase exauridas. Fayol conseguiu mudar esse quadro, fechando unidades deficitárias, lançando 
novos produtos e adquirindo novas minas de carvão. Aos 77 anos, quando se aposentou, Fayol havia 
conseguido fazer uma empresa extremamente bem-sucedida. 
Figura 8: A escola clássica da administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (MAXIMIANO, 2000, p. 54) 
 
 
Em 1916, aos 75 anos, Fayol publicou o livro Administração Geral e Industrial. Em 1929 o livro foi 
publicado em inglês, mas tornou-se conhecido nessa língua apenas em 1949, com o título General and 
industrial management. 
ESCOLA CLÁSSICA DA 
ADMINISTRAÇÃO 
MAX WEBER 
(1864-1920) 
TIPO IDEAL DE 
BUROCRACIA 
ADMINISTRAÇÃO 
CIENTÍFICA 
FREDERICK TAYLOR 
(1956-1915) 
PROCESSO 
ADMINISTRATIVI E 
PAPEL DOS GERENTES 
HENRY FAYOL (1841-
1925) 
Segundo Fayol, nesse livro: 
 A administração é função distinta das demais funções da empresa, como finanças, 
produção e distribuição. 
 A administração compreende cinco funções: planejamento, organização, comando, 
coordenação e controle. 
 
 
FUNÇÕES NA EMPRESA 
De acordo com Fayol, a administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos 
humanos (família, negócios, governo), que sempre exigem algum grau de planejamento, organização, 
comando, coordenação e controle. Portanto, todos deveriam estuda-la, o que exigiria uma teoria geral da 
administração que pudesse ser ensinada. Para responder a essa necessidade, Fayol criou e divulgou sua 
própria teoria, a qual começa por dividir a empresa em seis atividades ou funções distintas: 
I - Técnica (produção, manufatura). 
II - Comercial (compra, venda, troca). 
III - Financeira (procura e utilização de capital). 
IV - Segurança (proteção da propriedade e das pessoas). 
V - Contabilidade (registro de estoques, balanços, custos, estatísticas). 
VI - Administração (planejamento, organização, comando, coordenação e controle). 
 
FUNÇÕES DO ADMINISTRADOR 
Por funções administrativas, Fayol referia-se às atividades de gerência da organização. A estas ele 
atribuia o encargo de coordenar os esforços e compatibilizar as demais funções em direção aos objetivos da 
organização. Chiavenato relaciona e define assim, as funções do administrador: 
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação. 
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa. 
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal. 
4. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. 
5. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas. 
Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo, e 
que são localizáveis em qualquer trabalho do administrador em qualquer nível ou área de 
atividade da empresa. Em outro termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, o supervisor, como o 
encarregado - cada qual em seu nível - desempenham atividades de previsão, organização, 
comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais. 
É importante notar que o processo de gestão é uma aplicação destas funções, acrescida de 
técnicas e conceitos mais abrangentes. 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO 
Alem da segregação das funções da empresa e da definição das funções do administrador, Fayol 
também enunciou os princípios gerais da administração, que se relacionam a seguir, com os comentários 
de Chiavenato: 
 1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a 
eficiência. 
 2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito de dar ordens e o poder de esperar 
obediência; a responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade. Ambas devem 
estar equilibradas entre si. 
 3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito aos acordos 
estabelecidos. 
 4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o 
princípio da autoridade única. 
 5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que tenham o 
mesmo objetivo. 
 6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem 
sobrepor-se aos interesses particulares. 
 7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para 
a organização em termos de retribuição. 
 8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. 
 9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo. É o 
princípio de comando. 
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. 
11. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar lealdade do pessoal. 
12. Estabilidade e duração (num cargo) do pessoal: a rotação tem um impacto negativo sobre a 
eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo, tanto 
melhor. 
13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso. 
14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoas são grandes forças para a organização. 
É possível constatar que estes princípios, mesmo tendo sido enunciados em 1916, com poucas 
ressalvas, ainda são plenamente válidos. Em vários princípios, Fayol destacou a importância da hierarquia, 
para as organizações. 
 
 
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 
Com a novaabordagem, a Teoria Geral da Administração sofreu profundas revoluções 
conceituais, pois a ênfase dada pelos autores até então focava exclusivamente as tarefas e as estruturas. 
Com a abordagem humanística o foco se alterava para as pessoas que trabalham ou que participam nas 
organizações. 
A Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas, nos 
Estados Unidos, a partir da década de 30. O seu surgimento só foi possível com o desenvolvimento das 
ciências sociais, em principal a Psicologia. Esta surgiu na primeira década deste século e estava voltada para 
dois assuntos básicos: 
a) A análise do trabalho e adaptação do trabalhador ao trabalho (voltada meramente para o 
aspecto produtivo); 
b) A adaptação do trabalho ao trabalhador (atenção fornecida para os aspectos individuais e 
sociais do trabalho). 
Inegavelmente, a Psicologia Industrial contribuiu significativamente para demonstrar a 
parcialidade dos princípios de administração demonstrados pela Teoria Clássica. Além do mais, as 
profundas modificações ocorridas no panorama social, econômico, político, tecnológico vieram trazer 
novas variáveis para o estudo da administração. 
O que ocorria era que, enquanto nos demais países o liberalismo econômico típico do século XIX 
passou, a partir da Primeira Guerra Mundial, a ser substituído por uma crescente interferência do Estado na 
economia, com o surgimento de alguns governos totalitários nos Estados Unidos, os pressupostos 
democráticos eram desenvolvidos e reafirmados. Todavia, com a Primeira Grande Guerra Mundial, começa 
o declínio da Europa Centro Ocidental na liderança do mundo e a espetacular ascensão dos EUA como 
pot6encia mundial. 
A partir do século XX, a história se caracteriza pelo jogo entre os países. 
Com o crescimento econômico e o grande desenvolvimento dos transportes e das comunicações, 
chegamos a um só mundo: a aldeia global. O papel da administração torna-se relevante dentro dessa 
situação. 
A grande depressão econômica que atormentou o mundo, por volta de 1929, a busca pela 
eficiência nas empresas passou a ser intensificada, provocando indiretamente uma revolução e re-
elaboração dos conceitos administrativos. 
A Teoria das Relações Humanas foi construida a partir de experiências conduzidas por ELTON 
MAYO na Western Eletric, uma empresa com 40.000 operários, fabricante de componentes eletronicos 
localizada no bairro da Hawthorne, em Chicago, entre 1927 e 1932. As conclusões a que se chegou nas 
experiências de Hawthorne e, portanto, as principais contribuições da Teoria das Relações Humanas foram 
as seguintes: 
a) Ao contrário do que preconizava a Teoria Clássica, a capacidade de produção do operário não é 
resultante da sua capacidade física, fisiológica, ou mesmo das contições hoje conhecidas como 
ergonométricas. Sua capacidade de produção é determinada pelo seu nível de ajustamento social ao seu 
grupo de trabalho. 
b) O nível, ou ritmo de produção de um operário é estabelecido pelo grupo, através de 
mecanismos sociais de aceitação ou rejeição, enquanto que a Teoria Clássica defendia que o nível de 
produção é determinado pela remuneração. 
c) O grupo de trabalho impõe normas de comportamento aos seus membros, impondo tambem 
sanções e proporcionando recompensas, ambas de natureza social, aos seus membros, segundo o 
cumprimento destas normas. Assim, é um bom membro aquele que se ajusta a estas normas e um mau 
membro membro é o que não as segue. 
d) A Teoria das Relações Humanas identificou a existência da organização informal, contrapondo-
se até mesmo à organização formal. 
e) Dentro das organizações, os indivíduos interagem socialmente durante todo o tempo, através 
da participação nos grupos. Dadas as características próprias de cada indivíduo, ele influencia o grupo, 
assim como tambem é influenciado pelo grupo. As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas, 
como resultante deste processo de interação. 
f) Trabalhos repetitivos são monótonos e afetam negativamente a capacidade do trabalhador, 
reduzindo a sua eficiência. Este postulado contrapõs-se à maior especialização e fragmentação do trabalho 
da Teoria Clássica. 
g) Os componentes emocionais, endógenos à natureza humana, até então considerados 
irracionais pela Teoria Clássica, passaram a ser estudados por todos os autores que se dedicaram ao estudo 
da Teoria das Relações Humanas. 
Finalmente, cabe recordar que, da Teoria das Relações Humanas, derivou a Escola 
Comportamentalista, através do aprofundamento cada vez maior do estudo do comportamento humano 
dentro das organizações. Neste sentido, atualmente, enfoca-se um aspecto bastante relevante do 
comportamento humano, a Cultura Organizacional, cujo impacto tambem é determinante, no 
desempenho das organizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA NEOCLÁSSICA 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6 ed. São Paulo: Campus, 2004. 
• Surgiu a partir de 1954, e tem entre os seus representantes Peter Drucker, considerado o 
pai da Adm. por Objetivos; 
• Também é conhecida como Escola Operacional ou do Processo Administrativo. 
• É uma reação a Teoria das Relações Humanas; 
• Reafirma relativamente a Teoria Clássica; 
Reafirmação relativa dos postulados clássicos: Retomada do material desenvolvido pela Teoria 
Clássica, redimensionando-o e reestruturando-o de acordo com as contingências da época atual, dando-lhe 
uma configuração mais ampla e flexível. 
Para alguns autores, o estudo da Administração se baseia na apresentação de princípios como 
planejar, organizar, controlar etc. 
Como quase todos autores clássicos, os neoclássicos também se preocupavam em estabelecer os 
princípios gerais de Administração capazes de orientar o administrador no desenvolvimento de suas 
funções (abordagem prescritiva). 
Os princípios não devem ser abordados de uma forma rígida e absoluta, mas relativa e flexível 
(com base no bom senso do Administrador). 
Toda organização existe para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos 
e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. 
Um dos produtos da Teoria Neoclássica é a chamada Administração por Objetivos (APO). 
Enquanto a Administração Científica punha ênfase nos métodos e na racionalização do trabalho e 
a Teoria Clássica punha ênfase nos princípios gerais da Administração, a Teoria Neoclássica considera os 
meios na busca da eficiência, mas enfatiza os fins e os resultados na busca de eficácia. 
 
Administração como Técnica Social 
Para os neoclássicos, a Administração consiste em orientar, dirigir e controlar os esforços de um 
grupo de indivíduos para um objetivo comum. Nesse sentido, o bom Administrador é aquele que possibilita 
ao grupo alcançar seus objetivos com o mínimo dispêndio de recursos e de esforço e com menos atritos 
com outras atividades. 
Aspectos Administrativos Comuns às Organizações (segundo Drucker) 
Quanto aos Objetivos 
 As organizações não vivem para si próprias, mas são meios, são órgãos sociais que visam à 
realização de uma tarefa social. 
 Objetivo da organização está fora dela (contribuição específica para o indivíduo e para a 
sociedade). 
 Se a organização não definir claramente seus objetivos, não haverá possibilidade de avaliar 
os resultados ou sua eficiência. 
 Não há um processo científico para estabelecer os objetivos de uma organização. Tratam-
se de julgamentos de valor. 
 
Quanto à Administração: 
 Todas as grandes organizações são diferentes em seus objetivos, em seus propósitos, mas 
são essencialmente semelhantes na área administrativa. 
 Todas organizações têm o mesmo problemade equilibrar os objetivos da instituição com as 
necessidades e desejos do indivíduo. 
 
Quanto ao Desempenho Individual: 
 É o campo onde há menor diferença entre as organizações. 
 São os indivíduos que fazem, decidem e planejam. As organizações, por si só, nada fazem, 
nada decidem, nada planejam. 
 
Conceito de Eficiência 
A eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual as coisas devem ser feitas ou 
executadas (métodos) a fim de que os recursos (pessoas, máquinas etc) sejam aplicados da forma mais 
racional possível. 
Eficiência = melhor utilização dos recursos disponíveis. 
Conceito de Eficácia 
Eficácia se preocupa em fazer as coisas corretas para atender às necessidades da empresa. 
Eficácia = alcance dos objetivos através dos recursos disponíveis. 
Eficiência Eficácia 
Ênfase nos meios Ênfase nos resultados 
Fazer corretamente as coisas Fazer as coisas corretas 
Resolver problemas Atingir Objetivos 
Salvaguardar os recursos Otimizar a utilização dos recursos 
Cumprir tarefas e obrigações Obter resultados 
Treinar os subordinados Proporcionar eficácia aos subordinados 
Manter as máquinas Máquinas disponíveis 
 
 
Centralização X Descentralização 
Centralização: maior concentração do poder decisório na alta direção de uma empresa. Teoria 
Clássica (Fayol) defendia a organização linear com ênfase na centralização da autoridade. CENTRALIZAÇÃO. 
Descentralização: menor concentração do poder decisório na alta administração da empresa, 
sendo, portanto, mais distribuído pelos seus diversos níveis hierárquicos. Administração Científica (Taylor) 
defendia a organização funcional caracterizada pela descentralização de autoridade (supervisão funcional). 
DESCENTRALIZAÇÃO. 
Características da Descentralização 
O grau de descentralização administrativa depende dos seguintes fatores: 
 tamanho da organização 
 ramo de atividade 
 tendências econômicas e políticas 
 filosofia da alta administração 
 competência dos subordinados e confiança dos superiores nessa competência 
 facilidade de informações que permitam a tomada de decisões 
 
Vantagens da Descentralização 
 Tomadas de decisão mais próximas da ocorrência dos fatos. 
 Aumenta a eficiência aproveitando melhor o tempo e aptidão dos funcionários. 
 Melhora a qualidade das decisões à medida que seu volume e complexidade se reduzem. 
 Redução de gastos com papelório e coordenação. 
 Possibilidade de maior motivação e participação. 
 Melhor desenvolvimento da capacitação gerencial e profissional. 
 
Desvantagens da Descentralização 
 Falta de uniformidade nas decisões. 
 Insuficiente aproveitamento dos especialistas. 
 Falta de equipe apropriada ou de funcionários no campo de atividades. 
 Risco de duplicar esforços para executar determinadas atividades. 
 Maior dificuldade coordenação de atividades que envolvem alta interdependência. 
 
Funções do Administrador na Teoria Neoclássica 
Para a Teoria Neoclássica, as funções do administrador correspondem aos elementos da 
Administração definidos por Fayol (prever, organizar, comandar, coordenar e controlar) com uma nova 
roupagem. Esses elementos são chamados de processo administrativo. 
Cada autor neoclássico adota funções administrativas ligeiramente diferentes, porém todos se 
baseiam no Processo administrativo da Teoria Clássica. 
Na realidade, as funções do administrador, ou seja, o processo administrativo, é um processo de 
funções intimamente relacionadas em uma interação dinâmica. 
As funções administrativas quando consideradas como um todo formam o processo 
administrativo. Quando consideradas isoladamente, são funções administrativas. 
DECORRÊNCIAS DA ABORDAGEM NEOCLÁSSICA: Tipos de Organização 
Características Básicas da Organização Formal 
 Divisão do trabalho. 
 Especialização. 
 Hierarquia. 
 Distribuição da autoridade e da responsabilidade. 
 Racionalismo. 
 
Divisão do Trabalho 
O procedimento de dividir o trabalho começou a ser praticado mais intensamente com a 
Revolução Industrial. 
A divisão do trabalho, iniciada ao nível dos operários com a Adm. Científica, foi alcançando os 
escalões mais elevados da organização com a Teoria Clássica. 
As conseqüências imediatas trazidas pela divisão do trabalho foram: 
 maior produtividade e melhor rendimento do pessoal envolvido; 
 maior eficiência da organização; 
 redução dos custos de produção (especialmente mão-de-obra e materiais diretos). 
 
Especialização 
Como conseqüência da divisão do trabalho, cada cargo e órgão passa a ter funções específicas e 
especializadas. 
 
Hierarquia 
Em toda organização formal existe uma hierarquia. 
Uma organização precisa, além de uma estrutura de funções, de uma estrutura hierárquica. 
A missão dessa estrutura hierárquica é dirigir as operações dos níveis que lhe são subordinados. 
Evidentemente, à medida em que se sobe na escala hierárquica, aumenta o volume de autoridade 
do ocupante do cargo. 
Quanto maior a organização, maior tende a ser o número de níveis hierárquicos de sua estrutura. 
 
Pirâmide Hierárquica 
Distribuição da Autoridade e da Responsabilidade 
A hierarquia da organização formal representa a distribuição da autoridade e da responsabilidade 
entre os diversos níveis da estrutura. 
Autoridade 
A autoridade investe o Administrador do direito reconhecido de dirigir subordinados para que 
desempenhem atividades dirigidas para a obtenção dos objetivos da empresa. 
Autoridade formal é o poder legítimo, é o poder legal e socialmente aceito em virtude do 
posicionamento na estrutura organizacional. 
Responsabilidade 
Enquanto que a autoridade emana do superior para o subordinado, a responsabilidade é a 
obrigação simultaneamente exigida do subordinado para que este realize tais deveres. 
Sobre esse assunto há muita discussão. A essência da responsabilidade é a obrigação, ou seja, a 
obrigação de utilizar a autoridade para exigir que sejam executadas as tarefas. 
Organização 
A organização não é um fim, mas um meio de permitir à empresa atingir adequadamente 
determinados objetivos. 
Todas as empresas possuem uma organização própria, específica e individual. 
 
 
 
 
HABILIDADES DO ADMINISTRADOR 
 
De certa forma o administrador precisa dispor de um conjunto de habilidades relativamente 
amplo, o que não ocorre em outras profissões. Precisa saber algo da técnica envolvida na atividade em si da 
organização, precisa ter habilidades em relações humanas e conhecer alguma teoria administrativa. 
Imagine um gerente de restaurante que não sabe lidar com pessoas! Imagine outro que nada 
sabe sobre o processo de preparo da comida. Não são necessários conhecimentos profundos de psicologia 
ou de culinária, mas a ignorância total é impensável. 
Isso explica as diversas abordagens da Administração, conjunto de saberes construído aos poucos, 
por pesquisadores e administradores: alguns se detiveram mais no processo em si, como Taylor; outros nas 
pessoas, como Marlow; outros ainda na estrutura empresarial, como Fayol. 
A aplicação dos conceitos e recomendações dos precursores, a análise dos acertos e desacertos, 
as crises econômicas e as guerras, as descobertas

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