Behaviorismo na Administração

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Behaviorismo
In. MOTTA, Fernando C. Prestes. Teoria geral da administração: uma introdução. 17. ed. rev. /ampl. São Paulo: 1992. 210p.
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Descrição do Behaviorismo
Rompimento com os enfoques prescritivos das escolas de administração cientifica e relações humanas
Incorporação da sociologia da burocracia
Enfoque estruturalista e sistêmico
Abrange desde o comportamento administrativo até quaisquer processos organizacionais, sejam de origem individual, grupal ou formal
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Origens:
É uma evolução da Escola de Relações Humanas 
Não pode ser confundido com o behaviorismo na psicologia (definição de “estímulo” é de difícil aplicação à vida social).
“Segundo os Behavioristas da teoria das organizações os clássicos falharam ao descuidar-se da análise das decisões e dos limites da racionalidade impostos por qualificações, hábitos, valores e conhecimento bem como ao tentarem impor princípios rígidos à administração”
O objetivo do Behaviorismo foi o de desenvolver uma atitude analítica e experimental.
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Herbert Simon (1916 – 2001)
Chester Barnard (1886-1961) 
Rensis Likert (1903-1981) 
Douglas McGregor (1906-1964)
Autores mais importantes
 
Rensis Likert (1903-1981)
Chester Barnard (1886-1961)
Douglas McGregor (1906-1964)
Herbert Simon (1916 – 2001)
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Outro autor importante:
Abraham Maslow 
(1908-1970)
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Herbert Simon 
Maior expoente do Behaviorismo
 Seus livros mais importantes: Comportamento administrativo (1945) e Teoria da Organizações (1958) em co-autoria com James March.
Publicou também: Administração Publica (1950) e A capacidade de decisão e liderança (1960)
.... Destaque ao tratamento dado a tomada de decisão e limites da racionalidade.
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Simon 
(2º Infopedia)
Economista, psicólogo e cientista da computação.
“Como a Economia é a ciência da escolha, Simon debruçou-se sobre a estrutura psicológica da escolha humana, visto que, no centro das organizações estão as pessoas que desenvolvem ações que são antecedidas pelas decisões. Debruça-se sobre este processo, avançando com a Teoria da Decisão, na qual, para além de descrever o processo decisório, estabelece a distinção entre diferentes tipos de decisões. As suas ideias foram também aplicadas na concepção da estrutura de decisão automática nos computadores”.
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Chester Barnard:
Teórico da administração que parece ter se inspirado em Simon.
Foi presidente da Rockfelller Foundation.
Principal obra : The Functiona of the Executive (1938), resultado da revisão e ampliação de um manuscrito preparado para oito palestras do “Instituto Lowel de Boston”
Outro livro interessante publicado: Organization and Management (1947)
O destaque de suas obras é o tratamento dado à tomada de decisão como centro da administração
 Chester Bernard, baseado em Durheim, argumenta que o indivíduo submete sua própria personalidade à “personalidade organizacional”.
2º Motta e Vasconcelos: Barnard situa-se entre a teoria das relações humanas e a “teoria” dos recursos humanos.
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Rensis Likert
Desmistificou o principio da amplitude de controle
“...sua pesquisa demonstrou que supervisores bem sucedidos não obrigavam seus subordinados a se prenderem a ciclos de trabalhos restritos”
- Recomendava maior autonomia aos empregados como um meio deles se envolverem mais na organização e seus objetivos.
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LIKERT
Em 1932 recebeu Ph.D. em psicologia, pela Universidade de Columbia, pela sua tese: desenvolveu uma escala de pesquisa (Escalas de Likert), como meio de medir atitudes.
Em 1949, através da instituição pioneira na pesquisa do comportamento humano nas organizações: o Institute for Social Research, da Universidade de Michigan, desenvolveu estudos com grandes repercussões na teoria organizacional e no estudo da liderança. Likert baseou-se em inquéritos intensivos a empregados de companhias industriais, em que os interrogava sobre o comportamento dos seus supervisores. As respostas permitiram-lhe definir vários perfis ou estilos de liderança, que depois associou ao nível de desempenho das empresas.
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Exemplo de escala  de Likert para medida de "satisfação":
Você está satisfeito com o serviço da cantina?
1. Totalmente insatisfeito
2. Ligeiramente satisfeito
3. Um pouco satisfeito
4. Muito satisfeito
5. Extremamente satisfeito
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Abraham Maslow 
Abraham Maslow 
(1908-1970)
. Psicólogo americano
. Trabalhou no MIT
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Abraham Maslow: teoria da motivação
	
	.O “homem complexo” privilegia a 
	auto-realização a partir do exercício da atividade profissional. 
 . Propôs uma hierarquia das necessidades
	(ver quadro)
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Hierarquia das necessidades de MASLOW
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McGregor: Teoria Y
Segundo esse autor a ação administrativa esteve por muito tempo fundamentada nos pressupostos que chamou de teoria X que, corresponde a escola de administração cientifica.
A teoria Y contrapõe a Teoria X
A administração é responsável pela organização dos elementos produtivos da empresa. Dinheiro, materiais, equipamentos, para atingir seus fins lucrativos.
As pessoas não são passivas ou resistentes às necessidades da organização por natureza. Elas se tornaram assim por experiência em outras organizações.
A motivação, o potencial de desenvolvimento e a capacidade de assumir responsabilidades e dirigir o comportamento para os objetivos da organização estão todos presentes nas pessoas.
A tarefa essencial da administração é criar condições orgânicas e métodos de operação em que as pessoas possam atingir melhor seus objetivo.
“A formulação de McGregor tem muito a ver com a administração por objetivos de Peter Drucker, no que se refere à concepção da natureza humana e das funções da administração”.
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QUADRO COMPARATIVO DAS 
TEORIAS X e Y - McGregor
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Idéias Centrais do Behaviorismo
O Homem Administrativo
O processo de tomada de decisão
Autoridade e Aceitação
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O Homem Administrativo
. Rejeita o modelo simplista do homo economicus
. Não adota a posição limitada da Escola de Relações Humanas, que introduz o elemento humano dotado de sentimentos e motivos
. Vai além, dando especial atenção à propriedade humana da adaptabilidade.
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Tomada de decisão
. O Behaviorismo veio preencher essa lacuna teórica, colocando grande ênfase no processo de tomada de decisão que considera central para a administração.
. O processo decisório envolve seleção consciente ou inconsciente entre deferentes ações.
. A capacidade de tomar decisões é de importância critica em qualquer situação de liderança
. Os próprios processos administrativos são processos decisórios da organização que substituem processos decisórios individuais
. A autoridade é responsável pela flexibilidade na divisão das tarefas de tomada de decisão
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Autoridade e aceitação:
Os Behavioristas dão grande ênfase à aceitação de normas e ordens pelas pessoas, ao tratar de autoridade:
Motivos pelos quais as pessoas aceitam ordens:
.. Autoridade por confiança: pessoas aceitam proposições daquelas em quem depositam grande confiança
.. Autoridade por identificação: as pessoas tendem a admitir mais prontamente a autoridade de uma pessoa com que se sintam identificados profissionalmente.
.. Autoridade por sanções: As pessoas podem obedecer em função de recompensas ou por medo de punições
.. Autoridade por legitimação: muitas vezes as pessoas obedecem porque sentem que devem faze-lo, em função de se sentirem obrigadas a seguir as “regras do jogo”.
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Condições para a aceitação de ordens:
A ordem deve ser dada em uma linguagem inteligível para quem recebe
A pessoa que a recebe deve aceitar que ela ( a ordem) se harmoniza com seus interesses pessoais
A pessoa que recebe a ordem precisa acreditar que ela concorda com os objetivos da organização
A ordem deve ser dada a um individuo que esteja física e mentalmenteem condição de executa-la
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O Behaviorismo e a Organização
. O Behavioristas vêem a organização como um sistema cooperativo racional.
. Dão uma enorme importância à organização informal ( fruto que são da Escola de Relações Humanas)
“ A consideração da razões que levam os indivíduos a cooperar, leva-nos a considerar o equilíbrio uma característica importante da organização”.
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Behaviorismo e os enfoques prescritivos 
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Criticas:
Não existem muitas criticas ao Behaviorismo, entretanto:
. A abordagem sistêmica critica que a principal falha de suas abordagens está no fato de que partem dos objetivos dos fundadores ou dos dirigentes das organizações.
. Critica a concepção de Simon da administração como uma estrutura de tomada de decisão, e não inclui uma analise sistemática dos processos inter-pessoais que não fazem parte da estrutura formal.
. Critica a idéia de Simon, segundo a qual as empresas não buscam maximizar coisa alguma, mas apenas alcançar resultados satisfatórios.
A CRÍTICA PRINCIPAL REFERE-SE À NEGAÇÃO DO CONFLITO.
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Deve-se salientar que:
“graças á metodologia de laboratório desenvolvida pelo Behaviorismo foi possível dotar a Teoria das Organizações de técnicas de grande potencialidade como a “Managerial Grid” e o “Treinamento de Sensitividade”. 
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Bibliografias sugeridas:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: ed.compacta. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
MOTTA, Fernando C. Prestes. Teoria geral da administração: uma introdução. 7 ed. São Paulo: Pioneira, 1979. 
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
BENNIS.W.G. Organizações em mudança. São Paulo:Atlas, 1976, cap.4.
GORZ, A. Critica a divisão do trabalho. São Paulo: Martins Fontes, 1980. p. 93-138.
HOMANS,G.C. Algumas correções as perspectivas de Elton Mayo. In ETIZIONI, A. Organizações Complexas. São Paulo: Atlas, 1971.
MARCH, J.C; SIMON, H.B. Teoria das Organizações, RJ: FGV, 1972. Caps.5 e 6.
MAYO, E. Problemas Humanos de uma Civilizacion Industrial. Buenos Aires: Galheta, 1959.
SIMON, H.A. Comportamento administrativo, RJ: FGV. Caps. 1,2,3,4,7,8,10.
WHITE, W.F. Relações Humans – um relatório sobre o progresso. In: ETZIONI, A. Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1971 
BRONZO, M. ; GARCIA, F. C. . As bases epistemológicas do pensamento administrativo convencional e a crítica à teoria das organizações. In: Suzana Braga Rodrigues; Miguel Pina Cunha. (Org.). Estudos Organizacionais e novas perspectivas para a administração de empresas: uma coletânea luso-brasileira. São Paulo: Editora Iglu, 2000, v. , p. 65-90.